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Mostrando postagens de maio, 2010

Não somos latinos

Antes de mais nada, quero declarar que não tenho nada contra os latinos, sejam eles quem forem. Nem quero negar nossas origens históricas e culturais. Afinal, o grande poeta Olavo Bilac refere-se à nossa lingua pátria, o português, como "última flor do Lácio, inculta e bela", em referência à origem latina do idioma. O que eu quero negar aqui é a pecha genérica imposta indistintamente a mexicanos, argentinos e brasileiros. Poque afora as origens vagamente comuns, cada povo que compõe a chamada "América Latina" possui identidade e características próprias. Confesso que fico irritado quando se referem à música brasileira como "latina". O que é musica latina? Samba é musica latina? Ou rumba? Ou Tango? Ou Bossa Nova? Ou Jass? Nem mesmo o idioma é unanimidade. Diz-se que o idioma predominante é o espanhol. Pode ser dominante em termos de número de países falantes, mas em termos populacionais aparece um predomínio do português. Isso sem falar nos poucos países on

Belo Monte, veículos elétricos e Smart Grid de pobre

A polêmica energética do momento é a construção (ou não) da usina de Belo Monte. De um lado, governo e indústria declaram que a Região Norte necessita desta energia, que de outra forma teria que ser fornecida por termoelétricas. De outro, um coro de ambientalistas, capitaneados pelos índios Txucarramãe e com o apoio de personalidades famosas, como James Cameron, Sigourney Weaver e Sting, opõem-se à obra, alegando que os impactos ambientais podem destruir a floresta na região, por afetar o fluxo natural das águas. A Senadora Marina Silva declarou que ações contra o desperdício de energia resultariam numa economia de 15%, muito superior à capacidade de Belo Monte Leia aqui o texto na íntegra . Na verdade, o desperdício pode ser realmente muito maior, pois toda nossa malha elétrica está dimensionada para suprir a demanda nos horários de pico (tipicamente entre as 17 e as 19hs). No resto do tempo, opera com capacidade ociosa, sobretudo durante as madrugadas, onde o consumo é muito mais bai