segunda-feira, 18 de abril de 2011

REINO UNIDO 3 – O FANTÁSTICO MUNDO DOS MUSEUS DE LONDRES

 
Foto 1 – Se você chegou até aqui e viu este relógio, você está no caminho
certo – Todas  as direções levam  a algum museu de Londres.


Convido você a conhecer um fantástico mundo onde a ciência, o conhecimento e a cultura
da Humanidade são apresentados de forma divertida, acessível e cativante. O show da vida
para todas as idades, interesses e culturas.
Esqueça os velhos conceitos de museus (especialmente para nós, brasileiros) e as imagens
de um lugar chato, empoeirado e cheio de coisas velhas. Quer conhecer a última tecnologia,
design e novidades dos temas que você adora? O lugar certo, ou melhor, os lugares certos
estão em Londres – OS MUSEUS DE LONDRES.
Este é o tema desta postagem, em que destaco aqueles museus que marcaram a minha
memória.Posso dizer que os mundos real e imaginário dialogam e são explorados com
maestria nos museus de Londres.
Sempre há um espetáculo novo, divertido e interativo para ver. Melhor ainda, você não
paga nada, mas se você quiser agradecer faça uma doação. Os seus administradores
ficarão gratos, e tenha certeza de que o seu dinheiro vai ser aplicado até o último centavo
para aperfeiçoar ainda mais este show de cultura e entretenimento. Entretanto, também
fique atento às exibições temporárias que cobram pelo ingresso.
Foto 2 - Detalhe de um dos maiores ícones do Reino Unido - o Big Ben. Observe a
 riqueza da ornamentação do estilo gótico vitoriano.
Os britânicos se especializaram nesta arte de reinventar e reler a história, e que resultou
nos melhores museus do mundo. Tem até uma área do conhecimento que trata desta
temática, contando a história da forma mais cativante possível: o Planejamento
Interpretativo. Os aristocráticos e ricos britânicos tinham por hobby fazer coleções e
enfrentavam todos os desafios, no rico  e imenso império britânico “onde o sol não se
punha”, para ampliar suas coleções que incluíam tesouros de valor inestimável para a
humanidade (do Egito, Grécia, Oriente Médio e tantos outros recantos do mundo).
Hoje, grande parte destas coleções está nos museus londrinos.

Eu diria que o Museu é um parque de diversões onde você encontra cafés, restaurantes,
lojas, cinemas 3D, palestras e conversas com cientistas e, principalmente, muitas
exibições utilizando tecnologias e recursos de última geração. Melhor reservar a manhã
e/ou a tarde, o dia todo seria melhor. Você vai se esquecer do tempo. Visitar os
museus é um programa ideal para os dias nublados, de chuva fina ou de frio, na capital
londrina.

Os museus de Londres são numerosos, na casa das centenas. Segundo uma das listagens
são 240 museus. Só na área de medicina e saúde são 39. Recomendo o Hunterian
Museum que exibe pedaços de corpos em vidros e instrumentos antigos utilizados
para procedimentos cirúrgicos, como a amputação (sem anestesia) de membros humanos.

Consulte: http://www.medicalmuseums.org/Royal-College-of-Surgeons-Hunterian-Museum/.

O número de visitantes também é impressionante. Em 2009, por exemplo, só o British
Museum recebeu mais de 5 milhões de pessoas!

Os dez mais (top ten) atrativos turísticos de Londres, segundo o guia oficial Visit London,  são:

(
http://www.visitlondon.com/attractions/culture/top-ten-attractions)


British Museum; National Gallery; Tate Modern; Natural History Museum; London Eye;
Science Museum; Tower of London; National Maritime Museum; Victoria&Albert
Museum; Madame Tussauds.

Foto 3 - London Tower- Crianças na legendária torre e prisão/lugar de execução, 
com mais de 900  anos de história.
 
Foto 4 - London Eye – Um passeio de roda gigante de 30 minutos, com vista
espetacular do alto  de 135  metros, entre os 55 maiores atrativos de Londres.



Veja o detalhe de cada um dessas atrações (descrição, mapas, eventos, comentários dos
visitantes) clicando no título em:

 
http://www.visitlondon.com/attractions/detail/209165 para o Victoria&Albert Museum




Foto 5 - National Gallery – Um dos maiores atrativos, com numerosas obras
primas (séculos 13 –19) e um dos mais concorridos pontos de encontro de
Londres, Trafalgar Square.

  


Foto 6 - Madame Tussauds – Cada vez mais perfeita na sua arte de reproduzir clones,
por enquanto sem alma, de personagens famosos antigos e do mundo contemporâneo
(de Shakespeare a Britney Spears).


Segundo a Organização UK GUIDE, um dos mais populares guias de viagem na
Internet (ver http://www.ukguide.org/london/museum.html), os dez melhores museus de
Londres são:
British Museum; Science Museum; Tate Gallery; Victoria & Albert Museum;
National Gallery; Imperial War Museum; Natural History Museum;
National Maritime Museum; London Transport Museum; Museum of London.
Qual destes já visitou? Quantas vezes? Um só? Nas próximas férias, visite-os novamente.
Você vai se surpreender com as novidades!
Vou comentar, a partir de agora os meus 6 museus favoritos, todos na lista dos 10 melhores:
já comentei sobre o Imperial War Museum na minha primeira postagem United Kingdom 1.
1. Natural History Museum
2. Science Museum
3. Victoria and Albert Museum
4. British Museum
5. London Museum
6. Maritime Museum
O polo dos museus fica em South Kensington, onde se situam três dos mais importantes
representantes desta lista, todos vizinhos: Natural History Museum, Science Museum e
Victoria and Albert Museum. Todos estão na Exhibition Road, nome mais do que apropriado.
Do próprio Metrô você tem acesso direto subterrâneo aos museus. A área
denominada ALBERTOPÓLIS compreende, além dos 3 museus aqui citados, mais 20
atrativos de alto interesse cultural, como o Albert Memorial e o Royal Albert Hall
(citados na postagem United Kindom 1, deste blog). Recomendo este passeio - walking
tour – em 50 minutos, antes de entrar nos museus.
Veja o site:
Para conhecer a arquitetura e urbanização desta área e dos museus, visite a página oficial
do Instituto Real dos Arquitetos Britânicos (RIBA):

 
http://www.architecture.com/LibraryDrawingsAndPhotographs/Albertopolis
Conheça melhor a história dos museus, escolhendo entre os 11 mais importantes atrativos
e clicando em story of:

 
http://www.architecture.com/LibraryDrawingsAndPhotographs/Albertopolis/TheStoryOf/TheStoryOf.aspx



1. MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL DE LONDRES – NATURAL HISTORY MUSEUM

Este museu da vida (Life Museum) foi visitado por mais de 4 milhões de pessoas em 2009
(quarto maior visitado no Reino Unido). Foi fundado em 1881 e era vinculado ao Museu
Britânico.  É um centro renomado de pesquisas científicas, com seus mais de 300
cientistas e pesquisadores. Dedicado às ciências da vida, sua imensa coleção de mais de
70 milhões de espécies tem grande valor histórico e científico, incluindo os achados do
grande cientista Charles Darwin.


 Foto 7 – Grandes exposições que sempre atraem um grande público ao Natural
History Museum.


Entre os grandes destaques também estão enormes esqueletos de fósseis pre-históricos,
como o do T-Rex, de 32 metros de comprimento, apelidado de Dippy, e o enorme esqueleto
da baleia azul (blue whale), pesando mais de 10 toneladas e medindo cerca de 25 metros.

Foto 8 – Fóssil Vegetal com mais de 300 milhões de anos -  mais velho do que os
 dinossauros.

A distribuição da coleção no edifício está organizada em cores: Laranja (Orange Zone),
onde ficam um estúdio, o jardim da vida selvagem e o Centro Darwin: Zona Azul
(animais marítimos, baleias e dinossauros, etc.); Zona Verde (Vegetais, Ecologia, Aves,
Primatas, etc.); e a Zona Vermelha (Ciências da Terra).
A arquitetura do prédio é imponente, resultando em algo como uma catedral da
natureza. Projetado e construído  por Alfred Waterhouse no estilo vitoriano, o prédio
foi inspirado na arquitetura romanesca, com fachada em tijolos e revestimentos de
terracotta e com elementos de escultura representando a flora e a fauna, homenageando
espécies vivas e extintas (asas leste e norte).


Foto 9 – A Catedral da Natureza – imponente no seu estilo vitoriano, com elementos
de escultura da flora e fauna, homenageando espécies vivas e extintas.

Principais serviços oferecidos: restaurante, cafés, estúdio que transmite o programa
“Natureza ao Vivo” , lojas (com réplicas de espécies e souvenirs), atividades de
investigação em todo o museu, serviços de guias que orientam o planejament
de sua visita (visitors planners), educadores de ciência (science educators), shows,
palestras e filmes. O jardim também é bem interessante, com experimentos e
investigações para toda a família.

Veja mais informações no site official: http://www.nhm.ac.uk/index.html

Foto 10 – Os jardins são concorridos, onde muitas atividades são desenvolvidas.


Faça um Virtual Tour e veja a belíssima arquitetura do interior do museu:
Sobre o Programa Museu da Vida – Documentário produzido pela BBC : http://www.nhm.ac.uk/nature-online/museum-of-life/index.html




2.      MUSEU DE CIÊNCIAS – SCIENCE MUSEUM

Fundado em 1857 e localizado em South Kensington, fica vizinho ao Museu de História Natural e ao Victoria & Albert. Foi o 5º museu mais visitado em 2009, com quase 3 milhões de pessoas.



Foto 11 – Fachada do Science Museum, sempre com muitos visitantes.

É um museu dedicado aos artefatos fabricados pelo homem (são mais de 300 mil itens) em todas as áreas do conhecimento. São 7 andares de muita ciência encantada!

Foto 12 – Aeroplano voando  no céu do Science Museum
Entre as galerias que achei mais interessantes estão: Challenge of Materials, Chemistry in Everyday Life, Computing,  Exploring Space, Flight, Making the Modern World, Psychology: Mind Your Head, The Secret Life of Home.

Destacam-se em sua coleção as primeiras locomotivas a vapor (no hall da energia), o modelo de DNA, a primeira máquina de escrever, modelos antigos de carros, aviões e barcos.


Foto 13 – Carros Antigos, mas nem tanto, em exibição no Science Museum.

É um museu extremamente criativo e interativo que aborda temas contemporâneos e sempre pensando sobre o futuro. Uma das mais novas galerias é a da Mudança Climática (Climate Change).


Foto 14 – Sempre pensando sobre o futuro:  O que você estará fazendo no Science Museum em 2015?

Durante o aniversário de 100 anos da Ciência, vi uma exposição interessante que tratava da exploração do espaço, contando a história desta jornada, incluindo a rotina do astronauta na Lua.



Foto 15 - Explorando o Espaço, uma das grandes mostras a que assisti.

Foto 16 – A rotina dos astronautas no Espaço.




Uma das muitas atrações do museu é a cápsula da Apolo 10 (Modern World Gallery).


Foto 17 – O astronauta na Lua. 


                                    Foto 18 – A cápsula da APOLO 10, que foi até a Lua.

Outra exposição muito interessante foi sobre os Alimentos, incluindo a questão dos vegetais geneticamente modificados.

Foto 19 – Debates sobre a produção dos alimentos no futuro.


Foto 20 – Uma exposição sobre a Modificação Genética.


1.      MUSEU VICTORIA E ALBERT - VICTORIA AND ALBERT MUSEUM


Fundado em 1852, este museu foi batizado em homenagem à Rainha Victoria e seu esposo o Príncipe Albert.  O príncipe era amante das artes e ciências e foi um grande patrocinador das mesmas. Veja mais detalhes na postagem Reino Unido 1 sobre o memorial erigido pela rainha em homenagem ao príncipe.

Trata-se de um museu dedicado às “artes e design”, com uma imensa e variada coleção de objetos decorativos de todo o mundo (4 milhões e meio), que cobre desde os tempos antigos (3 mil anos) até os atuais. Talvez seja um dos maiores museus do mundo nesta categoria. Com mais de 6 níveis de pisos recheados de arte, está situado em South Kensington, vizinho ao Science Museum. Foi o sétimo museu britânico mais visitado em 2009, com quase 2 milhões e meio de pessoas.



Foto 21 - Belíssima fachada do Victoria & Albert Museum

Foto 22  - Detalhe da fachada do Victoria & Albert Museum


As coleções estão distribuídas por continentes “Ásia e Europa” e por “Materiais e Técnicas” compreendendo moda, fotografia, escultura, trabalhos em metal (mais de 10 mil objetos), joalheria, tapeçaria, tecidos, cerâmica, vidros, etc..

O museu foi sendo construído, remodelado e ornamentado por vários arquitetos, ao longo do tempo e em partes, até ocupar todo o espaço atual. Para entender este processo de construção, ver o vídeo do processo de construção do museu:


Foto 23 - Este lindíssimo e agradável jardim central - John Madejski Garden - foi desenhado  por Kim Wilkie e aberto em 2005.


Foto 24 - Edifício no lado norte do jardim desenhado em estilo renascentista italiano, com uso de terracota e tijolos. O mosaico do frontão foi desenhado por Godfrey Sykes.

Foto 25 - Faça um lanche ou almoce na belíssima Gamble Room, reformada em 2006, ou então faça um lanche contemplando o encantador jardim.


Serviços oferecidos: Biblioteca, Departamento de Educação e Sala de Estudos (em muitas das áreas das coleções). O V&A também mantém um Museu da Infância, em outro endereço: http://www.vam.ac.uk/moc/index.html.

Destaques do Museu:


Foto 26 – Vista do interior da  Galeria Medieval e Renascentista do Victoria & Albert.

As esculturas são maravilhosas (cobrem o período de 400 AD – 1914), incluindo aquelas da Renascença Italiana, que é a maior coleção fora da Itália e a maior coleção de esculturas pós-clássica.

Foto 27 - Belíssima escultura de Giambologna, 1550-1550.

Foto 27 – Outra admirável escultura da Galeria Medieval e Renascentista

A galeria de esculturas possui obras famosas, entre as quais esculturas de Rodin (20 trabalhos), as minhas favoritas.
Foto 28 – Belíssima Escultura de Rodin – O Filho Pródigo (1885-7)

Outro destaque são as réplicas (centenas delas), abrangendo, esculturas, frisos, tumbas, em tamanho natural de obras famosas como a famosa Coluna de Trajano (cortada em duas para caber no recinto) e o Davi de Michelângelo (minha paixão). As coleções da Ásia também são maravilhosas, incluindo a do mundo islâmico, equivalente em número às do Museu do Louvre e do Museu Metropolitano de Nova Iorque.

O Instituto Real dos Arquitetos Britânicos mantém uma galeria permanente, cobrindo a história da arquitetura, incluindo modelos, elementos dos edifícios, fotografias e desenhos originais. Excelente!

A coleção de moda apresenta roupas e acessórios de personagens famosos como Audrey Hepburn e roupas de famosos designers como Chanel, Dior, Laurent, Lacroix, Givenchy, Cardin,  etc.

Foto 29 – Costume desenhado para Chanel , Paris – Coleção Outuno-Inverno 2003

Foto 30 -  Sapatos coloridos da grife italiana Prada- Coleção Primavera – Verão 2008

O que aprecio bastante neste museu são as exibições temporárias sobre temas muito interessantes. A última a que assisti foi maravilhosa: Arquitetos Constroem Pequenos Espaços - Architects Build Small Spaces (15 Junho - 30 Agosto 2010).

O desafio foi lançado aos 19 escritórios de arquitetura internacionais para a criação de espaços mínimos que representassem uma fuga do caos da vida urbana atual para um espaço de paz, contemplação, abrigo e criatividade. Estes projetos experimentais, construídos em escala real, foram distribuídos ao longo do museu. O objetivo era também de evitar desenhos e modelos, permitindo ao visitante uma experiência sensorial da arquitetura.

Foram selecionadas 7 estruturas, que exploraram o lazer, trabalho, contemplação e a representação.

As minhas favoritas foram:

A casa do besouro – beetle house - do Japonês Terunobu Fujimori que criou uma maravilhosa estrutura “primitiva” (casa de chá). Ao percebê-la, veio a tona todo o imaginário representado pelo desejo, na infância, de construir uma casa na árvore. Ao entrar na casa, através de uma escada no seu piso, esquecemos, momentaneamente, o mundo exterior.

Foto 32 – A encantadora casa do besouro, projetada por Terunobu Fujimori para a exposição Arquitetos Constroem Pequenos Espaços.
Foto 32 – O interior da casa do besouro. Pequena por fora, mas parece imensa e aconchegante por dentro.
O outro projeto desta incrível mostra, criado pelos arquitetos noruegueses Helen & Hard Architects, resgata também nossas memórias de exploração e brincadeiras infantis. Chama-se Ratatosk, nome dado a um esquilo da mitologia que vive em uma gigantesca árvore no centro do cosmos. Para construir o projeto, os arquitetos selecionaram estas árvores da floresta da Noruega e através de um complexo processo de digitalização em 3D, modelou-se a estrutura. Um belo exemplo do uso da tecnologia digital para construir uma estrutura complexa natural.

Foto 34 - A intrigante estrutura, no jardim do V&A desenhada pelos arquitetos noruegueses para a mostra Arquitetos Constroem Pequenos Espaços.

Foto 35 - Detalhe da estrutura que funciona como um objeto lúdico que encanta as crianças.

Você pode conhecer mais sobre as 7 propostas desta exposição em:


Conheça mais sobre o museu Victoria and Albert no seu site oficial: http://www.vam.ac.uk/



1.      MUSEU BRITÂNICO – BRITISH MUSEUM

Aberto em 1753, foi o primeiro grande museu público, gratuito e nacional no mundo. Está situado em uma área muito central de Londres (Holborn). Pode ser considerado o “Museu-Mãe” que tudo colecionava, e aos  poucos foi expandindo coleções mais especializadas que formaram outros museus, como o de História Natural, a National Gallery, a Biblioteca Britânica e outros.  Com uma das maiores coleções do mundo, o Museu Britânico pode ser comparado ao  Museu do Louvre, pela grandeza e a importância de suas coleções de artefatos históricos da Humanidade.  O Museu Britânico, especializado em História e Cultura, possui um dos maiores acervos do mundo, com mais de 10 milhões de objetos de todos os continentes. Através deste tesouro, registra e conta de forma ilustrativa e original a história da Cultura Humana, desde suas origens até os dias atuais (cobrindo mais de 2 milhões de anos). 
Foto 36 – Uma das valiosas peças do reino assírio Assurbanipal II (884-859 AC.), mostrando os títulos do rei em escrita cuneiforme.
Foto 37 – Valiosa peça do Egito Antigo – Obelisco de um rei egípcio (350 A.C), no Museu Britânico.

São mais de 75 mil metros quadrados de áreas de exposição e mais de 100 galerias. Seu sucesso é constatado pelo número extraordinário de visitantes (mais de 5 milhões de pessoas em 2009), o mais visitado no Reino Unido e o segundo no mundo, logo após o Louvre.
Foto 38 – Uma peça significativa para os povos canadenses  – representando eventos míticos e história dos ancestrais, no Museu Britânico.
 A sua imensa coleção está distribuída em vários departamentos como África, Oceania e Américas, Ásia, Oriente Médio, Egito Antigo e Sudão, Grécia e Roma.

Foto 39 – No pátio do Museu, o leão de Knidos da Asia Menor, do século 3 A.C.

Os grandes destaques de sua coleção permanente são as antiguidades egipcias e gregas. Do Egito vieram a Peda Roseta e as múmias. A coleção de múmias é grandiosa (mais de 140!). Mais de metade das esculturas e cerca de dois terços dos fragmentos do Partenon de Atenas (um terço está na Grécia), além de outros remanescentes de outros templos da Grécia Antiga, estão expostos no museu. Outro grande achado é o homem de Lindow (múmia) cuja morte foi datada entre 2 a.C. e 119 d.C. Além das múmias, adoro as coleções do Oriente Médio, como os objetos da Mesopotâmia/ Pérsia (uma das maiores do mundo).

Foto 40 – A cabeça do Faraó Amenófis III (1500 AC.).

O prédio é de estilo neoclássico com colunas jônicas. O processo de crescimento, evolução e transformação do museu está associado a uma constante reforma para adequação e ampliação dos espaços de modo a abrigar cada vez mais coleções. A mais recente reforma efetuada tem como estrela o imenso Pátio Central Coberto (The New Great Court), inaugurado em 2000. É a maior praça coberta da Europa, projetada pelo grande arquiteto britânico Norman Foster (Veja mais sobre este arquiteto e sua obra na postagem Reino Unido 1).
Foto 41 – Este belíssimo Pátio Central,com uma grande abóbada ondulada de aço e vidro, é o coração do museu. É o grande ponto de encontro!
A grande abóbada ondulada de aço e vidro possui 6.100 metros quadrados. Este pátio é o coração do museu, funcionando como um grande elemento de ligação de todos os setores do Museu (assim como o hall da grande pirâmide no Louvre do arquiteto Pei – Ver postagem França 1). Esta grande praça é um grande ponto de encontro, com cafés e lojas, exibindo grandes esculturas da coleção do Museu.
Passeie pelo pátio (Great Court) virtualmente em 360 graus em: http://www.urban75.org/vista/museum1.html
Veja algumas cenas muito interessantes deste Museu e de algumas de suas obras, neste vídeo (London Landscape TV): http://www.youtube.com/watch?v=s-5lZ4wnhdI&feature=player_embedded
Os serviços e atividades oferecidos para crianças e famílias e visitantes em geral são numerosos, como o Centro da Samsung (com a última tecnologia digital para explorar a coleção do museu), jogos de desafios e de descobertas, guias multimídias e exposições temporárias, além de cafés e restaurantes e lojas de materiais de artes e livros infantis. Duas séries bem interessantes da BBC exploram as atividades do museu: Relic: Guardians of the Museum  e The History of the World in 100 Objects.

Para mais informações sobre este espetacular museu, acesse a página oficial: http://www.britishmuseum.org/default.aspx



1.      MUSEU DE LONDRES - MUSEUM OF LONDON

Foi inaugurado em 1976, incorporando coleções do antigo London Museum que era localizado no Kensington Palace. Está situado na área mais antiga de Londres, chamada de City – a poucos minutos da Catedral de St Pauls, de onde se pode observar os remanescentes da muralha da antiga cidade romana – Londinium. Faz parte do complexo de edifícios construído nos anos 60 e 70, como parte de um programa de revitalização da área de Londres que foi bombardeada durante a Segunda Guerra. O Barbican Centre (o maior Complexo Cultural da Europa em Artes Cênicas) faz parte deste conjunto. Este Centro oferece programação cultural diversificada: http://www.barbican.org.uk/.

Foto 42 – Entorno do Museu de Londres,  onde se observa o complexo de edifícios que fazem parte da área denominada Barbican, onde se encontra o grande centro cultural Barbican Centre.

Este museu conta, no seu inovador projeto (Powell and Moya), a história social de Londres e de seus moradores através dos séculos como uma rota, em ordem cronológica, desde os períodos pré-históricos até os tempos modernos. O resultado é fantástico, como uma viagem ao longo  de um “túnel  do tempo”, em que  você vivencia a construção de Londres, o seus desenvolvimento e crescimento urbano, a sua vida social e cultural através de fotografias, paineis, artefatos, modelos, dispositivos multimídia interativos e várias atividades para todas as idades.

Foto 43 – Londres na pré-história – exibição no Museu de Londres.
Foto 44 – Londres no fim do Império Romano – exibição no Museu de Londres.

O museu está distribuído em várias galerias: London Before London (pré-historia), Medieval London, War, Plague and Fire (focalizando o grande incêndio de Londres em 1666), Expanding City (1660 – 1850) e Modern London, People’s City (1850- 1940). Quatro novas galerias (com mais de 7.000 objetos) foram inauguradas em 2010, focalizando a World City (1950 até hoje), cobrindo inclusive a moda (punk, swinging, hippie, chic, etc.), prédios, jardins, decoração de interiores. Foi também redesenhada a história de Londres e dos londrinos desde o Grande Incêndio até os tempos atuais pelo arquiteto W. Eyre. O trabalho de Planejamento Interpretativo é fantástico!


Foto 45 -  Exposição sobre o Grande Incêndio de Londres – 1666.



Foto 46 – Detalhe da Exposição sobre o Grande Incêndio de Londres – 1666.


Você pode observar os remanescentes da Muralha de Londres, durante os tempos dos romanos.


Foto 47 – Dentro do Museu, você pode observar os remanescentes das muralhas da Londres no tempo dos romanos.

Foto 48– Os detalhes das muralhas de Londres no tempo dos romanos.

Mais informações sobre o Museu de Londres na página oficial:





MARITIME MUSEUM:  GREENWICH PARK, ROYAL OBSERVATORY



Foto 49 - Visão do Greenwich Park – o mais antigo parque real – a partir do antigo Observatório Real.

O Museu Marítimo está localizado no Greenwich Park (74 ha/183 acres) -  o mais antigo parque real, classificado como patrimônio da humanidade. Fica a apenas 10 km de Londres. Abriga o Primeiro Meridiano, o antigo Observatório Real (Royal Observatory) e o vizinho Museu Marítimo Nacional (Maritime Museum), além da casa da rainha – Jardins da Delicia - The Queen’s House – House of Delights.

Foto 50 – Vários atrativos tornam esta visita inesquecível.

Para os interessados em astronomia e navegação este lugar é imperdível.

O Observatório Real foi o primeiro edifício construído para esta finalidade em 1675, pelo Rei Charles II, tendo sido projetado por Sir Christopher Wren. Tem telescópios, planetário e outros equipamentos que mostram o pioneirismo e avanço dos ingleses na Astronomia.

Foto 51 – O Observatório Real, construído em 1675 por Sir Christopher Wren.

A principal atração é o Primeiro Meridiano do Mundo - MERIDIANO 0º, 0’, 0” (leia-se zero grau, zero minutos e zero segundos).


Foto 52 – Explicando o Primeiro Meridiano do Mundo - MERIDIANO 0o, 0’, 0”.


Pra que serve esse tal de meridiano? Por acordo internacional (1884), este meridiano divide o globo terrestre em ocidente e oriente, e serve como origem para contar as longitudes, isto é, para medir as distâncias e as horas de todos os lugares do mundo - Greenwich Mean Time (GMT). O primeiro meridiano foi fundamental para o desenvolvimento das navegações marítimas!

Foto 53 - Vale tirar uma fotografia com um  pé no ocidente e outro no oriente.  Normalmente, a fila é enorme.
Foto 54 – Chegou a minha vez de registrar este grande feito histórico.

Já o Museu Marítimo utiliza recursos multimídia e artefatos para contar as histórias de descobertas e conquistas do glorioso passado marítimo do Império Britânico. Você pode, também, ver exibições sobre o Planeta Terra (ou Planeta Oceano?), destacando a contribuição dos oceanos para o mundo de hoje (como a formação das ondas, a composição das águas, etc.).

Foto 55 – Fachada do Museu Marítimo em Greenwich.

O Maritime Museum é o maior museu marítimo do mundo.  Com todo este oceano imenso, o Brasil tem algum museu marítimo?

DESTAQUES DA VISITA

A exposição Os Barcos que Construíram a Bretanha (Boats that Built Britain) mostra o papel que os navios e barcos tiveram na exploração dos oceanos e desenvolvimento e sobrevivência no mundo. Conta a história das comunidades e de indivíduos cujas vidas foram dedicadas ao mar. Você sabia que existe mais de 1.000 navios históricos naufragados na Inglaterra (Fonte: National Historic Ships)? Existe uma fundação específica para recuperar e preservar sua história viva para as gerações futuras.



Foto 56 – Exibições no interior do Museu Marítimo.

A exposição sobre o célebre Almirante Nelson, gênio estrategista e herói nacional da marinha britânica, que lutou contra os franceses e espanhóis e foi vitorioso na Batalha de Tralfagar. Você pode ver o uniforme do almirante com o rombo da bala fatal no ombro da sua jaqueta e utilizar os recursos digitais, para clicar em partes da imagem do Almirante, em tamanho natural, bem como obter informações sobre os ferimentos deste herói em suas várias batalhas.


Foto 57 - Ao fundo a polpa do Implacável - navio francês capturado na Batalha de Trafalgar (21 de outubro de 1805) e que se chamava Duguay- Trouin. No primeiro plano, o  barco extravagante e luxuoso do Prince Frederick’s – utilizado nos seus passeios pelo Tâmisa até 1846, onde dezenas de remadores suavam a camisa.

Você pode usar um simulador pra rebocar o navio até dentro do porto e outras coisas mais.
Mais informações sobre o Museu Marítimo em: www.mmc.ac.uk.

CONCLUINDO:
Esta é a décima postagem de um ciclo de 9 meses, o que significou em média uma postagem por mês. Durante este tempo, este blog foi acessado e visualizado 4 mil vezes, o que me deixa extremamente satisfeita. Tudo isso contando apenas com a divulgação entre amigos e colegas! Isto comprova que o blog está despertando o interesse de muitos que adoram viajar como eu. Além disso, o blog parece estar ajudando alguns de vocês a planejarem melhor suas viagens, deixando o roteiro com a sua cara (sem a dependência completa de uma agência) e descobrindo lugares que talvez nunca tivessem despertado a sua atenção.
Saio em recesso de 3 meses a partir de agora. Viajarei em Julho e retomarei as postagens em Agosto, com minhas imagens da Itália, da Espanha e de Portugal. Agradeço a todos vocês pelo apoio e espero continuar a receber suas visitas!
Caso tenha alguma novidade, comunicarei a vocês.
Um grande abraço,
Santamaria

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