terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sobre linhas tênues

Com ou sem sombrinha, amigos leitores, difícil mesmo é se equilibrar nas cordas bambas da vida. Pelas linhas tênues que percorremos, o tombo parece sempre o próximo passo.

Vivemos, afinal, entre a agonia das longas saudades e o enfado do convívio diário.

Entre a timidez que desperta o interesse e a quietude inerte que entedia.

Entre a inteligência que faz amigos e o pedantismo que os afasta.

Entre a felicidade que contribui para a felicidade dos que gostamos e a euforia, tão somente.

Entre o otimismo, tão somente, e a ingenuidade da expectativas frustrantes.

Entre a paciência de esperar e a omissão de preferir não agir.

Entre a beleza que encanta e a beleza que intimida.

Entre o amor cuidadoso e preocupado e o apego obsessivo.

Entre o amor descuidado e o desamor.

Entre o amor como objetivo e o amor como objeto.

Entre as coisas ruins que fazem bem e as coisas boas que fazem mal.

As linhas tênues da vida são mesmo um convite ao tombo.

6 comentários:

  1. Que preocupação em Andrei.
    Jacquelinexp@hotmail.com

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  2. è um convite ao equilibrismo

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  3. Ou se equilibra ou cai. Até aí é tênue.

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  4. ying e yang... equilíbrio é tudo! pena que normalmente ele falta. hehe

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  5. uau..
    Cada frase uma lição.
    adorei!

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  6. Adorei primuxo!!!
    A vida é uma constante tentativa de equilíbrio, de saber pesar as coisas que ocorrem...não é fácil manter a lucidez, mas vamos levando!!!

    Beijos!

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