Certos conceitos de marketing e varejo despontam no exterior e chegam aqui meio deturpados. Um deles é o conceito de flagship store ou concept store. Em vários países da Ásia, Europa e nos Esatados Unidos, as flagship stores tornaram-se referências nas principais cidades associadas à moda, comércio, cultura e entretenimento.
A palavra flagship poderia ser traduzida como nau capitânia, ou seja, navio em que se acha embarcado o capitão e aquele cujas ordens todos os demais navios deverão seguir. A idéia se transfere para o universo do varejo como a loja onde a essência da marca estará representada de uma maneira inovadora, devido ao altíssimo grau de investimento envolvido e conceito revolucionário, demonstrando sua grandeza e posição no segmento de varejo ao qual pertence. Essa espécie de loja existe para estabelecer e comunicar força e potência da marca, carregando o grande impacto do novo. Difere em vários aspectos das lojas denominadas de piloto, uma vez que essas gozam do mesmo nível de investimento financeiro, nem de inovação.
O conceito de concept/flagship store surgiu ao longo dos anos 90, quando grandes marcas desenvolveram a idéia de grandes espaços comerciais voltados para um determinado tema ou estilo de vida, ao invés de criar uma experiência de venda segmentada em vários departamentos. Um das primeiras lojas conceito abertas no mundo foi a 10 Corso Como, em Milão (uma curiosidade: uma das proprietárias da loja já foi editora da Vogue) , seguida pela internacionalmente famosa Colette, em Paris e, em seguida, pela Quartier 206, em Berlim.
Alguns exemplos de concept store são mundialmente conhecidos, como Niketown, a Levi’s de São Francisco e Nova Iorque, a loja da Barbie (em Buenos Aires, Shanghai e outros lugares do mundo) e a loja da Appel, em Nova Iorque.
A Niketown nasceu depois que a empresa escolheu cidades-chave ao redor do mundo que fossem verdadeiras vitrines para o grande espaço que pretendiam construir e instalaram suas lojas no coração comercial de cada uma, em edifícios que lembrassem grandes ginásios que existiam antigamente em centros urbanos. Todas as Niketowns ao redor do mundo oferecem aos clientes e visitantes em geral um ambiente totaltemente focado em somente um tema: esportes. O objetivo é que cada pessoa saia da loja sabendo, pelo menos, um pouco sobre a marca, algum esporte ou atleta.
Outra marca que inovou e surpreendeu seus clientes com suas flagship stores foi a Levi’s. Tudo em seu interior é diferente, da exposição dos produtos, como se fossem alimentos dentro de um supermercado, até a possibilidade do cliente customizar seu jeans, o que é um belo fator de diferenciação. Na loja de São Francisco o cliente também encontra a sua disposição um scanner que tira suas medidas corporais com precisão e desenvolve um jeans totalmente exclusivo, único, perfeito para o seu corpo. Além disso, também é possível vestir seu jeans e mergulhar em uma espécie de banheira (num processo conhecido como shrink-to-fit). Logo após o mergulho refrescante, o jeans passa por um processo de secagem no corpo do cliente, com o auxílio de secadores especiais, para obter um ajuste perfeito.
Um exemplo que encanta até mesmo quem não é fã da boneca é loja conceito da Barbie, que possui filiais ao redor do mundo, inclusive uma bem pertinho do Brasil, em Buenos Aires. Definitivamente não é mais uma loja qualquer, mas um verdadeiro pólo de entretenimento, para as meninas e suas mães. Além de oferecer a oportunidade ao cliente de customizar sua Barbie ideal num computador, no qual todos os detalhes podem ser escolhidos (da cor da pele aos cabelos, passando pelas roupas), o edifício possui espaço para abrigar festas infantis, um vestiário onde as crianças podem experimentar o figurino da igual ao da boneca, em tamanho real, além de spa para cuidar das unhas e cabelos e sorveteria. No último andar, as mães podem se deliciar num restaurante comandado por um chef internacional.
No Brasil também já temos alguns belos exemplos de lojas conceito, como a da marca Havaianas e Melissa. A loja conceito da Havaianas é uma verdadeira brand experience: nela o cliente pode customizar seu par de Havaianas com inúmeras combinações de solas, tiras e pins, além de encontrar a instalação “barraca de feira”, que nos remete à origem popular da sanália de dedo. Toda a linha Havaianas está disponível na loja, da mais simples a mais sofisticada, dos modelos de exportação, passando pelas bolsas. O espaço foi criado pelo arquiteto Isay Weinfeld.
A Galeria Melissa (que realmente é mais do que uma loja conceito, é um mix de galeria de arte e loja), também em São Paulo, já abrigou exposições de roupas da estilista Vivienne Westwood (que criou lindos modelos em parceria com a marca), da boneca Barbie e a cada coleção lançada passa por alterações. A prova disso é a fachada do espaço, em constante mudança, sempre em parceria com artistas de vanguarda e profissionais da arquitetura e design de renome. Em seu interior, além de comprar Melissas, as clientes podem visitar o jardim artificial, com flores de resina, além de visitar exposições e comprar livros e outros objetos, produzidos por marcas de vanguarda com exclusividade para a Galeria.
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