segunda-feira, 28 de março de 2011

A Conjunção

A Conjunção
ESTUDOS ASTROLÓGICOS: Interpretação

O Circuito Astrológico – definição dos Aspectos: A conjunção
Anterior: A oposição





A Conjunção

A Conjunção representa uma síntese de duas ou mais forças que matematicamente pode ser explicada da seguinte maneira como no exemplo: dois planetas em conjunção no signo de Áries. Os dois elementos vão representar por analogia as frações de um inteiro (como força única); supondo que um dos planetas é o Sol e o outro Marte:



                                   
 Sol                     Marte             Signo de Áries
em Áries              em Áries         cardinal
cardinal               cardinal            fogo
signo fogo           fogo                 bilioso
signo bilioso        bilioso              Q.S. (quente e seco)
Q.S.                   Q.S.                 Q.S. (quente e seco)

Denominador Comum: qualidades de Áries

Em suma, aqui apresenta todas as qualidades de Áries, como Denominador Comum.

Se for aplicado o sistema matemático empregado na operação com “frações" (embora de modo qualitativo); se torna possível dividir “todas as qualidades de Áries”(Denominador Comum) por todas as qualidades de cada um dos planetas, assim:

Áries – Cardinal; Fogo (Bilioso); Quente e Seco;Masculino                 Cardinal
           Sol – Exaltação; Fogo (Bilioso), Quente e Seco; Masculino       =       Exaltação


Áries – Cardinal; Fogo (Bilioso); Quente e Seco; Masculino                 Cardinal
  Marte – Domicílio; Fogo (Bilioso); Quente Seco; Masculino        =    Domicílio


Reduzindo:

   Cardinal                  Cardinal                     e   (Cardinais)
      Exaltação                     Domicílio                   Domic. Exalt.
____________   +       ____________    =     __________________
                                                            

Pode parecer empírica esta configuração, no entanto, conforme a matemática qualitativa, válida se torna a demonstração; por estar dentro dos princípios da matemática aplicada e apresentar um resultado apenas simbólico:

 e  Cardinais
___________________
Domicílio - Exaltação
___________________
        

Isso representa a manifestação de uma energia dominadora (Sol) e decisiva (Marte) com um sentido de iniciativa (Cardinal), expressando confiança (domicílio exaltado), reforçando as qualidades masculinas e arianas.

A força dessa conjunção acentua uma característica masculina e ativa, onde esses fatores são ressaltados não como instinto, mas pela sustentação da segurança (domicílio e exaltação) ou defesa própria.

Cada conjunção tem seu significado diversificado pelo sentido que representar a casa onde ela se situa. Matematicamente a conjunção seria melhor representada assim:




Sol Conjunção Marte = Sol x Marte, ou seja:




Indica a raiz ou essência do produto entre dois fatores energéticos.

A conjunção dentro de um mapa individual pode representar um fator social ou coletivo pelo qual a pessoa terá que participar direta ou indiretamente, sendo evidenciada tal situação, quando envolver planetas lentos; fato explicado em razão dessa influência pela análise, em termos de astrologia mundial (de sentido coletivo). Nesse caso, é preciso observar (no mapa) as conjunções relativas aos planetas entre Marte até os transaturninos. Pois, é sempre bom tomar conhecimento quando a conjunção se tornou exata (com o mesmo grau) porque vai indicar o “início” de um fator histórico ou coletivo. Esse acontecimento pode ter uma influência marcante para a personalidade, cuja manifestação deve ocorrer justamente no ano em que essa conjunção alcançar a exatidão, por progressão, conforme determinado mapa. Também são importantes aquelas conjunções que atingirão “exato grau”, antes do nascimento, porque elas serão ativadas por questão das chamadas progressões pré natais, que implicam num fator psicológico inconsciente.



(continua)


quinta-feira, 24 de março de 2011

A Décima Casa

A Décima Casa

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Capricórnio: A Décima Casa
Anterior: Mito de Capricórnio: Interpretação
Interpretação baseada em: Triângulos na Astrologia

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.


A Décima Casa

Conforme a sistemática aplicada em análises anteriores, a 10ª Casa tem como característica os seguintes termos: A = Capricórnio; B = Touro e C = Virgem.

A = Capricórnio (MC) – O Meio do Céu se qualifica pela culminância, renome ou posicionamento diante da sociedade; fator simbolizado pelo “cume da montanha”, o qual por analogia, representa a opinião – de cada um –, quase sempre desenvolvida num sentido político; é onde os ideais ou missões, concebidas em planos sutis (ou mentais) se cristalizam ou encontram sua manifestação; representando também a torre erguida (ao céu), como sinônimo da própria Honra, sob o risco de queda (frustração). Personaliza um interesse de ordem coletiva, desenvolvido em razão de uma decisão pessoal, algumas vezes, aspirada como missão – num sentido “inconsciente” –, de elevação espiritual; ou motivada – quase sempre – pela ambição, por questão de um destaque em termos sociais; sem ressaltar o interesse de certo lucro terreno, quanto ao que poderia implicar em tal façanha. Em suma, esta define o sentido profissional de cada criatura em seu sentido existencial (terreno). O fato é que a 10ª Casa sustem um propósito em benefício coletivo de modo geral, não importa em que circunstância ou intenção.

B = Touro – A livre escolha da 10ª Casa. A vontade pela realização dos ideais se envolve em desejos, valores ou condições ambiciosas. A coerência deste termo parece simples: em todo profissionalismo se inclui certo planejamento visando uma específica receita; no entanto, este fator depende da eficiência pessoal.

C = Virgem – A expansão da 10ª Casa se reproduz por questão da 6ª Casa. A graduação dos ideais se encontra no estado de saúde, na capacidade do indivíduo e reformulação dos detalhes. De fato, este setor, por sua qualificação (cada vez mais apurada) implica num esforço pela ampliação do conhecimento, refinamento de perfil e desenvolvimento técnico, sob avaliação crítica, em razão da própria opinião pública.

O triângulo da Objetividade da 10ª Casa contém os seguintes elementos: A = Aquário; B = Gêmeos e C = Libra.

A = Aquário – A receita da 10ª Casa depende da 11ª Casa (amizade). Os desejos, valores ou anseios que proporcionam recursos pelos ideais, têm como finalidade levar o indivíduo ao compromisso do compartilhamento (política da boa vizinhança). O exercício político deve fortalecer o fator de lucro, assim como, acentuar a doutrina (de uma profissão) aplicada como Meio Ativo ou recurso; função definida como privilégio (pois, requer de certa oportunidade este setor).

B = Gêmeos – A saúde da 10ª Casa se encontra na 3ª Casa. A vitalidade do fator de renome pessoal permanece em razão da comunicação, cuja instrumentação básica se constitui entre os recursos de apresentação, imagem e aparência; válido também como um setor confidencial, onde o aprimoramento técnico deve se manter em sigilo e as especializações garantidas através da informação. De modo geral se define pelo termo Diplomacia, o qual pode ter um certo significado de astúcia.

C = Libra – O MC da 10ª Casa vale como 7ª Casa – Pois se apresenta (de modo objetivo) conforme os padrões da própria 7ª Casa (um indicativo de sócios, cônjuges e rivais). A culminância dos ideais se encontra em contratos ou associações com finalidades de interesses mútuos; e, é onde se destaca a concorrência, os “mandos ou desmandos” superiores, a implicância (em geral), inclusive em termos de rivais; bem como, o autêntico sentido vocacional (conformado pela própria tolerância). Um elemento configurado genericamente como: estado de regência, onde se determina a qualidade ideal (ou missão) com absoluta autoridade.

O triângulo do relacionamento expõe os seguintes elementos: A = Peixes; B = Câncer e C = Escorpião.

A = Peixes – A 3ª Casa da 10ª Casa tem sua direção conforme a 12ª Casa. A escola dos ideais obtém suas referências através das dificuldades no exercício do cotidiano. Aqui o processo ocorre sob uma condição influenciável; pela tentativa de convencer outrem em razão da própria qualidade profissional (ou de um produto oferecido), onde se desenvolvem: sonhos, fantasias e ilusões através de símbolos (ícones ou palavras figuradas); valendo também como “Marca” (emblema) de sentido pessoal; tendo como palavra chave: Providência.

B = Câncer – A 7ª Casa da 10ª Casa se reflete na 4ª Casa. A união do renome pessoal se efetiva conforme a origem “familiar”; vale ampliar: em razão da lei de atração entre análogos e homólogos. A efetivação de contratos em questões profissionais, políticas ou de elevação social implica numa espécie de “reação química” entre as partes; válida por certa consonância entre o acordo.

C = Escorpião – A 11ª Casa da 10ª Casa é condizente ao qualificativo de 8ª Casa. O amigo (amizade) do renome pessoal se encontra em constante transformação pois a ascensão nunca termina e nem mesmo o risco de queda. Não existe um fator de independência (que é regido pela 11ª Casa) ao setor profissional, político, idealista, vocacional, missionário ou de renome pessoal; pois aqui, as amizades se encontram sob um sistema obrigatório e até mesmo passageiro (em transformação).

O Triângulo do destino mantém os seguintes elementos: A = Áries; B = Leão e C = Sagitário.

A = Áries – A 4ª Casa da 10ª Casa se relaciona ao Ascendente (1ª Casa). A oportunidade dos ideais – ou origem dos mesmos – se encontra na capacidade física, que tanto pode valer como condição atlética quanto de ordem psíquica, proporcionada pelo correto atuar do sistema endócrino. A magnitude desse setor se baseia na compleição ou configuração genética (algumas vezes, adormecidas com possibilidades de revitalização), outorgada em função de certa realização como virtude (ou não) individual, em razão da justa reencarnação; podendo inclusive se tratar de um grande “defeito”; entretanto, deveras importante, por questão de vocação ou renome pessoal, portanto, indicado pelo termo: Penitência.

B = Leão - A 8ª Casa da 10ª Casa se reproduz na 5ª Casa. A transformação dos ideais transcorre em conformidade com o livre arbítrio, cujo potencial (em sua legitimidade) jaz no inconsciente. Esta definição perfaz realmente o sentido de livre arbítrio (quase sempre mal interpretado) num sentido existencial, pela sua reafirmação como tal, ou como indicativo de uma vontade espiritual (cerne da criatura humana), por seu domínio (inconsciente) sobre os ideais, vocações ou missões em termos terrenos; indicado pela palavra chave: Evidência.

C = Sagitário - A 12ª Casa da 10ª Casa é orientada pela 9ª Casa. Aqui, indica que a realização de um ideal implica na graduação da alma, em sua experiência e necessidade de evolução. Não existe carma mais extenso (ou denso) quanto ao indicado em função de uma 10ª Casa (ou Capricórnio); pois, o confinamento em termos de vocação, profissionalismo ou missão, perfaz um sentido individual (ao longo das reencarnações pela experiência) por determinado tipo de especialização; num propósito existencial da personalidade (como paradigma); o que pode ser indicado pela palavra chave: Mestria.

Portanto, depois do ASC, o MC em termos astrológicos, deve ser considerado de grande importância; por resguardar o maior partido de um carma; ou em outros termos: a missão de cada um.

O Signo de Capricórnio (representante da 10ª Casa) se encontra no Zodíaco sob o regime do Modelo Universal da Honra, que como hierarquia mantém os seguintes (termos relativos aos números):

4 – Honra; 16 – Privilégio; 28 – Providência; 40 – Penitência; 52 – Eficiência; 64 – Diplomacia; 76 – Regime; 88 – Evidência; 100 – Opinião; 112 – Excelência; 124 – Tolerância; 136 – Mestria.



(continua)



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segunda-feira, 21 de março de 2011

Mito de Capricórnio

Mito de Capricórnio
MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Capricórnio: Interpretação
Anterior: Enéias

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.


Capricórnio como Princípio Ativo

O signo de Capricórnio como Princípio Ativo tem sentido de Apoio, padrão ou eixo da balança (de Libra), que é um fator de equilíbrio. É a lógica básica como fator de uma específica estrutura; é a lei determinante dos limites de uma específica dimensão. Toda organização se restringe aos limites de seu centro diretivo, portanto, sob o padrão como princípio de Capricórnio, um fator gerado pelo impulso egocêntrico de Áries; pois são os interesses individuais que determinam uma base, como apoio ou padrão; classificando assim todo tipo de estrutura particular (exclusiva), em conformidade com seu próprio objetivo sob esse simbolismo; porque, tudo aquilo que transcende essa definição, não pode ser identificado com tal signo. Sob a condição de sentido temporal, implicado assim com os limites de um espaço determinado, sintetiza a concepção individual – ou opinião pessoal – pela conformidade de um padrão ou mesmo como estrutura da personalidade; porque se define por qualidade. Entre os planetas por exemplo: a lógica do Sol se define pela centralização; a Lua outorga a sensação; Mercúrio rege a comunicação; Vênus inspira o amor e o senso de estética; e Saturno (regente desse signo) expressa o sentido concreto e objetivo. Mesmo simbolizado pela “montanha” (consistência física), também implica na lógica inevitável de dualidade – pertinente a tudo que existe na Criação –; pois, esta, em sua forma, mantém semelhança com a crista de uma onda, que ora sobe e atinge sua máxima elevação, descendo, necessariamente, por questão de sua própria crista negativa. Assim, como ponto mais elevado do Zodíaco, exprime que: “não existe limites para a evolução de cada coisa”, ou melhor, o que pode parecer máximo em elevação, não passa de uma condição limitada pelo  espaço e o tempo; indicando também que o cimo da montanha (elevação pessoal) deve ser escalado individualmente (gerado por Áries), pela Honra de cada um. O valor temporal (Cronos) previsto nesse fator, tem analogia com  “montanha”, cuja elevação deslinda no cimo, pois acima, só mesmo o céu como ponto mais alto; algo inatingível por falta de um apoio; então, além do topo, o sentido indica apenas a queda. O poder temporal mantém essa característica: ascensão e queda, porque tudo que transcende seu valor básico – limitado pelo topo da montanha –, apenas pode se dirigir para baixo. Os gregos mantinham para cada valor da Criação uma Potestade como ponto mais alto (ou padrão) de determinada qualidade; seria como se houvesse uma “montanha” para cada virtude, com seu específico modelo existencial em seu topo. O Olimpo, como ponto mais alto da matéria determinava esse máximo valor simbólico, esclarecendo assim, o motivo de Zeus lutar por essa conquista. Havia assim um paradigma (síntese) de cada virtude ou de cada irradiação criadora (específica), ou seja, um deus para cada atividade, como por exemplo: A Paz, filha de Zeus e Têmis; A Vitória, filha do Estige, A Saúde, filha de Esculápio, e outras mais. O condicionamento entre ascensão e queda, identificado como característica desse signo; em razão desses padrões (deuses) – regentes de todos os fatores do universo – essenciais, poderia ser definido – pelo menos quanto ao que especifica a queda – apenas como: irradiação. De fato, um arquétipo necessariamente, deve irradiar em função de suas atividades. Pois, se não houvesse esse procedimento (aliás, natural), estes, ficariam deveras sobrecarregados conforme exigiria a própria lei da gravidade; atraindo tudo em termos de “semelhantes”; dando origem ao caos. Irradiar, conforme deve perfazer cada padrão (como qualidade específica) implica na lógica: de que “é só dando que se pode receber”; e isso se confirma através do Princípio Passivo em Câncer, com o significado de outorga (proteção e auxílio). Portanto, num sentido coerente, atravessando “mundos” – numa escala de sete elementos –, irradiações entram em ressonância com seus fatores afins, pelo cumprimento da lei de atração entre análogos e homólogos. O fato se esclarece pelo seguinte: quem se encontra alegre, por exemplo, entra em sintonia com a Alegria – regente desse padrão –; e assim por diante em razão de outras virtudes. Enéias, como personalidade típica de Capricórnio, teve seu destino implicado entre as cortes reais; após uma queda, surgia nova elevação e isso sempre exigia outra questão de responsabilidade; na guerra de Tróia foi um dos mais sóbrios. A própria queda de Cronos implicou em nova ascensão, porque, depois desse evento ocorreu a idade do ouro. Por isso, esse fator tem como Meio Ativo o signo de Aquário: o sentido de renovação; imprescindível como instrumento (em seu atuar). Isso indica que velho e novo se complementam em termos de continuidade; um indicado como apoio, o outro “acessado” em razão de refrescamento; Enéias, fugindo de Tróia, carregou seu pai nos ombros. Leão como Meio Passivo implica na obrigação de centralizar, padronizar e condicionar através de uma qualidade básica (virtude). Um paradigma centraliza sua qualidade (Leão), mas ao irradiar – seu fator de base – emprega seu Meio Ativo; pois toda irradiação se define em Aquário (regente do magnetismo). A Paz (representada por um deus), por exemplo, centraliza em Leão sua virtude, a qual deve ser irradiada em razão de Aquário. O Crédito do Fim em Peixes condiciona o relacionamento – a comunicação – num sentido cármico; implicando em responsabilidade com a 'palavra'  ou outro tipo de compartilhamento com outrem; inclusive na tendência de “fantasiar”, provocando sonhos, geralmente num sentido político; um certo envolvimento com símbolos e interesses sobre o destino em termos de preocupação com o futuro. Por isso que o mito se desenvolve com a apresentação de oráculos em excesso. O Débito do Fim em Virgem, expressa um grande empenho em termos de evolução; expansão através do conhecimento; seriedade ou acuidade como meio decisivo; representando também grande experiência aplicada de modo prático e crítico. Enéias se acomodara na corte de Dido (Meio Passivo = Leão), mas recebeu ordem de Zeus (Crédito do Fim = Peixes) para retomar o sentido de sua missão; que resultou em suicídio da rainha (8ª Casa). O Crédito no signo de Áries indica um núcleo familiar expresso de modo dinâmico: enérgico e exigente; por mais dóceis que se manifestarem seus pais (ou familiares), os portadores desse Ascendente, devem ficar sob esse tipo de impressão – em relação aos mesmos. Conforme o mito, Enéias nasceu de uma forma ousada, pela impulsividade afetiva de uma deusa sobre um simples mortal, sendo educado para ser um herói (por Quiron); Cronos castrou seu progenitor e engolia os próprios filhos; Zeus combateu o próprio pai; ressaltando que, Géia gerou Tifon, como sua última opção de revanche. Psicologicamente, isso se define como: repressão para esse Ascendente, por receber um tipo de educação (mesmo sem intenção consciente) “interesseira”, em termos de realização (egoísta), por aspiração futura de seus pais. Por isso, desenvolve um certo sentido (inexplicável) de “prontidão”, com o qual deve expressar segurança e um atuar confiante; e com tal aparência, muitas vezes, possa estar sob forte tensão emocional. O Princípio Passivo em Câncer, indicador de necessária receptividade (por parte de outrem ou em razão de 7ª Casa), confirma essa definição de Crédito. O Débito no signo de Libra qualifica um modo de agir sempre voltado para uma razão social; pois o que gera vínculos (Libra) é o signo da Honra. O Crédito do Meio como Touro, o valor, gera Aquário, um Meio Ativo, o qual dependente do “valor” tomado como fator central, determinando o senso de liberdade (Aquário) desse Ascendente. O Débito do Meio em Escorpião, expõe essa liberdade sob a forma de “planejamento”, ou condicionada pela necessidade, não tendo portanto nenhum sentido de casualidade ou de aventura. A Finalidade Ativa em Sagitário indica um modo de agir sempre em busca da expansão; a meta visa sempre um desenvolvimento cada vez maior (extensivo), para esse signo Ascendente, como o mais ambicioso do Zodíaco. O mito apresenta isso muito bem, pois Enéias tinha a missão de fundar um grande império. A Finalidade Passiva em Gêmeos representa esforço no sentido diplomático, político, assim como, a reformulação de “falhas” em razão do aprendizado; por isso que a “queda” pode servir de fator favorável para esse signo.

Num mapa astrológico tudo que se encontra em Capricórnio, seja um planeta ou um cúspide, indica algo rígido, consistente e objetivo; por mais abstrato que possa parecer representa solidez. Saturno é o padrão que restringe, resiste e condiciona; o fator de maior apoio da personalidade.

(continua)


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quinta-feira, 17 de março de 2011

Enéias

Enéias

MITOLOGIA E ASTROLOGIA- Mito de Capricórnio: Enéias
Anterior: Cronos

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.




Enéias 

Enéias, era filho de Anquises – descendente de Tros: um dos fundadores de Tróia – e a deusa Afrodite, dada sua paixão por esse mortal; sendo criado por ninfas durante seus cinco anos e depois, educado pelo centauro Quiron até sua formação, como um autêntico príncipe. Certo dia, Anqueses, ébrio, exaltou suas “facilidades” diante de uma deusa olimpiana: Afrodite, sendo punido por Zeus com um raio, sofreu perda de parte da visão.



Honrado, desposou Creusa, filha de Príamo, rei de Tróia. Por questão do rapto, aconselhou Páris pela devolução de Helena; definindo conforme seus altos conhecimentos as conseqüências daquela violação.



Mesmo insatisfeito, por não ter evitado a ocorrência, durante a guerra, acima dele havia apenas Heitor, como o mais respeitado defensor de Tróia. Na noite fatídica – em que Tróia foi saqueada –, ele saiu às ruas para enfrentar os gregos, mas logo percebeu a grande vantagem do inimigo então, tentou reunir o maior número possível de troianos, para empreender uma fuga.



Assim, conseguiu sair da cidade em chamas, carregando nos ombros seu pai – Anquises – tendo ao lado Creusa e seu filho; sendo seguidos por Aletes, Ilioneu, Abas, Oronte e Acate. No lugar combinado, se encontraram com a multidão de fugitivos; mas, na precipitação da fuga, perdeu sua esposa.



Enéias e os outros, depois de certo tempo – gasto em construções de navios – partiram, efetuando um desembarque na Trácia; mas, o oráculo advertia que esse local não seria tão bem afortunado, pois deviam manter o curso até a Hespéria, uma região ocidental de onde emigrara Dardano, um dos fundadores de Tróia. O roteiro indicava uma série de regiões; mas primeiro ancoraram em Épiro, onde viviam: Heleno (único sobrevivente entre os filhos de Príamo) e Andrômaca (viúva de Heitor). Heleno, iniciado na arte da astrologia (e outros meios de predição) por Cassandra, sua irmã, apresentou suas previsões – indicando o que devia ser feito.



Assim eles partiram de novo, chegando em Cartago, uma região da costa africana, sendo muito bem recebidos pela princesa Dido. Entretanto, tudo aquilo ocorrera, apenas por uma “destinação de Hera”, em função de seu ódio como investida contra Enéias; para impedir sua inaudita realização. Por isso, Dido se apaixonou por Enéias, o qual aceitou aquela venturosa condição na corte; e assim se passaram meses. Mas, certo dia, recebeu de Hermes uma mensagem de Zeus, a qual relembrava em alerta, a sua missão de fundar uma “Nova Tróia”.


Então ele se separou de Dido, seguindo viagem no sentido da Hespéria. Desconsolada, por questão da justificativa de seu amante, Dido cometeu suicídio sobre uma pira funerária – antecipadamente preparada.


Atingido seu objetivo, foi consultar a Sibila de Cumes, tomando conhecimento de sua nova – e perigosa – façanha: descer aos infernos. No entanto, esta se ofereceu como guia diante desse difícil percurso.


Seguindo as exigências dessa trajetória, em vencidos percalços, finalmente, eles adentraram os Campos Elíseos. Dessa forma, Enéias viu seu pai (já falecido um ano antes) e também outros heróis de Tróia.




Assim, por visões, o sentido de sua missão foi se revelando, bem como, seus novos enfrentamentos; e também o destino do grande império (Roma) que ele deveria fundar.


Lavínia, filha de Latino, rei de Lácio, era pretendida por vários príncipes, mas, seu pai, em função de um oráculo, não permitia seu enlace com ninguém da região; pois a predição lhe indicara um homem estrangeiro, como forma promissora. Sendo que, Turno, rei dos rútulos, insistente, sempre renovava seu pedido de interesse nupcial.



De volta do Hades, o grande herói troiano, percorreu – em comitiva – o litoral da Hespéria, acampando próximo ao rio Tibre. Latino – em sua fixação por estrangeiros – o acolheu amistosamente. Turno, despeitado, entrou em guerra contra Latino, o qual teve Enéias como aliado; que, ao ser desafiado em combate – pelo “aficionado” em Lavínia –, conseguiu vencer aquele poderoso rival. Em razão desse fato, se casou com a princesa, fundando a cidade de Lavinium, considerada pelos oráculos, como berço de um grande império: Roma.



(continua)


terça-feira, 15 de março de 2011

Cronos

Cronos

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Capricórnio: Cronos

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.


Cronos - Saturno

Cronos ou Saturno, era um dos titãs nascido de Urano, o Céu e Géia, a Terra. Desposou sua irmã Cibele – ou Reia – com quem teve os seis deuses olimpianos originais, tendo engolido um por um, assim que nasciam: Héstia, Demeter, Hades, Poseidon, e Hera, exceto Zeus, livre disso pelo artifício de uma pedra com a qual foi substituído. Cronos tem sentido de Tempo e Saturno indica semeadura, o que pode significar também: cheio, farto ou saturado. Cronos castrou Urano e ocupou seu lugar, mas foi destronado por seu filho Zeus, indo se refugiar na Itália, onde passou a ser chamado Saturno. Pois, assim que Zeus sentiu a consolidação de seu império em razão do universo, se reconciliou com Cronos e o libertou da cadeia subterrânea que o prendera. Dessa forma, este se tornou rei da ilha dos bem aventurados, sem mais risco de enfrentar a morte.



Em seu reinado foi instaurado a Idade do Ouro, onde seus pacíficos súditos receberam leis de felicidade; por ter instituído a igualdade entre os homens, sendo que ninguém podia mais servir o outro como criado, mas apenas, espontaneamente. Para relembrar esse tempo de paz, celebravam anualmente em Roma as Saturnais.


Essas festas se iniciavam no dia 17 de Dezembro e duravam 3 dias; um motivo de obterem do deus Saturno uma proteção da terra ou agricultura. Nesses dias tudo parava, o trabalho, o senado e os tribunais, pois só reinava a alegria e a liberdade. Assim, todo o sistema hierárquico ficava suspenso; os escravos eram servidos por seus senhores, podendo inclusive criticar seus defeitos; e era proibido entrar em guerra ou executar criminosos. Na manhã do primeiro dia, após o culto sob o pedestal da estátua de Saturno, trocavam presentes e se iniciavam os suntuosos banquetes.



Cibele, ao nascer, foi abandonada pela mãe em uma floresta entre animais selvagens, os quais a alimentaram e asseguraram sua proteção. Quando jovem, se apaixonou por Átis, um frígio, a quem ensinou seu culto; o qual impunha o voto de castidade. Como este não soube cumprir seu juramento, por punição foi transformado em pinheiro.


Quando Zeus assumiu o trono, Cibele pleiteou uma parte do mundo, indo depois se refugiar nas montanhas entre animais ferozes, em vista dessa contingência. Por isso, geralmente era representada em uma biga puxada por leões.




Cibele era venerada como a mãe dos deuses, ao contrário de seu esposo Cronos, que não recebera o título de pai olimpiano. Seu culto, célebre na Frígia, se estendeu até Roma, sendo sua imagem identificada com a lua, uma grande proteção da mulher. Em seus rituais, os romanos se emasculavam em vestes femininas sob a dissonância de oboés e címbalos.


(continua)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Origem de Capricórnio

Origem de Capricórnio

MITOLOGIA E ASTROLOGIA- Mito de Capricórnio: Origem de Capricórnio

Anterior: A Nona Casa

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.

Origem de Capricórnio



A Cabra Amaltéia

Amaltéia foi a cabra que aleitou Zeus em sua infância. Nesse mito – muito antigo – a amamentação do recém nascido deus ficou envolta em lendas e magias. Por causa de seu desagradável aspecto, Géia, em atenção aos Titãs, escondeu Amaltéia em uma caverna de Creta, onde – mais tarde –, Zeus foi amamentado secretamente.


Outros contam que Amaltéia alimentava a criança por meio de uma cornucópia, a qual tinha a virtude da abundância; de onde deveriam sair – durante a eternidade – todas as grandezas do universo. Atingida a idade adulta, aconselhado por Métis, a Prudência, Zeus iniciou sua longa – e terrível – luta contra seus pai. Em busca de armas, consultou o oráculo, obtendo em resposta que a melhor arma, ou seja, o melhor meio de defesa, se encontrava na pele de Amaltéia. Assim, a cabra se ofereceu ao sacrifício, e Zeus, ao revestir seu escudo com a pele da mesma, se tornou invulnerável, conseguindo destronar Cronos. Em sinal de gratidão – pelo sacrifício –, Amaltéia foi transformada em constelação; portanto, esta seria uma das origens míticas da constelação de Capricórnio.



Tifon

Pela origem da constelação de Capricórnio existe outra versão, também relacionada com a mesma guerra de Zeus contra os Titãs e Cronos. Zeus, já havia vencido os terríveis gigantes, nascidos do sangue de Urano, como primeira parte dessa luta. Mas, Geia em sua derradeira tentativa, se uniu a Tártaro, gerando o mais terrível dos monstros: Tifon (que tem sentido de formador da obscuridade e fumaça). Em altura e poder, a fera superava todos os demais descendentes de Géia: de pé, sobre a terra, era mais alto do que as montanhas; em lugar de dedos apresentava cem cabeças de dragões; a parte inferior de seu corpo era recama de víboras; era alado e seus olhos lançavam chamas.




Quando os deuses viram aquele monstro se dirigindo ao Olimpo, fugiram todos, encontrando como refúgio o Egito. No deserto, como disfarce, cada um escolheu um tipo de animal: Apolo se transformou em milhafre; Hermes em ave íbis; Ares em peixe, Hefesto em boi e Hera em vaca; mas, Pã, como o mais criativo se transformou num bicho, o qual da metade para cima lembrava um bode, e da metade para baixo um peixe. Atena e seu pai foram os únicos que enfrentaram o dragão. Zeus, lançando seus raios, obteve a vitória, aprisionando o monstro sob o monte Etna, onde, depois desse fato passou a ocorrer grandes explosões, indicando a presença de Tifon, tentando escapar. Glorificado, Zeus, impressionado pela originalidade do deus Pã, transformou em constelação aquela figura exótica – criada por ele –, e essa seria a outra versão como origem da constelação de Capricórnio.


(Continua)



quarta-feira, 9 de março de 2011

Histórico do Inconsciente

Histórico do Inconsciente

O Advento da Psicologia VI: Histórico do Inconsciente
Histórico Ritualístico – do Inconsciente Coletivo



A revelação de Freud sobre o inconsciente, suscitou nos meios científicos a possibilidade de inúmeras definições em razão da mente humana. Teoricamente, ficava a transparência de uma estrutura receptiva para outras concepções, como por exemplo: de um inconsciente individual, um familiar e um coletivo (logicamente humano); e de forma mais óbvia – e indispensável –, uma certa noção de um “outro” – timidamente – com sentido universal, conforme a teoria dos arquétipos (Jung); convém salientar, como indicativo de moral pelo condicionamento da esperança – objetivo da fé – um componente de direção existencial, reconhecível pela formação dos sentimentos de culpa (por esse determinante). Considerando a veracidade dessa estrutura, necessário se torna relevar o histórico ritualístico da humanidade, como fator preponderante para as questões relativas aos inúmeros tipos de fenômenos psíquicos. O fato é que a formação (melhor definido como: ampliação) do inconsciente coletivo em relação ao sentido humano, sofreu com a imprecação – indelével – de cultos hediondos durante longo tempo. Antes disso, esse mecanismo (dito aqui universal) era pujante em sua função de “alerta” quanto ao atuar correto em razão de conjunto; não importa – agora – como isso possa ser discernido, ou seja, se era efetivado sob a direção de “deuses” ou por outros meios (aqui não entra em conta teologia nem opinião pessoal) transcendentes. Grandes civilizações do mundo todo, com seus rituais macabros e sanguinários praticaram verdadeiros “ensaios” para a implantação da insanidade mental (em razão do caráter humano), em termos de sua reversão futura. É de se supor que, no começo das civilizações, a formação do inconsciente coletivo tendia mais para um certo estado de neutralidade, ou melhor, para condições de lucidez, seguindo o sentido coerente da vida, em razão de conforto ( e prazer), conforme o próprio princípio de Freud – pela predominância do estágio oral (adaptação). Os símbolos míticos se formavam pela concepção de “deuses” benignos e protetores. Aliás, o próprio Jung, em sua concepção de Arquétipos, vislumbrou a possibilidade de tal “conteúdo” (no inconsciente coletivo); mas, deposto frente ao prenuncio dessa contingência reveladora, baqueou, afirmando: “outros podem prosseguir alem disso, eu não!” (como se temesse ser arrebatado pelo Tártaro). Porem, no decorrer do tempo, como numa espécie de “fase genital” (epidemia), a crença se fixou na idolatria de deuses avassaladores, contraditórios e cruéis, que induziam os homens em busca do poder e da posse (luxúria). O fator da sexualidade se tornou o valor mais alto da personalidade. A mulher se fixava no “dom” da maternidade, como sua melhor forma de expressão ou qualidade feminina – até como providencial meio de defesa (ou de poder?!). No homem, sua qualidade precípua se tornou a força bruta, porque dava proeminência ao impulso competitivo (de valor). Isso até serve para justificar a ideologia de Freud junto ao fator da sexualidade, bem como, a de Adler – vista de outro prisma – pela sustentação da teoria do poder (pelo valor). Daí surgiram os ritos satânicos como numa espécie de neurose “premeditada” (e vindoura), cujo exercício servia apenas para justificar o dom do livre arbítrio humano (como máximo fator de sentido existencial). Parece que esse impulso serviente em razão de forças malignas, não dependia apenas do infausto folclore de determinadas extensões geográficas como por exemplo: da Ásia Menor, pois ocorreu em todo o mundo. Alhures – sem cogitar o valor de cada civilização –, o mal se estendeu da sua própria maneira, o que apenas contribuiu pelo condicionamento generalizado do inconsciente coletivo.




O culto de Baal – um dos mais terríveis – por exemplo, que deve ter se originado na Ásia Menor – o qual não se sabe onde e nem quando – atingiu a Assíria, Babilônia, Caldeia, Fenícia e se alastrou até a China, alcançando a Grécia, Roma e outros reinos. Este, era venerado sob diversificados “nomes”, mas a doutrina em si era a mesma.; e isso ocorreu acerca de 4000 anos AC. Seus ritos suscitavam a expressão da crueldade pelo despertar do sadismo e do poder.




Vítimas humanas eram sacrificadas, tendo os corações arrancados e triturados numa espécie de “pasta”, pela composição de um certo elixir denominado mágico e poderoso, com o qual se serviam seus sacerdotes. Era um culto indescritível em termos de agressividade, uma verdadeira loucura. Na Caldeia, o culto para a “deusa da maternidade” incutia na mulher a necessidade de proliferar, o quanto mais vezes possível, como se fosse sua única qualidade feminina; mas tudo isso, justificava apenas o regozijo pelo poder do livre arbítrio humano. Seria extensivamente impossível descrever demais práticas, como a do deus falo ou do deus Dionísio – ambos na Grécia –, e de tantos outros.




Barbaridades análogas ocorreram na Índia, África e Américas – coincidentemente quase na mesma época (como se fosse uma influência coletiva). E toda essa reminiscência pela formação do Inconsciente Coletivo, provem apenas de apuradas e comprovadas pesquisas arqueológicas. Ironicamente, as crises de demência de modo geral, parecem remontar as alucinações daqueles rituais demoníacos. Basta que se leve em conta as questões de sadismo ou de masoquismo quanto aos desequilíbrios. A compulsão sempre mostra uma dessas facetas: a do carrasco ou a da vítima. Nisso, se encontrava as próprias razões teóricas (ideológicas) de Adler. Na verdade, numa crise – de qualquer nível – nada mais ocorre do que a apresentação de um ritual, criterioso, ou melhor, condicionado pelo complexo, que pode ser autônomo nos casos avançados. O fato e que, esse complexo autônomo – do histérico ou do demente precoce –, deve transcender fatores de educação, cultura, formação social, traumas e quaisquer outros, como o próprio Charcot soube demonstrar com a hipnose. A neurose parece que já instiga a florescência desses elementos adormecidos ou latentes no inconsciente coletivo. Desse modo, a compulsão determina estados coniventes com esses conteúdos (arraigados estados da personalidade). Em resumo: isso define o inexorável estado de “sentimento de culpa” – do existencial humano. Em síntese: o Inconsciente Coletivo é o componente de conteúdo universal  –existencial –, o qual pode ser melhor discernido conforme as seguintes indicações:









(continua)

terça-feira, 1 de março de 2011

A Nona Casa

A Nona Casa

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Sagitário: Nona Casa
Interpretação baseada em: Triângulos na Astrologia

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



A Nona Casa

A Característica da 9ª Casa: A = Sagitário; B = Áries e C = Leão

A Nona Casa acima de tudo implica em razão de cada um (todos) no sentido de um prosseguir – além do estado temporal presente –, como obrigação consciente – de teor espiritual –, ou como exigência existencial, a qual se vislumbra – inevitavelmente – sob o teor filosófico, capacidade contida entre os “viandantes”, rumo ao significado da vida; de modo global isso define – em síntese – o histórico em termos de reencarnações, o que caracteriza a personalidade conforme sua evolução espiritual. Sagitário (centauro), metade homem e metade cavalo, indica o domínio sobre o animal pela consciência do homem, um comando das forças anímicas, alcançado pelo entendimento e experimentação; representando uma missão de espiritualidade nos domínios do entendimento filosófico; num aprimoramento – inconcluso –, cada vez mais digno da espécie humana. Confrontando os mitos de Atena e Hefesto se constata um “paradoxo”, o qual parece apresentar suas razões pelo simples fato de estar relacionado ao signo de Sagitário, que rege a filosofia. Talvez, essa contingência do mito procura alertar – ou reportar em termos de futuro –, evidenciando assim, os percalços de sentidos filosóficos, cuja a própria física quântica já se deparou; pois, ao próprio Hefesto foi atribuído a criação de “autômatos”, que de certa forma, dependiam de uma lógica; implicada em “inteligência artificial”?!

B = Áries – O livre arbítrio da 9ª casa equivale ao corpo físico – A livre atuação proveniente da alma se encontra no elemento físico e mortal; de posse desse corpo (cavalo), pode a consciência (cabeça) liberar ou não os instintos mundanos, os quais dependem do comando de um elemento de classe mais refinada – etérea – como a alma. A palavra chave desse setor seria "outorga" ou consentimento pela função desse mecanismo.

C = Leão – A 9ª casa da 9ª casa é a 5ª casa. A graduação da alma (nível de vivência) se manifesta pela qualidade do livre arbítrio, o qual se situa no foco da consciência, onde a vontade genuína (experiente) pode formular os pensamentos. Se a alma determina uma atuação qualquer ao corpo físico, a “vontade comum” – em livre arbítrio recíproco – pode implicar nas considerações intuitivas apresentadas (ou recebidas); por isso, o grau de evolução da alma – alcançado em ulteriores reencarnações – pode estar sempre sob a condição desse poder da “vontade” atual (no presente). Para exercer seu domínio, como estratégia de poder subjetivo, a alma se utiliza de imagens sob formas indicadoras da convicção, como uma função de valor moral (do tipo recorrente aos provérbios ou fábulas), originando por esse mecanismo um processo mental filosófico. Se o espírito humano não deixar fluir suas potencialidades vivenciais anteriores, o elemento “mundano” – de racionalidade” pode assumir o comando, e a personalidade atuar de modo inferior. O fato é que a 9ª casa rege a “escola superior”, simbolizando (agora) aquela que já foi a “primária” numa vida anterior; por isso representa a religião, filosofia e convicção da personalidade; mantendo assim a integridade do indivíduo, sintetizada pelo processo psicossomático, onde a vontade espiritual se funde com a qualidade do temperamento.

O triângulo objetivo da 9ª casa: A = Capricórnio; B = Touro e C = Virgem.

A = Capricórnio – A Ambição da alma reflete no plano físico sob a forma de ideais, principalmente em termos profissionais e relacionamento social. Conquistar um meio social se torna o grande valor objetivo da alma. A palavra chave deste setor seria: “sintoma”, num sentido de se poder alcançar a perfeição.

B = Touro – A saúde ou capacidade da personalidade alma se encontra na ambição física do indivíduo; é pela aspiração objetiva que se conhece a graduação interior adquirida em outras encarnações; a higidez da alma está no senso de valor (Touro). A palavra chave desse elemento seria: "ponderar", pela obtenção da síntese, em razão do interesse, o qual, quando encontrado, pode implicar até em sério condicionamento (doutrina).

C = Virgem – A culminância da alma como ser encarnado, reflete a saúde no corpo físico; isso indica que o inconsciente tenta dominar a consciência objetiva por intermédio da saúde. Este padrão, em sua consistência existencial (mundana) determina a inteligência de cada um, pois, reflete inúmeras opções vivenciais; umas no sentido de justiça, e outras de característica ilegal, uma manifestação do entendimento conforme o “tipo de centauro”(que a pessoa representa).

O triangulo do relacionamento da 9ª casa: A = Aquário; B = Gêmeos e C = Libra.

A = Aquário – A “escola”, a comunicação ou meios de transporte da alma estão nas associações fraternais; e no magnetismo, ou seja: a aura e o meio de comunicação da alma. A palavra chave deste meio é "semelhança": uma expressão de igualdade e amizade.

B = Gêmeos – A 7ª casa da 9ª casa é a 3ª casa – Os vínculos da alma se realizam na “escola da vida” no cotidiano físico através do cérebro mundano (Gêmeos); o qual promove as ligações cármicas. Aqui a palavra chave é: "anulação", ou onde não se tem o domínio das ações (conforme ocorreu com Zeus em seus inúmeros relacionamentos).

C = Libra – A 11ª casa da 9ª casa é a 7ª casa, cuja palavra chave é prudência, ou o que a filosofia requer pela sua integridade. Os amigos da alma são os sócios ou rivais; como já foi citado anteriormente sobre a 7ª casa, os sócios são laços contraídos em “vidas anteriores”, por isso são os melhores fatores pela “missão” de graduação da alma; os rivais serão como importantes lições, as quais necessariamente devem implicar na evolução da personalidade alma.

O triângulo do destino: A = Peixes; B = Câncer e C = Escorpião.

A = Peixes – A origem da alma está na 12ª casa. A palavra chave deste setor: submissão, obediência, ou em forma negativa, insubordinação. Aqui se explica a constituição da alma, seu nível e finalidade; é a necessidade do espírito, em razão de seu confinamento (limitação) de sentido existencial, válido como um mecanismo – sob os conformes de leis universais –, o qual permite a manifestação da alma em termos de reencarnação.

B = Câncer – A 8ª casa da 9ª casa é a 4ª casa, ou seja, a transformação da alma está na 4ª casa, com a palavra chave: juízo, indicando que esta se modifica com a reencarnação (oportunidade), cuja finalidade é como a realização de nova pesquisa – existencial. Por isso, a formação psicológica (Câncer ou 4ª casa) implica nessa realização; porem, na dependência do nível evolutivo – da mesma –, até isso pode ser transmutado.

C = Escorpião – A 12ª casa da 9ª casa é a 8ª casa com a palavra chave: reverência, indicando reajuste pela movimentação no sentido de metamorfose (como ocorreu com Hefesto). A alma encarnada está presa pela força sexual que depende de um comando correto, podendo representar a queda (ou a morte) ou a transformação – pela moral e dignidade –, em benefício de sua graduação. Essa é a representação simbólica do corpo humano: uma junção animal e humana (centauros).

O Signo de Sagitário (representante da 9ª Casa) se encontra no Zodíaco sob o regime do Modelo Universal da Justiça, que como hierarquia mantém os seguintes (termos relativos aos números):

9 – Justiça; 21 – Perfeição; 33 – Semelhança; 45 – Legalidade; 57 – Outorga; 69 – Ponderação; 81 – Revogação; 93 – Juízo; 105 – Convicção; 117 – Direito; 129 – Prudência e 141 – Reverência.



(continua)





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