domingo, 17 de agosto de 2008

2002 - Cruzeiro "Brisas do Mediterrâneo"

Breve visita a BarcelonaFomos na “burrinha-Toyota” até Barcelona, onde começava o cruzeiro, fazendo-o com a antecedência de dois dias, de modo a podermos visitar a cidade, ainda que de forma breve. Está nos objectivos visitá-la a seu tempo, mas com tempo.
Foi uma boa opção, pois ainda conseguimos ver coisas muito interessantes, que mais não serviram do que estimular o apetite para a tal visita a preceito.
De qualquer modo não escapou a oportunidade para uma visita à Sagrada Família, um passeio no teleférico até Montjuic, passando sobre a zona portuária, uma aproximação ao bairro gótico, um passeio pelas Ramblas e, num rasgo de sorte, assistir ao maravilhoso espectáculo proporcionado pela fonte luminosa.
Um momento inesquecível de luz, música, cor e efeitos, que nos levou a dizer que só por isso já valeu a pena. Mas, repito, vamos voltar a Barcelona.
E porque não desperdicei a oportunidade, fiz a gravação desse espectáculo, que aqui fica num pequeno vídeo.
Galeria de imagens:
O cruzeiro

Embarcámos no S.S.Oceanic da Pullmantur e, naturalmente, as primeiras horas foram para conhecer a “cidade flutuante” e os alojamentos onde iríamos viver durante uma semana.
Já agora, referir que este barco tem capacidade para 1.136 passageiros, 10 pisos de passageiros, 2 piscinas exteriores (coberta/descoberta), 3 jacuzzis, ginásio, casino, discoteca, sala de internet, lojas “tax free”, cinema.
Não terá tudo o que uma cidade tem, como por exemplo os automóveis e a sua poluição, mas com todos aqueles equipamentos, mais os restaurantes, os bares, as salas de jogos, as animações e uma atenção dos funcionários própria de instalações turísticas de 5 estrelas, tem tudo o que é preciso para nos divertirmos e ter uma agradável estadia.
Para além disso, proporcionam a quem esteja interessado, excursões aos mais variados sítios onde o barco aporta e que normalmente corresponde a destinos que fazem parte de todos os programas turísticos de qualquer agência de viagens.
No nosso caso, depois de sairmos de Barcelona, visitámos Mónaco, Montecarlo, Lucca, Pisa, Roma e o Vaticano, Nápoles, Pompeia e a ilha de Malta, voltando de novo a Barcelona.
Durante o cruzeiro e tal como já disse, há uma programação que é suficientemente elucidativa pela afirmação do animador dos espectáculos: “vós estais aqui para vos divertirdes e não para descansar”. Assim é de facto, mas a filosofia que me orienta na vida é a de que nenhuma oportunidade deve ser desperdiçada, pelo que o cruzeiro não teria grande interesse se não aproveitasse para visitar os locais a que somos levados pelas excursões. A estadia no barco e o tratamento VIP que nos é dispensado já são aliciantes, mas por si só não me seduzem.
A rotina diária de um cruzeiro pode resumir-se assim: pequeno almoço (de restaurante ou buffet), excursão (eventualmente), piscina com ou sem animações, almoço (de restaurante ou buffet) frequência de bares e suas animações, salas de jogos, de leitura e música, actividades desportivas de ginásio, lanche, jantar (de restaurante ou buffet), espectáculo musical ou de animação variada com artistas de grande categoria, discotecas em que se pode dançar, ao mesmo tempo que durante a noite se regista a disponibilidade do buffet para os que não gostam de deitar-se com a barriga vazia.Ora neste cruzeiro o regime era de “tudo incluído”, o que significa que nos bares quase tudo se podia beber, sem pagar mais.
Dos espectáculos que foram acontecendo todas as noites no Salão Broadway só pode dizer-se que foram de alto nível, dado o elenco e a diversidade dos espectáculos apresentados durante a semana do cruzeiro.
A respeito das noites, há uma diferente das outras – a “noite do comandante”.
Este vem jantar com os passageiros, a decoração dos restaurantes apresenta-se diferente, os funcionários cantam e fazem interessantes coreografias, culminando com a foto a seu lado, para ficar como recordação do cruzeiro.
Curiosamente este era português – Amadeu Albuquerque. Mas para além dele havia mais 13 portugueses, de entre um total de 514 tripulantes de 37 nacionalidades.

Enquanto tudo decorria na "noite do comandante", o paquete navegava a caminho de Malta, passando nessa altura o estreito de Messina, cujo nome lhe advém do facto de estar situado entre a cidade de Messina na ilha da Sicília e o sul de Itália.
Sendo para muita gente - e para nós foi - a concretização de um sonho, um cruzeiro é tratado de forma a nada falhar e este tinha como directora Pilar Sanz, que na verdade soube proporcionar-nos umas férias maravilhosas e inesquecíveis.

As excursões
Principado do Mónaco
Villfranche-sur-Mer foi o primeiro porto em que o S.S.Oceanic fez paragem, depois da saída de Barcelona, e dali partimos em autocarro para a visita ao Principado do Mónaco, iniciada em Le Rocher (a rocha), núcleo urbano que deu lugar a esta cidade-estado.
Depois de percorrermos a pé pequenas ruelas e pracetas de traçado irregular, pudemos apreciar uma impressionante panorâmica, do porto e costa italiana.
Mereceram-nos especial atenção o Palácio dos Príncipes, o Museu Oceanográfico e a Catedral, onde repousa o corpo da princesa Grace Kelly. Montecarlo
Do Mónaco fomos levados a Montecarlo, percorrendo parte do circuito do Grande Prémio F1, chegando finalmente ao centro desta cidade, onde pudemos dispor de tempo livre para apreciar os cuidados jardins e admirar a impressionante arquitectura do Casino de Montecarlo, do Hotel e do famoso Café de Paris.
Terminada a visita, regressámos ao barco, de novo por Villefranche-sur-MerLucca
Em Livorno aportou o S.S.Oceanic, para a segunda paragem, e dali partimos para visitar Lucca e Pisa.
Lucca mantém o seu aspecto de cidade medieval, mas dizem-nos ter muita animação. É rodeada por uma antiga muralha perfeitamente conservada, a qual foi percorrida até chegarmos à Basílica de S.Frediano, que visitámos no seu interior.
Chegámos depois ao Anfiteatro Romano e mais tarde à Catedral de S.Marino, o monumento religioso mais importante da cidade. Dentro desta pudemos admirar algumas das maravilhosas pinturas de Tintoretto e Guirlandaio.
Passeando pelas estreitas ruelas de Lucca, descobrimos casas senhoriais com torres, umas mais altas que outras. Pela guia foi-nos explicado que houve tempos em que as famílias mostravam o seu poder, construindo uma torre, o que levou à concorrência entre elas para ver quem apresentava a torre mais alta.
Alguém tem então a ideia de lá plantar árvores, para que a altura destas viesse a somar-se à altura da torre, à medida que cresciam.
Vista por nós cá de longe, uma dessas torres parecia ter uma crista, tal o efeito que nos era dado pelas árvores. Fiz-lhe uma visita, subindo cerca de 300 degraus, para ver de perto as tais árvores agora centenárias. Constatei que eram parecidas com sobreiros.
Pisa
Pisa foi o destino seguinte, onde chegámos viajando através da maravilhosa paisagem da Toscana.
Ali chegados de autocarro, que foi deixado no respectivo terminal, seguimos a pé até à Praça dos Milagres, que muitos consideram a mais bela do mundo.
Fez-se a visita à Catedral do século XIII com a sua fachada Romanica-Toscana, cujo interior se diz de inspiração muçulmana, onde o Baptistério circular, construído em mármore, também salta à vista.
Mas a grande atracção é sem dúvida a Torre inclinada, onde Galileo levou a cabo as suas experiências sobre gravidade.
Nos últimos anos a torre esteve encerrada aos visitantes para serem feitos trabalhos de estabilização, face ao risco de queda, chegando a ser injectado gás num largo espaço do terreno em que ela está implantada, tornando-o gelado, cortando-se depois essa fatia de terreno, qual bloco de gelo, que depois era inclinado em sentido contrário, de modo a endireitá-la um pouco mais.
A ideia de a endireitar muito, tornando-a quase normal, foi desde logo posta de lado, pois deixaria de ter qualquer interesse como atracção turística.
Uma outra particularidade tem a ver com o preço dos terrenos circundantes, que do lado para onde está inclinada a torre não têm qualquer valor, enquanto do lado contrário são completamente inacessíveis.
Ao fim do dia regressamos ao porto de Livorno, onde o barco nos aguardava para prosseguir o cruzeiro.
Roma e Vaticano
Foi em Civitavecchia que o S.S.Oceanic aportou de novo, proporcionando-nos então a ansiada visita a Roma e ao Vaticano.

Vaticano
Acompanhou o grupo uma guia italiana e com ela demos início à visita ao Vaticano, após largarmos o autocarro no Parking Fra Albenzio, ali perto dos seus Museus.
Por ser a realização de um sonho, encarava esta visita com muita emoção e expectativa, e lá estávamos a iniciá-la exactamente pelo Museu, seguindo-se as Galerias Vaticanas, Pátio de Pin’a, Escada Simonetti, Galeria dos Candelabros, Galeria dos Tapetes, Galeria dos Mapas Geográficos, até chegar à Capela Sixtina, onde pudemos admirar os restaurados Frescos de Miguel Angel.
Não é possível descrever toda a emoção sentida por me encontrar em local de tamanha grandeza, não tanto pela sua dimensão física mas sim pela dimensão espiritual que ela representa.
Dirigimo-nos de seguida à Basílica de S. Pedro, centro da fé católica, sempre tomados pela emoção de nos sentirmos num ambiente que, como crentes, tanto nos aproxima do representante máximo de Cristo, na terra.
A “Pietá” de Miguel Angel, é uma imagem que nos aguarda à entrada da Basílica e a ela ficamos presos pela expressão dum realismo impressionante, a transmitir toda a dor sentida por uma mãe com o filho morto nos braços.
Mas de Miguel Angel tem também a Basílica a sua impressionante cúpula, que nos faz sentir extraordinariamente pequenos, face a tamanha grandeza e sumptuosidade.
Para além do que nos é dado sentir como crentes, a visita a este lugar sagrado permite-nos apreciar obras de arte maravilhosas e muitos dos trabalhos que Bernini projectou para este templo.
Como fazem quase todos os que visitam a Basílica de S.Pedro, não deixámos de aproveitar a oportunidade para acariciar o pé de S.Pedro, embora ali representado na figura de uma grandiosa estátua.
No exterior pudemos contemplar a sua impressionante fachada, passear naquele enorme espaço e sentir o envolvimento das gigantescas colunas, elas mesmas também a envolver a Praça de S. Pedro.
Após a visita ao Vaticano, reunimo-nos na Via de La Concilizione e dirigimo-nos para o local do almoço, que ficou logo incluído no preço da excursão.
Roma
Para a tarde estava programada uma visita panorâmica a Roma, com breves paragens nalguns pontos, que foi decorrendo com as explicações da nossa guia dentro do autocarro.
A visita panorâmica começou por ser feita pela orla do Rio Tiber até à Porta Portese e já de autocarro passámos pela Piazza de La de Boca de La Veritá, uma abertura onde, segundo a crença, quem ali metesse a cabeça estando a mentir, esta se fecharia esmagando a cabeça. Seria o correspondente ao moderno “detector de mentiras”, mas naquele caso era o medo que o tornava eficiente.
Continuámos até à Plaza Venecia, onde se destaca o que os romanos conhecem como “La Tarta”, o monumento a Vitorio Enmanuelle.
Prosseguimos pela Via dei Fori Imperiali, passámos ao Coliseo, Circo Massimo, Via Cavour, Santa Maria La Mayor, estação Termini e Via Nazionale.
Houve monumentos que nos despertaram mais a atenção, como aconteceu com o Circo Romano, mas limitados pelo tempo, a visita serviu para nos estimular o apetite para conhecer melhor esta maravilhosa cidade, aguardando vez na agenda, onde tenho registada uma futura visita.
Mas como tem acontecido em todas as minhas viagens, por onde passo vou adquirindo literatura e filmes que me permitem rever mais tarde todos os locais visitados.
Se das explicações fornecidas por guias algo me escapa, tenho ali a possibilidade de tirar dúvidas sobre a história desses locais, o que aconteceu precisamente com a cidade de Roma.
E para retomar o cruzeiro, regressámos a Civitavecchia, onde o S.S.Ocanic nos aguardava.

Nápoles e Pompeya

Pompeya
O porto que a seguir acolheu o S.S.Oceanic foi o de Nápoles, cuja cidade é a terceira mais importante do país, ocupando uma posição belíssima no golfo com o mesmo nome.
Aí se iniciou a excursão que nos levou a Pompeya, saindo da cidade pelo bairro industrial de S.Giovanni, rumando depois através do fértil vale do Vesúvio e passando ao lado das povoações de Herculano e Torre del Greco, antes de ali chegarmos.
Quero referir que em tempos vira um filme sobre a trágica destruição de Pompeya – Os últimos dias de Pompeya – e guardava também na memória o que alguém dissera depois de lá ter estado, de que os corpos carbonizados de pessoas apanhadas pela lava incandescente do Vesúvio, ali estavam expostos.
Interrogava-me como tal seria possível e estava desejoso de tirar essa dúvida, vindo então a esclarecê-la, e fiquei a saber que na verdade o que ficou na lava, depois de arrefecer, foi o espaço ou a forma dos corpos derretidos devido à elevada temperatura.
Em 1860, quando Giuseppe Fiorelli se encontrava empenhado nas escavações, passou a reproduzir os decalques enchendo com gesso os espaços deixados pelas substâncias orgânicas dissolvidas, na lava compacta, e com esse sistema deu forma aos corpos de homens, animais, plantas e outros objectos pulverizados 1900 anos antes.
São esses moldes que se encontram expostos em Pompeya, que mesmo assim nos impressionam.
Mas esta visita excedeu todas as minhas expectativas, face a tudo o mais que nos é dado ver em Pompeya, e em relação à qual se pode dizer que é uma cidade em que “a vida ficou congelada” sob as cinzas lançadas pelo Vesúvio, após a sua erupção.
Como que toda a vida quotidiana de um qualquer dia se cristalizou nos seus gestos, nos seus segredos e no pânico dos últimos momentos.
Do que vemos de Pompeya, podemos imaginar o quão grande seria no apogeu da sua existência, na primeira época imperial, quanto a riqueza e ostentação.
Descrevê-lo não é fácil e como já o disse em relação a outros pontos visitados, também aqui recolhi literatura e filmes que me ajudam ao conhecimento que passei a ter do mundo que está para além da nossa janela, que só com uma visita passamos a conhecê-lo. Nápoles
Regressamos a Nápoles e aí a visita é bem mais curta do que o esperado, pois uma manifestação numa das artérias da cidade bloqueia a passagem e retém o nosso autocarro durante um longo e desesperante tempo, impedindo-nos de chegar ao nosso objectivo, que era a visita ao centro da cidade.
Ainda assim foi possível visitar o centro histórico, parar no famoso Café Gambrinus, o mais antigo de Nápoles, e comer um gelado, admirar a famosa cúpula das ruas na zona do comércio mais luxuoso e admirar a panorâmica sobre o golfo de Nápoles.
Para rumar ao destino seguinte descemos ao cais, onde nos esperava o S.S.Oceanic, daí partindo rumo à ilha de Malta.

Malta
A ilha de Malta foi a última escala do S.S.Oceanic, atracando no porto de La valletta, que a guia nos dizia ser o porto mais lindo do mundo, pelas suas condições naturais.
Não conhecendo todos os portos do mundo para estabelecer uma comparação, dos que conheço e não só deste cruzeiro, é de facto o mais lindo.
Nesta paragem foi-nos dada a possibilidade de uma excursão com guia a La Valletta, Mdina e Igreja de Mosta, o que foi aproveitado a exemplo do que fiz em todos os portos de escala, podendo dizer depois do que vi, que se não tivesse aproveitado muito teria a lamentá-lo.
Um primeiro motivo de interesse e estímulo para a visita a esta ilha, era a ideia da existência dos popularmente conhecidos Cavaleiros da Ordem de Malta, que de facto se designa por Ordem dos Cavaleiros de San Juan, e o desejo de conhecer no local tudo o que se relacionasse com os mesmos.
Não saiu gorada a expectativa por tudo aquilo que nos foi dado ver, principalmente na visita À Co-Catedral de San Juan, de estilo barroco belamente decorado com maravilhosos frescos no tecto e nas luxuosas capelas, uma das quais dedicada à presença portuguesa através dos governadores da Ordem, Luís Mendes Vasconcelos, 1622-1623, António Manuel de Vilhena, 1722-1736, e Manuel Pinto da Fonseca, 1741-1773.
Mas esta catedral tinha mais para nos surpreender, olhando o chão onde se encontram os túmulos dos cavaleiros, construídos em mármore, mas com uma decoração multicolor de embutidos com o mesmo material, que nos deixa de boca aberta.
Por incrível que pareça, é permitido aos visitantes caminhar sobre estas verdadeiras obras de arte, sem qualquer protecção no calçado que usam, o que contrasta com o que já vimos em Berlim, onde somos obrigados a calçar enorme pantufa sobre os nossos sapatos, só para não pisar outro chão de muito menor importância que este.
Muito perto daqui também nos foi dado visitar o palácio do Gran Mestre da Ordem, onde actualmente se encontra instalado o Parlamento e o gabinete do Primeiro Ministro.
Mas para além da Ordem dos Cavaleiros de San Juan, existe a marca de outras presenças em Malta, numa história de 6.000 anos, que se encontra ligada a fenícios, cartagineses, romanos, árabes, normandos, espanhóis, franceses e ao império britânico.
A capital de Malta, La Valletta, é uma cidade fortificada e apresenta ruas perfeitamente ordenadas e nelas existem imensos edifícios de típicas varandas verdes, bem ao estilo inglês.
Dos miradouros dos jardins designados por Barraca, disfruta-se um panorama fantástico do Grande Porto, do forte de St.Angelo e das outras três cidades fortificadas que partilham este grande porto natural, de nome Vittoriosa, Cospicua e Senglea.
Dispusemos ainda de tempo livre que nos permitiu visitar o popular mercado, chamado de “Merchants Street” e dar uma volta por “Republic Street”.
A visita seguinte foi a Mdina, antiga capital da ilha, que é hoje uma gigantesca cidade quase desabitada, pois nos dizem ter apenas 200 habitantes de avançada idade. Essa situação foi por nós constatada.
A razão para este despovoamento prende-se com o facto de as transmissões da propriedade se poder fazer apenas na linha directa da descendência, nunca para terceiros.
Esta situação conduz ao envelhecimento dos proprietários das habitações, deles deixando de ser donos apenas com a sua morte.
Daí o nome de “Cidade do Silêncio” que é dado a Mdina, onde grande parte das ruas são estreitas e formam autênticos labirintos, desaconselhados a quem não conheça, enquanto os edifícios têm uma dimensão grandiosa, ou mesmo gigantesca.
Por esse facto já foram ali rodados diversos filmes que têm a ver com o império romano.
Seguiu-se a visita à Igreja de Mosta, onde se destacam os seus interessantes afrescos tridimensionais e a sua grande cúpula, a terceira da Europa em grandeza.
A robustez desta cúpula é posta em evidência pelos malteses, quando aguentou o impacto de uma bomba durante a 2ª. Guerra mundial, que não rebentou, “parando” sobre a mão de Cristo, representado num dos afrescos existentes no tecto.
Dizem que a igreja se encontrava cheia de mulheres e crianças e consideram ter havido um milagre, ao ser sustida a bomba pela mão de Cristo.
E foi com vontade de voltar que deixámos a ilha de Malta, embarcando a bordo do S.S.Oceanic, para nos levar até Barcelona onde o cruzeiro terminava.
Resta dizer que a última noite abordo não foi das mais agradáveis, já que a ondulação provocou alguns enjoos nos mais sensíveis.
Mas um cruzeiro vale sempre a pena.
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