1º de Setembro, todos os Funkeiros na ALERJ

28/08/2009 comentários
Alô Massa Funkeira!

No último dia 25, a juventude carioca teve um grande momento. Em audiência Pública na Alerj, o movimento Funk é Cultura, liderado pela APAFunk, ocupou o Plenário do parlamento para gritar contra a criminalização do funk depois de um ano de muita luta nas ruas. Diante de cerca de 600 funkeiros, as autoridades do Governo reconheceram que erraram ao perseguir esta cultura e assumiram o compromisso de tratar o funk como manifestação cultural popular.

De lá, saímos com uma conquista objetiva: dia 1º de setembro, próxima terça-feira, a Alerj terá duas votações importantes para nós: a revogação da lei 5265 (que inviabiliza os bailes na cidade) e o reconhecimento do funk como manifestação cultural de caráter popular.

Agora temos um grande desafio! Há um ano e meio os deputados aprovaram a lei que queremos revogar, com apenas 1 voto contrário. No dia 1º precisamos garantir que esse mesmo parlamento derrube esta lei e aprove outra reconhecendo o direito de mais de 3 milhões de jovens! Isso só será possível com a presença e união de funkeiros, amigos do funk e todos aqueles que militam contra a criminalização dos pobres e da juventude!

Por isso, anota logo aí na sua agenda, mermão:

DIA 1º de setembro

às 16h - concentração com Roda de Funk nas escadarias da Alerj (Praça XV)

às 18h - entrada na Alerj para votação.

IMPORTANTE: levar documento de identidade. Homens só entram de calça e tênis.

Nos vemos lá!
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Alerj - Fotos

26/08/2009 comentários
Tereza Porto, secretária de Educação do RJ











Deputado Marcelo Freixo e MC Leonardo



Vice Presidente da APAFUNK Mano Teko e MC Julinho Santa Cruz

Presidente da APAFUNK, MC Leonardo

Lenilda Campos (FAFERJ)

Delegado Orlando Zaccone

Hermano Vianna






Fernanda Abreu

Chico Alencar

Manoel Ribeiro (Arquiteto e Urbanista)

André Ramiro, MC Serginho e DJ Marcelo Negão

Alessandro Molon, deputado presidente da Comissão de Cultura da ALERJ



Adriana Rattes, secretária de Cultura do RJ

Adair Rocha

Adriana Facina







DJ Marlboro e Romulo Costa


Créditos Fotos: Adriana Facina
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Batidão do funk invade a Alerj

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Audiência pública na Assembleia exalta o gênero e discute o fim de restrições contra bailes e políticas para o setor

Rio - O pancadão invadiu a Assembleia Legislativa (Alerj) ontem de manhã, em audiência pública para discutir políticas públicas para o funk, debater o fim das restrições para bailes e provar que o gênero não quer mais ser visto como caso de polícia. Participaram da plenária autoridades, estudiosos e nomes consagrados do batidão. “Luto pelo funk há 37 anos e comecei sozinho. O debate mostra que estão olhando pelo povo”, frisou Rômulo Costa, fundador da Furacão 2000, que agita as tardes da FM O DIA.

Muitas pessoas ganham trabalho com a indústria do funk”, defendeu MC Serginho. O coro ‘O funk não é motivo, é uma necessidade. É pra calar os gemidos que existem na cidade’, puxado pelo presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, deputado Marcelo Freixo (PSOL), animou a Alerj. “O funk é a manifestação cultural que levanta o debate sobre o crime”, falou.

As secretárias estaduais de Cultura, Adriana Rattes, e a de Educação, Tereza Porto, participaram do debate. Tereza defendeu o funk do bem, sem incentivo à sexualidade e à violência. “O funk é a linguagem cultural de nossos alunos e precisamos entendê-la. Vamos continuar com as ações com o estilo musical”, garantiu.

Jovens para concordar com ela não faltaram. Alunos do Colégio Pedro II se mobilizaram para assistir à audiência. “Na minha escola o ritmo é proibido. Mas são formas de expressão do amor e não podemos discriminar”, desabafou Júlia Bustamante, 16 anos, aluna do 3º ano da unidade Centro.

Freixo leva a votação no plenário, dia 1º, dois projetos de lei em defesa do funk. Um o torna manifestação cultural; outro anula a Lei 5.265, do ex-deputado Álvaro Lins, que impôs várias restrições para a realização de bailes funk e raves (festas de música eletrônica). Hoje, a polícia tem liberdade para proibir festas, estejam com autorização ou não, se considerar que não há segurança na área. Se o projeto de Marcelo Freixo for aprovado, organizadores só precisam cumprir exigências para eventos comuns, como obter permissão da prefeitura e dos bombeiros.

Créditos: Jornal O Dia - on Line
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Projeto de lei quer transformar o funk em movimento cultural

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No próximo dia 1º de setembro, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro vai votar um projeto de lei que pretende transformar o funk em movimento cultural e musical, com caráter popular.
Também será votado o projeto que quer revogar a lei que estabelece regras na realização de shows de música eletrônica, como raves e mesmo os bailes funk.

O objetivo é dar um aspecto pedagógico a tudo isso, ou seja, levar os movimentos para as escolas estaduais e transformá-los em formas de aprendizado, inclusive com letras positivas.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, no ano passado, confirma que o funk gera milhares de empregos, além de R$ 10 milhões por mês.

E aí, o que você acha?

Créditos: Carol Tavares
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Alerj em ritmo de funk promove debate para descriminalizar bailes nas favelas

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"É som de preto / de favelado / mas quando toca ninguém fica parado". A letra da música "Som de preto", dos funkeiros Amilcka e Chocolate reproduz exatamente a cultura do funk, segundo a Associação de Profissionais e Amigos do Funk (APA Funk).

A associação vem brigando ultimamente com a lei 5.625, criada pelo deputado Álvaro Lins, que acaba proibindo a realização de bailes funks nas comunidades. A Assembleia Legislativa do Rio reuniu a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania e funkeiros para debater sobre as possíveis políticas públicas que podem ser adotadas em relação ao funk nas comunidades.

"Acho que existe muito preconceito contra quem faz o funk. Acham que é coisa de favelado e que estimula a violência e o consumo de drogas", disse Adriana Facina, fundadora da ApaFunk. Ela explica que qualquer aglomeração de pessoas aumenta a violência, então isso não seria motivo para acabar com as rodas de funk.

"Além do mais, se formos julgar pela venda de drogas, podemos citar que nas raves também há um aumento de venda de drogas sintéticas, ou seja, isso independe dos organizadores", ressaltou Adriana, que também é antropóloga da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Adriana Facina explica que a lei exige algumas determinações que acabam impedindo a realização dos bailes nas favelas.

"A instalação de diversos banheiros públicos é uma delas. Numa rave, onde envolve pessoas com muito dinheiro e a entrada do ingresso é cara, é mais fácil colocar banheiros públicos", disse a professora, lembrando que o ingresso do baile é, muitas vezes, gratuito.

De acordo com os relatos que chegam à comissão, o estilo musical tem sido proibido pelos policiais nas favelas e o objetivo da reunião é promover um espaço de debate com novas visões, fora da esfera da segurança pública.

"A proposta é pôr em questão oportunidades de se promover o funk como um instrumento pedagógico a ser utilizado nas escolas ou de se criarem, por exemplo, oficinas profissionalizantes para formação de DJs. Esse é o caminho para o estado reconhecer que o funk existe desvinculado do crime", defende o presidente da comissão, deputado Marcelo Freixo (Psol).

O deputado é autor de dois projetos de lei: um deles torna a batida movimento cultural. O segundo revoga uma lei que criou uma série de restrições para a realização dos bailes funk e os inviabilizava.

Mc Leonardo, autor de músicas como o "Rap das Armas", destaca que o ritmo precisa ser visto pelo estado não como um problema da polícia.

"Precisamos ser vistos através da Secretaria de Cultura e de Educação. Se formos vistos pela polícia isso vai criminalizar mais ainda a música", disse o Mc. Ele contou ainda que o funk é responsável por tirar cerca de três mil pessoas de casa, em regiões que não há muita opção de lazer.

Leia o restante da matéria na íntegra: http://www.sidneyrezende.com/noticia/53006+alerj+em+ritmo+de+funk+promove+debate+para+descriminalizar+bailes+nas+favelas

Créditos Sidney Rezende
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Funk Incolor

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Por Marcelo Salles, 26.08.2009

No país do “Não somos racistas”, o funk é incolor. E o povo não é dividido em classes sociais. Essa é a conclusão que se pode chegar lendo as reportagens sobre a audiência pública sobre o funk, realizada ontem na Alerj, veiculadas no Globo e no G1 (íntegras abaixo), ambos veículos pertencentes às Organizações Globo, cujo jornalismo é dirigido pelo escritor Ali Kamel (referências kamelianas no www.viomundo.com.br e no www.rodrigovianna.com.br).

E, vejam bem, não se trata aqui de uma manifestação de desejo pessoal. Não é que eu quisesse que as reportagens se engajassem na óbvia interpretação da realidade carioca – partindo do pressuposto escancarado que o funk é feito, majoritariamente, por gente preta e favelada, a cor da classe trabalhadora de baixa renda do Rio de Janeiro. Não. O fato é que as Organiações Globo simplesmente omitiram a presença da antropóloga Adriana Facina, professora da UFF e colunista do Fazendo Media.

Hoje, um dia depois do evento, que sem dúvida nenhuma foi histórico, tive a oportunidade de conversar com Adriana (cuja fala publico na íntegra, mais abaixo). Pergunto: “Professora, o que de tão grave você disse para ser limada das matérias de hoje no Globo e no G1?”. Modesta, responde que não sabe se foi pelo que disse ou se a omissão ocorreu porque ela era menos famosa. Famosa? Achei que o “conceito” estivesse reservado às publicações do tipo Quem e Caras, e a programas tipo Faustão, com sua Dança dos Famosos.

Permitam que o aluno discorde da professora, com todo o respeito. Qualquer jornalismo que se pretenda sério deve ter outros critérios de noticiabilidade e, no caso de uma brilhante pesquisadora como a Adriana, o correto seria extrair de seu pensamento a raiz da opressão contra o funk – algo, assim, totalmente esquecido pelo jornalismo kameliano, como se a própria audiência pública, tema base único das reportagens, tivesse sido chamada por um outro motivo qualquer, que não fosse esse.

Pois Adriana disse, logo no início de sua fala: “Quero começar relembrando que o que o funk sofre hoje na verdade é um capítulo de uma história mais antiga de criminalização da cultura negra no Brasil. A perseguição aos batuques que vinham das senzalas, à capoeira, ao maxixe, ao samba, entre outros, fez parte da formação da nossa sociedade, profundamente opressiva com os debaixo”. Estava ali, logo no início. Não precisava garimpar muito, não precisava ser doutor para entender as palavras radicalmente simples da professora da UFF.

Futuro do movimento funkeiro

Para minha surpresa, recebi o telefonema de MC Leonardo, que muito justamente cobrou minha ausência na Alerj ontem. Expliquei que estou com três artigos para entregar até amanhã e, como salário de jornalista de esquerda não é lá essas coisas, não posso abrir mão dos raros frilas que me aparecem. De qualquer maneira, vale situar pra quem está chegando agora: Leonardo, autor com seu irmão Júnior de Rap das Armas, Endereço dos Bailes e outros funks consagrados, é o presidente da APAFunk, a Associação dos Profissionais e Amigos do Funk, criada há apenas um ano.

Meu amigo Carlos Latuff, um dos maiores cartunistas que conheço, disse que Leonardo foi ovacionado na Alerj. Eram quase mil pessoas, que lotaram plenário e galerias, 70% deles favelados que nunca tinham entrado na Casa Legislativa. Leonardo me diz que o funk conseguiu unir os favelados ao Palácio, conseguiu unir os dois maiores empresários do setor (DJ Marlboro e Romulo Costa), conseguiu unir a direita e a esquerda (Paulo Melo, do PMDB, e Marcelo Freixo, do PSOL, que assinam o pedido de revogação da lei que criminaliza do funk) e, por fim, que conseguiu unir os movimentos sociais em torno de uma mesma bandeira.

Tenho certeza que Leonardo é uma das maiores lideranças já surgidas no Rio de Janeiro em todos os tempos. Tenho certeza, também, que se trata de um sujeito à altura do desafio que tem pela frente. No entanto, é preciso que ele e as demais lideranças da APAFunk, como Mano Teko, DJ Marcelo Negão e os MCs Júnior e Tiana, não se iludam, pois muitas portas estão sendo abertas em função do período pré-eleitoral – o que significa dizer que políticos canalhas vão tentar se aproximar para usar a força do funk. É preciso, ainda, que os funkeiros estejam sempre alerta. Porque a partir de agora, o sistema vai jogar pesado. Vão tentar cooptá-los ou eliminá-los de cena. E a única medida de sucesso da APAFunk será o cumprimento de seus objetivos apesar dessas pressões. Estou falando basicamente de duas coisas: manter o caráter de classe do movimento e continuar produzindo e veiculando as músicas de que a “elite” e seu mercado não aceitam.

E que o povo preto, pobre e favelado tome a Alerj de assalto no próximo dia primeiro de setembro, terça-feira, às 18h, para garantir que seus funcionários, os deputados, votem pela derrubada da lei que criminaliza o funk e, em seu lugar, aprovem uma outra legislação que entenda o ritmo como uma manifestação cultural.

Abaixo seguem os links e as reportagens comentadas acima (Matérias Globo e G1 e fala da professora Adriana Facina):

O GLOBO:

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/08/25/funkeiros-deputados-academicos-participam-de-audiencia-publica-na-alerj-para-discutir-retorno-dos-bailes-as-favelas-767309937.asp

G1:



MC’s querem funk nas escolas e retorno dos bailes nas favelas. Eles participaram de audiência na Alerj nesta terça. Secretaria de Educação quer que ritmo ajude no trabalho pedagógico.

Do G1, no Rio

As bermudas e as calças coladas foram deixadas para trás pelos funkeiros nesta terça-feira (25). Com calças e camisas sociais, eles se reuniram nesta manhã com deputados estaduais e acadêmicos em uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O encontro teve como objetivo discutir as leis que inviabilizam os bailes nas favelas e tentar soluções para incluir o funk nas escolas e nas comunidades.

Muitos estudantes e fãs de funk lotaram o auditório da Alerj para protestar contra o fim dos bailes e aplaudir ídolos do movimento, como Mc Serginho, famoso pela dupla com Lacraia, Mc Leonardo, DJ Marlboro e a cantora Fernanda Abreu, que falaram sobre a importância do funk. Também participaram da audiência, o antropólogo Hermano Vianna e o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol).

Cantando o Rap da Silva, um dos hinos do funk na década de 90, o deputado estadual Marcelo Freixo discursou a favor do funk e disse que o ritmo pode ser usado como uma ferramenta para incentivar a cultura entre os jovens, além de servir como fonte de renda para os comerciantes das favelas. Para o deputado, os bailes deveriam voltar para as comunidades que possuem postos da Polícia Militar, como Cidade de Deus, na Zona Oeste, e Santa Marta, em Botafogo, na Zona Sul.

Os bailes devem acontecer nos locais onde o Estado atua. Precisamos de leis que dêem orientação e que incentivem a produção do funk, um dos principais ritmos do Rio de Janeiro”, disse o deputado.

Freixo disse ainda que as letras de funk, conhecidas como “proibidão”, que fazem apologia ás drogas e a violência, contribuíram para o surgimento de uma legislação que reprimisse os bailes.

A secretária estadual de Educação, Teresa Porto, afirmou que pretende levar o funk para as escolas para a realização de um trabalho pedagógico. Para ela, o ritmo pode ser usado para a construção de letras positivas, que abordem temas importantes para a sociedade.

Projetos de apoio ao funk serão votados

A Assembleia Legislativa do Rio informou nesta terça que vai votar, no próximo dia 1º, durante sessão extraordinária, os projetos de lei 1.671/08 e 1.983/09, que tratam, respectivamente, da definição do funk como movimento cultural e musical de caráter popular. Na ocasião, também será votada a revogação da Lei 5.265/08, que estabelece regras para a realização de eventos de música eletronica, como festas raves e bailes funk.

ADRIANA FACINA:

Fala na Audiência Pública sobre o Funk na ALERJ, em 25/08/2009

por Adriana Facina (antropóloga, professora da UFF e membro do OICult)

Bom dia a todos e todas. Eu gostaria de agradecer o convite da Comissão de Direitos Humanos para participar dessa audiência e dizer que estou muito emocionada de ver a transformação impulsionada por um movimento político-cultural ocorrer diante de meus olhos.

Quero começar a minha fala relembrando que o que o funk sofre hoje na verdade é um capítulo de uma história mais antiga de criminalização da cultura negra no Brasil. A perseguição aos batuques que vinham das senzalas, à capoeira, ao maxixe, ao samba, entre outros, fez parte da formação da nossa sociedade, profundamente opressiva com os debaixo. Um exemplo importante dessa perseguição ocorreu quando Pixinguinha e os Oito Batutas, grupo de músicos jovens e de maioria negra, foram convidados a tocar na França em 1922, desencadeando a ira das elites, registrada nos jornais. Segundo Letícia Reis,

“Um articulista deplorava o fato de que fosse mostrado nos boulevards de Paris um Brasil pernóstico, negróide e ridículo (Diário de Pernambuco, 1o de fevereiro de 1922apud Efegê, 1985: 183), enquanto outro, endossando esta opinião, acrescentava: são oito, aliás, nove pardavascos que tocam viola, pandeiro e outros instrumentos rudimentares. E depois ainda nos queixamos quando chega por aqui um maroto estrangeiro que, de volta, se dá à divertida tarefa de contar das serpentes e da pretalhada que viu no Brasil (Jornal do Comércio, Recife, 1o de fevereiro de 1922, apud Cabral, 1997: 73-74).”[1]

Quanto a cultura brasileira como um todo perderia se vozes como essas tivessem sido silenciadas? Outro músico negro, João da Baiana, que hoje dá nome ao Terreirão do Samba, chegou a ser preso por vadiagem por estar de posse de um pandeiro, instrumento musical associado ao samba, visto então pelas forças da ordem como sinonimo de arruaça e violência. Essas vozes podem parecer rudes, incivilizadas, agressivas aos ouvidos mais sensíveis de seu tempo, mas expressam uma experiência social de modo único, realidades que não vemos nos jornais ou nos livros. No dias de hoje, proibir o baile funk é segregar ou tornar invisível essa experiência do que é ser jovem e favelado em nosso contexto urbano e isso nos impede de entender e transformar os problemas sociais que geraram essa situação.

Criminalizar essa cultura é criminalizar os pobres. De outro modo, como entendermos o tratamento “especial” dado ao funk? Um dos grande mitos, sustentado pelas forças policiais e pela imprensa, é a de que os bailes funks provocam violência e o aumento de ocorrências que ameaçam a ordem urbana. No entanto, sabemos que tais fatos não são exclusivos de bailes funk e sim comuns a qualquer tipo de aglomeração, sobretudo as que envolvem a juventude. Jogos no Maracanã provocam o aumento de ocorrências policiais em seu entorno e nem por isso se tornaram proibidos. Do mesmo modo, micaretas, o réveillon de Copacabana, festas em boate, chopadas e por aí vai. Portanto, fica claro que o problema não é tanto o funk (que, aliás, continuar a ser tocado em boates da Zona Sul, festas em condomínios de classe média, clubes fechados etc.), mas sim quem produz e se diverte com ele.

É preciso garantir aos jovens, negros, pobres, favelados o direito de se expressar no mundo e, sobretudo, o direito de sonhar. Por meio do funk, milhões de jovens deste estado descobrem a possibilidade de investir na carreira musical, fazendo desta um projeto de futuro sonhado. Eles criam expectativas em meio ao deserto de expectativas que são as suas vidas. Ganham auto-estima quando boa parte da sociedade olha para eles como ameaça ou como lixo, como pessoas que seria melhor que não existissem.

A criminalização do funk impossibilita isso e reforça identidades negativas que reservam ao futuro desses jovens a cadeia, a morte ou a infelicidade de uma vida de trabalho escravizante e desprovido de significado.

Por fim, o funk tem de ser alvo de políticas públicas de cultura e não assunto policial ou de segurança pública. Entretanto, essas políticas públicas devem se voltar para atender as demandas dos funkeiros, garantindo sua cidadania cultural e sua autonomia e não a sua instrumentalização e domesticação. É legítimo usar o funk em campanhas educativas e outras do gênero. Mas uma verdadeira política cultural para o funk deve garantir a diversidade e as possibilidades criativas do gênero, que não pode ser refém de um mercado que, por sua busca pelo lucro fácil, só investe no que está na moda, matando a fonte de inspiração da grande diversidade musical que compõe a produção funkeira.

Faço votos de que em futuro próximo o funk possa cantar em alto e bom som como faz o samba na música O samba nunca foi de arruaça, de Ratinho e Monarco:

Existia um certo preconceito

Que nos tirava o direito de sambar com liberdade

Mas apesar do preconceito, o sucesso era perfeito

Quando o samba ia pra cidade

Esperamos que a ALERJ, como casa do povo, e as autoridades públicas aqui presentes promovam os esforços necessários para garantir essa cidadania ao funk e aos funkeiros.

Até a vitória!

[1] “Modernidade com mandinga: samba e política no Rio de Janeiro da Primeira República”.
Capturado em:

Créditos: Marcelo Salles
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Funk em debate na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

24/08/2009 comentários
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro promove um debate sobre as prováveis políticas públicas que podem ser adotadas em relação ao funk nas comunidades carentes. A audiência pública acontece na manhã desta terça-feira a partir das 10h, no Plenário Barbosa Lima Sobrinho, no Centro da cidade. Segundo relatos recebidos pela comissão, o estilo musical tem sido proibido pelos policiais nas favelas e a finalidade desta reunião é justamente promover um espaço de debate com novas visões, fora da esfera da segurança pública.

"A proposta é pôr em questão oportunidades de se promover o funk como um instrumento pedagógico a ser utilizado nas escolas ou de se criarem, por exemplo, oficinas profissionalizantes para formação de DJs. Esse é o caminho para o estado reconhecer que o funk existe desvinculado do crime", explicou o presidente da comissão, deputado Marcelo Freixo (PSol).

As secretárias de Cultura do Estado e do município do Rio, Adriana Rattes e Jandira Feghali, respectivamente, foram convidadas para participar da audiência. Além delas, a secretária estadual de Educação, Tereza Porto, também é aguardada na Alerj.

Créditos: Sidney Rezende
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Jornal Extra/RJ

23/08/2009 comentários
Clique nas imagens e leia na íntegra:







Créditos: Jornal Extra
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O Pancadão na ALERJ

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Audiência Pública sobre o FUNK

Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da ALERJ

Dia 25/08, terça - 10h - Palácio Tiradentes
Concentração nas escadarias da Alerj às 9h

ATENÇÃO: Levar documento de identidade. Homens só entram de calça e tênis.

Companheiros,

Hoje, no Rio de Janeiro, vivemos um momento muito difícil. Saúde, educação, moradia, transportes, entre outros direitos fundamentais, são tratados com desleixo pelo Poder Público. A Política de Segurança Pública, por sua vez, é apresentada pelos governos como a "solução de nossos problemas", e se baseia no confronto, produzindo inúmeras vítimas todos os dias. A maior parte dessas vítimas são os jovens das favelas e periferias.

Nesse contexto, o funk, fenômeno cultural de massas nascido e desenvolvido pelos favelados cariocas, não ficou imune! Discriminados e criminalizados, os funkeiros sofrem na pele os efeitos dessas políticas. Foram noticiados pela mídia como criminosos e tratados pelos governos com repressão. Os bailes de briga eram pretexto para a criminalização, mas foram os MC's e DJ's, com letras de paz, que deram um basta nas brigas. A maioria das letras abordando questões da juventude pobre foi ignorada e o rótulo colocado nos funkeiros foi o de apologia. Hoje o funk é amplo e existe para todos os gostos, mas a visão que existe sobre o gênero musical ainda é muito preconceituosa e generalizante - como se fosse tudo a mesma coisa. Enfim, ao longo de anos, o funk insistiu em pulsar nos becos e vielas do Rio, enfrentando leis discriminatórias, ausência total de apoio, muita falta de respeito e alguns inquéritos policiais.

Nada disso foi capaz de calar as vozes dos jovens cariocas. Profissionais e Amigos do Funk se uniram em torno de uma associação e, através das Rodas de Funk, espalharam sua mensagem pela cidade. Sem nenhuma vulgarização da mulher, banalização do sexo e exaltação ao crime, o pancadão ecoou nas ruas, praças, favelas, universidades e escolas, passando uma mensagem de paz, conscientizando os funkeiros quanto a seus direitos e exigindo respeito.

A lei 5265/98, que inviabiliza a existência de bailes funk pela cidade, precisa ser revogada! O Projeto de Lei que reconhece o funk como Manifestação Cultural Popular precisa ser aprovado! O Estado precisa parar de tratar o funk através da Secretaria de Segurança Pública e começar a ser tratá-lo pelas Secretarias de Cultura e Educação! Chega de proibição aos bailes! Mais do que o direito à liberdade de expressão, o direito ao trabalho de milhares de profissionais do funk também precisa ser descriminalizado! Ao longo desse processo, o funk se afirmou como linguagem democrática e cultura que dá voz ao jovem pobre e negro. Por isso, deve ser respeitado!

Neste momento é fundamental que sejam promovidos debates sérios sobre o tema, no sentido de se pensar soluções para que o funk possa existir de forma livre, garantidas as estruturas necessárias para preservação do direito de todos (funkeiros e não funkeiros).

Para sair do viés policial e partir para o ponto de vista do respeito aos direitos, é que a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da ALERJ convoca a Audiência Pública sobre o Funk para o dia 25 de agosto, às 10h, no Plenário principal do Palácio Tiradentes. Concentração às 9h nas escadarias da ALERJ. Nela estarão presentes a Associação de Profissionais e Amigos do Funk - APAFunk, Adriana Facina, Hermano Vianna, Fernanda Abreu, representante da Secretaria de Estado de Cultura e da Secretaria de Estado de Educação. Trata-se de um debate fundamental para a juventude do Rio, que pretende sair com encaminhamentos concretos sobre políticas públicas a serem feitas para a garantia dos direitos dos funkeiros. Contamos com a sua presença!

Se você é funkeiro de coração, ou se você milita contra a criminalização dos pobres, essa é a hora de estar junto nessa luta!
Paz, Cultura, Lazer, Liberdade de Expressão, Liberdade de Manifestação Cultural, Livre Associação, Direito ao Trabalho! Chega de Preconceito e de Criminalização!

Mandato Marcelo Freixo

Créditos: Marcelo Freixo
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Praça XV

21/08/2009 comentários
Roda de funk marca protesto contra a criminalização dos funkeiros

Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APAFunk) realizam, nesta sexta-feira, uma roda de funk ao nível do mar, na Praça 15, Centro do Rio. O evento acontece quase um mês depois da polêmica roda de funk que reuniu mais de 500 pessoas no Morro Santa Marta, em Botafogo.

A roda também antecede a realização de uma audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, na próxima terça-feira, às 10h, sobre o preconceito contra o funk e as políticas pública em torno da questão.

As rodas fazem parte de atos político-culturais promovidos pela APAFunk em sua luta pelo reconhecimento do funk como manifestação cultural e contra a criminalização dos funkeiros.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marcelo Freixo (PSOL), apresentou um projeto de lei que prevê a revogação de lei estadual, de autoria do ex-chefe de Polícia Civil e deputado cassado Álvaro Lins, que tem servido de sustentação para a proibição, por parte da polícia, da realização de bailes funk nas favelas do Rio.

Outro projeto proposto por Marcelo Freixo tem o objetivo de garantir a liberdade do funk por meio do reconhecimento oficial do ritmo como manifestação cultural. A roda anterior, realizada no Santa Marta, chegou a ser anunciada e cancelada duas vezes por ordem da polícia antes de ocorrer de fato.

Créditos: Sidney Rezende
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Praça XV e ALERJ

19/08/2009 comentários: 1


Olá!

Dia 21/08/09 - RODA DE FUNK na PRAÇA XV às 16hs

Dia 25/08/09 - AUDIÊNCIA na ALERJ contra a criminalização do FUNK às 9hs

ALERJ só poderá entrar de calça e tenis.

Todos estão convidados!

APAFUNK

http://www.apafunk.blogspot.com/
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CHEGOU O GRANDE DIA!

13/08/2009 comentários


Todos que tem acompanhado a luta dos profissionais e amigos do FUNK sabem que há mais de um ano temos dedicado grande parte de nossos esforços na revogação de uma lei que impossibilita a realização de bailes em nosso estado.

Nessa luta, descobrimos que mais importante do que revogar é justamente fazer o que os deputados deveriam fazer antes que essa lei absurda fosse sancionada, levar a discussão a quem interessasse, que nesse caso seriam: EXECUTIVO E LEGISLATIVO DO NOSSO ESTADO E OS PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM NO MOVIMENTO FUNK.

Essa discussão será feita através de uma audiência publica no dia 25/08, às 10 horas da manhã, no palácio Tiradentes na ALERJ. Esse dia entrará para historia, pois pela primeira vez o Funk será discutido no campo político e não no campo policial.

- Audiência Pública da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, com:

I. APAFunk;

II. Fernanda Abreu;

III. Hermano Vianna;

IV. Adriana Facina;

V. Secretaria de Estado de Cultura;

VI. Secretaria de Estado de Educação.


- ATENÇÃO:

.vir de calça

.vir de tênis

.vir com documento de identidade ou semelhante



Estamos esperando um número bastante significativo nessa audiência, que é de 1000 FUNKEIROS. Como se trata de uma terça-feira de manhã, sabemos a dificuldade de reunir esse número, mas acreditamos que esse momento fará com que os FUNKEIROS entendam a necessidade de se movimentar em prol do seu próprio movimento.


MC Leonardo

(Presidente da APAFUNK)
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Artistas e gente do próprio governo reagem à lei que coíbe baile funk

11/08/2009 comentários
O refrão “É som de preto/ De favelado/ Mas quando toca/ Ninguém fica parado”, de Amilcka e Chocolate, parece soar nas últimas semanas sobre o Rio, onde ninguém tem ficado parado perante o funk. Cada um, porém, se mexe do seu jeito. Enquanto milhões de jovens nas favelas dançam ao batidão, e apreciadores do ritmo de todas as classes sociais se deixam levar pela sua força, que já conquistou rádios e pistas no exterior, a polícia se mexe para impedir os bailes. O mecanismo usado é a lei estadual 5.265, de junho de 2008, do ex-deputado Álvaro Lins. O texto regula exclusivamente “festas rave” e “bailes do tipo funk”, com exigências mais duras que as feitas a outros eventos — num caso raro de legislação por gênero musical. Entre os documentos cobrados, produtores precisam da aprovação da Secretaria de Segurança e da PM.

A lei enfrenta a reação do movimento funk e mesmo de integrantes do governo de Sérgio Cabral, que a sancionou. Adriana Rattes, secretária estadual de Cultura, defende sua revogação:

— A lei é um absurdo. Não há porque determinar, por exemplo, que um baile funk tem que ter mais banheiros que um ensaio de escola de samba (uma das exigências é que haja um banheiro feminino e um masculino para cada grupo de 50 pessoas). Essa lei é fruto de um movimento que vem desde os arrastões (de 1992), consolidando uma imagem equivocada do funk, associando-o à criminalidade. O “proibidão” (funk de apologia ao crime e à pornografia) não dá conta do que é o gênero como um todo, uma manifestação cultural original e importantíssima para o Rio.

‘Governo nunca deu R$ 1 para os bailes’

A polícia alega que há estatísticas que relacionam a realização de bailes com o aumento da criminalidade na região e aponta a promiscuidade entre tráfico e funk — “proibidões”, bandidos armados nos bailes, venda de drogas. A cantora Fernanda Abreu, frequentadora de bailes que usa elementos do batidão em sua música, defende que o Estado deve lidar com a situação trazendo o funk para a legalidade, e não afastando-o dela.

— O Estado tem que legalizar o funk, trazê-lo para o asfalto. Eu ia a bailes em clubes como o Mourisco (em Botafogo) e o Disco Voador (em Marechal Hermes). Nos anos 1990, a partir dos arrastões, os bailes foram empurrados para as favelas. E elas têm seus domínios, seus comandos. Aí começa a visão de que o funk é o tráfico, o tráfico é o funk — argumenta Fernanda. — Dentro do funk há essa parcela do “proibidão”, claro, assim como parte da polícia é bandida. É a vocação do Rio para a contravenção.

Leandro HBL, diretor do documentário “Favela on blast”, sobre o gênero, vê a lei como ineficaz no que se propõe.

— Ela funcionará apenas para bailes que procuram se manter na legalidade, certinhos. Nos pesadões a polícia não vai. Ela vai invadir o Borel no sábado à noite? — pergunta. — A questão central é como lidar com comunidades inteiras chefiadas por comandos. A violência e o crime que podem haver num baile é sintoma desse problema, não do funk.

MC Leonardo, presidente da Associação de Profissionais e Amigos do Funk (APA-Funk), nota que o Estado nunca se aproximou do gênero:

— O governo nunca deu R$ 1 para os bailes. É uma cultura que o favelado produz, propaga e consome. Não tem edital, não tem lei de incentivo. O Estado age como o pai que abandona o filho e 20 anos depois aparece para cobrar que ele não fala direito, não se veste direito, faz coisas erradas. O governo deveria se aproximar, entender, regulamentar a cultura. Não mandar a polícia.

Leonardo é o principal articulador do movimento que pretende derrubar a Lei 5.265 — já existe um projeto dos deputados Marcelo Freixo e Paulo Melo que pede a revogação. Ele questiona o fato de ninguém do funk ter sido chamado para debater o texto legal.

— Direito não se implora, se exige. Essa lei é um abuso de poder legislativo, pois desqualifica uma cultura ao dar à polícia o poder de atuar sobre ela — diz. — E se a intenção era regulamentar o negócio baile funk, a rave não poderia estar junta no mesmo texto. Afinal, só o estacionamento de uma rave custa a entrada de seis bailes na Baixada. A lei foi feita para que o baile desapareça.

Haverá uma audiência pública em 25 de agosto, na Assembleia Legislativa do Rio, para debater a relação entre funk e Estado.

— Convidamos a PM, as secretarias de Segurança, Educação e Cultura, artistas... — lista Leonardo. — Queremos a revogação da Lei 5.265 e a aprovação de outra, que reconhece o funk como movimento cultural.

A necessidade de uma lei que confirme um movimento cultural pode parecer estranha, ainda mais para aquela que talvez seja a manifestação mais poderosa de nossa cultura nos últimos 20 anos — em termos de público e expressão internacional. Mas o gênero ainda é visto como mera cópia de estilos entrangeiros. Leonardo contesta:

— Meu funk não é americano. Não ouvi James Brown. Sou filho de forrozeiro e sambista. Estamos próximos da senzala. Qualquer lugar do mundo que ouve o tamborzão (batida do funk) reconhece como música eletrônica brasileira.

MC sugere que polícia promova bailes

O MC questiona a proibição de bailes em comunidades ocupadas pela PM, onde o tráfico teria perdido seu poder:

— A própria polícia deveria ver com a comunidade se é do desejo dela e, se for, promover o baile nesses locais.

A erotização excessiva é outra acusação frequente. Adriana Rattes vê aí preconceito:

— Qualquer manifestação que envolva jovens, dança e música envolve sensualidade.

Leonardo prossegue.

— Está erotizado? Vamos conversar, ver como resolver. Mas Leila Diniz causou escândalo ao mostrar a barriga na praia — diz Leonardo, que está levando o debate sobre o funk para as universidades. — Não foi de lá que saiu a reação à ditadura?

A secretária de Cultura planeja um seminário sobre o funk, com polícia, produtores de bailes e intelectuais. A Secretaria de Educação promove um festival de funk em suas escolas.

“Ninguém fica parado”. Talvez porque, como defende Fernanda Abreu, o funk seja profundamente revelador do Brasil:

— O brasileiro tem que entender que, ao se olhar no espelho, também vê o funk. Não pode recusar isso. No espelho estão Wando, Perlla, Chico Buarque, Villa-Lobos... Isso é ótimo.

Créditos Texto: Leonardo Lichote/o Globo
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