À esquerda: Margaret Sanger e o corte de cabelo “lésbico” que inspirou as intelectuais feministas.
À direita: personagem de Mariana Ximenes que reproduz a última tendência da feminista andrógina magérrima. Você conhece alguém assim?
Margaret Sanger: modelo das abortistas
Luciana Lachance
***
Margaret Sanger é a típica personalidade que é dificilmente citada diretamente – a maioria das pessoas que continua o seu trabalho finge ignorá-la ou alega que é perfeitamente possível dissociá-la do ativismo abortista de hoje, ou ainda mais incrivelmente, desconhece quem ela seja. Neste artigo, mostraremos que não apenas a possibilidade de apagá-la da causa pró-choice está fadada ao fracasso, como os argumentos de Sanger continuam sendo utilizados pela massa abortista, que atualmente chama a si mesma de “movimento pela despenalização do aborto”.
Quem foi Margareth Sanger
Para entender quem foi Margaret Sanger, voltemos nossa atenção para um dos principais argumentos das femi-abortistas de hoje: “É necessário que a mulher pobre, que não tem condição de dar uma vida digna a seu filho, tenha direito a fazer o aborto, pois isso é uma opressão da mulher, etc, etc.” De onde vem esse famoso argumento que procura, com tanto afinco, assegurar o aborto a essa mulher – pobre, como dizem? Ora, deixemos que Margaret Sanger responda essa pergunta, com suas próprias palavras, antes de traçarmos uma brevíssima biografia:
“[os habitantes dos bairros pobres] que, devido a sua natureza animal, reproduzem-se como coelhos e logo poderiam ultrapassar os limites de seus bairros ou de seus territórios, e contaminar então os melhores elementos da sociedade com doenças e genes inferiores" (Margaret Sanger, The Pivot of Civilization, pág.80 & 179.
“Mais nascimentos entre as pessoas aptas e menos entre as não aptas, esse é o principal objetivo do controle da natalidade” (Birth Control Review, 1919)
Agora que deixamos os fatos falarem por si mesmos, podemos apresentar esta mulher: criadora da American Birth Control League, que tornou-se a famosa Planned Parenthood, Margaret foi uma eugenista e ativista feminista atuante sobretudo a partir dos anos de 1910, até a sua morte, em 1966, que dedicou sua existência a promover o controle da natalidade, uso de contraceptivos, propagar a promiscuidade (sendo ela mesma grande exemplo disso) e criar toda a indústria responsável pela propagação do aborto hoje no mundo, incluindo o mérito de conseguir os principais financiadores dessa máquina da morte: Ford, Rockeffeler e Mellon. Racista, Margaret também foi co-responsável pelo programa de purificação racial da Alemanha Nazista, que incluía esterilização (para pessoas consideradas “reprodutores inferiores”), eutanásia e seleção artificial. Sabemos que é justamente a norte-americana Planned Parenthood a maior responsável por abortos no mundo, graças ao rico financiamento que recebe todos os anos das mesmas indústrias citadas, além de uma série de outras. Isto é particularmente interessante, se pensarmos que num país como os Estados Unidos, com média de população negra em torno de 11%, temos o percentual de quase 40% de abortos realizados por mulheres negras, de todos os lá cometidos. Como vimos, não é mera coincidência. Margaret Sanger, desde o início, por sua ideologia feminista/eugenista, sempre propagou o aborto para a população negra – que considerava incapacitada e burra – resultando no que conhecemos hoje como o sentimentalismo do discurso da mulher pobre, que “não pode criar o filho por falta de recursos”. Obviamente não se trata disso. O discurso, que já não pode ser propagado com a mesma clareza de Sanger, foi gradativamente suavizado, não mais declaradamente eugenista aos moldes da época, mas certamente eugenista por sua segregação: aborto para mulheres que supostamente não tem condições de criar seus filhos (fatalmente atingindo sempre a população negra de cada país, imigrantes, etc), aborto para crianças deficientes (sempre o ideal eugenista), aborto em todos os casos.
Margaret Sanger, empenhada em fazer da promiscuidade, do sexo “sem compromisso” (e todo o acervo de que se valhe a ideologia da libertação sexual) o modelo de vida de todas as mulheres, foi considerada por Ted Flynn como a pessoa mais influente para a modernidade. Se olharmos para a situação atual, perceberemos que suas conquistas nesse sentido se tornaram regras para a mulher moderna, que usa contraceptivos abortivos e que, se não descamba para a total prostituição – da sua imagem, do seu corpo – com toda certeza incorporou com naturalidade a idéia do “planejamento familiar”, que basicamente termina em uma sucessão de abortos. São os frutos do chamado sexo livre, ou seja, aqueles que não provém da união monogâmica e indissolúvel do casamento, que são abortados em grande escala. A propaganda/educação sexual, o uso da camisinha e dos anticoncepcionais e a iniciação cada vez mais precoce deste sexo livre contribui a cada ano para o aumento no número de abortos. Isto cria, é claro, outra parte da propaganda abortista: a mulher tem “direito” de abortar o filho, pois este não era desejado para aquele momento. Foi fruto deste sexo casual, que é a principal causa de mortalidade na Europa, onde a cada 30 segundos, um bebê é assassinado, em qualquer período da gestação, nos países onde o crime é legalizado. Não são mulheres violentadas, não são situações de “risco”, mas apenas mulheres que desejam retirar da vida o fruto de suas relações sem compromisso, não querendo arcar com o “fardo” e com a responsabilidade de seus próprios atos. E é isto também que fazem as feministas (ao menos a extensa maioria do movimento feminista), quando pregam a liberação (mais?) sexual, alimentando a sua própria indústria do aborto. E, como não poderia deixar de ser, é também fruto da atuação de Margaret Sanger, que fez desses ideais o centro da sua vida. As organizações que criou e inspirou contaram com a ajuda de Fundações como a Playboy, que via nestas idéias a oportunidade de lucrar imensamente, sabendo que a propagação de tais valores fariam, por um lado, a mulher desejar ser esse objeto sexual liberado, como, por outro, o aborto e os métodos contraceptivos deixariam o homem a vontade para consumir as “fantasias” (para não usar outro termo) difundidas por publicações como esta. Como se vê, ainda tem feminista que reclama de ser vista de tal forma. Mas isto é uma outra história, e terá de ser contada em outra ocasião.
Por fim, demos uma última olhada na foto que abriu este artigo, e notemos como a feminista de nossos dias em tudo tem a ver com tipos como Margaret Sanger: elas não mudam, nem por fora, nem por dentro; há apenas uma atualização de imagem e de discurso, conforme a moda. Elas são iguais, e atualmente conservam-se andróginas, geralmente envolvidas em causas ambientalistas ridículas como veganismo e cultura animal (afinal, é preciso ter uma religião, e o ecologismo é a nova religião dos revolucionários, como outrora foi a Teosofia de Sanger), defendem o homossexualismo e toda espécie de causa do momento. São assim há anos, e julgam sempre ser as diferentes do seu meio.