sábado, 30 de abril de 2011

Atrações grátis em BH

Postado por Raphael Vidigal on sábado, abril 30, 2011 with Faça um comentário
- 1 de maio (domingo) - Pérolas da Cinemateca da Embaixada Francesa, no Cine Humberto Mauro, até o dia 7 de maio, das 16h ás 21:40h.

- 1 de maio (domingo) - Projeto "Aqui Jazz 2011", show com Take Five e Sérgio Moreira, no Parque Municipal, ás 11h.

- 2 de maio (segunda) - Segunda musical com o grupo "Nossa Ópera", na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, Rua Rodrigues Caldas, Santo Agostinho, ás 19h.

- 2 de maio (segunda) - Programa de dança experimental "Terceiro Módulo", na sala de dança da escola de educação física da UFMG, Avenida Carlos Luz, primeiro prédio, até o dia 18 de maio, a partir das 18h.

- 2 de maio (segunda) - Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha na UFMG, Campus Pampulha, até o dia 6 de maio, ao 12:30h.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Notícia

Postado por Raphael Vidigal on sexta-feira, abril 29, 2011 with Faça um comentário
ACIR ANTÃO SAI DE FÉRIAS E VOLTA DIA 25. ATÉ LÁ AS NOTÍCIAS SERÃO ESCRITAS POR RAPHAEL VIDIGAL

JUROS - Dilma Roussef anunciou essa semana que vai combater a inflação mas sem arrefecer o crescimento do país. Para isso, a presidenta anunciou um aumento da taxa de juros abaixo da especulação do mercado. O reajuste de 0,25% que desapontou os que esperavam 0,5% se justifica pela necessidade política de Dilma de construir uma imagem boa junto à população nesse seu início de governo. Medidas que aumentam os juros não são nada boas para se construir a popularidade de um político. Lula abriu os cofres no fim do mandato para elegê-la e ela agora arca com as consequências. O teto estimado já está batendo nas portas do governo que segundo Dilma irá trabalhar "dia e noite" para evitar que a inflação continue subindo e ao mesmo tempo manter uma boa taxa de crescimento. A ideia do governo para isso, além do aumento gradativo dos juros, espera-se mais uma alta até junho, é aliá-la às chamadas medidas macroeconômicas, como o encaixe compulsório dos bancos e a diminuição do crédito, exigindo mais garantias dos cidadãos que pedem empréstimo.

PSDB - Walter Feldman,um dos fundadores do PSDB, anunciou seu desligamento do partido. Não adiantou o apelo para que ele ficasse do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Feldman saiu atirando para todos os lados, e acusou o partido inclusive de postura anti-ética. Há quem diga que o seu destino será acompanhar o prefeito da cidade Gilberto Kassab no PSD. Outros vereadores tomaram a mesma atitude durante as últimas semanas. Outro alvo das acusações de Feldman foi o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que segundo ele, "briga internamente com José Serra pelo poder e destrói o partido". Para o deputado Orlando Morando, líder do partido na Assembléia Legislativa de São Paulo é um privilégio poder contar em sua formação com nomes como Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin, que disputam a indicação para a próxima corrida presidencial.

CENSURA - Um absurdo a atitude do senador do PMDB, Roberto Requião que censurou um jornalista da rádio Bandeirantes e arrancou o gravador das suas mãos, ameaçando agredi-lo. Para piorar,Requião, que já se meteu em outras confusões envolvendo brigas físicas, confiscou ilegalmente o conteúdo do gravador e o publicou em sua página na internet. A atitude inadmissível e grotesca do senador, que subiu à bancada para acusar a imprensa de "buyling", ocorreu quando o repórter da Bandeirantes perguntou se ele abriria mão da pensão que recebe por ter sido três vezes governador do Paraná para diminuir os gastos públicos do país. Curioso é que o mesmo Roberto Requião vetou projeto contra o buyling nas escolas no Paraná, a prática que consiste em debochar ostensivamente dos colegas. O repórter tentou prestar queixa mas foi informado que a polícia do Senado não poderia emitir boletim contra parlamentares. Outro absurdo que os deixa acima da lei do bem e do mal.

BEIJO GAY - Estudantes da UFMG Campus Pampulha protagonizaram nessa quarta-feira pela manhã um protesto contra a homofobia, o preconceito contra pessoas homossexuais. Eles se reuniram em frente à reitoria e promoveram um beijo gay coletivo que contou com a presença de diversos casais do mesmo sexo, simpatizantes da causa que ostentavam com orgulho a frase: "eu sou gay", e um drag queen que fez a contagem regressiva para o "Beijaço Gay", como se chamou o protesto em ritmo de bom humor. Isso ocorreu depois que um casal homossexual formado por dois homens foi agredido durante uma calourada na faculdade. O caso está sendo investigado e deverá ter conclusão nos próximos dias. É uma boa maneira de se coibir a insuportável intolerância contra as diferenças que enriquecem o ser humano.

NANA CAYMMI - A cantora Nana Caymmi, filha do genial compositor baiano Dorival Caymmi, e pertencente a uma das mais tradicionais famílias brasileiras no ramo musical, completou 70 anos essa semana mantendo a ótima performance vocal que a consagrou. O canto de Nana nunca se caracterizou pela grande extensão, mas pela profundidade que emerge das densas emoções que ela propaga. Uma das grandes cantoras da nossa música popular brasileira, intérprete refinada e coerente.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vídeos

Postado por Raphael Vidigal on quinta-feira, abril 28, 2011 with Faça um comentário

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Aniversariantes

Postado por Acir Antão on quarta-feira, abril 27, 2011 with Faça um comentário
Os aniversariantes musicais da semana são Nana Caymmi e Agostinho dos Santos!



Nana Caymmi



Nome completo: Dinahir Tostes Caymmi

Data de nascimento: 29/04/1941

Naturalidade: Rio de Janeiro, RJ

Profissão: cantora

Sucessos: "Beijo partido" (Toninho Horta), "Se queres saber" (Peterpan), "Contrato de separação" (Dominguinhos e Anastácia), "Mudança dos ventos" (Ivan Lins e Vitor Martins), "Resposta ao tempo" (Aldir Blanc e Cristóvão Bastos), "Meu silêncio (Cládio Nucci e Luiz Fernando Gonçalves), "Medo de amar" (Vinicius de Moraes)

Filha de Dorival Caymmi e Stella Maris, irmã de Danilo e Dori Caymmi, cresceu numa das famílias mais musicais do Brasil. Começou a cantar ainda muito jovem, adotando desde cedo uma técnica particular para valorizar seu timbre grave. Em 1961 fez uma participação cantando "Acalanto", do pai, e logo em seguida mudou-se com o marido para a Venezuela, passando alguns anos afastada do meio artístico. De volta ao Brasil, lançou seu primeiro disco, "Nana", pelo selo Elenco do produtor Aloysio de Oliveira, e participou do I Festival Internacional da Canção, obtendo o primeiro lugar em 1966 com "Saveiros" (Dori Caymmi e Nelson Motta). No exterior, trabalhou com Sarah Vaughan e Sérgio Mendes. Uma das intérpretes mais expressivas e requisitadas na música brasileira, festejada pela sofisticação de suas interpretações, teve músicas compostas especialmente para ela.



Agostinho dos Santos



Data de nascimento: 25/04/1932 - 12/07/1973

Naturalidade: São Paulo, SP

Profissão: cantor e compositor

Sucessos: "Manhã de carnaval" (Luiz Bonfá e Antônio Maria), "A Felicidade" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Samba em prelúdio" (Baden Powell e Vinicius de Moraes), "Estrada do sol" (Dolores Duran e Tom Jobim), "Feitio de oração" (Noel Rosa e Vadico) "Até logo, Jacaré" (versão: Julio Nagib / Bill Halley)

Natural de São Paulo, foi crooner de orquestra, trabalhou nas rádios América e Nacional. Em 1955 foi para o Rio de Janeiro cantar com Ângela Maria e Sylvia Teles na Rádio Mairynk Veiga e gravou, no ano seguinte, o LP "Uma Voz e seus Sucessos", com músicas de Tom Jobim e Dolores Duran. Foi intérprete no filme "Orfeu do Carnaval", de Marcel Camus, com trilha sonora de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Nos anos 50 e 60 ganhou prêmios e atuou como compositor, além de cantor. Participou do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova York (1962) com o conjunto de Oscar Castro Neves. Teve uma rápida passagem pelo rock'n'roll nos anos 50, gravando "Até Logo, Jacaré", versão de Julio Nagib para "See You Later, Alligator", de Bill Halley & His Comets. Excursionou pela Europa e morreu num trágico acidente aéreo em Paris.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Dica Musical

Postado por Acir Antão on terça-feira, abril 26, 2011 with Faça um comentário
Minha dica musical para hoje é escutar Cadeira vazia, de Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves!



Cadeira vazia (samba-canção, 1950) – Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves



Não se nega um prato de comida nem a um desafeto. É essa a mensagem que Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves procuram passar no samba-canção “Cadeira vazia”, de 1950. Na música, o lugar onde acontecem as refeições ocupa o espaço central da história, e a cadeira vazia deixada por aquela que agora volta é o sinal do abandono, da tristeza e da decepção. Apesar disso, Lupicínio, com sua tradicional dor-de-cotovelo, oferece a ela o pão que lhe servirá como alimento, mas não servirá para perdoar os erros do passado, encerrando a canção com os magoados versos: “não te darei carinho nem afeto, mas pra te abrigar podes ocupar meu teto, pra te alimentar, podes comer meu pão.”

Texto de Raphael Vidigal

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Receita

Postado por Raphael Vidigal on segunda-feira, abril 25, 2011 with 1 comentário
Receita enviada pelo ouvinte Bruno Nunes.

Sopa de cebola da vovó



INGREDIENTES:

4 cebolas grandes
1 colher de manteiga
1 litro de leite
2 gemas
1 colher de maisena
sal a gosto

MODO DE PREPARO:

Fritar as cebolas cortadas em rodelas na manteiga e juntar o leite onde já se desmanchou a maisena.

Temperar com sal e colocar as gemas, levando ao fogo para engrossar. Servir com torradas.

domingo, 24 de abril de 2011

A Hora do Coroa

Postado por Acir Antão on domingo, abril 24, 2011 with Faça um comentário
Homenagem para Pixinguinha e Dia Nacional do Choro, texto de Raphael Vidigal




A doença aliada à origem africana da avó rendeu-lhe o apelido inusitado. As baixarias ouvidas em casa pelo choro do pai e dos amigos deram a ele uma flauta mágica. O ouvido desaforado fez com que se transformasse em maestro, inepto e aclamado: Villa-Lobos, Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim, todos foram unânimes em aplaudi-lo. As vaias vieram quando excursionou com os Oito Batutas para ver o mundo. E se tornou um brasileiríssimo arranjador influenciado pelo jazz americano e os ritmos africanos. As dificuldades financeiras, a bebida e o fumo, o presentearam com um sax. E todas essas rasteiras terrenas ajudaram a compor o gênio que transcendeu as barreiras do tempo: Carinhoso, Lamentos, Um a Zero, Rosa. Pixinguinha, música semente.



Rosa

Sorte para a música brasileira que o garoto Alfredo da Rocha não obedecia aos pais quando era mandado para a cama. Foi assim, ouvindo escondido a festa do choro em sua residência que ele obteve inspiração para compor “Lata de leite”, aos 12 anos, em homenagem aos músicos que chegavam bêbados pela manhã e bebiam o leite de outros nas portas das casas. Pouco depois, aos 17, o menino deu prova da importância que viria a ter no cenário musical, ao compor “Rosa”, uma valsa de 1917 que ganhou versos de Otávio de Souza, “um mecânico muito inteligente que morreu novo”, segundo o próprio Pixinguinha. A gravação antológica realizada em 1937 por Orlando Silva realça o tom de encantamento com o inatingível da melodia e todo o romantismo da letra.



Sofres porque queres

Pixinguinha era o caçula de uma família de 14 irmãos, incluindo os dois casamentos de sua mãe. O pai tocava flauta nas horas vagas e incentivou o “menino bom” quando viu sua afinidade com o instrumento. Primeiro ele tocou cavaquinho, depois foi ter aulas de sopro com Irineu de Almeida. Com 13 anos, já estava em disco. Suas primeiras gravações autorais aconteceram em 1917, com “Rosa” e “Sofres porque queres”, um tango em parceria com Benedito Lacerda gravado por Isaurinha Garcia em 1949. Um choro sofrido e esperançoso.



Os Oito batutas

Pinzindim, como era chamado pela família, demonstrava toda a habilidade na flauta ao incorporar improvisos que o fariam famoso em todas as rodas de choro. Em 1919, ele alcançou seu primeiro sucesso em larga escala, com o samba de carnaval “Já te digo”, parceria com o irmão China, uma atrevida resposta ao compositor Sinhô, que reivindicava a co-autoria de “Pelo telefone”, considerado o primeiro samba brasileiro e registrado somente por Donga. Nesse mesmo ano, Pixinguinha compôs com Benedito Lacerda um tango que mais tinha cara de maxixe, “Os oito batutas”, nome do célebre conjunto formado por ele ao lado de Donga, China, Nelson Alves, Raul e Jacob Palmieri, Luís de Oliveira e José Alves de Lima. Os caminhos dos batutas foram marcados por preconceito e pelo rompimento de barreiras tanto territoriais como conceituais. Tocaram na França, Argentina e em casas de música erudita, atestando em todos os âmbitos a exemplar competência do grupo. A música retrata mesmo uma trajetória ascendente e entusiasmada.



Lamento

"Se você tem 15 volumes para falar de toda a música popular brasileira, fique certo de que é pouco. Mas se dispõe apenas do espaço de uma palavra, nem tudo está perdido; escreva depressa: Pixinguinha.” Foram as palavras eternizadas de Ary Vasconcelos. Vinicius de Moraes concordava, e declamou emocionado: “A bênção Pixinguinha, tu que choraste na flauta todas as minhas mágoas de amor”. A admiração pelo instrumentista, fez com que o poetinha pusesse versos milimétricos na refinada composição do maestro de 1928, “Lamento”. A bênção definitiva de Vinicius ocorreu em 1963, quando os dois atuaram juntos na trilha sonora do filme “Sol sobre a lama” de Alex Viany. Elizeth Cardoso interpretou com Jacob do Bandolim e o conjunto Época de Ouro as pequeninas esferas brilhantes da canção. As “coisinhas simples” de Pixinguinha.



Naquele tempo

A excursão de Pixinguinha com os Oito Batutas pela França era para ter durado um mês, mas acabou se estendendo por seis. Na volta, eles foram acusados de terem se rendidos aos cânones da música americana, especialmente o jazz. Foi nesse tempo que a gravadora Victor contratou Pixinguinha para ser seu maestro e arranjador. O já considerado instrumentista demonstrou toda sua gama de influências ao inovar as matizes do arranjo brasileiro e dar a ele uma roupagem nova, com elementos do jazz, da música africana, européia e generosas doses de percussão que garantiam o tempero nacional. “Naquele tempo”, choro de 1934, gravado na época ao bandolim por Luperce Miranda, rememora tempos áureos sem perder de vista a continuidade. É a nostalgia de olho no futuro. O estrangeiro que auxilia no interior.



Carinhoso

Pixinguinha foi regente de várias orquestras, entre elas a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, os Oito Batutas e a Diabos do Céu. Suas inovações melódicas provocaram certa celeuma nos meios de imprensa, que não entendiam sua sofisticação. Ao escrever um choro em duas partes, e não em três, como era costume, o próprio compositor sabia que seria alvo de reclamações. Por isso mesmo, “Carinhoso” demorou 20 anos para tomar forma definitiva e alcançar sucesso irrevogável. O que só aconteceu quando João de Barro, o Braguinha, adentrou a ourivesaria de Pixinguinha e lapidou com versos a refinada harmonia. Desde a gravação de Orlando Silva em 1937, por recusa de Francisco Alves e quebra de compromisso de Carlos Galhardo, a música se tornou um dos maiores emblemas do cancioneiro brasileiro, com mais de 200 regravações, quebrando o preconceito com a dedicada delicadeza de Pixinguinha.



Um a zero

Também chamado de “Carne Assada” pelos íntimos, Pixinguinha era bom de copo e comida, e gravou seu nome em ouro na mesa do Bar Gouveia. Assim também, a rua Belarmino Barreto, onde morava, passou a se chamar Pixinguinha, por um projeto do vereador Odilon Braga, sancionado pelo prefeito Negrão de Lima, em 1956. Todo esse reconhecimento não foi suficiente para que ele tivesse uma saúde financeira estável. Por conta disso e do alto consumo de bebidas alcoólicas, trocou a flauta pelo saxofone, e passou a brindar com sensacionais contrapontos os solos de Benedito Lacerda. A dupla gravou inúmeros choros, entre eles “Um a zero”, composto em 1919 para celebrar a conquista da Seleção Brasileira sobre o Uruguai no campeonato sul-americano de futebol. A música ganhou letra de Nelson Ângelo, violonista do Clube da Esquina, e é mais um show de bola que Pixinguinha dá com suas ousadas inversões.



Ingênuo

O radialista, cantor e compositor Almirante foi quem convidou Pixinguinha e Benedito Lacerda para participarem de seu programa “O Pessoal da Velha Guarda”, que seria a base para a criação da orquestra de mesmo nome. Contando posteriormente com Donga e João da Bahiana como convidados, entre outros, a iniciativa foi levada para a Rádio Clube em 1953, e mais tarde resultou no Festival da Velha Guarda, com transmissão para a rádio e a TV Record, em 1954. “Ingênuo”, choro de 1946, composto um ano antes do convite para a atração, tem ritmo dolente e sereno que comprova a versatilidade de um dos mestres da canção brasileira. Mais tarde, ganhou letra do talentoso Paulo César Pinheiro.



Vou vivendo

No ano de 1955, Pixinguinha chegou ao LP através dos discos “A Velha Guarda” e “Carnaval da Velha Guarda”, com a participação de seus músicos e Almirante. Era a estréia do renomado compositor, instrumentista, maestro e arranjador no novo formato. Dois anos depois, seria convidado pelo então presidente Juscelino Kubitschek a almoçar com o trompetista norte-americano Louis Armstrong no Palácio do Catete. Em 1946, ele havia composto com Benedito Lacerda um inspirado choro nomeado “Vou vivendo”. De forma simples e prodigiosa, expunha as belezas e cicatrizes de uma vida plena, em que gozou de fama e atravessou espinhos, mantendo inalterada a humilde sabedoria.



Fala baixinho

Sobre suas músicas, Pixinguinha dizia: “Elas vêm, só isso”. Assim ele veio e soprou a vida, e se foi no mesmo sopro de flauta e saxofone, menos de um ano depois de sua amada companheira Betty, numa cerimônia de batizado. Ainda viva, Betty não sabia que Pixinguinha estava internado no mesmo hospital que ela, e ia lhe visitar de terno e buquê de flores na mão como se viesse de casa. Antes de morrer o músico ainda teve tempo de receber homenagens no Teatro Jovem, Museu da Imagem e do Som, Teatro Municipal e Assembléia Legislativa, com as presenças de Clementina de Jesus, João da Bahiana, e outros. A última música foi para Eduardo, segundo neto, filho de seu único descendente, Alfredinho, que ele chamou de “Eduardinho no choro”. Em 1964, Hermínio Bello de Carvalho letrou um bonito choro do compositor, gravado belamente por Maria Bethânia em 1999, com uma determinação implícita: Quando lembrar Pixinguinha, “Fala baixinho”, que o coração ouve.

"A bênção Pixinguinha, tu que choraste na flauta todas as minhas mágoas de amor" Vinicius de Moraes

sábado, 23 de abril de 2011

Atrações grátis em BH

Postado por Raphael Vidigal on sábado, abril 23, 2011 with Faça um comentário
- 24 de abril (domingo) - Projeto "Sesc MPB", com Tunai e Paula Santoro, no Parque Municipal, ás 11h.

- 24 de abril (domingo) - Mostra Otto Preminger, no Cine Humberto Mauro, encerramento.

- 24 de abril (domingo) - Exposição fotográfica "Cidadão - cuidando do que é de todos", no Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro, das 8h ás 20h.

- 24 de abril (domingo) - Coletivo Movase apresenta "Fábulas do Agora", no Mercado Central, ás 11h.

- 24 de abril (domingo) - Feira do Livro, na Praça de eventos do shopping Del Rey, das 10h ás 22h.

- 24 de abril (domingo) - Exposição "Transmutação", de Taisa Nasser, no Hotel Mercure Lourdes, na Avenida do Contorno, ás 20h.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Notícia

Postado por Acir Antão on sexta-feira, abril 22, 2011 with Faça um comentário
ROBERTO CARLOS – O REI, como é chamado por todos os brasileiros chegou aos 70 anos. Roberto é um compositor e cantor que ajudou a construir um novo estilo de música jovem no Brasil, mudou costumes, mas sempre foi um bom exemplo. Roberto durante seu reinado demonstrou ser um bom marido, bom filho, bom pai e nunca se envolveu com drogas ou coisas semelhantes. Como figura pública, nunca se envolveu em escândalos. É o cantor brasileiro mais longevo e entrou para a história da nossa discografia como aquele que mais gravou discos. Roberto chega aos 70 anos cantando e gravando discos e continua dando bons exemplos.

AÉCIO NEVES - O nosso senador por Minas, talvez tenha sido vítima do amor que ele tem pelo Rio de Janeiro. Como o principal líder da oposição no país, seus passos serão sempre vigiados principalmente onde estiver vivendo como um cidadão comum. Ter sido pego numa blitz de trânsito é normal para qualquer cidadão, menos para o líder da oposição. A imprensa explora e os adversários também. Estar com uma carteira de habilitação vencida acontece com qualquer pessoa, mas dificilmente pode acontecer com o líder da oposição. Por isso as manchetes que exploraram o fato tão corriqueiro a qualquer pessoa.

OBRA - A Prefeitura de Belo Horizonte está tocando diversas obras na cidade e isso é bom. Sinal de que acordamos, depois de tantos anos sem elas. No entanto, parece que há uma birra de nossas autoridades com o carro. No alargamento da pista da Contorno, onde o Arrudas foi recapeado, mais uma vez não teremos área de estacionamento para os veículos. A Prefeitura vai construir grandes canteiros nas laterais da avenida como foi feito na região da Praça da Estação. Serão mais canteiros que ficarão sem água e entregues à própria sorte. A grande solução para o trânsito vai ficando cada vez mais difícil, porque ao que parece, a Prefeitura deseja que os carros não circulem e nem parem na cidade.

PREÇO DA GASOLINA - Está parecendo brincadeira de mau gosto. Todo final de semana os postos de gasolina da cidade aumentam o preço do litro da gasolina comum. Normalmente são 10 centavos e nessa última majoração, aproveitaram a Semana Santa e deverão baixar o preço nessa segunda-feira, dia 25. O consumidor está sozinho nessa luta. Ninguém fala nada. Ninguém protesta e o povo continua pagando caro com o aumento indiscriminado da gasolina todas as semanas.

DA COCHEIRA - O Dia Nacional do Choro não foi comemorado como deveria em Belo Horizonte. O Clube do Choro da cidade não se manifestou.

Falando em comemoração, vai ser instituído o DIA MUNICIPAL DA FEIJOADA, com a inauguração da Feijoaria. Depois volto ao assunto.

Depois da festa o regabofe. Autoridades em torno de 80 pessoas estiveram no Sítio de Walfrido Mares Guia e Sheila em Santo Antônio do Leite, depois da cerimônia em Ouro Preto no dia 21 de Abril. Destaque para a Presidente Dilma Rousseff e o Governador Antônio Augusto Anastasia.

Para quem gosta de muito feriado, não foi uma boa o 21 de Abril ter caído em plena quinta-feira, Santa.

Começa a surgir em Pedro Leopoldo uma campanha contra o abandono a que a cidade foi relegada pelo prefeito Marcelo Gonçalves. Sujeira, lixo, buraco e jardins mal cuidados.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vídeos

Postado por Raphael Vidigal on quinta-feira, abril 21, 2011 with Faça um comentário

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Aniversariantes

Postado por Raphael Vidigal on quarta-feira, abril 20, 2011 with Faça um comentário
Os aniversariantes musicais da semana são Severino Araújo e Maria Alcina!



Severino Araújo






Data de nascimento: 23/04/1917

Naturalidade: Limoeiro, PE

Profissão: regente, instrumentista, clarinetista e compositor

Sucessos: "Espinha de Bacalhau", "Brejeiro" (Ernesto Nazareth), "Cidade Maravilhosa" (André Filho), "Malicioso" (Geraldo Medeiros), "Um chorinho para clarinete"

O pai de Severino Araújo era mestre de banda em Limoeiro (PE), e foi quem deu as primeiras noções de música ao filho. Ainda criança, adotou a clarineta como instrumento favorito. Na década de 30 mudou-se para João Pessoa, onde foi clarinetista da banda da polícia. Ainda na Paraíba, foi regente da orquestra da Rádio Tabajara, e com alguns integrantes dela partiu para o Rio de Janeiro no final dos anos 30. Apenas em 1945 a Orquestra adotou oficialmente o Rio de Janeiro como sua sede. Inspirada nas big bands norte-americanas, a Orquestra anima bailes, festas e gafieiras desde os anos 40 até hoje, totalizando mais de 13 mil apresentações. Além de atuar em bailes e festas, a Orquestra Tabajara trabalhava em emissoras de rádio. Com grande popularidade, a Orquestra gravou mais de 100 discos de 78 rpm, batendo recordes de longevidade, além de alicerçar o trabalho de cantores como Jamelão, com quem gravou dois discos-tributos a Lupicínio Rodrigues. O repertório é composto tanto de clássicos do jazz e da canção norte-americana quanto de temas da música brasileira. Severino Araújo, que foi aluno de Koellreuter, é autor de várias músicas executadas pela Orquestra.



Maria Alcina



Data de nascimento: 22/04/1949

Naturalidade: Cataguases, MG

Profissão: cantora

Sucessos: "Fio Maravilha" (Jorge Ben), "Alô, Alô" (André Filho), "Kid Cavaquinho" (João Bosco e Aldir Blanc), "Bacurinha" (folcore), "Prenda o Tadeu" (folclore), "Roendo as unhas" (Paulinho da Viola)

Foi para o Rio de Janeiro em 1972 decidida a seguir carreira como cantora. Estréia no Maracanãzinho, participando de um festival com a música "Fio Maravilha", de Jorge Ben. Com voz grave e estilo irreverente, chegou a ser comparada a Carmen Miranda pelo guarda-roupas escandaloso. Além de canções da Pequena Notável, Alcina sempre incluiu em seu repertório músicas dos ícones do rádio, como Marlene, Emilinha Borba, Aracy de Almeida, Bando da Lua, Lana Bittencourt e Carmen Costa. Durante a ditadura, respondeu processo por "comportamento subversivo" dado à sua imagem extravagante. Gravou alguns compactos e apresentou-se em programas de TV. Nos anos 80 voltou-se para o folclore musical nordestino, principalmente aquele com letras bem humoradas e satíricas. Viajou pelo Brasil cantando ao lado de Moreira da Silva e para os Estados Unidos com Jamelão e Emílio Santiago.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Dica Musical

Postado por Acir Antão on terça-feira, abril 19, 2011 with Faça um comentário
Minha dica musical para hoje é escutar Casa e comida, de Rossini Pinto!



Casa e comida (bolero, 1972) – Rossini Pinto



Núbia Lafayette cantou em 1972 um dos maiores sucessos de sua carreira, o bolero “Casa e comida”, de autoria de Rossini Pinto. A música conta a história de uma mulher que cansou de sofrer nas mãos do marido que não corresponde ao seu amor e decreta: “não é só casa e comida que faz a mulher feliz.”

Texto de Raphael Vidigal

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Receita

Postado por Acir Antão on segunda-feira, abril 18, 2011 with Faça um comentário
Receita enviada pela ouvinte Luzinete Silveira.

Canjica



INGREDIENTES:

250g de canjica
1 lata de leite condensado
canela em pó

MODO DE PREPARO:

Deixe a canjica de molho em água fria por uma noite. Cozinhe-a a seguir em bastante água fervente, até ficar bem tenra.

Junte o leite condensado e deixe no fogo por 10 minutos. Retire, pulverize a canela por cima e sirva à vontade.

domingo, 17 de abril de 2011

A Hora do Coroa

Postado por Acir Antão on domingo, abril 17, 2011 with 1 comentário
Homenagem que fizemos aos 70 anos do Rei Roberto Carlos, texto de Raphael Vidigal




As águas de Itapemirim deram ao mundo um Rei. Cachoeiro, no masculino, maturou a seleção natural daquele que seria quase unânime em agasalhar corações femininos. Sob a égide do Espírito Santo, Roberto Carlos nasceu regido por Marte, o elemento fogo e o signo de Áries, na data de abril cujo simbólico animal é o carneiro. Mas o misticismo esteve longe de enclausurá-lo, embora presente, e se fez lobo em pele de vários gêneros. A matiz inicial foi o rock. Na metade da década de 60, Roberto empunhou sua guitarra italiana, carros explosivos e mil e uma namoradas. Roberto caminhou ao centro. As luzes medicinais acompanham os trejeitos de galã do Rei que sabe impressionar, conquistar e cortejar seu povo. Com um sorriso esperto que mais tarde se dará maduro, poesia dita no pé do ouvido e sofisticação de arranjos. “Se você pretende saber quem eu sou, eu posso lhe dizer”. As curvas da estrada de Santos. “Daqui pra frente, tudo vai ser diferente, você tem que aprender a ser gente, e o seu orgulho não vale nada”. “Não adianta, nem tentar, me esquecer...” canta Roberto Carlos, dentre tantas outras, assumindo o romantismo e a Jovem Guarda, com voz cirúrgica capaz de emocionar os corações menos abaláveis e empolgar os nervos mais sóbrios.

sábado, 16 de abril de 2011

Atrações grátis em BH

Postado por Acir Antão on sábado, abril 16, 2011 with Faça um comentário
- 17 de abril (domingo) – Diálogos Musicais apresenta Coral e Banda Cariúnas, no Museu de Arte da Pampulha, ás 11h.

- 17 de abril (domingo) – Circo Alônico apresenta o espetáculo “O último copo d’água”, no Centro Cultural São Geraldo, ás 15h.

- 17 de abril (domingo) – Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, se apresenta no Parque Lagoa do Nado, bairro Itapoã, ás 11h.

- 17 de abril (domingo) – Projeto Quaquaraquaquá apresenta peças sobre palhaços na Praça Aroldo Tenuta, bairro Buritis, ás 16h.

- 17 de abril (domingo) – Festival Nacional de Folclore na Praça da Liberdade, das 9h ás 18h, com intervalo de 13h ás 15h.

- 17 de abril (domingo) – Apresentação das bandas do projeto “Essa eu quero ouvir na rádio”, no Centro de Cultura Lagoa do Nado, bairro Itapoã, ás 15h.

- 17 de abril (domingo) – Recital público “Sementes de Poesia”, na Praça dos Fundadores, Avenida Afonso Pena, das 10h ás 12h.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Notícia

Postado por Acir Antão on sexta-feira, abril 15, 2011 with 1 comentário
REFÉM - É comum você estar ouvindo rádio e um repórter dizer: de acordo com as câmeras da BHTRANS, o tráfego está congestionado na Lagoinha na área dos viadutos que dão acesso ao centro, na Cristiano Machado em toda sua extensão e na Avenida Alfredo Balena na região Hospitalar. Isso na verdade vem provar mais uma vez a incompetência da nossa empresa de tráfego e trânsito que é a BHTRANS. É do seu conhecimento que o tráfego fica congestionado em toda a cidade e mesmo assim, ela não faz nada, sumindo das ruas desde quando a justiça a proibiu de aplicar multas de trânsito.

O Prefeito Márcio Lacerda virou refém da BHTRANS, como todos nós cidadãos que vivemos em Belo Horizonte. Nem mesmo as obras importantes da prefeitura merecem a atenção daquela empresa que não coloca seus agentes nos locais onde elas são realizadas. Outro dia, o prefeito teve que se deslocar de seu gabinete em helicóptero, poderia ter feito melhor se usasse o carro para ele sentir os efeitos, para averiguar os problemas advindos das obras na Pampulha e constatou que o problema era porque faltavam agentes da BHTRTANS para conduzir o tráfego no local.

No entanto, isso acontece em toda a cidade. Na rua Uberaba com Avenida do Contorno por exemplo, onde se processa o final da obra de recapeamento do Arrudas, o tráfego fica congestionado durante todo o dia porque a BHTRANS não se dignou a colocar por lá um agente de trânsito. Outro dia, a repórter Alessandra Mendes da rádio Itatiaia, percorreu toda a Cristiano Machado, constatando que o cidadão conduzindo o seu carro, gasta mais de uma hora entre o Hospital Risoleta Neves e o Túnel da Lagoinha, e em todo esse percurso ela não encontrou nenhum agente da BHTRANS, Batalhão de Trânsito ou Guarda Municipal.

RUA DA BAHIA - Outra constatação triste que eu testemunhei outro dia. Nenhum agente de trânsito ou guarda municipal ou mesmo policial da PM estava na esquina de Bahia com Aimorés, no momento em que se encerravam as aulas do Colégio Imaculada, com alunos de todas as idades fazendo a travessia principalmente da rua da Bahia sem auxilio de nenhum agente de trânsito. A Cidade está abandonada de policiamento.

DIA MUNICIPAL DA FEIJOADA - O Rei da Feijoada do Mercado Central está completando 78 anos e para comemorar a data, foi instituído o DIA MUNICIPAL DA FEIJOADA, que deverá acontecer todo dia 18 de maio. Como a feijoada é o prato do dia de sábado, ficou estabelecido que as comemorações do DIA MUNICIPAL DA FEIJOADA serão processadas no terceiro sábado do mês de maio. O projeto com essa proposição já está na Câmara Municipal de Belo Horizonte. A primeira comemoração desse ano, vai ser inaugurando um novo restaurante na cidade, a FEIJOARIA, espaço criado pelo Coronel Jonas Cruz, numa área ampla de sua casa, onde 80 convidados vão estar presentes. João Dias do Rei da Feijoada e o Coronel Jonas Cruz, com sua FEIJOARIA vão fazer a festa gastronômica do mês de maio.

DA COCHEIRA - O Prefeito Márcio Lacerda está na mídia, numa mensagem do PSB, partido a que é filiado e que atualmente é o seu presidente. Márcio Lacerda é candidato a reeleição. Não se sabe ainda com qual coligação. Ter PT e PSDB na chapa vai ser impossível.

Aliás, o Deputado Rogério Correia, quer afastar todo fantasma do seu partido e já está em campo para impedir que o PT continue coligado com Márcio Lacerda.

Corre entre a torcida do Cruzeiro uma gozação que lembra que só mesmo levando Zezé Perrela é que Alexandre Kalil emplacaria alguma coisa de nova no Atlético.

A maioria das pessoas que passa pela Antônio Carlos e vê a trincheira da Santa Rosa destruída, pensa que a obra que a construiu tem pouco mais de 5 anos e agora ela sofre a primeira reforma.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Vídeos

Postado por Acir Antão on quinta-feira, abril 14, 2011 with Faça um comentário

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Aniversariantes

Postado por Raphael Vidigal on quarta-feira, abril 13, 2011 with Faça um comentário
Os aniversariantes musicais da semana são Sérgio Sampaio e Cazuza!



Sérgio Sampaio



Data de nascimento: 13/04/1947 - 15/05/1994

Naturalidade: Cachoeiro de Itapemirim, ES

Profissão: cantor, compositor e instrumentista

Sucessos: "Eu quero é botar meu bloco na rua", "Meu pobre blues", "Viajei de trem", "Velho bandido", "Tem que acontecer"

Foi locutor de rádio em Cachoeiro de Itapemirim (ES). Na década de 60 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde continuou atuando como radialista. Em 1970 lançou-se como cantor, dividindo com Raul Seixas, Miriam Batucada e Eddy Star o disco "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta: Sessão das Dez". Lançou um disco em 1972 com a música "Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua", com a qual classificou-se para o VII Festival Internacional na Canção. Este foi um monumental sucesso de vendagem que ele não conseguiria repetir. Gravou em 1976 o LP "Tem Que Acontecer", pela Continental e em 1978 "Sinceramente", este por uma gravadora independente. Em 1998 o compositor Sérgio Natureza produziu o CD tributo "Balaio do Sampaio", uma homenagem póstuma em que vários intérpretes executam as suas composições. Em 2000 foi lançada biografia de autoria de Rodrigo Moreira, pela editora Muiraquitã. Em 2006, Zeca Baleiro produziu "Cruel", a partir do material bruto que o cantor havia deixado.



Cazuza



Nome completo: Agenor de Miranda Araújo Neto

Data de nascimento: 04/04/1958 - 07/07/1990

Naturalidade: Rio de Janeiro, RJ

Profissão: cantor e compositor

Sucessos: "Exagerado" (com Leoni e Ezequiel Neves), "Pro dia nascer feliz" (com Roberto Frejat), "Codinome beija-flor" (com Ezequiel Neves e Reinaldo Arias), "Todo amor que houver nessa vida" (com Roberto Frejat), "O Tempo não pára" (com Arnaldo Brandão), "Ideologia" (com Roberto Frejat), "Brasil" (com George Israel e Nilo Romero)

Filho do produtor fonográfico João Araújo, da Som Livre, cresceu ouvindo música, principalmente brasileira. Nos anos 70 passou uma temporada na Inglaterra, da qual voltou fã dos ídolos do rock como Janis Joplin e Led Zeppelin. Abandonou a faculdade depois de um mês de aulas e passou a ter uma vida noturna de boemia. Depois de trabalhar algum tempo na gravadora Som Livre, foi para os Estados Unidos. Voltou em 1980 e, através do cantor Léo Jaime, passou a ser vocalista da banda de rock Barão Vermelho, que se tornou rapidamente uma das maiores da década, em parte graças às composições de Cazuza. Desligou-se do Barão Vermelho em 1985 e partiu para uma bem-sucedida carreira solo, com cinco discos lançados em quatro anos. Em 1989 tornou-se o primeiro artista brasileiro a divulgar que tinha Aids, colaborando para a campanha de conscientização sobre a doença e seus efeitos. Após a sua morte foi criada por sua mãe a Sociedade Viva Cazuza, de apoio às crianças portadoras do vírus HIV.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Dica Musical

Postado por Acir Antão on terça-feira, abril 12, 2011 with Faça um comentário
Minha dica musical para hoje é escutar Tico - Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu!



Tico – Tico no Fubá (choro, 1931) – Zequinha de Abreu



“Tico – Tico no Fubá”, um dos choros mais regravados de todos os tempos, tanto no Brasil quanto no exterior, é uma obra prima de Zequinha de Abreu composta em 1931. Em ritmo que faz lembrar o alvoroço dos pássaros em meio aos farelos do fubá, a música ganhou mais tarde duas letras diferentes, uma de Eurico Barreiros, lançada por Ademilde Fonseca, e outra de Aloísio de Oliveira, lançada por Carmen Miranda. Apesar disso, ambas conversam sobre o mesma tema, em tom de diálogo as cantoras pedem ajuda para salvar o seu precioso fubá dos bicos dos famintos passarinhos. É um tico – tico no fubá que dá vontade de comer e dançar ao mesmo tempo!

Texto de Raphael Vidigal

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Receita

Postado por Acir Antão on segunda-feira, abril 11, 2011 with Faça um comentário
Receita enviada pelo ouvinte José Eduardo Silva.

Bolinhos de bacalhau



INGREDIENTES:

300g de bacalhau
300g de batatas cozidas e amassadas
1/2 colher de manteiga
1 colher (sopa) de farinha de trigo
1/2 xícara de leite
4 ovos, sendo as claras em neve
salsa picadinha

MODO DE PREPARO:

Deixe o bacalhau de molho. No dia seguinte, afervente-o com um pouco de água, tire os espinhos, peles e passe-o na máquina de moer.

Misture tudo e por último junte as claras em neve. Frite às colheradas em azeite quente.

domingo, 10 de abril de 2011

A Hora do Coroa

Postado por Acir Antão on domingo, abril 10, 2011 with Faça um comentário
Homenagem que fizemos à Moreira da Silva, textos de Raphael Vidigal




Vou te contar a história de um malandro astuto
Que subiu o morro
E arrumou confusão
Tudo porque bateram na sua nêga
E ele então, foi tirar satisfação

Esse malandro fez muito samba
Depois de cantar com outros bambas
Wilson Batista, Macalé e Miguel Gustavo
Cantou a ópera com Bezerra e Dicró

“Cuidado, Moreira!”

Mas nunca largou o linho branco
E o chapéu panamá na cabeça brasileira
Vou lhe dizer sem sugestão
Qual é o nome desse figurão

Fala: “Derrepenguente as coisas acontecem e nós da Hora do Coroa, estamos aqui pra falar pra vocês: passado, futuro, presente, tudo depende.”

Pode chamar de Moreira da Silva
Alguns o chamam Morengueira velho oeste
É o herói do cinema americano
É o herói da música que segue

Cambaleando com estilo
Vem com pompa e circunstância

Segura a faixa que nosso Moreira
Não bebe, não fuma, não perde a noite de sono
E não há nada que o irrite mais
Que um certo amigo urso não pagar a condição
“malandro que é malandro, não é malandro”
Breque!

Chega de papo “vamo” ouvir seu carteado!
Etelvina!



Arrasta a sandália

Depois de se virar como motorista de táxi e auxiliar de garagem, entre outras profissões, Antônio Moreira da Silva, que perdeu o pai jovem, quando tinha 11 anos de idade, lançou seu primeiro sucesso como cantor, no ano de 1933. “Arrasta a sandália” foi um samba de carnaval de autoria de Aurélio Gomes e Baiaco que esbanjava a condição do protagonista: “arrasta a sandália, minha morena, estraga mesmo e não tenha pena...” “que eu te dou outra de veludo, enfeitada de fita, e mando vir lá da Bahia”.

Implorar

Em 1935, Moreira da Silva venceu o carnaval cantando o samba “Implorar”, de Kid Pepe, Germano Augusto e João da Silva Gaspar. Na época a autoria foi contestada por Divino, que dizia ser ele, junto com seu falecido primo Cedar Silva, diretor da escola de samba Mocidade Louca, o autor da canção. Acontece que Divino estava no leito de um hospital, e não teve muito tempo para brigar pela paternidade, que acabou sendo um belo presente para a música brasileira.



Acertei no milhar

A invenção do improviso foi por mero acaso, segundo o próprio Moreira da Silva, responsável direto pela popularização do “breque”. De acordo com o que ficou na história, ele teria remendado com astuto falatório os versos de “Jogo proibido”, em 1937. E foi esse exímio talento que convenceu o radialista César Ladeira a oferecer-lhe seguinte valor para cantar na Mayrink Veiga, ao que ele respondeu: “Ora, César, não vês que eu sou o tal?!”. Como na canção de Wilson Batista e Geraldo Pereira de 1940 ele acertou no milhar e ingressou de vez nas paradas de sucesso. Só que a astronômica quantia não passou de um sonho.



Amigo Urso

Moreira da Silva viaja até o pólo Norte para cobrar de certo amigo Urso que não lhe dê o calote. O samba pitoresco de Henrique Gonçalvez foi mais um êxito da carreira de Moreira que enfim deslanchava. Após um começo trôpego como cantor de umbandas e serestas ele encontrou seu verdadeiro terreno. E a década de 40 seria fértil em acertos musicais, especialmente em 1941.

Esta noite eu tive um sonho

As viagens e os sonhos de Moreira da Silva estavam expostas em suas músicas. Em tom de galhofa ele almeja partida para a Alemanha no samba “Esta noite eu tive um sonho”, em parceria com Wilson Batista de 1941. E até citação em alemão cabia na bagunça bem arrumada de Morengueira.



Na subida do morro

Trocar músicas na década de 50 era algo comum, segundo o próprio Moreira da Silva. Era essa relação que ele tinha com Geraldo Pereira. Um colocava o dedo numa autoria daqui, outro dali, e assim estabeleceu-se a parceria. Uma delas foi “Na subida do morro”, samba que conta com a graça maliciosa de Moreira da Silva, as intempéries de um triângulo amoroso que se transforma em crime passional. A canção politicamente incorreta foi um dos maiores sucessos de sua carreira, lançada em 1952.

Olha o Padilha

No samba “Olha o Padilha”, Moreira da Silva brinca com a fama nada boa de um certo delegado que dizem ter realmente existido. A música foi composta em 1952 ao lado de Ferreira Gomes e Bruno Gomes, e aborda como de costume as asperezas vividas no cotidiano do morro, sempre com muito bom humor.



Cidade Lagoa

“Cidade Lagoa” flagra o povo do Rio de Janeiro em apuros. Tudo porque a cidade foi de novo acometida por uma enxurrada. Os versos irreverentes de Cícero Nunes e Sebastião Fonseca debocham da situação repetida e apresentam novas soluções: comprar lancha, canoa ou ser girafa! Gravada por Moreira da Silva em 1959 e regravada por Jards Macalé em 1998, a música retrata uma realidade inalterada.

O Rei do Gatilho

Inspirado nos filmes de faroeste americano, Miguel Gustavo criou uma épica epopéia para seu personagem. Moreira da Silva vestiu a estampa de Kid Morengueira e saiu atrás de justiça. Com direito a um amigo Índio, cavalo, mocinha temerosa e citação de Hitchcock, a história bateu recorde de bilheteria na discografia do malandro herói, que ainda por cima terminava com a viúva do bandido que matou: “que até hoje ninguém sabe quem morreu, eu garanto que foi ele, ele garante que fui eu...”. Ou não! Tudo isso em 1962.



Morengueira contra 007

Miguel Gustavo teve como base inserir diversas personalidades em sambas feitos sob medida para Moreira da Silva cantar. No contexto das histórias de aventura, o humor era o grande trunfo. Essa fórmula esteve inclusive presente na música “Super-heróis”, de Raul Seixas e Paulo Coelho. A exemplo das bem sucedidas sequências cinematográficas, o herói Kid Morengueira cumpria sua missão ao final, fosse contra 007 ou qualquer outro. Mais uma vez em 1968 ele não se fez de rogado. E assim foi até o fim da vida, aos 98 anos, disposto como nunca a uma boa malandragem.

sábado, 9 de abril de 2011

Atrações grátis em BH

Postado por Raphael Vidigal on sábado, abril 09, 2011 with Faça um comentário
10 de abril (domingo) – “O Conto da Ilha desconhecida”, no teatro Dom Silvério, ás 16h.

10 de abril (domingo) – Também ás 16h, “O rio conta histórias” e “Futebol na perna de pau”, espetáculos de teatro na Praça Duque de Caxias, bairro Santa Tereza.

10 de abril (domingo) – Teatro infantil “Soldadinho de chumbo”, no espaço cultural da concessionária Recreio, ás 10:30h.

10 de abril (domingo) – Teatro de rua “Acontecimento em Vila Feliz”, na Praça Floriano Peixoto, ás 16h.

10 de abril (domingo) – Encontro Mundial de Artes Cênicas, na Funarte, Rua Januária, 68, bairro Floresta, ás 19:30h, com apresentação da peça “Aqueles dois”, baseada em conto de Caio Fernando Abreu, ás 21h. Os ingressos devem ser retirados duas horas antes da apresentação.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Notícia

Postado por Acir Antão on sexta-feira, abril 08, 2011 with Faça um comentário
DISCURSO DE AÉCIO - Todos estão comemorando - base governista e oposição - o discurso feito na quarta-feira passada pelo Senador Aécio Neves, na tribuna do Senado, fazendo uma estréia de referência de líder natural da oposição ao governo da Presidente Dilma. Aécio foi firme nas críticas, fez uma comparação do que fizeram os governos de Itamar e Fernando Henrique, chegando a elogiar o Presidente Lula que teve segundo ele, a clarividência de manutenção da política econômica iniciada nos governos passados e que possibilitou alguns sucessos na condução dos negócios do Brasil.

Lembrou que Lula fez política com a miséria do povo brasileiro no caso da Bolsa Família, embora todos esses programas tenham sido iniciados no governo Fernando Henrique que não os usou em benefício político como fez Lula. Aécio reconheceu avanços no governo do petista, mas criticou o PT que usa o governo para se beneficiar de cargos e principalmente de um esquema muito comum hoje, com a criação de organizações não governamentais. Diferentemente de José Serra que em momento nenhum se propôs a ser o porta-voz da oposição, achando que ser contra Lula perderia voto, Aécio já se apresentou como um contraponto do que aí está.

O Brasil precisa urgentemente de uma reforma tributária, uma verdadeira reforma agrária - sem bandidos travestidos de movimento social azucrinando a vida de quem quer trabalhar - e uma reforma séria das leis para acabar com essa proteção à bandidagem, já que ninguém fica na cadeia. Precisamos sim de uma grande liderança para ser a voz da oposição séria e produtiva no Brasil.

SERRA NÃO ESTÁ MORTO - O ex-governador de São Paulo está tentando arranjar novamente um lugar ao sol. Já se fala que ele seria o candidato a Prefeito de São Paulo. Será que o povo daquela cidade estaria interessado em eleger Serra para ele fazer outro trampolim político ?

OBRAS NA SAVASSI - Ninguém simplesmente é contra qualquer tipo de obras numa cidade. Mas esse dinheiro que a Prefeitura vai gastar na Savassi para diminuir largura de rua e aumentar passeio na Praça Diogo Vasconcelos é jogar dinheiro fora. Porque não gastar na reforma dos passeios da Savassi que estão horríveis? Porque não gastar dinheiro para criar mais estacionamentos na cidade, sem acabar com mais de 250 vagas justamente na Savassi, onde os comerciantes precisam de clientes? Se a Prefeitura mantivesse a limpeza do bairro consertando o que está errado, já seria uma grande obra.

60 ANOS DA JMS - Essa empresa fundada pelo nosso inesquecível Joaquim Mariano da Silva e que sempre foi líder na fabricação de aquecedores, chega aos 60 anos de fundação se destacando como a maior empresa do setor no Brasil, fabricando hoje, aquecedores que funcionam à base de energia solar e gás para grandes prédios residenciais. A grande novidade é que o aquecedor com ausência de sol em grandes períodos chuvosos permite que a água seja aquecida através da utilização do gás que entra em operação automaticamente. Hoje a JMS é dirigida pela competência de Sérgio Mariano e está instalada em modernas instalações na Cidade Industrial de Contagem.

DA COCHEIRA - A população da região do Alípio de Melo continua perguntando ao Prefeito Márcio Lacerda sobre quando vão ser iniciadas as obras da Praça São Vicente.

A novela AMOR E REVOLUÇÃO que está sendo exibida pelo SBT vai dar o que falar. Ela está mostrando como se processavam as torturas nos chamados porões da ditadura.

A Prefeita Maria do Carmo Lara se encontrou com a Presidente Dilma e fez reivindicações em nome de todos os prefeitos do Brasil. Maria do Carmo reclamou o de sempre: Os recursos arrecadados nas cidades que produzem, ficam todos nos cofres da União e voltam em forma de migalhas.

Abacaxi: É o que o Prefeito Márcio Lacerda tem nas mãos. Para ficar com o PT na sua reeleição, terá que repetir a dobradinha com o PT e repudiar o PSDB. Se ficar com o PSDB, vai ficar sem o PT que terá candidato próprio.

O cúmulo do absurdo. O Brasil está importando café da China. O produto sai daqui in-natura e volta empacotado e mais barato do que é produzido aqui.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Vídeos

Postado por Raphael Vidigal on quinta-feira, abril 07, 2011 with Faça um comentário

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Aniversariantes

Postado por Raphael Vidigal on quarta-feira, abril 06, 2011 with Faça um comentário
Os aniversariantes musicais da semana são Roberto Silva e Noite Ilustrada!



Roberto Silva






Data de nascimento: 09/04/1920

Naturalidade: Rio de Janeiro, RJ

Profissão: cantor e compositor

Sucessos: "Mandei Fazer um Patuá" (R. Olavo e N. Martins), "Maria Teresa" (Altamiro Carrilho), "O Baile Começa às Nove" (Haroldo Lobo e Milton de Oliveira), "Juraci Me Deixou" (Raimundo Olavo e Oldemar Magalhães), "Escurinho" (Geraldo Pereira), "Crioulo Sambista" (Nelson Trigueiro e Synval Silva)

Iniciou a carreira de cantor no rádio, na década de 30. Nos anos 40 realizou suas primeiras gravações, e foi do elenco das rádios Nacional e Tupi. Nesta última ficou conhecido como "príncipe do samba", e suas interpretações são características pelo estilo sincopado e levemente dolente que encontrou para cantar samba, inspirado em dois ídolos anteriores, Cyro Monteiro e Orlando Silva. Em 1958 veio o LP "Descendo o Morro", que teve continuações, nos volumes 2, 3 e 4. No total, gravou 350 discos de 78 rotações e perto de 20 LPs. Afastado das gravações por alguns anos, teve vários de seus discos relançados em CD e em 1997 saiu a coletânea "Roberto Silva canta Orlando Silva", extraída de seus vários LP na Copacabana. Em 2008, em comemoração aos seus 70 anos de atividades artísticas realizou show na casa de espetáculos Carioca da Gema, no tradicional bairro boêmio carioca da Lapa.



Noite Ilustrada



Nome completo: Mário de Souza Marques Filho

Data de nascimento: 10/04/1928 - 28/07/2003

Naturalidade: Pirapetinga, MG

Profissão: cantor, compositor e violonista

Sucessos: "Volta por cima" (Paulo Vanzolini), "Cara de Boboca" (Jaime Silva e Edmundo Andrade), "Barracão" (Luís Antônio e Oldemar Magalhães), "O Neguinho e a Senhorita" (Noel Rosa de Oliveira e Abelardo Silva), "Toalha de Mesa" (Dora Lopes, Carminha Mascarenhas e Chumbo

Foi violonista da revista musical "Noite Ilustrada", que lhe rendeu o nome artístico, por sugestão de Zé Trindade. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou na escola de samba Portela. Nos anos 50 radicou-se em São Paulo, onde trabalhou em casas noturnas. Seu primeiro sucesso foi o samba "Volta por cima", de Paulo Vanzolini, gravado em 1963 no disco "Noite Ilustrada". Gravou grandes nomes do samba, como Cartola e Nelson Cavaquinho e, em mais de 40 anos de carreira, consagrou-se como um dos grandes cantores do ramo. Manteve-se em atividade até o fim da vida tendo voltado aos estúdios dois meses antes de falecer. Deixou dois CDs inéditos: "Noite Ilustrada canta Ataulfo Alves - Ao mestre com carinho" e "Noite interpreta Lupicínio Rodrigues". O primeiro, foi lançado pelo selo Atração semanas após sua morte.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Dica Musical

Postado por Acir Antão on terça-feira, abril 05, 2011 with Faça um comentário
Minha dica musical para hoje é escutar Linha de passe, de Aldir Blanc, Paulo Emílio e João Bosco!



Linha de passe (MPB, 1979) – João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio



O trio João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio misturam todos os ingredientes a que têm direito para cozinhá-los no vasto caldeirão musical que compõe a música “Linha de Passe”, de 1979. A idéia de juntar lingüiça, paio, bolo de fubá, chimarrão, angu e mexilhão acaba dando muito certo e resulta em uma das receitas mais bem escritas, tocadas e cantadas da música brasileira. Cozida, assada, frita e bem temperada, “Linha de passe” é de dar água na boca e fazer roncar o estômago de fome! Sirvam-se à vontade!

Texto de Raphael Vidigal

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Receita

Postado por Raphael Vidigal on segunda-feira, abril 04, 2011 with Faça um comentário
Receita enviada pela ouvinte Maria Cristina Silva.

Doce de abóbora



INGREDIENTES:

2kg de abóbora bem madura
1 e 1/2 kg de açúcar
2 pedaços de canela em pau

MODO DE PREPARO:

Lavar e partir a abóbora em pedaços grandes com casca, cozinhando-a com um pouco d'água.

Depois de cozida, tirar a casca e passar a polpa no espremedor. Levar a abóbora ao fogo, deixando ferver até secar a água.

Acrescentar o açúcar e a canela. Mexer até aparecer o fundo da panela. Virar em compoteira e servir.

domingo, 3 de abril de 2011

A Hora do Coroa

Postado por Acir Antão on domingo, abril 03, 2011 with Faça um comentário
Homenagem que fizemos à Braguinha, textos de Raphael Vidigal




Dono de um dos mais vastos e ricos repertórios da música brasileira, Braguinha jamais aprendeu a tocar um instrumento musical, compondo suas músicas através de uma das formas mais antigas que existem, e que desde criança se aprende, o assovio. Como se fosse um passarinho, um João de Barro a construir sua casinha, Braguinha se embrenhava por entre os caminhos do carnaval, do samba-canção e da música infantil dando a medida exata ao chão e às paredes melódicas que construía. Tendo estudado arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes, Braguinha logo se consagraria pela música, mas não abandonaria nunca a condição de arquiteto da melodia, sutilmente calculada em seus assovios que criavam personagens como a Chiquita Bacana, o Pirata da Perna de Pau, os heróis e vilões das histórias infantis e as traduções tão deliciosamente brasileiras que ele fazia para os desenhos da Disney.



Pirata da perna de pau & Pastorinhas

Braguinha nada tinha de pirata. Era um autêntico marujo do samba, que navegava com tranqüilidade por aquelas águas que ele bem conhecia, que ajudou a criar quando formou ao lado de Almirante, Henrique Brito e Alvinho, o conjunto Flor do Tempo, e depois com o adendo de Noel Rosa, com quem compôs a belíssima “Pastorinhas”, o Bando de Tangarás. Ao contrário do que dizia na marchinha, Braguinha também não tinha cara de mau. Pelo contrário, carregava na face uma expressão sempre alegre, tranqüila e serena. Como se todo dia fosse mais um dia de carnaval e como se toda expressão de vida merecesse uma marchinha.

“Eu sou o pirata da perna de pau
Do olho de vidro, da cara de mau”

“A estrela d’alva no céu desponta
E a lua anda tonta...”




Linda lourinha & Uma andorinha não faz verão

Braguinha era um típico amante da vida. Amante das mulheres, das belezas naturais, das lourinhas, mulatas e chinesas. Era um amante do Brasil, e cultivava seu carinho pela terra como aquele passarinho que lhe deu o apelido cultiva sua casinha.

“Lourinha, lourinha
Dos olhos claros de cristal
Desta vez, em vez da moreninha
Serás a rainha do meu carnaval”


“Vem moreninha, vem tentação
Não andes assim tão sozinha
Que uma andorinha não faz verão”




Copacabana & Yes, nós temos bananas

Antecipando a bossa nova e o clima tropicalista que invadiria o país anos mais tarde, Braguinha exaltava as belezas da praia de Copacabana e estufava o peito para dizer: “Yes, nós temos bananas!”

“Copacabana princesinha do mar
Pelas manhãs tu és a vida a cantar
E à tardinha o sol poente
Deixa sempre uma saudade na gente”




Carinhoso

Braguinha era acima de tudo um compositor sensível, atento aos sentimentos e ás mudanças do ser humano, e compôs com o mestre Pixinguinha uma das mais belas e executadas músicas brasileiras de todos os tempos, gravada por nomes como Sílvio Caldas, Ângela Maria, Elizeth Cardoso, Elis Regina, Dalva de Oliveira, Maria Bethânia, Radamés Gnattali, Tom Jobim, Baden Powell, Jacob do Bandolim, Hermeto Pascoal e o pioneiro Orlando Silva, a eterna “Carinhoso”.

“Ah, se tu soubesses como eu sou tão carinhoso
E muito, muito que eu te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim”




Vai com jeito & Anda Luzia / Balancê

Compositor, cineasta, dublador, cantor, Braguinha trazia no apelido singelo e simples a expressão perfeita para sua alma de criança divertida e brincalhona. Mesmo em canções que traziam versos um pouco mais reflexivos, nos quais explorava todo seu talento lírico, ao final Braguinha sempre optava pela alegria!


“No balancê, balance
Quero dançar com você
Entra na roda, morena pra ver
O balancê, balancê”

“Vai, com jeito vai
Senão um dia
A casa cai”


“Apronta a tua fantasia
Alegra teu olhar profundo
A vida dura só um dia, Luzia
E não se leva nada desse mundo”




A saudade mata a gente & Cantores do rádio

No dia 24 de dezembro de 2006, véspera de Natal, Braguinha partiu aos 99 anos, para onde o céu é mais azul. E nos vem à memória “a saudade é dor pungente, morena, a saudade mata a gente, morena”. Mas a saudade que Braguinha deixou virá sempre acompanhada por seu canto festeiro. Cantemos então com Braguinha, o João de Barro, passarinho que voa alto na canção brasileira!

“Canto para te ver mais contente
Pois a ventura dos outros
É a alegria da gente
Canto e sou feliz só assim
E agora peço que cantem
Um pouquinho para mim”