tag:blogger.com,1999:blog-314462332024-03-07T07:19:39.215+00:00My African HouseRChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.comBlogger63125tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-1004798768286054572010-03-04T11:20:00.002+00:002010-03-04T11:28:53.849+00:00E ao fim de 5 dias já estou adaptado ao novo fuso horário e à nova rotina. Levanto-me às 6.30h, já o sol vai alto e vou para o ginásio do hotel. Tudo isto para conseguir começar a trabalhar às 8.00. Seguem-se 10 a 11h de escritório, o que significa que quando saio já escureceu há um bom bocado.<br /><br />Mas o bem q sabe o calor quando chegamos à rua. O fantástico que é sentir a animação nas ruas, a música nos bares... <br /><br />Lamento caros amigos em Lisboa, mas isto é muito melhor que estar aí enfiado à chuva :DRChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-68485248332815971612010-03-01T18:57:00.002+00:002010-03-01T19:27:04.868+00:00Maputo, Março 2010<a href="http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/noite.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 448px; height: 299px;" src="http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/noite.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><br />Desde Novembro que não sentia os cheiros e o quente húmido ar de África. Entro no edifício do aeroporto de Maputo e a ‘familiar’ confusão de um aeroporto Africano tem um estranho sabor reconfortante. Quase um regresso a casa.<br /><br />Sento-me no taxi, meto conversa com o taxista e faço o percurso até ao hotel, a responder monossilabos e a absorver toda a vida de Maputo que se desenrola lá fora.<br /><br />Estranha sensação esta de chegar a casa tendo deixado casa e os que amamos. Estou cansado, as 11h sentado no avião amoleceram-me. África é alegria, não é nostalgia.<br />Acordo de manha com a brutal vista da varanda do quarto e mal posso esperar por ir para a rua. Passeio, compro um nr telefone local, passeio mais, meto conversa com mais taxistas e volto ao hotel para meia hora de ginásio antes de ir almoçar.<br /><br />Apanho sol na piscina, leio, inspiro os cheiros e os sons. Como consigo viver sem África?<br /><br /><a href="http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/pano50.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 698px; height: 191px;" src="http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/pano50.jpg" border="0" alt="" /></a>RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-68906822006152907542008-10-03T22:41:00.007+01:002008-10-04T00:14:20.402+01:00Moçambique é 'maningue nice' *Pois foi, estava decidido que queria mesmo conhecer Moçambique e tudo se conjugou para o fazer acontecer. As viagens para Angola estão em ‘hold’ e Mz é um mercado que importa conhecer… nada melhor que pegar na mochila e ir até lá. <br /><br />Tudo em Mz superou as minhas expectativas! É apenas justo que comece por dizer isto. E convenhamos, quem me está a ler neste blog, sabe que não sou exactamente rookie nestas andanças por África.<br /><br />O aeroporto de Maputo parece que saiu da máquina do tempo, mas, ao contrário do de Luanda, veio bem preservado e com melhorias. As pessoas são simpáticas e o visto, imagine-se, foi-me concedido no aeroporto, à chegada, sem nenhumas perguntas feitas.<br /><br />À saída do aeroporto tinha a Sylvia e o Miguel à espera, os meus únicos contactos em Mz e que nem sequer conhecia pessoalmente. E sobre eles ouvirão falar mais vezes de certeza; senti-me tão em casa como se estivesse mesmo em casa. Eles e todas as outras pessoas que fui conhecendo ao longo destes fantásticos 10 dias e de que vos vou falar mais adiante.<br /><br />Sobre Maputo, as fotos são elucidativas, mas para quem está habituado a Luanda, a diferença é enorme. Maputo é ampla, limpa, segura e ordenada e – não fora o hábito de conduzirem do lado errado da estrada – podia bem ser uma cidade Europeia, só que melhor. Melhor porque tem as cores, os cheiros e as gentes de África e melhor porque tem o Índico como moldura.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/100_2880.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Maputo1.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/maputo2.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/taxis.jpg><br /><br />Infelizmente, o tempo neste início de verão em Maputo estava o equivalente a uma primavera europeia. Bom para andar sem mangas de dia, mas menos bom à noite. Mas nem isso me tirou a vontade de lá ficar. Em Maputo fiquei inicialmente dois dias; o suficiente para levar o Miguel ao aeroporto de volta a Lisboa e ainda acompanhar a Sylvia numa reunião, com ar muito profissional (consegui mesmo não me rir, apesar do espanto dos nossos interlocutores); Foi ainda em Maputo que conheci o Daniel, que veio a ser parceiro de férias e caminhadas uns dias depois em Nampula.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/ChapaNampula.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/embondeironampula.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/rochanampula.jpg><br /><br />Ao 3º dia apanhámos o avião para Nampula. Conheci a Raquel que nos trouxe o carro e fomos para as Chocas. Um sítio chatíssimo, onde estivemos com o Daniel e a Ana a apanhar uma terrível seca, rodeados de mar azul-turquesa, areia branca e com a Ilha de Moçambique ao fundo. Felizmente, fomos salvos de uma atroz morte de tédio pelo knowledge da Sylvia na preparação artesanal de caipirinhas e pelos dotes negociais da Ana e do Daniel na compra de caranguejos. Fácil de ver que eu detinha os dotes complementares: comer caranguejo e beber caipirinha – dotes estes que me valeram mais 4kg no fim da viagem.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/vendedorchocas.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/aMalta.jpg><br />Eu com a Ana e o Daniel<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/caipirinha.jpg><br />A Sylvia a fazer caipirinhas com micro-limas e vodka<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/casachocas.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/coqueiroschocas.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/praiachocas.jpg><br /><br />A Ilha de Moçambique é mais um daqueles sítios mágicos, que dificilmente se descreve por palavras ou imagens. Precisa ser sentido, percorrido e vivido. Foi isso que fizemos e foram momentos que não vou esquecer. <br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/ilhamz.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/ilhamz2.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/ilhamz3.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/ilhamz4.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/ilhamz5.jpg><br /><br />Nacala foi o destino seguinte e o Bay Diving lodge, o local de alojamento. Dizer que tinha uma vista deslumbrante para a baía, é um understatement. Ainda por cima, com o bónus adicional de ver as baleias a nadar em busca de alimento de manhã e ao fim da tarde. Aqui conhecemos o Bastian; um alemão sozinho em passeio por África, com quem partilhámos algumas horas de barco e uma festa de fogueira com o <a href="http://www.kingsleyholgate.co.za/current_expeditions.html">Kingsley Holgate</a>. Um sul-africano que conhecemos na noite em que se despedia do tradicional barco à vela do Índico, com que tinha acabado de circum-navegar África em 448 dias. <br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/baydiving1.jpg><br />O Bay Diving<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/baydiving2.jpg><br />A vista ao pequeno almoço (6.30h)<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/100_3231.jpg><br />Bastian, o amigo alemão<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/baydiving3.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/whale.jpg><br />Uma baleia menos tímida<br /><br />Um dia de paragem de Novo em Nampula, onde conheci o museu de etnologia (ena, um museu!!!) e foi o regresso a Maputo, com muita pena minha, deixando para trás dias muito felizes e alguns fantásticos amigos novos.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/raquelmuseu.jpg><br />A Raquel na loja do museu<br /><br />A voltar, de certeza e em breve!<br /><br /><br /><br />* - 'maningue nice' é a versão Moçambicana de 'bué fixe'RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-80526647035434076282008-08-04T22:11:00.000+01:002008-08-04T22:14:17.727+01:0027 meses em AngolaParece que foi ontem, mas já lá vão 27 meses desde que comecei esta minha experiência Angolana. E 13 anos desde que estive aqui a primeira vez. Torna-se evidente, que Angola e toda a experiência de vida aqui, me marcaram e marcam profundamente. <br /><br />Qualquer pessoa que passe pela experiência de viver longe de casa, sabe ao que me refiro se falar do turbilhão de emoções contraditórias. Da montanha russa de emoções. Nuns sítios eventualmente menos evidente, mas num local tão mágico e tão diferente como a África Subsaariana, seguramente muito intensa.<br /><br />No momento que escrevo estas linhas, estou sentado no lounge do 4 de Fevereiro a aguardar o voo tap para Lisboa. E sinto-me numa dessas voltas de montanha russa. Sensação aliás, que acompanhou as minhas últimas semanas aqui. São tantas as coisas que me fazem querer regressar a Lisboa, mas … em simultâneo, são tantas as coisas que me fazem não querer entrar no avião e ficar por cá. Bons amigos (Cátia e Décio, vocês sabem o quanto têm sido importantes para mim), uma vida diferente, longe do fútil e superficial, mais rica do que realmente importa. <br /><br />Esta é uma experiência que não deixa ninguém indiferente e não lamento nem por um minuto ter embarcado nesta viagem. Embora esteja de novo numa daquelas encruzilhadas da vida, África é seguramente um dos caminhos que mais me apetece percorrer.RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-89944127701320689142008-08-04T21:54:00.003+01:002008-08-04T22:04:35.380+01:00N. Srª da MuximaO passeio deste fim-de-semana à Muxima marca, de certa forma, o regresso aos passeios depois de algum tempo de inactividade.<br /><br />Combinei cedinho com o Décio e a Cátia e assim, logo às 8.00 estávamos a sair em direcção À Samba, onde fomos ter com o Nelson e a Helena. Experimentámos a pouco habitual ausência de trânsito na estrada até à Corimba e lá seguimos rumo a sul. Íamos todos convencidos que da estrada de Cano Ledo à N. Srª da Muxima eram uns 40 km, pelo que, quando ao entrar na estrada de terra batida nos deparámos com a placa a informar que estávamos a 120km da Muxima, sentimos todos necessidade de parar o carro na berma e comer qualquer coisa para ganhar coragem.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/DSC00087.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/DSC00091.jpg><br /><br />No entanto, a estrada custou bastante menos a fazer que aquilo que a princípio temíamos. Pelo menos a mim que dormi boa parte do caminho. Acordei no entanto a tempo de ver a pequena localidade a surgir ao fundo, nas margens do rio Kwanza.<br /><br />Muxima é uma aldeia pequena, por qualquer padrão. É muitíssimo conhecida em Angola como destino religioso. Uma espécie de Fátima. Por isso mesmo, poucos expatriados sentem curiosidade de a visitar. No entanto, a única ligação da terra à religião, é uma igreja de tamanho médio, aparentando ser do séc. XVIII. Bem mais interessante é a paisagem e a fortaleza do sec XVI (I’m guessing here, ok; não me tomem por um guia de viagens) no cimo do monte que domina o povoado.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/DSC00095.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/DSC00097.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/DSC00100.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/DSC00101.jpg><br /><br />Na Muxima tivemos mais um daqueles momentos ‘Angola’. Era hora de almoço e naturalmente hesitámos entre as nossas sandes e um restaurante. Como descobrimos que o novo complexo turístico da Muxima tinha restaurante, a opinião unânime foi a de procurar comida no fresco de um sítio com ar condicionado. Assim foi. Perguntamos pelo restaurante à entrada do empreendimento e, depois de estacionar lá nos dirigimos para ele.<br /><br />Entramos e somos surpreendidos pelo bom aspecto da coisa (ok… há que ter em conta q estamos a 250km de Luanda e no meio do mato; ‘bom aspecto’ refere-se às expectativas que tínhamos no momento). Entramos, perguntamos se podemos sentar e escolhemos mesa.<br /><br />Como a senhora demorasse a vir ter connosco, o Nelson decidiu ir falar com ela. E foi nesse momento que descobrimos que… só serviam refeições com encomenda prévia. Mas e nem uma omeleta? – insistimos.<br />Que não, que a senhora estava cansada (estavam duas mesas ocupadas e eram 13h…).<br /><br />Assim sendo, comprámos bebida e fomos aos carros buscar o farnel; ao menos aproveitava-se o ar condicionado.<br /><br />Terminada a refeição decidimos voltar, mas por um caminho diferente. Este envolvia atravessar o kwanza numa barcaça (uma plataforma metálica com um motor de cada lado, para a qual sobem os carros) e seguir até Catete, apanhando aí a estrada – finalmente alcatroada – até Luanda, via Viana.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/DSC00112.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/DSC00113.jpg>RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-80402499825605459182008-07-16T19:53:00.004+01:002008-07-16T20:04:40.851+01:00Demasiado tempo19 de Fevereiro. Foi esta a data da última entrada neste blog. Cinco meses em que o blog-tempo parou; mas só mesmo esse.<br /><br />Aconteceram imensas coisas neste período. Estive em Lisboa, de novo em Luanda e de novo em Lisboa. Hoje, 16 de Julho, acordei com o estremecer do avião a tocar a pista no 4 de Fevereiro em Luanda.<br /><br />Estive os últimos dois meses em Lisboa, a olhar impotente o tempo a escoar-se e sem que nada conseguisse fazer para obter o visto de regresso.<br /><br />E que dois meses. Em Lisboa, dois meses quase não trazem alterações, mas a Luanda que vi hoje, só remotamente lembra a de há dois meses. Batalhões de pessoas limpas as ruas. Há nas estradas um exército de operários e máquinas de asfaltar; nos prédios rodeados de andaimes, multidões reparam tudo.<br /><br />Sei que estamos a poucos meses das eleições e isso pode explicar um pouco. O Governo Provincial de Luanda mudou de titular há pouco tempo e isso explicará outro pedaço. Mas a capacidade de transformação dete povo quando de decide a levar uma obra a cabo é surpreendente.<br /><br />O centro da cidade está transformado. Prédios de cara lavada e pintados numa paleta de cores vivas como só em África se encontra. Ruas que antes eram crateras, são agora lisas como espelhos e o lixo parece finalmente estar sob controlo em vários pontos da cidade.<br /><br />É bom ver-te assim, Luanda.RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-79269067719712161842008-02-19T07:39:00.002+00:002008-02-19T07:44:06.341+00:00Há dias assim<img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/misery.jpg><br /><br />Estava sentada na beira do passeio no espaço entre dois carros. A posição, ironicamente igual à do ‘pensador’, cotovelos apoiados nos joelhos com as mãos no rosto sujo. O corpo nu, completamente nu e nem o menor sinal de estar consciente disso. <br /><br />O rosto tinha o olhar vazio de quem não espera mais da vida. Não um olhar louco. Um olhar triste e vazio de quem não pode ter menos. Nem um resto de pano cobria o corpo despido e maltratado desta mulher. Jovem ainda, sentada no passeio de uma das ruas mais movimentadas de Luanda. <br /><br />As pessoas passavam indiferentes, afastando-se ligeiramente. Do interior dos seus carros de dezenas de milhar de dólares, parados na interminável fila de trânsito que é Luanda durante o dia, alguns deitavam olhares reprovadores.<br /><br />Pareceu que só eu consegui ver um ser humano ali parado, no mais baixo patamar da pobreza, aquele em que um ser humano tem apenas o seu corpo. Nem um único pertence. Mas até eu, embora incapaz de esquecer o olhar devastadoramente vazio, me afastei, empurrado pelo pudor do corpo despido, sujo, ossudo, de quem não recebe nada da vida há muito. <br /><br />A experiência Angolana tem mudado a minha perspectiva da vida. Desde logo, mudei todo o meu sistema de valores e sou agora menos – muito menos – ligado a bens materiais; por outro lado, criei uma capa que me permite conviver com a pobreza no dia a dia, sem deixar de dormir com isso, mas, quando esta tarde decidi caminhar os cerca de 2km desde a baixa ao Kinaxixe, não estava preparado para este murro no estômago.<br /><br />A natureza humana consegue coisas muito desumanas.RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-67811907672029373022008-01-28T17:55:00.000+00:002008-01-28T18:05:29.403+00:00De regresso à acçãoParece que foi ontem, mas já há quase dois meses que não escrevia aqui.<br /><br />Primeiro as festas, Natal, aniversário e ano novo, tudo em Lisboa. Matar saudades da família e amigos, dar mimo à filhota e um banho de civilização em Paris, para vir com a barriga cheia. Mas no final já tinha saudades. Por isso, ainda em Lisboa comecei a preparar as coisas para uns fins-de-semana animados por cá.<br /><br />Novo projecto, a acrescentar ao anterior que não acabou e também uma nova colega: a Mafalda. É a primeira vez em Angola mas não parece estar a desgostar.<br /><br />Assim, tendo este fim de semana um dia extra (25 de Janeiro é o dia de Luanda, que comemorou 432 anos de existência) acabámos por ter tempo para fazer algumas coisas que andávamos a adiar.<br /><br />Juntámos uma boa parte do grupo que foi ao Lubango, enfiamo-nos em 2 carros e partimos para as quedas de água do Sumbe e para a Gabela, com passagem por Porto Amboim. Foi cansativo, mas acho que as fotos mostram que valeu a pena.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/MafaldaemAmboim.jpg><br />A Mafalda em Porto Amboim<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Amboimii.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Amboim.jpg><br />Porto Amboim<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Quedasepontesumbe.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/QuedasSumbe.jpg><br />As quedas de água do Sumbe<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Gabela.jpg><br />A Gabela<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/RCgabela.jpg><br />Mas... já se foi a bateria?RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-30217971848679737442007-12-09T12:45:00.000+00:002007-12-09T18:39:55.539+00:00Festas de Natal, chuva e outros temasNa sexta feira passada fui à festa de Natal dos nossos parceiros, que muito simpaticamente não se esqueceram de mim.<br /><br />A sensação de ir a uma festa de Natal com imenso calor, num espaço aberto, é curiosa. Curioso também foi o facto de, respondendo ao convite, ter decidido ir com traje tradicional africano e, sem saber bem como, ter chegado à final no concurso de trajes tradicionais que foi organizado.<br /><br />Esperem só pelas fotos.<br /><br />Entretanto, ontem era suposto ter ido apanhar um pouco de sol para a praia, no entanto, a época das chuvas pregou-nos uma partida e ficámos todo o dia 'retidos' em casa com uma monumental chuvada. <br /><br />Felizmente passou a tempo do jantar de Aniversário da Marta. A noite começou de forma menos animada. Eu a Inês e o Paulo, na pick-up dele, recolhemos um 'pendura' indesejado que se recusava a largar o carro e nos obrigou a convencê-lo com argumentos mais físicos, por assim dizer.<br /><br />No final tudo passou e passámos a noite a dançar, mesmo até o sol iluminar a pista.<br /><br />E agora que acordei, acho que vou vestir o fato de banho e vou para a praia.RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-47093559091524193982007-12-01T15:24:00.000+00:002007-12-03T10:46:07.797+00:00A semana da águaEsta semana foi diferente. No início, domingo, apareceu uma estanha poça de água na minha casa de banho.<br /><br />De pequenina, passou a razoável, ao amanhecer de segunda. Por esse motivo, pedi a quem faz a gestão da logística que enviasse alguém para ver do que se tratava e, de preferência, reparar.<br /><br />À noite, na segunda, já era impossível andar na casa de banho sem molhar os pés.<br /><br />A pequenina poça transformou-se num lago, que com os dias me foi obrigando a vestir e calçar em cima da cama até que, na sexta, já tinha 'rápidos' que passavam por baixo da porta do meu quarto e desciam pelas escadas de caracol até ao piso de barco.<br /><br />Agora que a repararam, fiquei com saudades. Saudades dos dias em que nadava da cama à banheira e das minhas aventuras de rafting desde o roupeiro à porta.<br /><br />Ah, a vida selvagem.RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-91870207010913885872007-12-03T10:32:00.000+00:002007-12-03T10:41:48.568+00:00O Natal chegou a LuandaÉ verdade, este final de semana decidimos finalmente deixar-nos inundar pelo espírito natalício (e pela chuva també, que choveu como se não houvesse amanhã e alguns de nós tiveram os quartos inundados).<br /><br />Assim, tivemos o primeiro contacto com o Natal 2007 no Belas Shopping.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Natal.jpg><br />A Elisabete e Andreia pediam ao Pai Natal que o tempo voe, para regressarem a Lisboa<br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Natalii.jpg><br />Enquanto eu e a prima Sylvie nos preocupávamos com o tamanho dos nossos presentesRChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-16529066156807943432007-11-24T11:37:00.000+00:002007-11-24T11:49:17.067+00:00RessacaDo latim 'bebum demasiadus'.<br /><br />Quinta feira foi o aniversário do João Tojo, um antigo colega do tempo da PriceWaterhouseCoopers que reencontrei aqui como colega. E na verdade, a culpa da ressaca é toda dele.<br /><br />Dele que tinha excelente vinho em casa, e depois, do Mateus Rosé fresquíssimo, que se bebe como refresco e do excelente jantar picante... enfim<br /><br />O dia de sexta foi duro. Ressaca e duas horas de sono, não são fáceis.<br /><br />Infelizmente, hoje ia toda a gente para o Sumbe e eu acabei por ficar que o corpo ainda pedia mais descanso.<br /><br />Acho que vou aproveitar e vou ao cinema.RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-22262386467674433292007-11-16T08:19:00.000+00:002007-11-18T20:23:35.583+00:00Dia 1: Luanda – LubangoQuando à meia-noite e meia me deitei e coloquei o despertador para as 2.35h, sabia que não ia ser um dia fácil. Sabia. Mas o entusiasmo pela viagem superava todas essas considerações.<br /><br />Por isso, quando eu a Inês e a Andreia saímos de casa às 3.15h para ir buscar o Décio e a Cátia, era maior o brilho nos nossos olhos que o peso nas pálpebras.<br /><br />Chegámos ao terminal dos voos domésticos no 4 de Fevereiro ainda antes das 4.00h e já o resto do grupo nos esperava. Pedro, Zé Simões, Luís e Sylvie estavam com o mesmo brilho que nós.<br /><br />Entrámos, esperamos uns minutos pelo check in e acabámos por ser os primeiros a entrar na sala de embarque, umas 4 horas antes de efectivamente virmos a embarcar. A sala estava gelada, o que muito terá contribuído para a minha faringite dos dias seguintes, mas nem isso nos demoveu de fazer as primeiras das 1600 fotos dos três dias.<br /><br />O surgimento do pequeno Berti, de dentro da mala da Sylvie foi também motivo para grandes festejos e regozijo e ele acabou por se tornar num dos elementos mais carismáticos – e peludos – do grupo.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/S5001255-2.jpg><br />Berti ao colo, a tentar dormir<br /><br />Apesar de não percebermos porquê, o Décio e a Cátia insistiram em partir num voo que deveria sair antes do do resto do grupo e passar pelo Huambo, supomos que para comer pastéis de Belém. No entanto, umas centenas de Kwanzas bastaram para garantir que o nosso 737-700 saía primeiro que o deles e acabámos por ter mais quase meio dia de Lubango.<br /><br />Foi à chegada ao Lubango que as coisas pareceram ficar mais complicadas. A rede Unitel recusava-se a trabalhar e nós não conhecíamos nem o motorista da Hiace (lê-se yáçe) e nem sabíamos outra coisa que não o telefone da pessoa que nos diria onde era a casa.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui22.jpg><br />Ainda pensámos alugar este<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui23.jpg><br /><br />Como o Décio e a Cátia tardaram, tivemos tempo para convencer o Teixeira de que éramos nós o grupo que ele esperava e acabámos por andar com ele todo o fim-de-semana. Claro que não o teríamos conseguido sem o olhar doce do Berti.<br /><br />Depois do grupo completo, lá embarcámos no nosso ‘candongueiro’ e fomos conhecer a cidade e a casa. O Lubango deixou-nos a todos em silêncio. Uma cidade linda, limpa, organizada e a anos-luz da confusão de Luanda.<br /><br />Posso jurar que ouvi mais do que uma voz a fazer juras de amor eterno à cidade e a prometer viver ali para sempre. E uma delas era minha<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui62.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui66.jpg><br /><img src = http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze417.jpg><br />vistas da cidade do Lubango<br /><br />Depois de instalados na nossa fantástica moradia com vista para a cidade e de comermos um almoço de funge no Huíla Café (o único com estrelas no Guia Michelin), decidimos partir para a fenda da Tundavala, com o Décio como nosso corajoso candongueiro.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui111.jpg><br />As damas na varanda da casa<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui159.jpg><br /><br />A Tundavala foi, a todos os níveis, uma experiência de cortar a respiração. Não só está localizada a uma imensa altitude (partimos do Lubango, já de si a 1760m e subimos, subimos, subimos…) mas, essencialmente, porque é um daqueles lugares mágicos em que a força e a beleza avassaladora da natureza nos reduzem á pequenez de humanos. Foi um momento mágico que jamais esqueceremos e que as fotos, embora belas, nem de perto conseguem ilustrar.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui179.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui160.jpg><br /><br />Depois de muitas caminhadas e escaladas, lá partimos montanha abaixo, guiados pelo intrépido Décio, no ‘candongueiro’ mais veloz do oeste (oeste do Huíla, bem entendido).<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze130.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze108.jpg><br /><br />Por esta altura, todos puderam descansar um pouco os ouvidos, pois a minha voz foi-se, levada pela faringite. Um descanso para os demais e uma frustração para mim.<br /><br />Voltamos ao Huila Café (o único com um Leão de Ouro no Festival de Veneza) onde temos um jantar demorado, o que, associado a mais de duas dezenas de horas sem dormir, não melhorou muito o nosso aspecto de zombies de um filme serie B.<br /><br />Para mim foi xixi cama e adormecer em 0,3 segundos.RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-55508931263611262732007-11-18T02:51:00.000+00:002007-11-18T02:55:41.491+00:00O que faltou mostrar<img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/S5001329.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/S5001330.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze119.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze080.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze054.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeDC27.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze416.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui247.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze386.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui119.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeSC078.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze351.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeSC10.jpg>RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-29722950031144163852007-11-18T02:47:00.000+00:002007-11-18T02:51:31.058+00:00Dia 3 - Lubango LuandaAcordámos cedo. Demasiado, a avaliar pelas olheiras gerais. Mas não havia bilhetes para Luanda e precisávamos ir para o aeroporto procurar resolver essa <em>maka</em>.<br /><br />Assim, depois de uma breve passagem pelo Huíla Café (o único com um Pullitzer) para pequeno almoço, fomos para o aeroporto, onde acabámos por ficar em stand by até, finalmente, conseguir embarcar por volta das 17.00h<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/S5001457.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/S5001465.jpg>RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-48228569231765715662007-11-18T02:36:00.000+00:002007-11-18T02:47:11.876+00:00Dia 2: Lubango – Namibe – LubangoTínhamos decidido estar prontos às 6.00, para nos encontrarmos com o Teixeira às 6.30 à porta do Governo Provincial do Lubango. Digo tínhamos, porque acabámos por sair já depois das 7.00, com muitos lamentos de que teria dado perfeitamente para ir tomar pequeno-almoço ao Huíla Café (o único distinguido com o prémio MTV Video Music Awards).<br /><br />Ainda assim, encontrámos o Teixeira bem disposto e rapidamente trocou o volante com o Décio. Partimos assim rumo ao Namibe.<br /><br />A primeira paragem foi no Cristo-Rei do Lubango; finalizado em 1960, ergue-se na montanha sobre a cidade e parece recebê-la nos seus braços.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui274.jpg><br /><br />Poucos minutos depois chegámos à Serra da Leba, eventualmente o mais conhecido ex-líbris do Lubango e foi mais uma vez um cenário de cortar a respiração, apenas cortado pela presença constante de cerca de duas centenas de paparazzis que não nos abandonaram na viagem toda.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui293.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui301.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeSC153.jpg><br /><br />Desse momento para a frente, a paisagem que desfilava pelos vidros da hiace, foi passando do verde luxuriante, para o amarelo do deserto do Namibe.<br /><br />Os minutos passavam entre a barulhenta euforia de um grupo de pessoas que se divertia e o completo silêncio de contemplação, nos momentos em que atravessávamos os mais fascinantes cenários. Centenas das mais de 1600 fotos do final de semana foram feitas nesta estrada.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui319.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Picture_079.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Picture_080.jpg><br /><br />Perto da hora de almoço, chegámos finalmente à cidade de Namibe, capital da província homónima. Confesso que não estava preparado para o que vi. Na minha opinião, a mais bela cidade das que conheço em Angola. Tão limpa e organizada como Lubango, mas com o mar azul a emprestar-lhe uma cor e um cheiro para lá do descritível. <br /><br />Naturalmente, as fotos não lhe fazem a justiça devida, mas dão uma aproximação.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui330.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui331.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui333.jpg><br /><br />Atravessámos a cidade e fomos mais para sul em busca da famosa <a href=" http://pt.wikipedia.org/wiki/Welwitschia">Welwitchia Mirabillis</a>, uma planta que apenas existe no deserto do Namibe (partilhado por Angola e Namíbia). Foi também o momento em que caminhei com o Zé, a Sylvie e o Pedro pelo deserto, ao longo de quase uma hora. Desta vez, nem o Berti nos quis acompanhar.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui337.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/LubangoNamibeRui336.jpg><br /><br />Regressámos à cidade para um mergulho na praia da Miragem e almoço frente ao mar. <br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze367.jpg><br /><br />A viagem de regresso fez-se maioritariamente de noite e, de novo, deixei todos descansar ao tornar a ficar sem voz. Como todos estivessem bastante cansados e sem coragem de ir ao Huila Café (o único com um Nobel da Academia), acabámos por comer pizza (prato típico desta zona de Angola) em casa.RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-34386291009089523642007-11-15T14:12:00.000+00:002007-11-15T14:16:42.347+00:00Lubango e Namibe @ heartAinda antes da descrição do final de semana que – reforço – foi maravilhoso, gostava de falar um pouco sobre a magia de África, ou o feitiço da água do Bengo. <br /><br />Seja o que for que se lhe queira chamar, esta vastidão, esta paisagem e estas pessoas, são, mesmo em grupo, uma experiência individual e espiritual única. Cada um de nós sentiu-a de forma diferente, mas foi indisfarçável que todos e cada um de nós foram tocados no coração pela magia de África.<br /><br />E é fácil prová-lo:<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/namibe.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze312.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze307.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze147.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Lubango_Ze306.jpg>RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-51392829329945713452007-11-13T08:04:00.001+00:002007-11-13T08:07:03.874+00:00Para ti, Elisabete.Enquanto não tenho tempo de escrever e publicar as fotos do maravilhoso final de semana, pelo menos deixo uma mensagem à Elisabete, que não teve o visto atempadamente e não pode estar connosco.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/S5001455.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/S5001456.jpg>RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-54047637673269356052007-11-01T21:15:00.000+00:002007-11-01T21:30:55.790+00:00De vez?Estou há muito tempo sem escrever. A todos os que me perguntam, vou tentando desculpar-me com o tempo ou o trabalho. Na verdade, não sendo isso mentira, há outras razões para a ausência de escrita.<br /><br />Com o tempo, a rede de relações que criei em Angola tornou-se muito forte. A Ana, especialmente, mas para além dela e depois dela, muitas outras pessoas ajudaram a minha integração.<br /><br />Descobri que o ambiente humano é diferente, em África. Não só entre os expatriados, que partilham esta distância que nos torna mais próximos, mas também o calor e alegria do povo Angolano se tornou um bálsamo difícil de dispensar.<br /><br />Descobri que aqui posso, de facto, ajudar outras pessoas; não só profissionalmente, mas também na vida, há aqui pessoas muito necessitadas e descobri que parte da minha felicidade passa por trazer felicidade aos outros. Sem os cinismos e competitividade fútil de Lisboa, em que mais um punhado de Euros parecem ser um fim que justifica qualquer meio.<br /><br />Aos poucos, o sofrimento que sentia ao partir de Lisboa para Luanda, inverteu-se e hoje, custa-me tremendamente mais deixar a minha vida em Angola para regressar em Lisboa. <br /><br />A partir do momento que aceitei estes sentimentos, ficou evidente que, para ser feliz, tinha que fazer alguma coisa. <br /><br />A decisão foi tudo menos fácil. Mas um grupo de pessoas excelentes acabou por me deixar uma única via aceitável. Decidi assim esta semana, que pretendia que o meu futuro passasse por África.<br /><br />Assumi que pretendo – com o actual ou outro empregador – trabalhar em África e procurar encontrar-me aqui. Não sei se por muitos anos, se por poucos. Já vivi demais para ainda acreditar que se podem ter essas certezas, mas sei que neste momento, é em Angola que quero estar.<br /><br />Ter conhecido a Sylvie, ainda mais viajada que eu, fez-me perceber que não era um sentimento contra-natura, esta coisa de querer deixar a ‘civilização’ e sentirmo-nos felizes num outro sítio que maior parte dos nossos amigos considera inabitável.<br /><br />A todos os que me ajudaram neste percurso interior, o meu mais profundo obrigado. Vocês sabem quem são, mas deixo aqui algumas fotos de bons momentos que partilhámos.<br /><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/100_0286.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/100_1362.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Caboledo134.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/DSC01152.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/IMG_1552.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/kizombanokintal.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/100_1450.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/P7090006.jpg><br /><img src= http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/pordosolcaboledo.jpg><br /><br /><br /><br />versão integral no meu <a href="http://negociodocostume.blogspot.com">BAU</a>RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-40008310160852215272007-10-15T18:04:00.000+01:002007-10-15T18:24:00.688+01:00uaaaaaaaa! (bocejo)<em>DISCLAIMER:Não quero que pensem que isto é só borga, mas fins de semana são mesmo assim, devem ser aproveitados!</em><br /><br />Confirmaram-se as previsões, foi um daqueles fins de semana em que me portei como se tivesse menos 20 anos! Mas a culpa não foi minha, os meus colegas (eles sim, com menos 10 anos) é que me obrigaram, eu nem queria.<br /><br />Comecemos por sexta... jantar no 'Kintal da Ti Guida' e depois o grupo dividiu-se. Uns foram para o ChillOut e depois Eden, outros - nos quais me incluo - para o Palos. <br /><br />No Palos havia a festa Marlboro Ferrari Racing e as entradas estavam limitadas a detentores de convite. Não é que eu seja VIP nem nada dessas mariquices, mas a Marta, essa querida, foi para Lisboa mas deixou-me o convite dela e como a Inês também tiha um, lá fomos. A coisa foi gira: havia umas mocinhas vestidas (mas pouco) com roupas da Ferrari Gear e o pessoal todo a sonhar em fazer test-drives às 'piquenas'. Foi uma canseira, porque estava a ser aborrecido e só conseguimos chegar a casa às 7 da manhã.<br /><br />Sábado decidimos ser mais ajuizados. Assim, depois do Churrasco em casa do JC, fomos calmamente tomar o copo ao ChillOut e dançar um pouco. A coisa estava a ser chata e assim, umas 3 ou 4 horas depois fomos para o Eden, que é logo ao lado - tanto assim, que alguns decidiram ir pelo areal da praia.<br /><br />Bem,a entrada estava complicada, mas isto de ser uma minoria étnica às vezes tem vantagens e a Inês lá consegui que deixassem entrar aqueles 7 tugas de ar infeliz e sóbrio. <br /><br />Depois de umas simpáticas senhoras locais me terem mostrado o que sentia o queijo no meio de duas fatias de pão quente, a coisa animou mais um pouco e acabámos por sair só para ir 'mata-bichar', já havia sol na praia.<br /><br />Por fim, Domingo, vencidos pelo sono e pelo cansaço, fomos almoçar já às 16 e, curiosamente, todos de óculos de sol.<br /><br />Por isso, por favor, podem ler, rir e comentar, mas falem baixo e não acendam as luzes, tá bem?RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-12880309375926962552007-10-12T14:50:00.000+01:002007-10-12T14:55:39.010+01:00'Hat Trick' on the wayAinda não são 3 da tarde e já dormia uma sestinha... ninguém nos manda ir à quinta-feira dançar para o Palos até às 3 da manhã. Especialmente tendo que nos levantar às 6.30.<br /><br />Ainda por cima hoje é sexta, dia de ir ao Chill-Out ver os Buraka Som Sistema e depois à festa do Palos. <br /><br />E amanhã vai ser sábado, dia de ir a outro lado qualquer.<br /><br />Avizinha-se um <em>hat-trick</em>, ai que já não tenho idade para isto.RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-5401594296787865232007-10-11T08:58:00.000+01:002007-10-11T17:59:59.052+01:00RetornoÉ verdade, mais uma viagem a Lisboa e cá estou de novo.<br /><br />Desta vez trouxemos a Andreia, que vem pela primeira vez a África e vai ficar conosco no projecto até... até acabar, lá para Agosto.<br /><br />A Andreia assustou-me um pouco, no início, porque a sua primeira reação não foi muito positiva. Ficou bastante chocada e alarmada com tudo o que viu e achou que não ia querer ficar. Felizmente, tem alterado a sua opinião e já anda animada.<br /><br />Ou andava, porque hoje de manhã partiu um 'salto' de um dos sapatos e ficou com um humor de cão. É natural.<br /><br />Entretanto, aproximam-se as chuvas e os dias de praia e começamos a sentir o tradicional clima quente e húmido dos trópicos. Tinha saudades disto!<br /><br />Sábado teremos uma festa no Palo's, que a ver pela do último fim de semana (ver fotos nalguns dos blogs ali linkados ao lado)... deve vir a ser muito boa!<br /><br />Depois conto.RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-77960226018341210592007-09-20T12:18:00.000+01:002007-09-20T12:23:39.143+01:00Malanje - Dia 3Acordámos cedo, e fizemo-nos à estrada. Desta vez não desejávamos demorar 10 horas no caminho, especialmente porque, sendo dia do Herói Nacional – Agostinho Neto – adivinhava-se trânsito e confusão à passagem por Catete, a sua terra natal.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/mercado.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/praa.jpg><br /><br />Desta vez, a viagem começou com a Inês a conduzir. A seguir ao almoço no Ritz em Ndalatando (não se deixem enganar pelo nome do restaurante), conduzi durante umas duas horas e no final, foi a Elisabete a trazer, valentemente, o carro até ao centro de Luanda, resistindo estoicamente ao trânsito de Viana.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/redroad.jpg><br /><br />Ficou uma viagem memorável para todos. De tal forma que, apesar do cansaço, ninguém dormiu antes de vermos e partilharmos as centenas de fotos que fizemos da viagem.RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-81469990944244960852007-09-20T12:04:00.000+01:002007-09-20T12:12:33.161+01:00Malanje - Dia 2Acordei cedo, muito cedo. Na verdade nem dormi muito, porque os nossos vizinhos do prédio em frente insistiram em ter uma festa de Kuduro até perto das cinco da manhã.<br /><br />Seja como for, antes das 6:30 estava a tomar banho. E em boa hora o fiz. Na noite anterior, ao aceder a tomar banho em último lugar, acabei por ficar sem água e não o poder fazer. Por outro lado, domingo de manhã, ao optar por um banho madrugador, acabei por ser o único que conseguiu tomar banho, já que os restantes acordaram já sem água no hotel.<br /><br />Pequeno-almoço tomado (e banho tomado, mas só no meu caso), partimos estrada fora rumo ao desconhecido. E só vos posso mostrar o quanto foi bonito.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/arvore.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/estrada.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/minas.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/compras.jpg><br /><br />Algures a meio do dia, decidimos voltar para trás e ir ver as famosas quedas de água de Kalandula (quedas do Duque de Bragança, no tempo da outra senhora). Ainda não decidi se foi uma decisão acertada; por um lado, foi seguramente das paisagens mais deslumbrantes e espantosas que já vi, por outro lado, a estrada foi a pior que já passei a as 2 horas para cada lado que os cerca de 40km demoraram a fazer foram, confesso, muito penosas para todos. <br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/cartaz.jpg><br /><br />Enfim, passados 3 dias sobre a coisa, tendo a recordar mais a fantástica vista que o desconforto e dores, o que deve ser indicativo da sensatez da viagem.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/cabra.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/quedas.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/river.jpg>RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-31446233.post-3249947932130977462007-09-20T11:52:00.001+01:002007-09-20T12:00:53.143+01:00Malanje - Dia 1Sexta-feira saímos para jantar no D Elsa, o restaurante da Fortaleza; é habitual que o serviço demore, mas desta vez foi um pouco exagerado. Três horas – sim, leram bem – foi quanto demorou a comida a chegar. Assim, nem sequer fomos dançar e decidimos antes ir dormir. <br /><br />Ficou combinado entre todos que nos encontraríamos, já prontos, às 5:30 da manhã, uma vez que o ponto de encontro era o Kinaxixe às 6:00. Apesar do sono, enfiei-me no banho às 5:15 e á hora combinada lá estava à porta. A Elisabete já lá estava, mas da Inês, nem sinal. Olho para a casa dela e reparo que as luzes estão todas apagadas.<br /><br />- A Inês adormeceu! - Disse eu à Elisabete, enquanto desatava a bater na porta dela como se não houvesse amanhã. Uns segundos depois aparece a Inês, com um ar surpreendido de quem ainda nem percebeu onde está. À pressa, arrumamos as coisas da Inês enquanto ela se veste, sob ameaça de a vestirmos a ela se não o fizesse sozinha em 5 minutos.<br /><br />Resultou!<br /><br />Por fim, depois de se reunir toda a excursão, lá saímos às 6:20 para a estrada.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/partida.jpg><br /><br />Seguimos o muito trânsito que saía de Luanda, mesmo àquela hora. Aparentemente todos os Luandinos (naturais ou emprestados) decidiram sair da cidade. Poucos km’s depois, chegamos finalmente à paisagem africana… e acabamos por fazer a primeira paragem em Catete.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/breakfast.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/endlessroad.jpg><br /><br />Mais umas horas de viagem nestas paisagens deslumbrantes e o altímetro do jipe chega pela primeira vez aos 1000m; tínhamos chegado ao planalto central.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/1000m.jpg><br /><br />As horas de saltos nos buracos da estrada sucederam-se e permitem-nos apreciar não só a fantástica paisagem, mas tb a conhecida perícia da condução Angolana.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/accident.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/accidentii.jpg><br /><br />Finalmente chagámos a Ndalatando onde abastecemos os depósitos dos carros e os nossos estômagos<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/ndalatando.jpg><br /><br />Retomamos a estrada rumo a Malanje, para penar mais umas horas nos inúmeros e inclementes buracos, que cheguei a pensar iriam desconjuntar o nosso jipe peça por peça. Felizmente não aconteceu.<br /><br />Por fim, dez horas depois de ter começado a conduzir, entramos em Malanje. Uma das cidades mais fustigadas pela guerra, que sobreviveu algum tempo a um cerco da UNITA. As marcas da guerra são visíveis, mas ainda é mais o progresso que chega e a vontade de fazer a cidade renascer.<br /><br />Vamos ao hotel onde recebemos a chave do nosso ‘quarto familiar’ o que significa que cinco caramelos que nunca se viram mais gordos – ou viram, mas não em pijama – vão ter que dormir juntos. Enfim, campismo em 4 paredes.<br /><br />Aliás, esta coisa da não-planificação acabou por ser um dos elementos marcantes da viagem e que lhe deu o melhor sabor de aventura; simplesmente fomos decidindo o que fazer, onde ir e onde dormir, à medida que nos aproximávamos dos pontos que requeriam tomadas de decisão.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/Hotel.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/correio.jpg><br /><br />Ainda antes de dormir, fomos jantar com o resto do grupo que ficou em casa de conhecidos. Enquanto os esperávamos, vi uma árvore muito bonita e saquei da máquina fotográfica; acto contínuo, um grupo com pelo menos uma dezena de crianças rodeou-me e acabei por ficar um bom pedaço a fazer fotografias deles e a mostrar-lhas, para sua grande felicidade. Um momento inesquecível.<br /><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/osputos.jpg><br /><img src=http://i15.photobucket.com/albums/a370/reiaru_2000/100_1290.jpg>RChttp://www.blogger.com/profile/13192752732775930939noreply@blogger.com1