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Minimalismo Surgido como reacção à hiperemotividade e ao Expressionismo Abstracto que
dominou a produção artística da arte nos anos 50 do século XX, o Minimalismo,
que se desenvolveu no final dos anos 60 prolongando-se até à década de 70,
apresenta a tendência para uma arte despojada e simples, objectiva e anónima.
Recorrendo a poucos elementos plásticos e compositivos reduzidos a geometrias básicas,
procura a essência expressiva das formas, do espaço, da cor e dos materiais
enquanto elementos fundadores da obra de arte. Para caracterizar este movimento
artístico pode empregar-se o célebre aforismo do arquitecto Mies Van der Rohe
"menos é mais". Uma das principais influências desta corrente foi o pintor suprematista
Kasimir Malevitch e as suas criações artísticas abstractas que levavam ao
limite a simplificação geométrica. O artista minimalista mais representativo foi o pintor Frank Stella,
conhecido pelas suas pinturas austeras, constituídas por linhas e riscas de
cor, paralelas, e pelas formas variadas e irregulares, embora geralmente simétricas,
dos quadros. Embora tenha começado na pintura, a Arte Minimalista conheceu o seu maior
desenvolvimento na escultura. Os escultores usam normalmente processos e
materiais industriais, como aço, plástico ou lâmpadas fluorescentes, na produção
de formas geométricas, explorando as relações espaciais e a capacidade de a
escultura interagir com o espaço envolvente, apostando na experiência corporal
do próprio espectador. Destacam-se as obras de Donald Judd, com as suas caixas uniformes em
madeira, metal ou acrílico, pintadas com cores fortes, de Dan Flavin, com
esculturas produzidas com tubos de luz fluorescente, de Sol LeWitt, com as
construções em cubos e pinturas geométricas e de outros artistas como Robert
Morris, Carl André, Richard Serra e Yves Klein.
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