segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O novo paradigma do planeamento e ordenamento do território e das cidades

O novo paradigma do planeamento e ordenamento do território e das cidades está também directamente relacionado com a eficiência energética e qualidade de vida das pessoas.


As cidades de Angola que agora iniciam o seu crescimento têm a oportunidade que muitas cidades do mundo já não têm, para abraçar o novo paradigma do crescimento das cidades.

Este novo paradigma passa por criar centros de comércio e de empregos junto das áreas residenciais periféricas. Pelo crescimento vertical (apesar de haver visões contra este tipo de crescimento, parece-me a solução mais profícua) em detrimento do crescimento horizontal das cidades. Passa também por eficiente rede de transportes e utilização oportuna de modernas redes viárias, ferroviária e de transporte urbano, rápido e personalizado. Nas “novas cidade” será possível reduzir, ou até mesmo eliminar os carros na zonas históricas, os habitantes deslocar-se-ão através de um metro ligeiro de superfície e de um sistema de transporte individual, subterrâneo, em pequenos veículos eléctricos.

Haverá centros de reciclagem, centrais para tratamento de resíduos, centrais para tratamento da água com plantações de espécies diversas para a produção de bens alimentares na periferia da cidade. No caso das cidades de Angola estas poderão ter uma rede compacta de ruas com áreas constantes de sombra como a melhor forma de encorajar as pessoas a andar, protegendo-as das condições climatéricas extremas do calor. O imenso número de horas de sol angolano não será só usado para o turismo este será utilizado nos telhados dos edifícios em Angola, a energia solar vai ser a mais utilizada para as habitações.

Este novo paradigma de cidade, já está me curso nos Emiratos Árabes Unidos, em Abu Dhabi, com a criação de uma cidade de raiz – Masdar.

O país tem 12 horas de sol por dia: a energia solar vai ser a mais utilizada. Para as habitações, o atelier de Norman Foster projectou edifícios baixos com painéis solares no telhado. Além disso é indispensável evitar meios de transporte poluentes. Não haverá carros na cidade da Masdar Initiative. Qualquer transporte, loja, entidade ou instituição estará a uma distância máxima de 200 metros. Para isso foi projectada “uma rede compacta de ruas” com zonas constantes de sombra como a melhor forma de encorajar as pessoas a andar, protegendo-as das condições climatéricas extremas – ou seja, o calor infernal próprio da região – a que o Abu Dhabi está exposto. Além disso, a rede de transportes é rápida e pode ser personalizada. Na cidade sem carros, os habitantes deslocar-se-ão através de um metro ligeiro de superfície e de um sistema de transporte individual, subterrâneo, em pequenos veículos eléctricos.

1 comentário:

  1. Obrigado pela dica para vir espreitar este blogue! Este tema é algo que eu defendi em toda a minha vida de estudante e profissional de arquitectura paisagista e de sistemas de informação geográfica...acredito que Luanda evoluirá nesse sentido! Pode é ser o processo mais rápido se existir forte intervenção de profissionais qualificados no alerta ao público leigo e na condenação ao mau ordenamento e má gestão do herário público. (tudo se resume à Atitude e à responsabilidade social de cada um de nós)

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