quinta-feira, março 22, 2007

o que é o magma...

Material rochoso semi-fundido, provido de mobilidade e resultante da fusão das rochas da crosta e do manto superior. A maior ou menor mobilidade do magma depende da sua viscosidade, um carácter físico que resulta tanto da pressão e da temperatura a que ele se encontra como da sua composição. Em igualdade de pressão, a viscosidade diminui quando aumenta a temperatura (mais quente = mais fluido). Em igualdade de temperatura, a viscosidade aumenta com a pressão (mais comprimido = magma mais imobilizado). Em igualdade de pressão e temperatura, a viscosidade é regulada pela concentração de voláteis (ricos em voláteis = maior pressão interna e menor viscosidade = maior mobilidade ou fluidez). Os diferentes tipos de rochas magmáticas podem formar-se a partir da solidificação de magmas.
Existem três tipos principais de magma, de acordo com o teor em sílica (SiO2) - o magma basáltico, o magma andesítico e o magma riolítico. Os magmas basálticos, com origem na fusão de rochas do manto, contêm cerca de 50% de sílica e um baixo teor em gases dissolvidos. Este tipo de magma é expelido essencialmente ao longo de riftes e dos pontos quentes que se situam ao nível dos oceanos. A sua constituição varia, dependendo dos condicionalismos ambientais em que se geram, como a pressão e a temperatura. Estes magmas caracterizam-se pela viscosidade - relacionada com a densidade, a riqueza em sílica, a temperatura e a quantidade de fluidos que contêm - que determina a sua velocidade de ascensão. Quando os magmas basálticos se acumulam em câmaras magmáticas, a profundidades de 10 a 30 km, solidificam e originam rochas plutónicas, como os gabros. Quando os magmas basálticos ascendem com uma velocidade superior à velocidade a que arrefecem, solidificam e formam rochas vulcânicas, como os basaltos. Os magmas andesíticos, formados pela subducção de uma placa oceânica sob uma placa continental, contêm cerca de 60% de sílica e bastantes gases dissolvidos. A sua composição depende da quantidade e da qualidade do material rochoso do fundo oceânico que sofre subducção. O material de que resulta o magma andesítico inclui água, sedimentos depositados ricos em argila e material rochoso com origem na crusta oceânica e na crusta continental, que aprofunda quando a placa é subductada. A água fica sujeita a condições de pressão e temperatura elevadas, facilitando a fusão dos materiais rochosos que originam magmas com diferentes composições. As rochas magmáticas formadas a partir de magmas andesíticos são mais ricas em sílica do que as rochas que têm origem nos magmas basálticos, e incluem um mineral do grupo dos feldspatos, a andesite. De acordo com o local em que ocorre a sua consolidação, os magmas andesíticos formam andesitos, quando consolidam à superfície ou próximo dela, ou dioritos, quando consolidam em zonas profundas. Os magmas andesíticos estão relacionados com zonas vulcânicas. Os magmas riolíticos formam-se a partir da fusão parcial de rochas constituintes da crosta continental. Contêm cerca de 70% de sílica e um elevado teor em gases dissolvidos, uma vez que resultam de rochas ricas em água e dióxido de carbono. A presença de água nos magmas riolíticos faz baixar o ponto de fusão dos minerais. No entanto, nas zonas mais próximas da superfície - zonas de pressão mais baixa - este efeito deixa de se verificar. Os granitos e os riólitos constituem rochas magmáticas formadas a partir do magma riolítico. Os granitos formam-se quando o magma riolítico solidifica antes de atingir a superfície - durante a ascensão deixam de se reunir as condições que permitem o estado de fusão. Os riólitos formam-se quando o magma riolítico atinge a superfície com uma temperatura muito elevada - cerca de 800 ºC. Os magmas riolíticos estão associados a zonas de colisão de placas continentais onde se originam cadeias montanhosas. Estes são locais onde há uma grande probabilidade de se reunirem as condições de pressão, humidade e temperatura que permitem a formação deste tipo de magmas. Os produtos magmáticos podem, consoante a sua origem, agrupar-se nos seguintes três tipos: - Ortomagmas. Com origem no manto superior, são magmas pobres em voláteis (1 a 2%), que cristalizam a temperaturas elevadas (700 a 1300 oC). Esta designação, porém, é considerada por alguns autores como caída em desuso, preferindo designações como mantélicos, primitivos, primários, primordiais, primigénios ou juvenis. - Hemiortomagmas. Com origem em materiais da crosta que, tendo mergulhado em zonas profundas, foram submetidos a condições físico-químicas que lhes provocaram a fusão. São ligeiramente mais ricos em gases (1 a 4%) que os ortomagmas e cristalizam a temperaturas mais baixas (400 a 1000 oC). Autores mais recentes dão preferência a designações como crustais ou basicrustais, ou secundários. - fracções magmáticas, que correspondem a produtos derivados dos dois tipos de magmas e que resultam das evoluções possíveis, sob condições variáveis de pressão, temperatura e composição química. Podem também resultar da contaminação ou mistura dos mais diversos tipos de materiais e nas mais variadas proporções.

segunda-feira, março 19, 2007

Escala do tempo geoloógico

Nos séculos XIX e XX, os geólogos, utilizando os princípios da datação relativa das rochas e juntando informações recolhidas em afloramentos por todo o Mundo, elaboraram uma escala do tempo geológico, ou seja, fizeram um calendário da idade relativa da história geológica da Terra. Cada intervalo nesta escala e correlacionado com um conjunto de rochas e fósseis.
(Eu queria pôr a imagem maior, mas não consigo. Por isso eu digo o que é mais importante e que não de nota, além de se notar pouco também está em inglês. Então é assim, começa no pré-câmbrico com a cor azul e alguns seres vivo, é aqui que aparecem os seres pluricelulares aquáticos. Qunado começa a imagem a ganhar tons de verde corresponde ao paleozóico, pois é nesta era que aparcem as primeiras plantas e a vida terrestre. Depois, o resto do remoinho (imagem) representa as seguintes eras e períodos. Acabando no Quaternário, este período é muito importante, e no qual, o HOMEM aparce!!! É preceptível na imagem o aparecimento dos seres ao longo de todo este tempo
e dos meios).

fontes: manual; http://www.ufrgs.br/geociencias/cporcher/Atividades%20Didaticas_arquivos/Geo02001/Tempo%20Geologico.htm

sábado, março 17, 2007

Portugal & fósseis

Ictiossauros
Vestígios da presença de Ictiossauros são referidos de numerosos locais da actual orla costeira de Portugal para Norte do rio Tejo, até Coimbra.
Os Ictiossauros eram Répteis bem adaptados à vida aquática que durante o Mesozóico, do Triásico ao Cretácico, teriam ocupado um nicho ecológico mais tarde reservado a alguns Cetáceos, nomeadamente aos golfinhos, com quem aliás manifestavam notáveis convergências morfológicas. Tinham o corpo fusiforme e as extremidades dos membros, devido a um fenómeno de hiperfalangia, estavam transformadas em "barbatanas" próprias para a natação. As suas caudas eram heterocercas com o lobo inferior prolongado. Deviam levar uma vida exclusivamente pelágica sem qualquer contacto com o meio terrestre. Alimentar-se-iam de Cefalópodes, Peixes e, ocasionalmente, ao que parece, de Pterossauros. Eram vivíparos. Foram encontrados embriões no interior de alguns exemplares fossilizados.
Nesta época viveriam na área actualmente correspondente ao nosso país, pelo menos duas espécies distintas de Ictiossauros - Ichthyosaurus (=Temnodontosaurus) intermedius Conybeare e Stenopterygius aff. uniter v. Huene. A primeira é conhecida de vários depósitos Liásicos marinhos: S. Pedro de Muel, Alvaiázere, Casal de Cambra e Praia da Nossa Senhora da Vitória (Sinemuriano); a segunda, de Alhadas, Pentalheira, Praia de Nossa Senhora da Vitória e Tomar (Aaleniano). Restos atribuídos a Ichthyosaurus, são igualmente referidos como provenientes de Cádima, Murtede, Cantanhede e Figueira da Foz e a Stenopterygius de Condeixa e Tomar.
Várias peças ósseas de Ictiossauros encontram-se depositadas no Museu do Instituto Superior Técnico Mineiro e no Museu Minerológico e Geológico da Faculdade de Ciências de Lisboa.

quarta-feira, março 14, 2007

Mohs, mineralogista



Friedrich Mohs (Gernrode, 29 de janeiro de 1773 — Agordo, 29 de setembro de 1839) foi um geólogo e mineralogista alemão.
Estudou em Halle e na Academia de Minas de Friburgo de Brisgovia. Viveu um longo período na Áustria realizando estudos de mineralogia, se tornando professor da disciplina em Graz em 1812. Em 1818, devido ao falecimento de Werner, foi nomeado catedrático de mineralogia na Academia de Minas de Friburgo. Em 1826, se mudou para Viena para lecionar, onde foi nomeado superitendente do gabinete imperial.
Sua obra mais importante é o "Tratado de Mineralogia" (Grundriss der Mineralogie, 1825) e é sempre lembrado pela criação da escala de Mohs de dureza usada para os minerais.
--> Fontes: www.wikipédia .com


sábado, março 10, 2007

Rochas sedimentares

1-Rochas detríticas (conglomerados;areias)










2-rochas quimiogénica (sal-gema;gesso)









3-rocha biogénica (antracito; petróleo)








--> fontes: google-imagens

sexta-feira, março 09, 2007

Rochas sedimentares

Rocha constituída pela estratificação de sedimentos com origens diversas. As rochas sedimentares formam-se, na superfície terrestre ou a pequenas profundidades, por um conjunto de processos geológicos que incluem duas etapas fundamentais: a sedimentogénese, em que ocorre a formação dos materiais que vão constituir as rochas sedimentares - sedimentos ou detritos, e a diagénese, onde os sedimentos evoluem até formarem as rochas. Embora a sua representação na crosta terrestre seja muito fraca (5% do seu volume), as rochas sedimentares recobrem uma extensa superfície, ocupando mais de 75% da área continental.


Existe uma grande variedade de rochas sedimentares, tanto na constituição, como no aspecto e nos processos de formação. A classificação das rochas sedimentares baseia-se na sua composição química e na génese dos sedimentos que as originam. Em geral, os elementos mais abundantes nas rochas sedimentares são o Si, Ca, Te, K, Mg, isto é, os mesmos que estão presentes na crosta terrestre, ainda que em proporções diferentes das rochas endógenas.


Na composição mineralógica das rochas sedimentares, podem distinguir-se os minerais herdados e os minerais de neoformação. Os denominados minerais herdados provêm directamente de rochas preexistentes, através de fenómenos de desagregação e transporte, sem terem sofrido qualquer alteração química. Estes minerais vão constituir as rochas sedimentares detríticas. O quartzo, os feldspatos, as micas, a limonite, a hematite, as anfíbolas, as piroxenas e a calcite são exemplos de minerais herdados. Os minerais de neoformação são minerais novos que se formam durante a sedimentogénese ou a diagénese e que resultam da alteração química ou da precipitação de outros minerais. Exemplos de minerais de neoformação mais frequentes são a calcite, a dolomite, a sílica, os minerais de argila, a halite e o gesso.


Tendo em conta a fracção predominante nas rochas sedimentares, podem considerar-se três grupos: as rochas detríticas, que se formam a partir de sedimentos obtidos pela meteorização e erosão das rochas preexistentes; as rochas quimiogénicas, com origem em sedimentos quimiogénicos; e as rochas biogénicas, que resultam de sedimentos biogénicos. Existem outras classificações para as rochas sedimentares, como, por exemplo: a classificação que tem por base a composição química, agrupando-as em rochas siliciosas, argilosas, calcárias, ferruginosas, etc.; aquela que se baseia na sua origem (rochas pluviais, eólicas, etc.); as classificações que recorrem à textura (considerando, por exemplo, o tamanho do grão); etc
--> fontes: diciopédia 2007

domingo, março 04, 2007

risco geomorfologico e ocupação antrópica

  • Zona de vertente na zona de Viana

A instabilidade de vertentes é outra das áreas com factores susceptíveis de risco que aparecem legendadas no mapa do concelho de Viana. Este foi, aliás, o fenómeno que deu origem do mapa de riscos geológicos, uma vez que a sua elaboração terá sido sugerida na sequência de vários acidentes, ligados a instabilidades de vertentes, que se deram no Inverno de 2000/01 em Frades (quatro mortos), Cestães e Gondariz (um morto), no concelho de Arcos de Valdevez. Como pontos de "maior susceptibilidade" no concelho de Viana, é apontado as zonas "mais íngremes" e graníticas das serras, dando como exemplo um local situado junto à ribeira da freguesia de Areosa, na encosta de Santa Luzia. Outros exemplos "de alguma susceptibilidade, mas sem a perspectiva de que possam ser atingidos interesses e pessoas", são uma vertente existente na freguesia de Deocriste e "pequenos fenómenos relacionados com intervenção humana" registados na freguesia de Montaria.

  • Bacia hidrográfica

A bacia hidrográfica corresponde a toda a área, cujas águas se dirigem para uma rede hidrográfica. A bacia hidrográfica é responsável por muitas mudanças e por um grande trabalho geológico. Estas zonas têm de ser estudadas e analisadas para a ocupação antrópica não sofrer danos em habitar em zonas de risco. Existem muitos exemplos de problemas.
A bacia hidrográfica do rio Douro é a maior da Península Ibérica. O curso inferior do rio Douro corre num vale extremamente encaixado, pelo que as vulnerabilidades deste rio às inundações residem nos aglomerados urbanos implantados nas zonas ribeirinhas, facilmente inundáveis.
No troço principal, a área a jusante da barragem de Crestuma é das mais afectadas, nomeadamente nos areínhos de Avintes e Oliveira do Douro e nas ribeiras do Porto e de Gaia. Nesta última localidade, as inundações atingem, muitas vezes, as caves do Vinho do Porto. Igualmente vulnerável é a localidade de Peso da Régua onde as cheias afectam diversas habitações e estabelecimentos comerciais da zona marginal e onde é frequente o corte de ruas por submersão.

  • Zona litoral

Quase todo o litoral entre Espinho e Nazaré constitui "zona de elevados riscos
naturais", nomeadamente (mas não só) no que respeita a "riscos de erosão intensa". O decreto-Lei aludido estipula que, nestes casos, "não deve ser permitida qualquer construção". Na gestão da zona costeira deve-se ter em atenção que esta é uma zona com vastas potencialidades, e que constitui património comum. Os seus valores paisagísticos, ecológicos, turísticos, económicos, etc., devem ser preservados, explorando-os de forma claramente sustentável. Estima-se que os mecanismos de transporte sedimentar tenham a possibilidade de transportar para Sul, em cada ponto, anualmente, esse volume de areias.
Quando existia um abastecimento sedimentar abundante, a deriva litoral estava
saturada, e deixava na praia o excesso de areias que não conseguia transportar. O comportamento do litoral era, então, regressivo, isto é, registava-se migração da linha de costa para o lado do oceano. Actualmente, o abastecimento sedimentar é bastante pequeno e a deriva litoral não está, geralmente, saturada. Consequentemente, verifica-se erosão das praias e das dunas, tendendo a deriva litoral a saturar-se com as areias assim conseguidas. Como resultado, o comportamento do litoral é transgressivo (segundo os conceitos aludidos), e verifica-se recuo da linha de costa.
Compreende-se bem, assim, a razão porque as taxas de recuo são elevadas nas partes setentrionais dos troços Espinho – Barra de Aveiro, Barra de Aveiro - Figueira da Foz e Figueira da Foz - Nazaré.

--> fontes: Terra, universo da vida; JN 2001; diciopédia; google - imagens