01/05/2010

Prefeitura promete estender Av. Roberto Marinho até Pedro Bueno

Edição 2220 – de 13 a 19 de maio de 2005


Uma antiga reivindicação de moradores do Parque Jabaquara será atendida. Pelo menos foi o que prometeu o prefeito José Serra, esta semana, em visita ao canteiro de obras da Operação Urbana Água Espraiada. Durante a retomada das obras, paralisadas desde fevereiro deste ano, Serra disse que o pequeno trecho que ligará a Avenida Jornalista Roberto Marinho à Avenida Pedro Bueno, no Parque Jabaquara, será o próximo passo da Prefeitura. Atualmente, a Roberto Marinho (antiga Av. Água Espraiada) termina na Avenida Lino de Moraes Leme, o que gera grande prejuízo ao trânsito local e provoca muitas queixas dos moradores da região.

A comunidade reclama que os motoristas, para cortar caminho e fugir do trânsito, trafegam por ruas residenciais que eram tranqüilas antes da abertura da Avenida Água Espraiada. No ano passado, a SPTrans e a CET fizeram alterações no viário da região, transformando a Avenida Alsácia em alternativa para se acessar as Avenidas João Pedro Cardoso e Pedro Bueno. Os moradores dessa via também ficaram revoltados com a mudança e chegaram a promover manifestações. De acordo com a Sociedade Amigos do Parque Jabaquara e Jardim Aeroporto (SAPPAJAE), as mudanças não foram negociadas pela entidade e os órgãos públicos estavam visando apenas à readequação do transporte público na área. A entidade acredita que o problema do trânsito na região só será resolvido com a ligação da Avenida Jornalista Roberto Marinho com a Pedro Bueno, que hoje é uma via sem saída.

Este novo trecho terá cerca de 300 metros é, hoje, ocupado por favelas ribeirinhas ao córrego Água Espraiada. Segundo Serra, a Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) está “trabalhando no projeto”. Sem especificar datas, o prefeito avaliou que a execução desse trecho será um passo importante para garantir que o projeto original saia do papel e a avenida chegue até a Rodovia dos Imigrantes, passando pelas Avenidas Engenheiro George Corbisier e Engenheiro Armando Arruda Pereira. Para o prefeito, a extensão da avenida vai representar uma alternativa importante para o sistema viário da cidade e desafogar o trânsito da Avenida dos Bandeirantes.

A obra depende de recursos que, de acordo com a lei da Operação Urbana Água Espraiada, serão obtidos através da venda de certificados de potencial construtivo adicional - os CEPAC´s. Já houve um primeiro leilão desses títulos, mas em pequena quantidade e o valor arrecadado não era suficiente nem para garantir a primeira fase das obras, que começou no ano passado com a construção de duas pontes estaiadas sobre o rio Pinheiros. Serra paralisou os trabalhos no início de seu mandato, alegando necessidade de revisão e falta de verbas, já que não haviam ocorrido novos leilões. Agora, os trabalhos foram retomados, mas a Prefeitura está garantindo apenas a construção de alças viárias - e não mais das pontes estaiadas. Isto porque, de acordo com a atual gestão, a continuidade da obra da ponte estaiada depende de projeto executivo, ainda em elaboração, e de modelagens estruturais, particularmente de testes em “túnel de vento”, para garantir a completa segurança da concepção estrutural adotada. “A obra da ponte não possui projeto executivo, o que é muito perigoso”, disse o prefeito, comparando a obra ao túnel da Rebouças, que precisou ser refeito.

A Emurb tem a expectativa de que novos leilões de CEPAC´s aconteçam no segundo semestre desse ano.

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