segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

"Sou contra o aborto, porém..."

A Revolução no mundo moderno age de maneira silenciosa e sorrateira. Se antes nós víamos revolucionários pegando em armas e ostentando bandeiras com a foice-e-martelo, hoje estes mesmos revolucionários atuam nos gabinetes políticos, nas salas de aula e na Academia.

O processo revolucionário se expande de forma pontual, conquistando fatias e impondo, em doses homeopáticas, um novo paradigma. O fim último é a descontrução, muito mais danosa do que a destruição, da mentalidade cristã do homem ocidental. Vejamos, por exemplo, a questão do aborto. Existem os dois naturais grupos; contra e a favor. O primeiro grupo pouco se interessa pelas discussões morais, já que para os seus membros a vida não começa na fecundação.

Entretanto, os contrários se dividem em dois subgrupos; os "radicalmente contra" e os "contra porém...". Esses últimos servem como exemplo da atuação da Revolução já que estão, de forma inconteste, infectados pelo espírito revolucionário. Os membros de tal ala já fizeram concessões morais que, pela razão, os transformaram em abortistas práticos. O que os difere dos promotores escancarados do aborto é que esses são, ao menos, honestos dentro da realidade em que se inserem.

Os "sou contra, porém..." vivem uma contradição tamanha; dizem que se opõem ao aborto assegurando que a vida começa desde a concepção, e portanto deve ser protegida, entretanto, quando lançam mão de falácias retóricas para defender a interrupção da gravidez em caso de anencefalia, estupro, contra-testemunham aquilo que, teoricamente, defendem. Seria, então, a vida do feto menos vida que a vida da mãe, dos irmãos? Isso é um eugenismo doentio, quando a "qualidade" do ser vivente é definido pelas suas características físicas e mentais. Agora me lembro daquela velha história da mãe que foi ao médico dizendo que queria abortar, que não aguentava ter mais filhos, aí o médico propôs que matasse o seu filho de cinco anos. A mãe, obviamente, se assustou, mas o que o médico estava ensinando era que a vida do seu filho no útero valia tanto quanto a do garoto que estava sentado com ela.

A Revolução soltou rojões de alegria quando do caso do estupro da menina em Pernambuco. Foi uma grande vitória para os arautos da cultura de morte. Boa parte da opinião pública se colocou contra Dom José, em defesa da legalidade do aborto, da sua coesão moral. O entristecedor foi perceber que brasileiros que pareciam lutar contra esse crime, que diziam assegurar que a vida começava na concepção, estavam, na prática, comungando do discurso abortista, afirmando que a vida no ventre da garotinha era menos vida que a nossa e, portanto, a interrupção da gravidez não seria configurada como morte, assassinato.

Assim, a Revolução conquistou uma fatia, angariou a simpatia de homens e mulheres que, no passado, repudiavam vigorosamente o aborto enquanto hoje já colocam um "porém..." no fim da frase.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Estudantes profissionais, uma praga que ainda persiste

Estava vendo cenas do choque entre os policiais militares do Distrito Federal e os estudantes universitários esquerdistas (redundância?). Achei tudo muito engraçado! Qualquer pessoa que estuda numa Universidade Federal sabe como os nossos colegas são, coitadinhos, traumatizados pela opressão do regime militar. Não querem ver polícia nem pintada de vermelho. Recordo-me que quando houve o caso de estupro, na UFBA, a assembléia dos estudantes vetou a entrada dos PMs alegando que eram instrumentos-de-opressão-da-burguesia, aquele velho discurso foucaultiano de aparelhos de repressão do Estado.

A moral da classe estudantil ideologizada é partidária; no mensalão do PT não só se calaram como protestaram quando a classe média se organizou, chamando-a de burguesia alienada e golpista. Já no mensalão do DEM puderam vivenciar os seus melhores sonhos; confrontos com a polícia com direito a bomba, gás de pimenta, cavalaria. Com certeza esse povinho não dormiu de noite só lembrando da marcha dos cem mil versão séc. XXI.

Os estudantes profissionais são picaretas profissionais. Pousam de democráticos quando carregam a semente da revolução totalitária dentro do peito. Além de crias dos partidos políticos, os estudantes patrulham as Universidades e instituem a perseguição ideológica. Aqui mesmo na UFBA encontramos essa pérola:
"Art. 5° - São fins do DCE-UFBA:
(...)
V - defender o projeto histórico socialista de sociedade; "
Infelizmente esses estudantes não estão sozinhos. Além do crucial apoio que recebem dos partidos - PT, PC do B, PSOL, PCB, PSTU -, com brigas internas entre o fulano que é marxista ortodoxo e beltrano que é gramsciano etc, gozam da proteção da academia, dos professores que reproduzem os mesmos clichês revolucionários.

Por conta dessa triste realidade surgem situações "engraçadas", que hoje se tornaram comuns. O politicamente correto, de óbvio sabor esquerdista, impõe suas falácias para toda a sociedade. Por exemplo, nos Jogos Pan-Americanos, na música oficial, invocavam Iemanjá, a entidade de uma religião que não representa nem 1% dos brasileiros. Entretanto, se houvesse alguma referência a Nossa Senhora Aparecida, por exemplo, a esquerdalha iria alegar que a invocação afrontava a laicidade do Estado, que era uma ofensa aos não-católicos, mesmo estes sendo a maioria absoluta da nação - nação formada sobre a identidade católica, diga-se de passagem.

Os estudantes profissionais não prejudicam apenas as Universidades, mas toda a sociedade brasileira, ainda mais quando o nosso país é governado por um partido que os protege e difunde o mesmo espírito, vide, por exemplo, o programa "ProJovem Adolescente", que assiste milhões de jovens, pensado pelos intelectuais da USP e recheado dos clichês esquerdistas.

E o futuro do nosso país? Bem, prefiro nem pensar nisso...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

As bandeiras da Rede Globo

Tem gente que passa toda a vida se esforçando para definir qual o posicionamento político e religioso da Rede Globo. Sinceramente, é um trabalho inócuo, afinal é mais do que comprovado que a emissora do Plim-Plim reflete, apenas, as intemperanças da sociedade brasileira, leia-se nada com maré.

A Globo passa pela manhã a Santa Missa e logo depois vem o programa Sagrado, altamente relativista e politicamente correto; numa chamada aparecia uma mãe-de-santo defendendo o laicismo do Estado como se este se fizesse na retirada de símbolos religiosos das repartições públicas. O mais engraçado é que a Globo, que pela edição deixou claro o seu apoio, não passa uma mesa branca espírita ou ritual de candomblé pelas manhãs, mas sim a Liturgia católica, justamente por refletir a crença majoritária dos brasileiros, ou seja, IBOPE. A mesma maioria que assiste a Missa pela TV Globo é a mesma maioria que defende o Crucifixo nas Câmaras, Juizados etc.

Já pela tarde vem a novela "Alma Gêmea" com todo o seu espiritismo escancarado e a noite temos "Viver a Vida" com mulheres que vão até a cartomante para saber se devem trair o marido, onde as relações matrimôniais são sempre falidas e pecaminosas. Nas novelas de Manoel Carlos apenas os "casais" homossexuais são felizes e amorosos, além disso, não faltam falas das personagens com críticas diretas à Igreja, coisas do tipo; "A família da fulana era muito católica, para eles tudo era pecado", como já foi dito na atual novela, ou como na predecessora do mesmo autor que tinha uma menininha racista e o pai veio dizer que era porque os avós eram católicos.
Já de noite nos deparamos com o estupendo Big Brother Brasil! A Globo ama o BBB porque pode usá-lo como laboratório para todos os tipos de bizarrices e sequer se expor. Vejamos. A emissora nunca colocou um beijo homossexual nas suas novelas temendo a reação do público. Com certeza não faltou vontade nos seus autores, mas a direção deve ter vetado. Pondo dois homossexuais afetados na casa do BBB a Globo prepara o terreno, abre a porteira, sem sujar as suas mãos; se os homossexuais do programa se beijarem, se são estereótipos da cultura gay mais grotesca, a "culpa" é deles, a Globo não tem nada a ver com isso, pensam eles. O que o programa faz é incitar a glamourização da "viadagem". Como a linha da emissora é altamente politicamente correta, a começar pelo apresentador Pedro Bial, a afetação aviadada fica blindada e protegida de qualquer incursão "homofóbica".

E o que a Globo pretende? Simples, ela quer que os brasileiros acabem o Big Brother Brasil 10 achando a coisa mais natural do mundo um homem se vestir de "Priscila a Rainha do Deserto "e um garoto de 20 anos que mais parece uma Lady Gaga tupiniquim.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Inversão de valores!

Na publicação "Tá chovendo freira! Aleluia!" eu fiz um breve comentário a respeito do caríssimo cachê cobrado por Pe. Fábio de Melo. Ademais, coloquei um engraçadíssimo vídeo, produzido pelo programa "Hermes e Renato", que ironiza os Padres Fashions, em especial aquele-que-não-pode-ser-criticado.

Entretanto, um comentário feito por um leitor(a) me chamou atenção:
"Vcs não tem o que fazer não?
Bando de invejosos.Queriam ser tão lindos e cheios da grana e tão amados pelas mulheres quanto ele!E certamente tão abençoados tb. Ihhh...mas não chegam nem perto...HAHAHA
Tadinhos de vcs.

Ah, e o padre é muiiiiito mais bonito e muito mais abençoado q o mocinho do vídeo.
Quem sabe um dia vcs chegam lá!
Torço por vcs!
beisous!"
Que inversão de valores! Normalmente as fabetes dizem que nós estamos julgando Pe. Fábio e, logo depois disso, falam que temos pouca fé, que somos hipócritas etc, enfim, mesmo caindo em contradição ficam na esfera espiritual, mas já esse(a) fã foi além!

Agora invejamos o dinheiro, a beleza de Pe. Fábio, assim como o sucesso que faz com as mulheres?! Quer dizer que é isso que importa? Quer dizer que esses frutos são positivos e santos na vida de um Sacerdote com voto de pobreza e castidade?! Se um católico chega ao nível de vangloriar um Presbítero pela sua beleza, dinheiro e capacidade de conquistar mulheres, meu Deus, então precisa URGENTEMENTE de uma catequese básica.

Rezemos!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Polônia de São Casimiro, João Paulo II, Donald Tusk e Lech Kasczinski


Um amigo, da Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA, me indicou essa excelente artigo do Peter Schiff, no Instituto von Mises Brasil - sim, ainda existe vida inteligente na FCE. O mais interessante do texto não é a sua forma ou até mesmo a capacidade do autor de expressar idéias, mas os dados colocados.

Depois que li o artigo tive uma impressão muito nítida; a mesma Polônia que vem se tornando um bastião de racionalidade econômica - racionalidade nada
neoclássica, diga-se de passagem, rsrs - e do free-market numa Europa submersa nos princípios politicamente corretos, com países embriagados com a estatolatria moderna, é a mesma Polônia que já é uma das poucas nações do continente que resiste às pressões do Parlamento Europeu que tenta, a todo custo, transformar o valente país polaco numa sucursal eslava da Holanda.

Mas essa "coincidência" não é nada estranha, ao contrário, muito natural. Nos países em que o Estado regula a economia, tolhe a criatividade do mercado e renega o princípio da subsidiariedade, o mesmo Estado, incensado e entroniza
do como dono das almas e dos corpos, legisla, até mesmo, sobre o direito natural, define a moral e a relativiza.

O partido responsável pelo progresso polonês, a Plataforma Cívica (PO), defende iniciativas econômicas liberais, próximas aos modelos austríacos, e, ao mesmo tempo, adota posições conservadoras na defesa da família e da sadia moralidade. Alguém pode questionar que, assim como as nações estatólatras, o Estado polonês também vai além dos seus poderes quando tolhe o direito dos homossexuais ao casamento ou das mulheres ao aborto, por exemplo. Entretanto, o que o Estado polaco faz é, simplesmente, resguardar o jusnaturalismo e, justamente por zelar por esse direito, é que não intervém para reformular leis permitindo, assim, o aborto ou a união entre homossexuais.

Um partido fundado em 2001 hoje tem 209 cadeiras das 460 do Sejm e
60 cadeiras das 100 do Senado além, é claro, de Donald Tusk, presidente da PO, ser o atual Primeiro-Ministro da Polônia. Ademais, a presidência da república polonesa é encabeça por Lech Kasczinski, um homem de grande fé, conservador convicto e ativo na defesa da família. O seu partido, Lei e Justiça (PiS), a atual segunda força política do país, também fundado em 2001, é muito importante na manutenção dos princípios no governo da PO, numa saudável tensão partidária.

A Polônia moderna é a junção de três grandes fatores; uma nação vigorosamente católica, um país com uma história nacional gloriosa e um povo traumatizado com as atrocidades comunistas
.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Os peixes oprimidos

De vez em quando eu apelo para mortificação pesada; fico vendo os debates que passam na TVE. O negócio ali é duríssimo. Acho que só para entrar no estúdio você precisa mostrar carteira de filiação sindical/partidária e/ou aparecer vestido como iorubá do séc. XIX. Ontem, passeando pela TV, me deparei com uma discussão aparentemente inocente; a pesca com bomba. Mas não é que tive uma grata surpresa?

A novilíngua esquerdista estava presente firme e forte. Um senhor começou a fazer referência aos "povos tradicionais", numa clara - e velha - visão dialética, alegando que estes mantinham os costumes e formas pacíficas de pesca pois estavam em sintonia com o Meio Ambiente, enfim, aquela divinização já costumeira. Depois, obviamente, começou a alegar que os invasores, estes sim, trouxeram a pesca com bomba. Que os portugueses faziam isso nos rios, na Baía de Todos os Santos e não sei lá mais onde. Eu tive um ataque de risos! Meu Deus! Nem mesma pesca com bomba - que eu também me oponho - passa ilesa? Ideologizam absolutamente tudo.

O mesmo senhor apareceu com uma proposta de criação de zonas especiais pelo Estado, sempre o Estado, para zelar pelos povos tradicionais e pesca artesanal. Não entendi nada muito bem, e talvez tenha sido essa intenção desse senhor.

Mas fiquei curioso; os pescadores que vivem na Ilha de Itaparica, que eu sempre via praticando pesca com bomba, se enquadram onde? Seriam eles membros dos povos tradicionais - o que seriam povos tradicionais? Se portugueses são "estrangeiros" os negros também devem ser, espero - ou herdeiros dos opressores e destruidores da vida marinha dominada por estruturas de alienação?

Desconstruindo a "Heteronormatividade"

Edgard Freitas

O Plano Nacional de Direitos Humanos, parte III, editado recentemente pelo governo Lula, prevê o empenho governamental por um bocado de aberrações. Pressionado pelos militares e pela reação da opinião pública, o governo anuncionou que vai mudar a redação de alguns pontos. A redação, vejam bem, pois do conteúdo implícito não me consta que tenha havido rediscussão.

Um dos pontos que passou sem mudanças é o tal dos direitos da comunidade gay, prevendo a adoção de políticas públicas e formulação de projetos orientados na "desconstrução da heteronormatividade".

O que seria essa "heteronormatividade"? O que seria essa "desconstrução"? Por que a "heteronormatividade" deve ser "desconstruída"?

Sinceramente, não sei. Mas invoco a sabedoria do grupo Monty Python, no seu ótimo "A vida de Brian", para jogar luz sobre a escuridão dessa problemática "colorida".

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Venerável Pierre Toussaint, do Haiti para o mundo!


Pierre Toussaint era conhecido como um homem exemplar na cidade de Nova York durante a primeira metade do século XIX. Mary Ann Schuyler, da rica família Schuyler , ecoou o sentimento popular quando o chamou de "Saint Pierre"

Pierre nasceu escravo no Haiti, por volta de 1778. O Haiti era, então, a mais rica colônia francesa no Caribe, graças às suas plantações numerosas. Pierre e sua família pertenciam ao Sr. Jean Berard. A maioria dos escravos trabalhava nos campos produtores de açúcar, café, anil, tabaco e frutas, mas Sr. Berard, que tinha grande apreço por Pierre, o designou para trabalhar em sua residência. Ali se ensinou a ler e a escrever. Sr. Berard cuidava para que os seus escravos praticassem a fé católica, e escolheu sua filha como madrinha de Pierre.

Em 1791, veio a grande revolta dos escravos no Haiti. Muitas atrocidades foram cometidas em ambos os lados até que as tropas francesas se retirarem, finalmente, em 1797. Jean Jacques Berard, que sucedeu a seu pai, decidiu ir para Nova York esperando que o clima na iha se acalmasse. Levou consigo a esposa, suas duas irmãs, cinco escravos, e fundos suficientes para manter a casa por um ano. Entre os escravos que foram estavam Pierre e sua irmã Rosalie, que nunca mais viram o resto de sua família.

Em Nova York, Berard conseguiu que Pierre se tornasse aprendiz do Sr. Merchant, um dos melhores barbeiros da cidade. Pierre progrediu rapidamente e revelou um grande talento para a elaboração dos penteados da época. Os clientes começaram a designá-lo pelo nome e rapidamente se tornou o estilista das damas famosas das famílias Schuylers, Hamiltons, La Farges, Binsses, Crugers, Hosacks e Livingtons. Pierre era muito estimado por sua discrição e comportamento.
Em 1801, o Sr. Berard queria voltar para a sua plantação tentando salvar o que podia do seu estado, mas logo percebeu que todos os seus bens se encontravam irremediavelmente perdidos. Acabou morrendo de pleurisia.

Os negócios dos Berard, em Nova Iorque, também fracassaram. A viúva, então, se viu em grande pobreza. Desesperada, implorou a Pierre que vendesse as suas jóias. Em vez disso, Pierre, discretamente, sem ninguém saber, assumiu todas as despesas da casa com o seu salário de cabeleireiro.

Em 1802, a viúva de Berard se casou com Gabriel Nicolas, um músico pobre, mas depois de alguns anos caiu enferma. Em seu leito de morte, em 2 de Julho de 1807, concedeu a Pierre a sua liberdade.

Em 1811, Pierre já tinha guardado dinheiro suficiente para pagar a Nicolas a liberdade de Roselie, sua irmã. Só então se sentiu capaz de propor casamento a Juliette Noel, uma mulher vinte anos mais jovem e cuja liberdade havia comprado para evitar que fosse vendida no sul. Eles se casaram em 5 agosto de 1811. Ocuparam, assim, o 3 º andar da casa de Nicolas, enquanto Pierre matinha economicamente todo a residência. Nicolas, posteriormente, foi transferido para o Sul e, alguns anos depois, Pierre comprou uma casa e transferiu a família para a Franklin Street.

Rosalie também se casou, mas o marido a abandonou deixando-a grávida e doente com tuberculose. Pierre e Julieta a receberam em casa, mas acabou morrendo em 1815, logo após o nascimento de sua filha, Eufémia. Os Toussaint adotaram a órfã. Apesar de sobrevier e de ter se tornado na alegria de seus tios, Eufémia também ficou doente com tuberculose e morreu em 1829. Sua morte fez com que Pierre mergulhasse numa grande tristeza. Somente a sua disciplina diária - que incluía Missa todos os dias – o ajudou a continuar.
Ao longo dos anos, Pierre assistiu silenciosamente a várias mulheres que se encontravam em necessidade. Os Toussaint também providenciaram asilo, alimentos e roupas para muitas crianças negras e ajudaram a encontrar treinamento e trabalho. Sua casa era também a casa para os sacerdotes pobres e diversos viajantes. Pierre arrecadava dinheiro para instituições civis de caridade, inclusive para um orfanato dirigido pelas Irmãs de Madre Seton. Ele também ajudou a arrecadar dinheiro para a construção da Catedral de St. Patrick.

Quando, no verão, a cidade de Nova York sofreu com as pragas da febre amarela e cólera, Pierre arriscou ser infectado para cuidar dos doentes. Os Toussaints apoiavam às Oblatas da Providência (ordem religiosa dedicada à educação de crianças negras nos EUA) e mais tarde tornaram-se benfeitores do Colégio de São Vicente de Paulo, a primeira escola católica para meninos afro-americanos em Nova Iorque.

Em 1851, Juliette morreu de câncer e Pierre sofreu muito com a sua partida. Acabou ficando doente, morrendo em 30 de junho de 1853. Esse homem humilde tocou os corações de tantos nova-iorquinos que seu funeral foi acompanhado por milhares de pessoas. Toussaint foi enterrado ao lado de Juliette e Eufémia, no cemitério de St. Patrick, em Mott Street.

Em 1990, seus restos mortais foram transferidos para a cripta da Catedral de St. Patrick. Em 17 de dezembro de 1996, Sua Santidade João Paulo II concedeu o título de "Venerável” a Pierre Toussaint, declarando, assim, que a vida deste notável homem é digna da nossa imitação.

Tradução: Pedro Ravazzano

http://www.corazones.org/santos/pierre_toussaint.htm

Haiti, um país que resiste

O Haiti, que era a colônia mais próspera das Américas e foi o segundo país do continente a conseguir a independência e o único a promover uma frutuosa revolta de escravos, hoje é palco do espetáculo do caos. Uma nação já marcada pela pobreza no sentido mais pleno e universal da palavra agora é abalado por um terremoto que destrói o que já se sustentava com esforço e mata àqueles que já lutavam pela sobrevivência.

O mundo todo chora, seja em solidariedade aos haitianos ou pela morte de compatriotas. O Brasil, que lidera a MINUSTAH, além dos bravos soldados, perdeu a grande Dra. Zilda Arns, paladina da vida. O Arcebispo de Porto Príncipe, Mons. Joseph Serge Miot, também se encontra entre as vítimas fatais do terremoto.

A falta de esperança desumaniza! Os haitianos precisam de água, comida, roupas e, acima de tudo, da esperança cristã!

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é a Padroeira do Haiti! Nunca uma invocação fez tanto sentido a um povo como esta. Os haitianos precisam de socorro e um socorro que parece, de fato, perpétuo.

Notre-Dame du Perpétuel Secours

***
Patronne de Haïti

***
Priez pour vos enfants Hatian.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Hedonismo, Relativismo e Liturgia

Não sei vocês, mas eu sempre fico perplexo quando vejo, mesmo que seja pela TV, Missas que mais parecem ensaios de Carnaval. Infelizmente, o problema litúrgico atual é uma bola de neve; Sacerdotes mal formados - ou deformados - transmitem os seus erros aos fiéis. Obviamente, tudo começa numa mentalidade revolucionária, de origem relativista e individualista. Explico-me. O relativismo surge sempre que pretendem modificar e transformar a doutrina da Igreja tendo como propósito a adaptação ao mundo, num rebaixamento completo da Revelação; nada é perene e tudo é relativo. Do mesmo modo, a Tradição é atacada, vista como exageros medievais que impedem o acesso do povo aos modos mais comunitários da fé - usei aqui a novilíngua politicamente correta. Já o individualismo, que se une ao relativismo, incita a supervalorizarão do ego, dos prazeres individuais; a Missa tem que ser como EU gosto, a doutrina só é boa quando EU aceito, o Papa só é Papa se EU, assim, o considero.

Não precisa ser um grande gênio para concluir o resultado do individualismo-relativismo na Igreja; fiéis que não ligam para os ensinamentos Magisteriais, outros que pouco se importam com o significado mais profundo da Liturgia etc. Nesse ponto quero frisar a lastimosa contradição entre a fé e a sua prática junto aos muitos católicos que compactuam - direta ou indiretamente - com a revolução. A fé é confirmada e fortalecida através da correta externalização, por meio de atos de adoração, contemplação, piedade, reverência. Por exemplo, nós cremos na Presença Real e, por isso, a Eucaristia é adorada e honrada com grandes e gloriosos gestos. Entretanto, infelizmente, hoje configuramos um atrito muito maléfico que, de fato, destrói a fé. Teoricamente alguns católicos professam a crença na Eucaristia quando, na prática, a tratam como se fosse um simples pedaço de pão. Recordo-me da Missa de Primeira Comunhão que assisti; as crianças passaram dias tendo aulas de catequese onde o Santíssimo Sacramento era louvado e glorificado, não obstante, na Celebração Eucarística, no momento onde a teoria das aulas tomaria corpo, o testemunho dos catequistas e do Padre foi o oposto; descaso em toda Missa, barulho, conversa, músicas inapropriadas, desordem, mau gosto, o contrário de tudo aquilo que seria naturalmente lógico para os crentes da Eucaristia.

Infelizmente, esse choque não é apenas uma particularidade, é comum em muitas Missas pelo Brasil e pelo mundo. Até mesmo quando tais fiéis são confrontados com ensinos fidedignos e ortodoxos se colocam em franca oposição, defendendo vigorosamente a algazarra litúrgica e a falta de sobriedade, alegando ser a forma "moderna" de celebrar. Obviamente, estão infectados pela doença revolucionária que impõe falácias como verdades absolutas. Assim, confundem a alegria gloriosa da Santa Missa com a alegria escandalosa do mundo, com gestuais que mais se assemelham a uma festa de Carnaval do que, propriamente, a uma celebração religiosa.

Quero frisar que os argumentos usados na defesa da "aeróbica de Cristo" não tem qualquer fundamento magisterial, tradicional, patrístico, bíblico, histórico e até mesmo sociológico. Vejamos. A Igreja prima pelo desenvolvimento orgânico da Liturgia, isso é um fato inconteste. Entretanto, os arautos da carnavalização litúrgica alegam que as baterias, guitarras e palmas representam a forma jovem e moderna de ser católico. Grande falácia! A Igreja passou 1970 anos rezando com silêncio, sacralidade, piedade para, repentinamente, acordar com um novo olhar e uma nova visão de mundo e da fé?! Não existiu sequer um tempo de transição que justificasse a radical transformação. Muitíssimo ao contrário, passamos dos Padres de batina para os Padres de calça jeans e camisas baby-look, saímos das Missas decorosas para as Missas-afro-sertaneja-crioula-carismática, num processo visivelmente revolucionário, de rompimento integral, propositado e articulado.

O individualismo prático e a fé relativista fazem com que os fiéis, quando confrontados, sequer se sensibilizem. De nada adianta falar que a Missa é Sacrifício, fazer uma abordagem histórica e comparada, mostrando o espírito de sobriedade de outras famílias litúrgicas, citar textos Magisteriais ou fazer uma reflexão meramente lógica. Para eles tudo se resume a uma compressão hedonista e romanceada da fé; me faz bem, me é prazeroso, fico feliz, então pronto. Aqui entra um déficit abissal; a falta da mais básica catequese se une a uma postura mundana que, por não ser combatida por Sacerdotes também infectados, gera a dessacralização da Liturgia.

Não vou aqui me estender falando que a Santa Missa é Sacrifício, que a nossa postura deve ser de silêncio e contemplação, que os grande santos, desde São João Crisóstomo, passando por São Leonardo de Porto Maurício, até o recente São Pio de Pietrelcina, frisam o correto espírito litúrgico, e que dentro da Tradição milenar da Igreja não há precedentes para esse tipo de irreverência. Muita vezes nada disso adianta para despertar os fiéis que transformam a Santa Missa num celebração horizontal.

Quando da Reforma Protestante, as igrejas tomadas pelas propostas luteranas - onde ainda havia a celebração da "Ceia" - iniciaram a desconstrução do rito litúrgico. Com isso, naturalmente, cada paróquia criou uma forma própria e particular de celebrar, com variações diversas, dignas da liberdade descontrolada corada pelos reformistas. Hoje, assim como nas regiões protestantes do séc. XVI, muitas paróquias se tornaram verdadeiras ilhas, com dioceses tendo Missas de todos os gostos; tradicionais, carismáticas, afros, populares, ecumênicas etc, numa feira livre onde o freguês tem sempre razão. Tanto é verdade que, quando alguém critica a Liturgia paroquial, quase sempre é convidado a migrar para uma paróquia que tenha uma Missa que o "agrade" ou que, então, passe a assistir a Liturgia com o Padre Fulano, como se tudo fosse uma questão de escolha. Assim, o rito romano é totalmente descaracterizado e os fiéis se impregnam ainda mais com o seu hedonismo e com o absurdo antropocentrismo "litúrgico". A Celebração passa a ser horizontal, voltada para o povo e não para Deus, e tudo se resume ao prazer gerado, ao sentir-se bem.

De fato, a Igreja deve sim dialogar com o mundo moderno tendo consciência, obviamente, dos males que hoje, através da decadência espiritual, são entronizados como verdades absolutas. Entretanto, a própria modernização interna da Igreja, por meio das necessidades que se colocam e, principalmente, de forma natural, não tem como fim a adaptação da doutrina, sempre professada, ao mundo que, cada vez mais, se escandaliza com a mensagem cristã. Afinal, se a doutrina é verdadeira, no sentido de divina, é perene, já que reflete a imutabilidade de Deus, logo, se esta é modificada é porque quem a transmitiu, Deus, também se modificou, entretanto, Deus não muda, e se muda não é Deus.

Os defensores dos abusos litúrgicos, quer queiram quer não, estão ligados ao pensamento revolucionário, carregando uma alta dose de falácias relativistas e concepções individualistas da fé. A única forma de tratar e corrigir tamanhos erros é se colocando em humilde e devotada obediência a Cristo através da Sua Igreja, afinal foi a ela que Nosso Senhor deu o múnus de apascentar e guiar o Seu rebanho.
"Missa afro"

"Missa crioula"

"Missa sertaneja"

"Missa carismática"

"Missa libertadora"

"Missa missa ou rito romano celebrado corretamente"

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A caríssima Catedral de Los Angeles

Visão externa
A Catedral de Nossa Senhora dos Anjos, em Los Angeles, EUA, é o que chamamos de monstruosidade. A Igreja, além de ser naturalmente feia, foi construída para inflamar o ego dos hierarcas que, a todo o custo, querem ostentar o crachá de religiosos modernos. Mui possivelmente, se o Arcebispo de Los Angeles resolvesse construir uma Igreja neogótica, neoclássica, enfim, qualquer coisa com aparência de Igreja, seria chamado de farisaico, retrógrado e defensor de um catolicismo medieval.
Nave e Altar
A Catedral dos Anjos foi construída depois que a Catedral de Santa Bibiana - essa sim com cara de igreja - foi seriamente danificada no terremoto de 1994. A resolução de edificar um novo templo veio após ser revelado o orçamento da reforma; 180 milhões de doláres. Entretanto, a nova Catedral, que foi estimada em 150 milhões, ultrapassou os 250 milhões de doláres! Exatamente, meu caros. Essa coisa que parece que saiu de uma obra de Picasso custou uma verdadeira fortuna. Ainda contrataram para tal trabalho o renomado arquiteto pós-moderno Rafael Moneo. A Catedral foi dedicada em 2 de setembro de 2002

Imagem da Virgem Maria
A arquitetura moderna, além de não prestigiar a beleza, é extremamente antropocêntrica, tanto que uma obra como essa só é "bela" no tempo em que se insere. Quem viaja para Brasília, por exemplo, já considera a cidade envelhecida e parada no tempo. Por outro lado, uma Catedral de Colônia, milenar, sempre será um espetáculo de beleza, contemplada desde sempre.

Pior do que a aparência da Catedral é o espírito relativista que a sustenta...

domingo, 10 de janeiro de 2010

Presente de natal do Governo Lula

Segue abaixo o vídeo da intervenção do deputado federal Paes de Lira sobre o presente do governo Lula ao povo brasileiro: o Plano Nacional de Direitos Humanos.


sábado, 9 de janeiro de 2010

A novilíngua da esquerda

A esquerda criou a sua novilíngua orwelliana e já tratou de implantá-la em todos os seguimentos da sociedade brasileira e mundial; esta vai desde as Universidades - e destaco as redações dos vestibulares - indo até aos documentos da Organizações das Nações Unidas.

Palavras como "opressão", "capital", "domínio", "poder", "alienação" são repetidas a exaustão. Além dessas, tantas outras - "democracia", "liberdade", "povo", "elite" - têm seus reais sentidos reformulados, com aplicações que sustentam a retórica vazia do discurso da esquerda.

Por exemplo; "A opressão do povo é reflexo do sistema de domínio das elites que aliena o trabalhador e impede a libertação" Frase esta que elaborei em menos de um minuto, apenas organizando as palavras-chaves do vocabulário da novilíngua esquerdista. É pertinente frisar que essas criações lingüísticas escondem um radical totalitarismo por debaixo de uma aparente linguagem "democrática". O poder da repetição e o esvaziamento de sentido criam a idéia de que essas frases são inofensivas e inocentes quando, na verdade, carregam uma proposta política mui clara.

Obviamente, a religião não ficou de fora do novo idioma da esquerda. A Teologia da Libertação, lançando mão do vocabulário clichê, propiciou a divulgação da ótica dialética da fé e de classes através das falácias revolucionárias:

Credo das CEBs

1. Nós cremos em Deus Criador, fonte dos universos,
Senhor de toda religião e Pai de todo ser.
Pra longe a Inquisição! Os credos são diversos...
Nós cremos no mistério do Amor que vai vencer!

E nós cremos na Igreja-Mãe que é comunidade
E tem sabor de CEBs para nós! (2x)

2. Nós cremos em Jesus que prometeu justiça aos pobres,
Que ensinou discípulos a não querer poder!
Não cremos nos pastores aliados com os nobres!
"Primeiros serão últimos..." - é preciso crer pra ver!

E nós cremos na Igreja-Mãe que é comunidade
E tem sabor de CEBs para nós! (2x)

3. Nós cremos no Espírito que incita com seu fogo
Os corações proféticos a levantar a voz
Contra toda exclusão: A vida está em jogo!
Entrar na luta é pra já! "Aleluia" é pra depois...

E nós cremos na Igreja-Mãe que é comunidade
E tem sabor de CEBs para nós! (2x)

4. Estamos com Maria e também com Madalena!
Queremos mais amor de mãe, carinho de mulher!
Tradições de homens só não valem mais a pena...
Nós cremos, sim, em Débora, em Sara e Ester!

A novilíngua esquerdista, ao adentrar na Igreja, criou uma mentalidade dialética totalmente estranha ao mundo eclesiástico. Começaram a surgir, então, as alas progressistas, conservadoras, com os liberais e tradicionais. Obviamente, os agentes revolucionários, se identificando como progressistas, apontavam para os outros, os opositores, os rotulando de acordo com os preconceitos que nutriam. Com isso, o não seguimento do Magistério, por exemplo, se tornou apenas particularidades de um grupo interno e não uma incongruência fundamental com a fé professada. Tais contradições começaram a se esconder, então, por detrás do relativismo e da dialética revolucionária.

Os opressores que se cuidem...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Espetinho de carne, inimigo número um do Estado!

A prefeitura de Salvador, com o Pref. João Henrique (PMDB), pelo jeito se encontra com muito tempo livre. Agora, imaginem só, está legislando sobre os alimentos que podem, ou não, ser consumidos em festas populares.

De acordo com o Estatuto das Festas Populares (????) a venda de queijo coalho e espetinho de carne está terminantemente proibida! Agora vão se juntar a já criminalizada coxinha em São Paulo no grupo dos alimentos reacionários. Em breve surgirá em nosso país algum movimento subversivo alimentício - quem sabe "Cantina e Liberdade" - , com kibes pegando em armas, pasteis assaltando bancos e enroladinhos planejando atentados a bomba.

Espero que não queiram criminalizar o acarajé!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cismáticos do mundo todo, uni-vos!

Foto extremamente interessante!

Tikhon de Moscou e João Kochurov - santos da Igreja Ortodoxa -, e um outro sacerdote ortodoxo russo, foram convidados para uma sagração da Igreja Episciopal, em Fond du Lac, Wisconsin, em 1900. Além dos Bispos ortodoxos e episcopais estavam pastores da Igreja Católica Nacional Polonesa, um cisma católico nos EUA. Esse evento causou muita polêmica na comunidade protestante episcopal. Os membros da baixa igreja acusaram os bispos da alta igreja de papismo, por conta dos paramentos e da pompa litúrgica. O acontecimento passou a ser chamado, ironicamente, de o "Circo de Fond du Lac".

A foto foi tirada em 18 de novembro de 1900, na Catedral Episcopal de São Pedro, em Fond du Lac, na sagração de Reginald Weller como Bispo Coadjutor da Diocese de Fond du Lac.

Sentados: Isaac Lea Nicholson, Bispo Episcopal de Milwaukee; Charles Chapman Grafton, Bispo Episcopal de Fond du Lac; e Charles P. Anderson, Bispo Episcopal Auxiliar de Chicago.

Em pé: Anthony Kozlowski, da Igreja Católica Nacional Polonesa; G. M. Williams, Bispo Episcopal de Marquette; Bispo Weller, Joseph M. Francis, Bispo Episcopal de Indianapolis, William E. McLaren, Bispo Episcopal de Chicago; Arthur L. Williams, Bispo Episcopal Auxiliar de Nebraska; São João Kochurov, Bispo ortodoxo de Chicago e hieromártir da Revolução Bolchevique; Pe. Sebastian Dabitovich, capelão dos Bispos russos; São Tikhon, Bispo ortodoxo do Alasca e das Ilhas Aleutas.

O que os unia? O cisma, a heresia, mas além disso, a aversão à Igreja Católica!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Procura-se a solenidade!

Até agora estou procurando a tal solenidade. Explico-me, hoje, na Missa da Epifania, o Sacerdote celebrante sequer usava casula - nem vou comentar do cíngulo, amito - mas sim aquela túnica horrorosa - esse povo não tem nem mesmo bom gosto estético? - com uma estola tão feia quanto. Os cânticos foram os mesmos de sempre. Engraçado como reclamam do canto gregoriano mas não percebem que as músicas adocicadas e repetitivas são mais longas do que este.

O mais irônco era que o Padre, a todo momento, se referia a dita "solenidade da Epifania", "Missa solene". Eu fiquei procurando mais não encontrei nenhuma solenidade, não só na falta de fidelidade ao missal e às normas como, até mesmo, no espírito de pouca piedade, no limítrofe com a impiedade e profanação.


Duas reflexões podemos tirar; até mesmo a estética foi atacada e deformada pela heresia; o feio se torna "belo" e o belo se torna alienígena. Além disso, mais importante do que qualquer catequesese é a prática de reverência e o espírito de mística. Do que adianta falar durantes horas da Eucaristia quando, na hora da Missa, tratam o Corpo de Cristo como um pedaço de pão?


Ah, quem achar a solenidade, por favor, me avise...

sábado, 2 de janeiro de 2010

Em defesa das Forças Armadas

O Reinaldo Azevedo fez uma análise muito sensata e equilibrada da atual crise militar. Entretanto, gostaria de reforçar dois pontos desse lastimoso evento; a safadeza da esquerda e a inocência - ou seria algum complexo de culpa? - dos militares. Dilma, Martins e Vanucchi têm em comum o passado e o presente; ex-terroristas e membros da alta cúpula republicana. De fato, a esquerda continua fazendo o seu papel revolucionário, inclusive na massificação da criminalização prática do período do regime militar.

Sinceramente, não entendo a inocência dos militares, negociar com a esquerda é como negociar com bandido; não segue os padrões morais mais básicos. Entretanto, a dita Comissão Nacional da Verdade - nessas horas adoram falar da "Verdade"- se formou já bem antes, desde o sucateamento e desmoralização das Forças Armadas. Quanto mais fracas e submissas as Forças Armadas forem mais fácil irão se colocar em estado de letargia em relação ao poderio do Executivo - leia-se PT. Dentro dessa perspectiva se encontra, obviamente, a supervalorização das ações terroristas, vistas então como democráticas e libertárias, e o repúdio a todo e qualquer bom fruto do regime militar - vejam que uma das propostas da dita Comissão é revogar todas as leis aprovadas entre
1964 e 1985.

Que o povo brasileiro, doutrinado pela cartilha do politicamente correto, tenha engolido esse papo, "tudo bem", mas até militares estão caindo na lábia da esquerda? Comandantes militares estão sofrendo do complexo de culpa forjado pelos ex-terroristas-hoje-ministros e por isso estão negociando e abrindo concessões aos petistas e socialistas?

As Forças Armadas precisam ser mais valorizadas, honradas e respeitadas por tudo o que fizeram e fazem pela nação!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Um paraíso chamado Malta

(1) A religião de Malta é a religião católica apostólica romana.

(2) As autoridades da Igreja Católica Apostólica Romana têm o dever e o direito de ensinar os princípios que estão certos e os que estão errados.

(3) o ensino religioso da fé católica apostólica roman
a deve ser fornecido em todas as escolas públicas como parte da educação obrigatória.

Capítulo 1, Artigo 2 º da Constituição da Malt
a
A Constituição de Malta prevê a liberdade religiosa, mas estabelece o Catolicismo Romano como a religião do Estado. Freedom House e o relatório World Factbook afirmam que 98% dos malteses são católicos romanos, tornando este um dos países mais católicos no mundo. Existem duas jurisdições territoriais: a Arquidiocese de Malta e a Diocese de Gozo.
Mons. Paul Cremona OP, Arcebispo de Malta
Nas escolas públicas o ensino religioso do catolicismo romano é parte do currículo, mas os estudantes podem optar por recusar a participação em aulas de religião. Subsídios são concedidos às escolas católicas particulares.

O Papa João Paulo II fez um total de três visitas pastorais a Malta, por duas vezes em 1990 e uma vez em 2001, durante a qual ele beatificou três malteses.

Os dois por cento da população que não é católica romana consistem principalmente de pequenas comunidades de muçulmanos e judeus, além de comunidades protestantes compostas, principalmente, de aposentados britânicos.

A percentagem de pessoas que assistiam à missa em cada localidade de Malta:
Mdina (Paróquia de São Pedro e São Paulo) 88%
Kerċem (Paróquia de São Gregório e Nossa Senhora do Soco
rro) 86%
San Lawrenz (Paróquia de São Lourenço) 85%

Fontana (Paróquia do Sagrado Coração de Jesus) 83%
Lija (Paróquia da Transfiguração do Senhor) 78%

Victoria, Gozo (Paróquia de São Jorge; Paró
quia de Santa Maria) 77%
Xewkija (Paróquia de São João Batista) 75%

Xagħra (Paróquia da Natividade de Nossa Senhora) 74%

Għarb (Paróquia da Visitação de Nossa Senhora) 75%
Għajnsielem (Paróquia de Nossa Senhora de Loreto) 73%

Qala (Paróquia de São José) 72%
Mġarr (Paróquia de Santa Maria) 72%
Sannat (Paróquia de Santa Margarida) 70%

Għargħur (Paróquia de Santo Bartomoleu) 67%

Għasri (Paróquia de Corpus) 66%

Nadur (Paróquia de São Pedro e São Paulo) 66%

Balzan (Paróquia da Anunciação) 66%

Munxar (Paróquia de São Paulo) 64%

Gudja (Paróquia de Santa Maria) 60%

Mosta (Paróquia de Santa Maria) 60%
Iklin (Paróquia da Sagrada Família) 60%
Siġġiewi (Paróquia de Sã
o Nicolau) 58%
Rabat (Paróquia de São Paulo) 58%

Dingli (Paróquia de Santa Maria) 57%

Attard (Paróquia de Santa Maria) 57%

Tarxien (Paróquia da Anunciação) 55%

Żebbuġ, Malta (Paróquia de São Felipe) 54%

Qormi (Paróquia de São Jorge; Paróquia de São Sebastião) 54%

Naxxar (Paróquia de Nossa Senhora da Vitória) 54%

Santa Luċija (Paróquia de São Pio X) 54%
Ħamrun (Paróquia de São Cajtan; Paróquia da Im
aculada Conceição) 54%
Mellieħa (Paróquia de Nossa Senhora da Vitória; Paróquia de São José) 53%
Qrendi (Paróquia de Santa Maria) 53%

Żabbar (Paróquia de Nossa Senhora das Graças) 53%

Paola (Paróquia de Cristo Rei; Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes) 52%
Marsaxlokk (Paróquia de Nossa Senhora de Pompey) 52%
Floriana (Paróquia de São Publío) 52%

Mqabba (Paróquia de Santa Maria) 52%

Żebbuġ, Gozo (Paróquia de Santa Maria; Paróquia de São Paulo) 52%

Żurrieq (Paróquia de Santa Catarina) 51%
Marsa (Paróquia da Santíssima Trindade; Paróquia de Maria Regina) 51%

Għaxaq (Paróquia de Santa Maria) 51%

Pembroke 51%
Kalkara (Paróquia de São José) 51%
Żejtun (Paróquia de Santa Catarina) 50%

Safi (Paróquia de São Paulo) 49%

Fgura 47%

Valletta 47%

Kirkop 45%

Birgu 4
5%
Msida 45%

Birżebbuġa 43%

San Ġwann 43%

Mtarfa 42%

Gżira 41%
Além disso, entre um quarto e um quinto das pessoas que assistem Missa são membros ativos de algum movimento da Igreja, grupo ou iniciativas como a Renovação Carismática Católica, o Caminho Neocatecumenal, a Legião de Maria, Opus Dei, Comunhão Juventude, a Sociedade da Doutrina Cristã e outros grupos dentro da Igreja paroquial. Malta também tem o maior número de membros do Caminho Neocatecumenal por população do mundo.
Mons. Mario Grech, Bispo de Gozo
Malta é o único país da Europa que não permite o divórcio. Praticar o aborto no territória maltês também é ilegal, embora ao longo dos anos muitas lacunas (não-inclusão das águas extra-territoriais, não menção a propagandas) permitiram que pessoas contornassem a proibição por períodos de tempo limitados. Em uma enquete SMS, Malta escolheu a cruz de Malta como a imagem do euro corrente e rejeitou uma de João Batista batizando Jesus, que havia ganhado numa votação anterior, depois de atrair oposição até mesmo dos bispos locais que não acharam correto colocar o rosto de Jesus numa moeda.

Segundo o mais recente Eurobarómetro 2005;

* 95% dos cidadãos malteses responderam que "acreditam que Deus existe" (que foi o resultado mais alto na União Europeia).

* 3% responderam que "acreditam que existe algum tipo de espírito ou força vital".

* 2% responderam que "não acreditam que haja qualquer tipo de espírito, Deus ou força da vida".

O Brasil continua o mesmo...

A festa de Ano Novo não tem lá muito sentido; você bebe, pula, grita, para acordar no outro dia de ressaca e todo quebrado. Dentro da lógica desse povo, que se veste de branco e acredita que na virada de 11h59min à 00h00min uma nova "energia" paira sobre a terra, acordar no primeiro dia do ano com dor de cabeça e o corpo moído não deve ser lá bom "augúrio".

Mudando um pouco de assunto, além das crendices ridículas e infantis do brasileiro - o que seria do meu sucesso em 2010 se eu não pulasse sete ondinhas?! - me impressiona a "devoção" tão exuberante àquela que chamo de Iemanjada - Iemanjá + manjada. É flor branca, é banho de folha, é barca, é perfume barato. Se Iemanjá existisse uma das suas primeiras atitudes seria varrer as praias com mares revoltos, livrando das quinquilharias que jogam no oceano.

Eu tenho certeza absoluta que de toda essa penca de gente que faz oferendas ao mar sequer conhece um terreiro de candomblé ou centro de umbanda. A Iemanjá que eles veneram é a Iemanjá Cult, a deusa do politicamente correto. Recordo-me que na abertura do Pan-Americano, no Rio, a música oficial invocava a orixá dos mares. Um desavisado poderia acreditar que os jogos eram em algum país africano do Golfo da Guiné e não na maior nação católica do mundo. Nossa Senhora Aparecida que nada, o espírito relativista só deixa que a entidade de uma crença que não engloba nem mesmo 1% dos brasileiros seja honrada publicamente.

Como disse, os que ontem jogaram flores e perfumes baratos no mar nunca viram uma cerimônia sagrada das crenças de origem africana. Tais pessoas estão influenciadas pela versão mercadológica do candomblé/umbanda, aquela que aparece nas reportagens, que é financiada pelo governo e que é mais cultural/mitológica do que propriamente religiosa. Os terreiros e centros se tornaram, desse modo, faróis da dita cultura "afro". Isso tem sua origem no espírito relativista, que faz com que cristãos batizados não achem incompatível a sua fé com as crenças pagãs, e com o racismo reverso que propõe certa predestinação racial; você é condicionado pela sua cor, logo, o negro deve ser do candomblé e usar cabelo trançado.

Ontem, dia 31 de dezembro de 2009, eu vi a caricatura que se tornou o Brasil. Nem mesmo os fogos de artifício que pipocaram no Rio, São Paulo, Salvador etc, conseguiram despertar o brasileiro para a realidade!