10 fevereiro, 2008

O Terminal - The Terminal

·


Tamanho: 419 mB
Formato: RMVB
Idioma: Português
Qualidade : DVDRip





»
Direção:
Steven Spielberg

» Roteiro: Sacha Gervasi e Jeff Nathanson, baseados na história criada por Gervasi e Andrew Niccol.
» Gênero: Drama
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 128 minutos
» Tipo: Longa
» Trailer: clique aqui
» Site: clique aqui
» Sinopse: Terminal conta a história de Viktor Navorski (Tom Hanks), um visitante do leste europeu em Nova York, cuja terra natal irrompe em um golpe enquanto ele está viajando rumo a América. Encalhado no Aeroporto Kennedy com um passaporte para lugar nenhum, ele não é autorizado a entrar nos Estados Unidos e precisa improvisar seus dias e noites no salão de trânsito internacional do terminal, até que a guerra em seu país acabe.

À medida que semanas e meses passam, Viktor descobre que o compresso universo do terminal é um complexo mundo de absurdos, generosidade, ambição, divertimento, status, acasos e até mesmo romance, com uma bela aeromoça chamada Amelia (Catherine Zeta-Jones). Mas Viktor está esgotando sua recepção com o oficial do aeroporto Frank Dixon (Stanley Tucci), que o considera um erro burocrático, um problema que ele não pode controlar, mas quer desesperadamente apagar.





Por Marcelo Aguilar - Revista Voce S/A

Fui assistir o filme O Terminal estrelado por Tom Hanks só para me divertir. Mas existem tantas lições importantes que cada personagem ensina sobre nosso trabalho e nosssas vidas que resolvi escrever um artigo. Além da perseverança de Viktor Navorski (interpretado por Hanks) chama a atenção as atitudes do oficial de segurança do aeroporto Frank Dixon. Ele é o que os americanos chamam de “by the book”. Tem que “estar escrito” no livro de regras ou nos procedimentos, senão não pode.

Dixon é inteligente e perspicaz. Desempenha sua função de oficial de segurança com esmero, mas seus sentimentos e sua criatividade ficam ofuscados pela sua necessidade de não quebrar as regras. Ele não percebe, por exemplo, que não precisa quebrar nenhuma regra para resolver problemas não previstos nos procedimentos de imigração. Bastaria uma atitude humana, usar a compaixão e tentar entender qual é o problema. No entanto, ele está tão focado na “produtividade” que não percebe que perder um pouco de tempo para ouvir as pessoas pode salvar um tempo enorme de trabalho depois. O mundo, principalmente o corporativo, está cheio de Dixons. Eles até acreditam que estão agindo correto porque não possuem a capacidade de pensar de outra forma. Só sabem pensar e agir sob regras pré-estabelecidas.

Não pense que ele está totalmente errado. Aristóteles, por exemplo, constatou que a democracia pura, onde não existem leis e todas as decisões são tomadas em conjunto pelos envolvidos, só funciona até um determinado número de pessoas. Cresceu o número de envolvidos, existe a necessidade de criação de regras e leis.

O problema não reside nas regras e nas leis, e sim nos Dixons que não acreditam que estas regras e leis envelhecem. Não entendem que elas foram criadas para o bem social e em beneficio do ser humano íntegro. E que devem ser revistas e modificadas de tempos em tempos. Já pensou se continuássemos debaixo das leis da escravatura da época da monarquia?

O filme mostra também a figura do velho Gupta. Um indiano que aprendeu a baixar a cabeça para não ser notado, e, portanto, não ser incomodado. Ele fugiu de uma sentença de sete anos de prisão na Índia para uma de 23 anos distante de sua família em uma situação humilhante. Assim como Gupta, para evitar a dor, causamos uma dor maior para nós e para os outros. Às vezes nos falta capacidade de reflexão e enfiamos a cabeça na areia, como uma avestruz, pensando que a ameaça vai desaparecer.

No meio de tudo isso, temos o personagem central, Viktor. No primeiro momento ele passa a impressão de um completo idiota que se coloca numa situação impensável. Mas, ele têm uma perseverança inabalável na busca pelo seu objetivo. Uma capacidade de adaptação incrível às situações inusitadas e valores morais sólidos. Suas decisões são sempre embasadas nessas características, e o valor moral se sobressai o tempo inteiro. É assim que ele conquista seu objetivo. Não se corrompendo pelo mundo das regras, porém, sem nunca quebrá-las.

O mais interessante é que temos um pouco de cada um dos personagens retratados no filme. Mas precisamos deixar que Viktor estivesse mais tempo presente em nossas vidas. Assim, nossas instituições seriam melhores e nossas vidas menos estressantes. Um brinde ao Viktor que existe dentro de cada um de nós.

Fui assistir o filme O Terminal estrelado por Tom Hanks só para me divertir. Mas existem tantas lições importantes que cada personagem ensina sobre nosso trabalho e nosssas vidas que resolvi escrever um artigo. Além da perseverança de Viktor Navorski (interpretado por Hanks) chama a atenção as atitudes do oficial de segurança do aeroporto Frank Dixon. Ele é o que os americanos chamam de “by the book”. Tem que “estar escrito” no livro de regras ou nos procedimentos, senão não pode.

Dixon é inteligente e perspicaz. Desempenha sua função de oficial de segurança com esmero, mas seus sentimentos e sua criatividade ficam ofuscados pela sua necessidade de não quebrar as regras. Ele não percebe, por exemplo, que não precisa quebrar nenhuma regra para resolver problemas não previstos nos procedimentos de imigração. Bastaria uma atitude humana, usar a compaixão e tentar entender qual é o problema. No entanto, ele está tão focado na “produtividade” que não percebe que perder um pouco de tempo para ouvir as pessoas pode salvar um tempo enorme de trabalho depois. O mundo, principalmente o corporativo, está cheio de Dixons. Eles até acreditam que estão agindo correto porque não possuem a capacidade de pensar de outra forma. Só sabem pensar e agir sob regras pré-estabelecidas.

Não pense que ele está totalmente errado. Aristóteles, por exemplo, constatou que a democracia pura, onde não existem leis e todas as decisões são tomadas em conjunto pelos envolvidos, só funciona até um determinado número de pessoas. Cresceu o número de envolvidos, existe a necessidade de criação de regras e leis.

O problema não reside nas regras e nas leis, e sim nos Dixons que não acreditam que estas regras e leis envelhecem. Não entendem que elas foram criadas para o bem social e em beneficio do ser humano íntegro. E que devem ser revistas e modificadas de tempos em tempos. Já pensou se continuássemos debaixo das leis da escravatura da época da monarquia?

O filme mostra também a figura do velho Gupta. Um indiano que aprendeu a baixar a cabeça para não ser notado, e, portanto, não ser incomodado. Ele fugiu de uma sentença de sete anos de prisão na Índia para uma de 23 anos distante de sua família em uma situação humilhante. Assim como Gupta, para evitar a dor, causamos uma dor maior para nós e para os outros. Às vezes nos falta capacidade de reflexão e enfiamos a cabeça na areia, como uma avestruz, pensando que a ameaça vai desaparecer.

No meio de tudo isso, temos o personagem central, Viktor. No primeiro momento ele passa a impressão de um completo idiota que se coloca numa situação impensável. Mas, ele têm uma perseverança inabalável na busca pelo seu objetivo. Uma capacidade de adaptação incrível às situações inusitadas e valores morais sólidos. Suas decisões são sempre embasadas nessas características, e o valor moral se sobressai o tempo inteiro. É assim que ele conquista seu objetivo. Não se corrompendo pelo mundo das regras, porém, sem nunca quebrá-las.

O mais interessante é que temos um pouco de cada um dos personagens retratados no filme. Mas precisamos deixar que Viktor estivesse mais tempo presente em nossas vidas. Assim, nossas instituições seriam melhores e nossas vidas menos estressantes. Um brinde ao Viktor que existe dentro de cada um de nós.

0 comentários:

About Me