sábado, 31 de julho de 2010

HLT - Cursos

DEVIDO AO SUCESSO DO TREINAMENTO DO REVIT ARCHITECTURE
ABRIU-SE UMA TURMA EXTRA EM AGOSTO
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INICIANDO DIA 02 DE AGOSTO/2010






Sagrada Família de Gaudí

O Templo Expiatório da Sagrada Família, conhecido simplesmente como a Sagrada Família, é um grande templo de Barcelona (Espanha), desenhado pelo arquitecto catalão Antoni Gaudí, e considerado por muitos críticos como a sua obra mestra, e o máximo expoente da arquitectura modernista catalã.

O projecto foi iniciado em 1882, e assumido por Gaudí em 1883, quando tinha 31 anos de idade, dedicando os seus últimos 40 anos de vida, os últimos quinze em exclusiva. A catedral, que deveria ter sido financiada principalmente à base de doações dos habitantes da cidade, foi paralisada em 1936 devido à Guerra Civil Espanhola.

A construção começou em estilo neogótico, mas o projecto foi reformulado completamente por Gaudí ao assumi-lo. O Templo foi projectado para ter três grandes fachadas. A fachada da Natividade, quase terminada com Gaudí ainda em vida, a fachada da Paixão, iniciada em 1952, e a da Glória por realizar-se. Segundo o seu proceder habitual, a partir de esboços gerais do edifício improvisou a construção à medida que avançava.

Uma das suas ideias mais inovadoras foi o desenho das elevadas torres cónicas circulares que sobressaem apontadas sobre os portais, estreitando-se com a altura. Projectou-as com uma torção parabólica dando uma tendência ascendente a toda a fachada, favorecida por múltiplas janelas que perfuram a torre seguindo formas espirais.
O templo, quando estiver terminado, disporá de 18 torres: quatro em cada uma das três entradas-portais e, a jeito de cúpulas; dispor-se-á um sistema de seis torres, com a torre zimbório central, dedicada a Jesus Cristo, de 170 metros de altura, outras quatro ao redor desta, dedicadas aos evangelistas, e um segundo zimbório dedicado à Virgem. O interior estará formado por inovadoras colunas arborescentes inclinadas e abóbadas baseadas em hiperbolóides e parabolóides buscando a forma óptima da catenária.

Estima-se que poderá levar no seu coro 1.500 cantores, 700 crianças e cinco órgãos. Prevê-se, que no final da construção, por volta de 2025, terá início a restauração da parte mais antiga.

Em 1926 faleceu Gaudí, quando somente se construíra uma torre. Do projecto do edifício só ficam planos e um modelo em gesso que resultou muito danificado durante a Guerra Civil espanhola.[2] Desde então prosseguiram as obras: actualmente estão terminados os portais da Natividade e da Paixão, e foi iniciado o da Glória, e estão em execução as abóbadas interiores.

A obra que realizou Gaudí, é dizer, a fachada da Natividade e a cripta, foi incluída pela Unesco em 2005 no Sítio do Patrimônio mundial.

Sky Park - Cingapura

Se você quer curtir um mergulho nessa piscina, você vai precisar gostar de altura... é no 55º andar!


Mas, nadar na borda não é tão arriscado quanto parece. Enquanto a água da piscina “infinita” parece terminar em um despenhadeiro, na verdade ela escorre para uma espécie de canal, de onde é bombeada de volta para a piscina principal. Tem três vezes o tamanho de uma piscina olímpica (150 metros de comprimento), é a maior piscina do mundo ao ar livre, nessas alturas.

Foi feita no impressionante "Skypark", um espaço de lazer em forma de barco, empoleirado sobre as três torres que compõem o hotel mais caro do mundo, que custou a ‘bagatela’ de 4 bilhões de libras esterlinas (quase inimaginável o número de zeros à direita em reais...), é o Marina Bay Sands, na cidade de Cingapura.
A Marina Bay Sands inaugurou um fantástico hotel em Singapura.


Nele existe algo nunca antes visto chamado de Sky park.

O Sky Park possui 380 metros de comprimento, superior a três campos de futebol juntos.

O projecto pouco comum é do arquitecto Moshe Safdie.

Construir o Sands Sky park custou 80 milhões de dólares, uma boa parte desse do valor gasto na aquisição de 7.000 toneladas de aço.

Está localizado a uma altura de 200 metros sobre três arranha-céus, como se fossem três pilares.

Cassino, bares, restaurantes, a maior piscina ao ar livre e o Museu de Arte Moderna.

O Sands Sky park dispõe de uma piscina com borda infinita de 150m, a maior piscina ao ar livre do mundo com uma altura de 380 metros, existe um jardim com 250 árvores e 650 tipos de plantas, restaurantes com estrelas e um deck de observação que proporciona uma bela vista panorâmica do mar.

O deck possui a capacidade para 900 pessoas ao mesmo tempo, enquanto que a capacidade total do Sky park é de 3900 pessoas.




quinta-feira, 29 de julho de 2010

29 de julho morte de Van Gogh

Vincent Willem van Gogh Zundert, 30 de Março de 1853 — Auvers-sur-Oise, 29 de Julho de 1890 foi um pintor pós-impressionista neerlandês, freqüentemente considerado um dos maiores de todos os tempos.

Sua vida foi marcada por fracassos. Ele falhou em todos os aspectos importantes para o seu mundo, em sua época. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência ou até mesmo manter contactos sociais. Aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, suicidando-se.

A sua fama póstuma cresceu especialmente após a exibição de 71 das suas telas em Paris, a 17 de Março de 1901. Somente após a sua morte sua obra foi amplamente reconhecida.

Van Gogh é considerado pioneiro na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas, sendo a sua influência reconhecida em variadas frentes da arte do século XX, como por exemplo o expressionismo, o fauvismo e o abstraccionismo.

O Museu Van Gogh em Amsterdã é dedicado aos seus trabalhos e aos dos seus contemporâneos.

sábado, 24 de julho de 2010

História da Arquitetura

A história da arquitetura está diretamente relacionada à evolução humana. A arquitetura passou a existir quando o homem começou a construir para se proteger de predadores e dos fenômenos naturais. Novas demandas sociais (como o crescimento das civilizações, a necessidade de interligação entre cidades, o abastecimento de água, a consolidação de crenças religiosas) ou mesmo a simples busca por formas agradáveis aos olhos forçaram a humanidade a buscar novos materiais, novas ferramentas e técnicas de construção. É assim que a arquitetura continua evoluindo até hoje.

Dos tijolos de barro seco ao concreto armado, das casas mais primitivas aos arranha-céus, das primeiras tumbas sagradas às grandiosas catedrais européias, de pequenos vilarejos pré-históricos às ilhas artificiais, o arquiteto continua contando a história do Planeta Terra, em linhas, texturas e cores....

Le Corbusier - Citação

Le Corbusier – 1927



“Você utiliza pedra, madeira e concreto, e com esses materiais constrói casas e palácios. Isso é construção. A engenhosidade está em ação”.

Mas repentinamente, você toca meu coração, me faz sentir bem.Estou feliz e digo: ”Isto é bonito”.Isso é arquitetura.A arte entra em ação.

Minha casa é prática.Agradeço –lhe de coração, como poderia agradecer aos engenheiros, ferroviários ou ao serviço telefônico.Você não tocou meu coração.

Mas suponhamos que as paredes se ergam em direção ao céu de tal maneira que fico emocionado.Eu percebo suas intenções.Seu estado de espírito foi gentil, brutal, encantador ou nobre.As pedras que ergueu me contam isso.Você atrai minha atenção ao local e meus olhos o observam – eles contemplam algo que expressa um pensamento.Um pensamento que se revela sem madeira ou som, mas tão somente por meio de formas que guardam uma certa relação entre si.Essas formas apresentam uma natureza tal que são claramente reveladas à luz.As relações entre elas não se referem necessariamente àquilo que é prático ou descritivo.São uma criação matemática da nossa mente.São a linguagem da arquitetura.Através do uso de materiais brutos, e partindo de condições mais ou menos utilitárias, você estabeleceu certas relações que suscitam as minhas emoções.Isso é arquitetura!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Ato público em preservação das árvores na avenida do CPA.

Ato público em preservação das árvores na avenida do CPA e da construção de um projeto paisagístico junto as adequações viárias em prol da melhoria do trânsito em nossa capital.

Solidário a atitude do artista plástico Miguel Penha, o ARCAU apoia a causa verde.
 Precisamos do seu apoio para um abaixo assinado, reivindicando que seja incluso um plano paisagístico, no projeto do BRTurbo em Cuiabá.



Leia na integra o abaixo assinado:

Exmo(a)s. Srs./Sras.,


As mudanças climáticas são uma realidade inevitável. O Brasil foi o primeiro país a assinar a Convenção da ONU sobre Mudanças de Clima, em 1992, e desde então deveria inserir nas suas políticas os desafios associados às causas e impactos do aquecimento global.


Como consumidor, artista e consciente do problema e da minha responsabilidade venho exigir do governo estadual que, as árvores da avenida do CPA não sejam removidas para a execução do projeto BRTurbo, entendo as necessidades no trânsito, sou usuário do transporte coletivo e conheço todas as dificuldades que nós sofremos, mas isso não serve de "muleta" para que o projeto seja aprovado sem antes levar um conta um projeto paisagístico, nossa cidade precisa e muito das árvores.


Venho exigir que o governo também faça a sua parte mediante a efetiva implementação de políticas públicas que promovam e que estimulem pensamentos mais verdes, a solução para uma grande obra não seja de imediato a retirada total ou parcial da vegetação local, mas que esta conste no projeto seja parte integrante e indissociável do projeto.


O papel do Poder Público é fundamental para que nós consumidores possamos exercer nossa responsabilidade e fazer mudanças mais significativas.


Todos os níveis de governo (municípios, estados e União) têm responsabilidades e atribuições para medidas e políticas que garantam a sustentabilidade ambiental e social do país e diminuam as nossas emissões de gases de efeito estufa. Por isso, apelamos para que no projeto de mudanças viárias da nossa capital e a introdução do BRTurbo sejam respeitadas as características já existentes, que as árvores na avenida do CPA não sejam retiradas, e que seja criado um projeto paisagistico para todo o entorno do BRTurbo.

Clique no link para participar do abaixo assinado:


Mais informações no site:  www.miguelpenha.com/


Miguel Penha A vida é séria, a arte é alegre

Nota Pública - IAB Direção Nacional

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Edifício em movimento



David Fisher, arquiteto italiano visionário, lançou o revolucionário Dynamic Tower, o primeiro edifício em movimento que será construído em Dubai e Moscou, tendo também planos para outros locais no mundo todo.

O Edifício terá 80 andares e 420 metros de altura, os apartamentos terão uma média de 124m² chegando às vilas com 1200m², que já vem com uma vaga de automóvel dentro do próprio apartamento.

O primeiro arranha-céu giratório terá energia própria e será completamente pré-fabricado.

Ele é totalmente autossuficiente em matéria de energia, pois sua fachada é coberta de placas fotovoltaicas, que absorvem a luz solar transformando-a em energia elétrica, e possui um sistema de 79 turbinas localizadas entre cada andar que giram com o vento produzindo toda energia consumida e um excelênte que é utilizado em outras construções.

Outro diferencial é a capacidade que cada andar possui de dar giros independentes de 360º mudando a aparência do edifício a cada 5 minutos.

O Dynamic tower também é o primeiro arranha-céu a ser totalmente construído a partir de peças pré-fabricadas que são personalizadas em oficinas, resultando em economia de pelo menos 20%.

Esta abordagem também conhecida como método fisher, também exige bem menos trabalhadores no local da construção. Cada andar do edifício pode ser concluído em apenas 7 dias, e os edifícios serão construídos em uma fábrica.

Ao combinar movimento, energia verde e construção eficiente, o Dynamic Tower, mudará a arquitetura que hoje conhecemos e introduzirá uma nova era de moradia dinâmica.

A segunda torre será em Moscou, que terá 70 andares e 400 metros de altura, e a intenção é construir o terceiro Dynamic Towers em NY.

Outros DT serão construídos em otros países, após um interesse de governos, representantes oficiais públicos e construtores do Canadá, Alemanha, Itália, Coréia e Suiça.

As reservas para os apartamentos já começaram, e por apenas U$ 30 milhões você pode adquirir um. Então está esperando o quê??? Reserve já o seu ...

Arquiteto x Engenheiro

De acordo com a Lei 5.194 de 25 de Dezembro de 1966 e pela resolução 218 de 29 de Junho de1973 do CONFEA - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, na área das edificações urbanas tanto o Engenheiro Civil quanto o Arquiteto tem as mesmas atribuições profissionais. Isto é o Arquiteto é legalmente habilitado para projetar e calcular um edifício, assim como o Engenheiro Civil pode projetar e calcular um edifício, portanto legalmente não há distinção entre Engenheiros Civis e Arquitetos.

A grande diferença está na formação académica de cada um. Numa abordagem mais genérica, a formação do Aquiteto é baseada em disciplinas de projeto distribuídas em 5 anos de curso, com uma carga de aproximadamente de 3500hs só de projeto e cerca de 500hs para o desenvolvimento de cálculos estruturais e resistência dos materiais. O Engenheiro Civil tem em sua formação 4000hs de cálculos estruturais, resistência dos materiais e física e etc... e 160hs ou menos para desenvolvimento de projetos arquitetônicos.

O Arquiteto e Engenheiro Civil tem um objetivo em comum, edificar com qualidade, solidez e economia.

Ruy Ohtake



Ruy Ohtake (São Paulo, 27 de janeiro de 1938) é um arquiteto e designer de móveis brasileiro. É responsável por mais de trezentas obras realizadas no Brasil e no exterior.

O Renaissance São Paulo Hotel, paralelo à Avenida Paulista, em São Paulo.Filho primogênito da artista plástica Tomie Ohtake e do agrônomo Alberto Ohtake (falecido em 1961), Ruy estudou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, onde se formou em 1960.

Ruy Ohtake foi casado com a atriz Célia Helena, falecida em 1997, com a qual teve sua primeira filha, Elisa, atriz. Depois, se casou com a arquiteta Sílvia Vaz e teve seu segundo filho, Rodrigo, também arquiteto.

No ano de 1999, Ohtake foi convidado para fazer parte do 20.º Congresso da União Internacional de Arquitetos, em Pequim, ao lado de Jean Nouvel e Tadao Ando. De acordo com Oscar Niemeyer, Ohtake é um dos mais legítimos representantes da arquitetura brasileira.

É de Ohtake, por exemplo, entre outras obras, os hotéis Unique e Renaissance, o Parque Ecológico do Tietê, o sistema de transporte urbano Expresso Tiradentes e a sede social e cultural do São Paulo Futebol Clube.

Em Brasília, o arquiteto assina o Hotel Blue Tree, o Estádio do Gama, o Brasília Shopping. No exterior, é ele o responsável pela Embaixada Brasileira em Tóquio, no Japão, e pelos jardins e pelo museu aberto da Organização dos Estados Americanos, nos Estados Unidos.

Ohtake ainda assina o projeto de adequação do Estádio Cícero Pompeu de Toledo ou Morumbi para a Copa do Mundo de 2014 que será realizada no Brasil.

Seu mais novo projeto foi a Op Art, uma butique de óculos da rua Oscar Freire em São Paulo e Piaui Multimídia em Teresina,Piauí.

Texto de Francisco de Assis "Mesmo sem ser percebida, a arte faz parte da nossa vida"

Observe a variedade de tênis e de mochilas entre seus colegas de classe e também as estampas de camisetas que você usa. Por trás de toda essa variedade de modelos está o trabalho de um artista. Em um fábrica de automóves, por exemplo, há departamentos de arte em que artistas estudam como deixar os veículos mais bonitos e atraentes para o consumidor.

A arte também está presente na publicidade. As embalagens, os cartazes, as músicas que ajudam a propagar e vender os produtos são uma combinação entre a arte e o comércio. Num supermercado, por exemplo, observe as cores existentes nas embalagens de biscoitos. Os de chocolate são embalados em caixas ou papéis que têm inscrição e desenhos feitos em tons marrons e os de morango com inscrição trabalhadas em vermelho.

A arte pode ser também uma forma de expressão pessoal e de lazer. Podemos pintar, fazer uma escultura, tocar um instrumento, compor uma música ou participar de um grupo teatral sem que isso estaja vinculado à indústria ou ao comércio.

Em geral respiramos arte por todos os lados e somos muitas vezes involuntariamente artistas. Diante de tudo isso, se você prestar atenção ao seu redor, perceberá o quanto a arte está presente no seu dia-a-dia.

Francisco de Assis

domingo, 18 de julho de 2010

O mestre da obra: João Filgueiras Lima

A vida deste carioca tomou rumo quando ele abraçou a missão de construir a superquadra 108, em 1957. Ali, o recém-formado arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, conheceu os primeiros desafios e iniciou a amizade com Oscar Niemeyer. “Foi uma experiência de vida com sabor de aventura. Começamos erguendo infraestrutura para os operários. O prazo apertado levou à industrialização e à pré-construção”, conta Lelé.


Em 1962, no Centro de Planejamento da Universidade de Brasília (UnB), iniciou a construção dos prédios da instituição. Era responsável pelo curso de arquitetura e por desenvolver projetos de Niemeyer. “Tínhamos que interpretar a intenção dele e executar.” Talvez por isso Lucio Costa (1902-1998) tenha descrito Lelé como o construtor de Brasília, enquanto Niemeyer era o criador. A amizade entre os dois perdura. “Oscar foi uma espécie de mentor intelectual. É generoso, solidário e leal, coisas hoje raras, mas fundamentais”, diz Lelé.



                            
Mas a contribuição de Lelé para a arquitetura vai além da parceria com Niemeyer. Pioneiro em sistemas de pré-moldagem com concreto e argamassa armada, fez escolas e creches de modo rápido e econômico. Por mais de 30 anos projetou para a rede pública de hospitais Sarah Kubitschek. Foi onde suas pesquisas com tecnologia e o planejamento dos espaços alcançaram a plenitude. “Lelé começou a empregar o aço, material mais barato, com liberdade, espaços e curvas”, comenta Cláudio Queiroz, professor da Faculdade de Arquitetura da UnB. Seu apuro construtivo garante o conforto ambiental e humaniza centros de atendimento e reabilitação, com ventilação e iluminação naturais, enfermarias abertas e painéis de Athos Bulcão. Hoje presidente do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Habitat (IBTH), em Salvador, Lelé pretende criar um centro de tecnologia. “A fábrica será suporte para ensino, pesquisa e vai produzir todos os elementos para edificações de interesse social”, conta.

O Sarah-Lago Norte, centro de neurociências e reabilitação, tem três blocos erguidos com pré-fabricados de aço e argamassa, cobertos por sheds metálicos. “Gosto muito da área de reabilitação infantil, a cobertura foi inspirada numa lona de circo. Dentro, num picadeiro central, acontecem atividades coletivas, o pessoal de apoio se organiza em volta”, explica Lelé, na foto diante do novo Sarah-Rio: “O melhor projeto é sempre o último!”


A obra de Lelé é uma conversa entre arquitetura, design e engenharia. No primeiro hospital Sarah Kubitschek (1980), inovou nos pré-moldados de concreto. Na ampliação (1995 a 1997), aparecem sheds – cobertura usada em fábricas para facilitar iluminação e ventilação –, que ele redesenhou e adaptou. As estruturas saíam do CTRS, o Centro de Tecnologia da Rede Sarah, em Salvador, coordenado pelo arquiteto.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Reunião define estatuto do Crea-Júnior de Mato Grosso

O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) terá um espaço destinado aos estudantes da área tecnológica a partir do sábado passado, 26, quando foi definido o estatuto do Crea-Júnior, que é um programa formado por estudantes de profissões que fazem parte do sistema Confea/Crea.

O Crea-Júnior tem como objetivo principal estabelecer relacionamento entre os futuros profissionais e o conselho, e ainda com as entidades de classes: associações e sindicatos que serão os seus representantes.

De acordo com o coordenador da Comissão Especial Crea-Júnior, o engenheiro agrônomo Davi Martinotto, "há dois anos foi criada a comissão para estruturar o programa, e após realizar palestras em municípios de Mato Grosso, os estudantes escolheram os delegados que participarão deste evento", disse.

Além de aproximar o conselho dos estudantes, o Crea-Júnior irá fornecer informações sobre o funcionamento do sistema Confea/Crea, o reconhecimento de cursos e das atribuições dos profissionais.

Estavão presentes no evento de sábado estudantes de cinco cidades matogrossenses: Cuiabá, Rondonópolis, Tangará da Serra, Sinop e Barra do Garças.

"O Crea-Júnior é o espaço destinado a conhecer as demandas dos estudantes", analisa Martinotto. Além do Crea-Júnior, os estudantes terão um espaço destinado para discussões na 67ª Semana Oficial da Engenharia, Arquitetura, e Agronomia (SOEAA), o Fórum Jovem, que faz parte da programação da SOEAA que será realizada em Cuiabá, de 22 a 28 de agosto deste ano.

O ARCAU esteve presente durante todo o processo de criação do Crea-Júnior e agora convida todos os estudantes de Arquitetura e Urbanismo da UNIC a participarem como associado de mais esta importante instituição, que certamente terá grande valia no nosso processo aprendizagem.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Texto do Profº Antonio Lemos "O preço do Verdão"

    O impacto da visão do antigo Verdão demolido e triturado traz à baila a aposta feita na validade de sua demolição. Lembro que em artigos diversos aplaudi a localização e o primeiro projeto, que fazia um up-grade do estádio aproveitando o velho gramado, aquele que por muitos anos foi considerado o melhor do Brasil. Depois, já que havia sido deslocado de “cima” do antigo estádio, critiquei o atual projeto por não ter aproveitado ainda que parcialmente a antiga estrutura para utilização multi-esportiva, em especial suas instalações olímpicas - sua pista de corridas e demais áreas destinadas ao atletismo - criando uma magnífica praça desportiva com três arenas. Mesmo crítico, mantive a aposta na demolição considerando o imenso potencial de benefícios que a Copa do Pantanal poderá trazer para Mato Grosso e Cuiabá, que prepara também seu tricentenário. Uma aposta arriscadíssima uma vez que sabemos das nossas enormes dificuldades locais e nacionais na administração dos interesses públicos – para dizer o mínimo.


    Porém, mais que arriscada, dolorosa. Sou um apaixonado pelo antigo Verdão, como cidadão, torcedor do futebol local e arquiteto. Como cidadão, acompanhei a luta e o entusiasmo do cuiabano por sua construção e emocionado, como todos de então, assisti ao seu primeiro jogo. Como torcedor era um daqueles mínimos duzentos pagantes quase que permanentes em suas arquibancadas e, também emocionado, assisti ao seu último jogo, passado despercebido, sem foguetes, mas cujo ingresso tenho carinhosamente guardado. Como arquiteto, por tratar-se de um dos mais geniais partidos arquitetônicos esportivos, considerando o clima, a topografia e até a tão falada multi-funcionalidade, muito melhor resolvida do que na atual “arena multiuso”. Neste caso não critico os autores do projeto mas as alegadas rígidas condições da FIFA impeditivas por exemplo dos belíssimos novos estádios terem também instalações olímpicas, exigência absurda a meu ver, principalmente para países pobres. Enquanto for professor de arquitetura, o antigo Verdão continuará sendo matéria de estudo, como um teatro grego.

   Vale uma aposta tão arriscada e dolorosa? Para qualquer cidade brasileira a oportunidade de sediar uma Copa do Mundo seria uma chance extraordinária em um mundo midiático e globalizado. Vai desde o poderoso marketing urbano e regional em nível mundial, até a responsabilização nacional na preparação das cidades palco do mega-evento, passando pela atração de investimentos privados, e pela elevação da auto-estima cidadã, tão necessária ao cuiabano. Em suma, embora arriscada a aposta, o prêmio em jogo é excepcional. Há que se reconhecer que seria bem mais fácil apostar na corrupção, na incompetência e falta de ética públicas que assolam o país, já que as chances desta são muito maiores. Lavar as mãos, deixando a grande chance para outras cidades com estes mesmos problemas, seria negar às futuras gerações cuiabanas as possibilidades de uma cidade melhor.

   Trata-se da troca de um bem valioso por uma oportunidade mais valiosa ainda. Mas, os prazos e as exigências impuseram uma situação de pagar ou largar, envolvendo um preço muito alto. O sacrifício do Verdão terá valido a pena se acontecerem os prometidos investimentos estruturantes na cidade, que não aconteceriam sem o evento da Copa, tais como o novo sistema de transporte coletivo, novas avenidas, novos parques públicos e uma nova forma de gerir a conurbação cuiabana em todos os seus setores. O preço alto e doído já foi pago e agora é hora de cobrar a entrega da mercadoria na quantidade e na qualidade prometidas. Ainda há tempo, mas é curto. Tem que deslanchar e correr.




JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS, arquiteto e urbanista, é professor universitário. joseantoniols2@gmail.com

Vuvuzela. Sempre existiu. Por que reclamar?

A coisa é antiga. E nem Ele resisitiu...

"Ponte Dante de Oliveira" Texto do Profº Antonio Lemos

   Pensava escrever sobre nosso desfecho na Copa. Contudo, não há como ficar insensível diante da agenda marcando para esta terça-feira o quarto aniversário de falecimento de Dante de Oliveira. Quanta falta faz, em especial para o Mato Grosso platino. Um vácuo. Muito mais que o político, vou lembrar o grande estadista cuiabano, mato-grossense e brasileiro, através de uma de suas obras mais importantes, a ponte estaiada no rio Cuiabá, denominada Sérgio Mota. Tive honra de ajudá-lo nessa grande realização quando, já governador do estado, solicitou ao IPDU as melhores alternativas para sua locação na cidade.
    Como superintendente do IPDU na época recordo seu entusiasmo pela obra e seu interesse pessoal na definição do local que mais benefícios trouxesse para Cuiabá e Várzea Grande, com o mínimo possível de impacto sobre o rio. Desta preocupação, aliás, vem a tecnologia inovadora adotada, em sua segunda aplicação no Brasil. Hoje as pontes estaiadas viraram uma coqueluche no país, a exemplo do que acontece em todo o mundo. No Brasil vem sendo usada principalmente nas cidades, em especial pelas belas soluções plásticas que seu partido estrutural permite, usadas mais como ornatos citadinos, espetaculares, algumas com uma estética maneirista questionável. Como engenheiro de formação, orgulhava-se em dizer que a solução estaiada foi adotada aqui como uma solução funcional, tecnicamente nova, ambientalmente correta, capaz de construir a ponte sem tocar no rio, uma de suas maiores preocupações.
     Lembro-me ainda de sua intervenção pessoal determinando alterações no projeto executivo de sua conexão com a Beira-Rio, assegurando a continuidade com o eixo da Avenida Tancredo Neves, como previsto no projeto original. Esta continuidade possibilita que a ponte interligue Várzea Grande e Cuiabá através de um complexo viário em forma de uma grande voluta. Do lado de Cuiabá, subindo a Tancredo Neves, ultrapassando a Fernando Correia em viadutos e dela seguindo até a Avenida do CPA, com a construção da Avenida do Barbado, que chegou a ser iniciada por Dante. Do lado de Várzea Grande segue pela Avenida Dom Orlando Chaves, ultrapassando a FEB em viaduto, chegando pela Ponte Nova novamente a Cuiabá pela Miguel Sutil. Um projeto viário cada vez mais atual e prioritário, principalmente como preparação da cidade para a Copa do Pantanal.
      Para mim, e para muitos, a magnífica ponte só tem um problema: sua denominação oficial. Com todo o respeito ao homenageado, o maior monumento urbano de Mato Grosso deveria ter o nome de uma figura ilustre mato-grossense. Até sobre isto cheguei a conversar com o então governador, sugerindo-lhe o nome do Presidente Dutra. Aí ele nem esticou a conversa e disse que já tinha uma idéia sobre o assunto. Até hoje o nome atual não me convenceu, nem as explicações presumidas sobre o porquê da tamanha homenagem. Ainda mais considerando que o nome do ministro Sérgio Mota já denomina o complexo cultural do Museu do Rio, viabilizado financeiramente pelo homenageado através dos Correios, uma justa homenagem dada pelo então prefeito Roberto França.
    Para mim e para muita gente, seguidores e adversários, amigos ou não, essa ponte é e sempre será a “ponte do Dante”. Oficializá-la como “Ponte Dante de Oliveira” seria fazer justiça aquele que a idealizou e construiu, dando a Cuiabá e Várzea Grande um novo perfil urbano, com um novo canal de fluidez viária e um novo cartão postal, consolidando a grande metrópole do oeste brasileiro. Rebatizar a ponte iria muito além da maturidade político-administrativa de Mato Grosso? Não acho. Muitas vezes os anos eleitorais estimulam gestos públicos de grandeza.


*JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS, arquiteto e urbanista, é professor universitário. joseantoniols2@gmail.com

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