Tuesday, March 28, 2006

Como fazer uma declaração de amor

Díficil isso, não?

Bom, eu não acho.

Penso que, não fossem os preconceitos e as barreiras estabelecidas desde sempre pela sociedade, uma declaração de amor seria uma coisa muito, muito fácil de ser feita.

Afinal, dizer que gostamos de alguém deveria ser simples, sem medos ou pudores envolvidos, não é?

Acho que abrir o coração e, consequentemente, a boca p’ra falar que tem vontade de estar junto, que sente falta de ver, de ouvir a voz, não é estar mais vulnerável do que antes, quanto tudo ainda era reprimido, quando tudo ainda era um segredinho só seu.

Abrir sua caixinha de sentimentos – leia-se seu coração – p’ra alguém que mereça é ser você em sua plena essência, é viver suas vontades e ser verdadeira, acima de qualquer coisa, com você.

E existe algo melhor do que isso?

Dizer que ele é protagonista dos seus sonhos, que quer mesmo ter aquele rosto perto do seu, que receber seus carinhos e telefonemas só p’ra saber se “tá tudo bem?” seria perfeito...

Dizer que gosta mesmo, e daí?!

Sabe-se lá se não era só isso que faltava p’ra ele abrir a boca também!?

Fazer uma declaração de amor exige coragem e, acima de tudo, muita certeza do que você está prestes a propor.

Afinal, ao meu ver, sentimento é coisa séria, como se fossem papéis fininhos que não podem ser amassados porque as marcas, você querendo ou não, vão ficar por lá mesmo depois de esticar, esticar, esticar...

Concluindo, sou a favor das declarações de amor sim!
Que todos os corações sejam abertos, que o amor vença e que a sinceridade – first of all, com você mesma! – seja sua filosofia!

Ao ficar quieta, de boca fechada – mesmo que com um peito abarrotado – só reforça essa hipocrisia do mundo, essa coisa de que vulgarizada ficará a mulher que deseja expor seus anseios, mesmo que um deles seja viver um amor de verdade.

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