todos tem aquela foto fundamental
de um jardim de inverno.
a representação de um tempo,
lugar
ou pessoa
que nos indica nosso próprio calor
a ventadas frias.
e de quando em quando,
voltamos a esta fotografia.
percebemos as qualidades do papel
e das químicas que imprimem a imagem.
uma pequena ação do tempo nos alenta
o quão longe se passou aquele instante.
mas nos arrebata de repente
as dores invernais que fizeram daquela foto de jardim
a foto de jardim de inverno.
depois, guardamos.
e esperamos novas estações
para confundirmos tantos invernos
àquele da fotografia.
e os invernos tiram nossas fotografias
para testemunhar nossas transformações
e ver o que ficou crivado em nossa pele
das suas outras irmãs estações.
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