quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Vítimas agredidas em protesto em Pomerode recusam possibilidade de acordo

Honório Nichelatti Júnior (terno) diz que protetores de animais esperam punição de agressores Foto: Jandyr Nascimento

Agredidos durante uma puxada de cavalos em abril, 10 protetores de animais e o cinegrafista de uma TV negaram ontem, durante audiência conciliatória, a possibilidade de acordo com os agressores, os irmãos Ivo Just e Miro Just, integrantes do Clube do Cavalo. O próximo passo será dado pelo Ministério Público, que irá propor uma ação penal.
De acordo com o advogado que representa as vítimas, Honório Nichelatti Júnior, os agredidos apenas demonstraram vontade em dar continuidade à ação.
“Em outubro, o caso completará cinco meses e, por mais branda que seja a punição, é importante que os autores sejam punidos”, argumentou Nichelatti Júnior.
Uma nova audiência deve ser marcada para que as vítimas e também os autores prestem depoimentos em juízo, mas não há prazo legal para que isso ocorra. Até agora, os envolvidos prestaram depoimentos apenas na delegacia. Além dos irmão Ivo Just e Miro Just, o envolvimento de outras pessoas no episódio está sendo investigado.
A presidente da Associação de Proteção aos Animais de Blumenau (Aprablu), Evelin Huscher, que teve o braço esquerdo ferido por um pedaço de pau, espera que o Ministério Público leve o caso até o final:
“O que aconteceu foi uma barbárie. E eles ainda alegam que estavam apenas se defendendo, mas nossa manifestação foi pacífica. Tenho fotos para provar.”
O advogado que representa os autores da agressão, Teru Batista Alves Torres, disse não ter mais detalhes do caso e informou que irá esperar a próxima audiência.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Em resposta ao anônimo!

Desde há muitos anos, nós, cidadãos catarinenses providos de um mínimo de humanidade e bom senso lutamos pela abolição da prática da farra do boi no estado de Santa Catarina como uma forma de expressar uma indignação maior, que é pela abolição de todas as práticas, individuais ou institucionalizadas, de todo e qualquer ato de abuso e maus-tratos aos animais, e esta sim, para nós, protetores e ativistas ambientais, é uma luta diária.

O crime da farra do boi, por si só cruel, é vergonhoso para o estado de Santa Catarina, e repulsivo sob todos os pontos de vista, social, moral e legal, e já conseguiria sozinho nos envergonhar. Já dizia Mark Twain: O homem é o único animal que cora, ou melhor, que tem motivo para corar.

Entendemos que uma prática igualmente cruel é a puxada de cavalos.

Trata-se de uma prática arbitrária, desmedida e cínica onde nós “humanos”, usamos os cavalos para nos divertir às custas de seu sofrimento e em nome da tradição. Consiste em uma corrida estúpida, entre dois cavalos que são obrigados a puxar toneladas de peso, rompendo muitas vezes as articulações, caindo com dor ao chão, sendo estimulado por chutes e pedradas.

Os animais não são nossos, nem para usa-los, muito menos para nos divertir às suas custas. Isso para o animal não é diversão, é dolorido e muito sofrido. Quando um cavalo é utilizado para o trato agrícola ou cachorros como pastoreiros, o fazem de bom grado, pois gostam de se sentirem úteis. E mesmo essas práticas devem ser feitas de forma a observar as condições de cada animal.

Realmente fazer a manifestação no evento foi um ato que precisou de coragem, confessamos. Mas se não fosse essa nossa coragem, não teríamos conseguido atrair a discussão sobre esse ato, que para nós é estúpido.

Essa situação vem corroborar uma conhecida tese de psiquiatras forenses de que quem pratica tortura e crueldade contra animais, facilmente a pratica contra pessoas, pois é desprovido de qualquer sentimento de humanidade e compaixão pelo próximo. O valor em questão, que é a vida e a dignidade de um ser vivo é absoluto e diante dessa essência, o crime é o mesmo. Não há mais trigo, vira tudo joio.

As manifestantes foram tratadas com a mesma humilhação, o mesmo desrespeito, a mesma violência. A diferença é que elas podem se defender, diferente dos animais que não podem e não sabem como se defender. E não lhes resta outra alternativa a não ser se submeter, se curvar, se escravizar, para que nós, os humanos, seres “racionais” o utilizemos deles para nossa diversão.

Essa lógica perversa é a mesma da farra do boi, dos rodeios, das touradas (que inclusive estão sendo abolidas na espanha) das rinhas de galo, circos com animais.

Portanto, o que está em discussão não é a prática em si, não é o clássico conflito entre direitos dos animais e direitos culturais. Não, o que se debate aqui é uma cultura só: A cultura da violência gratuita, como se a legitimidade social conferida à violência contra os animais, justificasse moralmente todos os seus desdobramentos igualmente violentos.

E é bom lembrar que justamente no momento em que Pomerode coloca a puxada de cavalos em seu calendário oficial, não podemos deixar de lembrar que se a grandeza de uma nação é julgada pela forma como trata seus animais (Gandhi) é importante se questionar que tipo de precedentes estamos criando em nome de uma tradição, de uma cultura, que até onde vimos, só propaga violência e sofrimento.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Estamos cansados de injustiças!

Cansados de ler as injustiças escritas pelo colunista (proprietário) no Jornal de Pomerode, a AMA Bichos enviou pedido para que relatasse o caso completamente e não apenas denúncias anônimas e injustas. Ele sugere em sua coluna que a AMA Bichos faça uma visita a uma determinada casa, onde estariam ocorrendo barulhos e maus cheiros. Cita vários boletins de ocorrência e que inclusive o Ministério Público já teria feito um termo de ajustamento de conduta para que proprietária tomasse providências.
A AMA Bichos sabe perfeitamente de quem se trata e que covardemente ele se nega a mencionar.


Carta resposta do JP - clique para abrir.


Resposta da voluntária Rosália Marçal
Acho fácil pessoas escreverem a meu respeito, me difamarem. Pondo em dúvida minha conduta em não respeitar vizinhos e me acusar de que a minha casa exala mau cheiro e barulho.
Entendo que a maioria das pessoas priorizam a sua vida particular e sua independência sem se importar com o sofrimento dos animais. Minha casa é simples, mas meus cachorros são todos respeitados, tem prioridade. Tem pessoas que nascem predestinadas a ajudar pessoas, mas eu nasci com o dom de ajudar os animais. Independente de qual seja. Cão, gato, cavalo, cobra, gambá, abelha, todos.
Jamais abrirei mão de meus cães. Acho injustiça pretender que eu saia de minha casa onde vivo há 32 anos para satisfazer 1 vizinho.
Sei que a minha casa é limpa e que meus animais são bem cuidados. O que eu não tenho é ostentação. Os canis não são lindos, porém, são limpos. Inclusive com laudo da Vigilância Sanitária.
É fácil escrever sem ver a realidade. Só se basear em falatório é ser muito insensível com a luta em que me propus. Tenho animais adotados por mim que foram atropelados, feridos por foice, ninhadas abandonadas em meu Pet Shop com doença.
O lindo Amadeu que tanto sucesso fez no Pomerode em Ação, foi deixado no Pet Shop após o proprietário saber do custo de seu tratamento. Era um filhote magro, feio, desnutrido, não andava devido aos bichos-de-pé que tinha nas 4 patas, bernes(58) por todo o corpo  e com parvovirose (é fatal).
EU paguei todas as despesas e acolhi em minha casa e paguei adestramento (sendo que todos os meus cães são adestrados).
Quando acontecem essas barbaridades, o que esperam de  mim? Que eu não tome atitude em salvar o animal? Devo deixar morrer? Ou abandonar na rua para morrer como as pessoas de bem de Pomerode fazem com freqüência assustadora.
Sou eu que vivencio todos os dias essas atrocidades e o sofrimento do animal.
Em vez de gastar o tempo difamando porque não vem conhecer o trabalho feito por mim?
Meu endereço é conhecido, tanto particular quanto comercialmente.
Respeito meus vizinhos. Evito receber visitas na minha casa, porque os cães não falam. Eles ficam felizes e latem quando chega alguém. Sei que isso pode incomodar algumas pessoas, mas os cães também têm o direito de existir. Mantenho distância de pessoas que não gostam de animais. Respeito e espero respeito.
Agradeço aos meus vizinhos que estão me apoiando, são pessoas de bem que também possuem e tem amor pelos seus cães.
Rosália Marçal – vice-presidente da AMA Bichos. 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Mais fotos!

Essas fotos foram feitas pela Prefeitura de Pomerode estavam até a pouco tempo no orkut. Claro que já foram retiradas depois de inúmeros comentários contrários a presença desses senhores no desfile. Uma afronta a quem ama animais.





terça-feira, 7 de setembro de 2010

Mais uma afronta!!!


Com essa faixa e com o desfile dos cavalos da puxada a prefeitura mostra que apoia e divulga a prática odiosa da puxada em Pomerode.

Como mostra a foto, a afronta à população defensora de animais foi tremenda. Dizer que os animais são bem cuidados não justifica os maus tratos impingidos aos cavalos durante a puxada.
Comparar um cavalo a um atleta chega a ser ridículo. O atleta pára com os treinos quando alcança seu limite. O cavalo é treinado até a exaustão ou até o rompimento de ligamentos e até fratura de ossos.
A atitude da prefeitura de Pomerode é uma audácia, pena ser contra seres indefesos que só tem nos humanos a chance de serem protegidos.
Conservar cavalos em bom estado para depois levá-los à exaustão nas puxadas é um comprovadamente um CRIME.