sábado, 21 de junho de 2008

Saudades de alguém


Sabe aqueles dias que você acorda com saudade de alguém que há muito tempo você não vê nem ouve falar como ela esta.
Você acorda com uma tristeza saudosista seu coração fica apertado e seu dia é uma eterna fuga desta realidade do hoje em busca da ilusão do ontem que hoje parece tão lindo.
Nestes dias quando você fica sozinho e fecha os olhos você consegue sentir o cheiro da pessoa que você passou anos tentando esquecer, ou melhor, dizendo, fingindo que queria esquecer, você ainda sentir o gosto do beijo, e o som daquela voz que ainda repete em sua mente como trilha sonora da parte mais feliz de sua existência, atè o brilho dos olhos dela quando você dizia que a amava ainda permanece como uma fotografia em sua mente, por mais que pareça loucura você sente o calor do corpo e o contágio da risada, do modo como meche os braços e aperta os dedos, e quando por este capricho do destino que apelidamos de acaso você escuta no rádio a música que era a melodia que navegava este amor que se perdeu no mar do tempo, e ali sozinho, perguntas não feitas no passado agora parecem imprescindíveis, nestes dias você não tem ninguém pra falar, porque ninguém entenderia tamanha loucura, ou porque ninguém gosta de se comprometer que também passa por isto, mas os sentimentos são universais.
E todos, um dia já passaram ou vão passar por isto, admitindo ou não, para os covardes que não tem coragem de se expressarem lhes empresto esta crônica, mas espero que faça bom uso dela, e não tentem se enganar e procurem saber o porquê do autor ter escrito tamanha verdade, mas escuta um conselho de uma amigo, só deixam as palavras da vida, aos sentimentos há tanto tempo sufocados, só não me pergunte se isto e bom ou se isto só pioras as coisas, pois também não tenho resposta para tal dilema.
Mas termino esta crônica com uma única certeza que tudo isto já faz parte de nos e negar nunca foi uma boa solução. Mas hoje eu só queria escrever isto para ficar registrado que nossos sentimentos e nos somos um, ainda que alguns creiam que não.


Ricardo de Souza Ângelo