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sexta-feira, agosto 5

Sintomas da Alergia Alimentar

Embora passem despercebidos por serem automáticos ou por estarmos muito acostumados com eles, alguns destes sintomas podem indicar algum tipo de alergia ou intolerância:

•    Dor de cabeça ou enxaquecas freqüente
•    Ansiedade, depressão e hiperatividade (comum em crianças)
•    Dores musculares e articulares, como a fibromialgia
•    Espirro, entupimento nasal, coriza, rinite ou sinusite
•    Corrimento vaginal e candidíase repetitiva
•    Coceira generalizada e acne persistente
•    Cansaço e sono após comer e ao longo do dia
•    Dificuldade para emagrecer (freqüente na obesidade e o tratamento facilita a perda de peso)
•    Inchaço relacionado ou não ao período menstrual
•    Intestino preso ou solto com as fezes amolecidas e com restos de alimentos
•    Dor abdominal sem fundamento, gases e sensação de estômago cheio

A alergia a um determinado alimento origina, habitualmente, o aparecimento dos sintomas poucos minutos após a ingestão. Estas reações denominadas imediatas podem atingir pele e mucosas, as vias respiratórias, sistema gastrointestinal e cardiovascular de forma isolada ou combinada. Surgem, assim, manifestações de urticária, angioedema(angioedema é um inchaço similar à urticária, porém o inchaço encontra-se por baixo da pele ao invés de estar sobre a superfície), rinoconjuntivite, asma e choque anafilático.

As manifestações clínicas imediatas mais frequentes são a urticária, o angioedema, e a síndrome de alergia oral. Esta ultima é uma condição caracterizada por sintomas alérgicos mediados por IgE, que se restringem à mucosa oral. Situações em que as manifestações são decorrentes da ingestão de frutas e vegetais em indivíduos sensibilizados aos pólens, o termo mais específico é síndrome pólen-frutas (SPF). As reações anafiláticas são mais raras. Assumem, no entanto, uma importância primordial já que se desencadeiam muito rapidamente, colocando em risco a vida do doente. Outras manifestações de alergia alimentar incluem reações retardadas que ocorre em doenças como a dermatite atópica e a enteropatia ao glúten. São mais difíceis de diagnosticar porque, muitas vezes, decorre muito tempo entre a ingestão alimentar e a ocorrência dos sintomas.
As manifestações clínicas de alergia alimentar variam com a idade. Na infância, a forma de apresentação mais frequente é a dermatite atópica. O leite, ovo, frutos secos, soja, trigo, peixe e marisco são os alimentos mais frequentemente envolvidos. Em contraste, no adulto são habituais as reações imediatas, e para além da sensibilização a frutos secos, peixe e marisco, a reatividade a alimentos de origem vegetal é relativamente comum.

A síndrome de alergia oral caracteriza-se pelo aparecimento de angioedema e prurido dos lábios, língua, palato e laringe quando o agente causal, habitualmente um fruto fresco ou vegetal, entra em contato com a mucosa oral do indivíduo alérgico. Na sua maioria, os doentes são sensíveis ao pólen. Um exemplo é a polinose a bétula/vidoeiro e síndrome de alergia oral após ingestão de maçã ou avelã. Esta sensibilização múltipla e simultânea deve-se à existência de reatividade cruzada a certas proteínas com estruturas similares que ocorrem, naturalmente, em plantas de diferentes origens.

A urticária caracteriza-se, sobretudo, pelo aparecimento de comichão e erupções cutâneas de diversos tamanhos, em zonas de pele vermelha. As manifestações gastrointestinais mais freqüentes da alergia alimentar são náuseas, vômitos, cólicas abdominais e a diarréia. As reações anafiláticas caracterizam-se pela ocorrência de sintomas envolvendo simultaneamente os sistemas cutâneo-mucoso, respiratório, cardiovascular e gastrointestinal.

Em alguns países a ingestão de amendoim é a causa mais comum de reações fatais. Quantidades mínimas deste alimento podem ser suficientes para induzir reações anafiláticas em indivíduos sensibilizados. A ingestão acidental inadvertida pode ocorrer, particularmente, por contaminação durante o processamento industrial de outros alimentos.

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