O conceito é simples, embora de execução potencialmente complexa, já que envolte o movimento coordenado de pernas e braços, e alguma atenção deve ser dada em determinado ponto do exercício, conforme explicado no seu devido momento.
O processo começa de forma relativamente simples: juntando as pernas uma à outra (a saber: a perna esquerda à esqueda da perna direita e a perna direita à direita da perna esquerda), e as mantenha distendidas, com os pés formando 90 graus em relação à elas. Convém, neste momento, ressaltar que a manobra polichinelo deve ser executada de pé, em superfície plana e sem efeito de substancias alucinantes ou alteradoras de sentidos. Nesta situação, os braços devem estar paralelos ao sentido do corpo, perpendiculares ao solo, e também não flexionados.
A partir desta posição, deve-se flexionar levemente os joelhos e extendê-los o mais rapidamente para que haja um impulso que vença, momentaneamente, a aceleração da gravidade. Cuidado para não exagerar no impulso e atingir a velocidade de escape neste momento, muito embora este acontecimento só tenha sido registrado uma vez na história da humanidade.
Atenção neste momento: assim que houver desaparecido o contato entre o polichinelante e o solo, deve-se separar as pernas levemente, formando uma angulação variando entre 35 e 50 graus. Ao mesmo tempo, e é aqui que ocorre o primeiro problema, deve-se abrir os braços em um arco paralelo ao sentido longitudinal do corpo, com o intuito de juntar as palmas (das mãos) acima da cabeça. Mas ainda não! Apenas comece o movimento!
A meio caminho da união das palmas (das mãos) acima da cabeça a gravidade deve ter vencido seu impulso inicial e agora a Terra deve estar atraindo o polichinelante. Neste momento atenção para manter a angulação das pernas constantes e, antes de realizar o contato com o solo, juntar as palmas das mãos acima da cabeça, preferencialmente no mesmo momento que os pés tocam o solo. A posição final deste primeiro passo deve ser semelhante ao perfil da Torre Eifell. Se estiver parecendo a Torre de Pisa ou as Torres Gêmeas, verifique novamente a posição inicial ou a situação de sua coluna (ver página 445-E do manual da postura global). Caso a posição esteja correta, começa o segundo passo do exercício.
Com as pernas ainda no ângulo que se encontram a descida ao solo, deve-se flexionar novamente os joelhos e impulsionar o corpo contra a aceleração da gravidade, resolutando novamente no momento conhecido como ascensão, vôo ou flutuação (para exercícios executados em piscinas ou corpos de água). Neste momento ocorre a aproximação das pernas de forma rápida e inexorável, para voltar a posição inicial de paralelismo e, novamente mantendo a sincronia do movimento, deve-se voltar os braços na direção da cintura do exercitante (evitar levar os braços na direção da cintura de outra pessoa, por mais interessante que pareça. Não insista!), tomando o cuidado, novamente, para que o movimento só termine no momento final do MRUV de volta para o solo, de forma que o momento que a aceleração do salto se iguale a aceleração da gravidade, que marca o momento intermediário do movimento, seja sincronizado com a posição dos braços em forma de cruz (em relação ao corpo, não um ao outro; se isso acontecer consulte um pediatra).
No momento final a posição no exercitante deve ser igual a de uma vela. Se parecer uma chave-de-fenda, reco-reco ou maçaneta de kombi, volte ao ortopedista o quanto antes.
Erro mais comum: o movimento todo dos braços e pernas (abrí-los e fechá-los) ocorre durante apenas a primeira ascenção. Evite isso, faz parecer uma líder de torcida norte-americana. E, vale lembrar, esse guia de saúde não foi formulado para a ação da gravidade acima da linha do equador.
nota: este exercício não possui imagens até o momento devido à complexidade de produção das mesmas, dado o nível de qualidade exigido pelos diretores
Simplesmente fantástica a explicação.
ResponderExcluirMas estou, novamente, com muitas dúvidas. Algumas irei exprimir aqui.
1. é necessária a prática com calçados específicos? Se sim, seria o chinelo a melhor opção, daí o nome do exercício?
2. é possível praticá-lo sem ter visto as fotos? tenho dúvidas com relação ao posicionamento das mãos quando perpendiculares ao corpo.
3. já vi pessoas praticando um esporte parecido e chamando de polichunelo tbém. trata-se de estender os braços e as pernas para frente e para trás, após o salto, alternadamente.
Grata, mais uma vez!
incrível!
ResponderExcluirSinto falta das explicações.... o que houve com o blog?
ResponderExcluirOMFG lol
ResponderExcluirquando eu voltar a vida, depois de engasgar de tanto rir eu comento novamente ¬¬
Ah tah!!! Então quer dizer que este tipo de explicação tão pormenorizada e altamente técnica e complexa só serve para quem mora no hemisfério norte! loool
ResponderExcluirMe dei bem! Graças a Deus que to morando no hemisfério norte porque senão iria ficar muito frustrada em não poder "atingir a velocidade de escape neste momento, muito embora este acontecimento só tenha sido registrado uma vez na história da humanidade" e ser a segunda na história! kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Tá mto bom isso!!!
muito bom esse assunto
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