quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O Cimento é o 2º Produto mais consumido no Mundo

O cimento é o segundo produto mais consumido no planeta Terra, atrás apenas da água. Misturado com areia, pedras e água, resulta no concreto, um dos mais importantes materiais da construção civil. Em habitações comuns, medidas de resistência do concreto para fins estruturais devem atingir pelo menos 20 MPa (mega Pascal). Em Belo Horizonte, o mais comum é que tenham entre 30 a 35 MPa. Obras de infra-estrutura, no entanto, entre as quais estradas, túneis e prédios com grandes vãos usam concretos na faixa de 40 a 60 MPa. Já em construções que demandam maior blindagem (balística ou ataques a bombas), os concretos chegam a ter 150 MPa. Há 80 anos, a área da construção civil experimentou uma revolução produtiva, com a inserção, na estrutura do material, de cabos de aço capazes de suportar cargas elevadas e melhorar seu comportamento frente à tração. Nascia ali o concreto protendido.

A adição de nanotubos de carbono a uma das matérias-primas do concreto parece, agora, representar outra modalidade de evolução, pois altera a sua composição – e não apenas a introdução de materiais em sua armação. “Os nanotubos de carbono podem desempenhar papel parecido com o dos cabos de aço, atuando como elemento de protensão do concreto em escala nanoscópica”, explica o pesquisador. A expectativa é que o produto sintetizado na UFMG possua propriedades próprias do concreto de altíssima resistência, acima de 200 MPa. Um de seus usos mais evidentes seria, portanto, em obras de infra-estrutura e construções de grande porte.

“Devido à redução de sua porosidade, ele poderá ser testado também em construções submarinas, como plataformas e dutos de petróleo”, acrescenta o professor, ao explicar que a rugosidade existente nos concretos hoje disponíveis permite a entrada de cloreto de sódio em sua estrutura. Essa característica é a porta de entrada para sua degradação.

Luiz Orlando ressalta, no entanto, que o novo material não é apenas um cimento. “Estamos formando um grupo interdisciplinar na UFMG para estudar suas propriedades e aplicações, além de seu comportamento na construção civil”, antecipa. A equipe, liderada pelo professor José Márcio Fonseca Calixto, do Departamento de Engenharia de Materiais e Construção da Escola de Engenharia, realizará estudos para avaliar propriedades do material como rigidez, resistência à tração, permeabilidade, fadiga, fluência e durabilidade.

A professora Maria Teresa Paulino Aguilar, vinculada ao mesmo departamento, manifestou interesse em participar do grupo que investiga as propriedades do novo material. Ela também está convicta de que o setor se encontra, de fato, diante de uma nova revolução para o concreto.

Fonte: Artigo publicado pela Universidade Federal de Minas Gerais

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