terça-feira, 7 de dezembro de 2010

1962: O Santos F.C. conquista a América

Em 1962, já não se havia dúvidas de qual era o melhor clube do Brasil. O campeão brasileiro não teve muita folga; apenas 11 dias depois de golear o Bahia na final da Taça Brasil de 1961, o Alvinegro já estava no Equador vencendo o Barcelona S.C., de Guayaquil, por 6x2. O time desfilou, naquele início de ano, pelos gramados sul-americanos com um objetivo em mente. Depois de alcançar a hegemonia estadual e de se firmar como campeão da principal competição nacional, o time agora almejava vôos maiores: o clube já se tornava campeão de diversos torneios amistosos disputados na Europa e América Latina, e agora o Santos Futebol Clube podia conquistar seu primeiro título internacional oficial: a Copa Libertadores da América de 1962. Para não repetir o fracasso do Bahia em 1960 (eliminado na fase inicial pelo San Lorenzo, da Argentina) e também não ficar no "quase" como o Palmeiras (que perdeu na decisão para o Peñarol, do Uruguai) na edição anterior, o elenco circulou pelo continente e teve 8 vitórias, 1 empate e 1 derrota diante de algumas das melhores equipes dos países visitados, entre elas o campeão argentino Racing, que foi goleado por 8x3.

A Taça Libertadores (que nasceu com o nome de Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões, depois foi rebatizada com o nome do troféu) teve sua primeira edição em 1960, e tinha (como tem até hoje) o objetivo de determinar o campeão sul-americano. Também tinha como objetivo inicial credenciar o clube campeão à disputa do Mundial Interclubes, que havia sido criado no mesmo ano numa parceria da FIFA com a CONMEBOL e a UEFA, que organizava desde 1955 a Copa dos Campeões Europeus (atualmente conhecida como Liga dos Campeões da Europa). A Libertadores foi criada nos mesmos moldes do campeonato europeu, envolvendo nas suas primeiras disputas apenas os campeões nacionais.
Na sua primeira edição, sete países foram representados, entre eles o campeão brasileiro de 1959, o Bahia. O campeão acabou sendo o uruguaio Peñarol. Na segunda edição, todos os nove países filiados tinham seus campeões inscritos no torneio, que foi vencido novamente pelo Peñarol, que venceu o Palmeiras na decisão.

A terceira edição da Taça Libertadores da América teve 10 participantes: eram os nove campeões nacionais do continente em 1961, além do campeão continental do mesmo ano, o Peñarol. Este já entrava nas semifinais, enquanto os demais clubes eram distribuídos em três grupos, cada um com três times. Os vencedores dos respectivos grupos se classificavam às demais vagas na fase semifinal. Nas semifinais e final, seguia-se o modelo que era reproduzido, inclusive, na Taça Brasil: eram disputados dois jogos, e quem somasse mais pontos se classificava (ou, no caso da final, era o campeão). Em caso de empate no número de pontos, era jogada uma partida de desempate em campo neutro. Caso esta partida terminasse sem vencedor, mesmo após a prorrogação, o primeiro critério de desempate era o saldo de gols.

Assim, o Santos entrou no Grupo 1, com o Deportivo Municipal, da Bolívia, e o Cerro Porteño, do Paraguai. Apenas 9 dias depois de jogar sua última partida pela excursão citada no primeiro parágrafo, o time brasileiro estreou vencendo na altitude de La Paz, por 4x3, e na rodada seguinte despachou os bolivianos com um 6x1. Ao enfrentar o campeão paraguaio, o Alvinegro teve dificuldades no jogo disputado em Assunção, que terminou empatado. Porém, na Vila Belmiro, o Santos dependia de um empate para se classificar, mas deu um show e conseguiu aquela que é sua maior goleada em um campeonato internacional: um sonoro 9x1, que até hoje aparece no top 5 das maiores goleadas da Copa Libertadores.
Nas semifinais, a parada foi mais difícil: num jogo disputado em Santiago (Chile), Santos e Universidad Católica ficaram no 1x1. No jogo de volta, Zito marcou o tento solitário que levou o clube da Baixada Santista à final. O seu adversário? Era o campeão mundial de 1961, um time das cores amarela e preta, que havia simplesmente vencido as duas edições do certame continental disputadas até então e na terceira edição chegava à terceira final: era o Club Atlético Peñarol, sem dúvida outro que foi um dos maiores do mundo naqueles anos 60.
No primeiro jogo, que aconteceu em 28 de julho, o Peixe não tinha Pelé, machucado. Mesmo com o estádio Centenário repleto de fanáticos torcedores do Peñarol, o Santos não se intimidou e venceu de virada com dois gols de Coutinho.
No jogo de volta, cinco dias depois, o Santos tinha o famoso Alçapão da Vila a seu favor, mas saiu atrás com um gol do equatoriano Spencer, mas virou ainda no 1º tempo com Dorval e Mengálvio. Porém, no 2º tempo, o time uruguaio iniciou uma reação impressionante e aos 6 minutos já estava 3x2 para os aurinegros. O terceiro gol do Peñarol provocou reações hostis da torcida santista e, temerosos com a segurança, a arbitragem preferiu manter a partida em disputa até o fim do jogo, mas na prática já não valia mais nada. Pagão ainda havia feito o gol de empate aos 32', e o resultado dava o título ao Santos, com muita festa dos adeptos alvinegros e volta olímpica dos jogadores. Este jogo foi mais um daqueles episódios que merecem o título de "Noite das Garrafadas": mais adiante explicitarei mais detalhes sobre o ocorrido.
Porém as coisas não acabaram por aí. Dois dias depois, foi divulgado que o jogo havia durado 51 minutos apenas, e que o Peñarol, portanto, seria o vencedor da partida. Não restou outra opção: no histórico 30 de agosto de 1962, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, o Santos massacrou o adversário sem piedade e destruiu os sonhos do tricampeonato rival. Logo aos 11 minutos de bola rolando, Coutinho bateu cruzado e o defensor Caetano completa contra a própria meta. No segundo tempo, o recuperado Edson Arantes do Nascimento completou o espetáculo, marcando o segundo gol já aos quatro minutos. No finalzinho, o mesmo Pelé recebe passe de Coutinho, mata no peito e chuta com força para fechar o placar. O Santos F.C. era pela primeira vez campeão da Copa Libertadores da América e se tornava o primeiro clube brasileiro a conquistar um campeonato internacional.

Seguem listados os clubes que participaram da Taça Libertadores de 1962:

  • C.A. Peñarol (Uruguai)
  • Club Deportivo Municipal (Bolívia)
  • Club Cerro Porteño (Paraguai)
  • Santos F.C. (Brasil)
  • Club Nacional de Fútbol (Uruguai)
  • Club Sporting Cristal (Peru)
  • Racing Club (Argentina)
  • C.D. Universidad Católica (Chile)
  • C.D. Los Millonarios (Colômbia)
  • C.S. Emelec (Equador)

Seguem agora os jogos da 3ª edição da principal competição sul-americana, com fichas técnicas de todos os jogos do Santos:


1ª fase:

Grupo 1

11/02/1962  Deportivo Municipal 2 x 1 Cerro Porteño
15/02/1962  Cerro Porteño 3 x 2 Deportivo Municipal

18/02/1962  Deportivo Municipal 3 x 4 Santos
Local: Estádio Hernando Siles - La Paz/Bolívia
Árbitro: Airton Ayres Abreu
Gols: Aguilera, J. Torres e Ruiz Díaz (DM); Lima, Mengalvio, Pagão e Tite (S)
Deportivo Municipal: Solís; Jorge Montes, Vargas e Di Lorenzo; Zenteno e Alcócer; A. Torres, Aguirre (Ruiz Díaz), Roberto Caínzo, J. Torres e Luis Aguilera.
Santos: Laércio; Getúlio, Olavo e Zé Carlos; Lima e Calvet; Dorval, Mengalvio, Pagão, Pelé e Osvaldo (Tite). Técnico: Lula

21/02/1962  Santos 6 x 1 Deportivo Municipal
Local: Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro) - Santos/Brasil
Árbitro: Alberto Tejada
Gols: Dorval [2], Pagão [2], Coutinho e Pepe (S); Alberto Torres (DM)
Santos: Laércio; Lima, Olavo e Getúlio; Zito e Formiga; Dorval, Mengalvio, Pagão, Pelé (Coutinho) e Pepe. Técnico: Lula
Deportivo Municipal: Solís; Jorge Montes, Vargas e Di Lorenzo; Zenteno e Alcócer; Alberto Torres, Aguirre, Roberto Caínzo (Ruiz Díaz), J. Torres e L. Aguilera

25/02/1962  Cerro Porteño 1 x 1 Santos
Local: Puerto Sajonia (hoje Defensores del Chaco) - Assunção/Paraguai
Árbitro: Luis Ventre
Gols: Cabrera e Dorval
Cerro Porteño: Pérez; Cantero, Monges, Breglia, Monín, D. Martínez, Pavón, Insfrán, A. Jara, P. Rojas e Cabrera.
Santos: Laércio; Lima, Olavo e Getúlio; Zito e Calvet; Dorval, Mengalvio, Pagão (Tite), Coutinho e Pepe. Técnico: Lula

28/02/1962  Santos 9 x 1 Cerro Porteño
Local: Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro) - Santos/Brasil
Árbitro: Jose Luis Praddaude
Gols: Coutinho [3], Pelé [2], Pepe [2], Dorval e Zito (S); A.  Jara (CP).
Santos: Laércio (Silas); Lima, Olavo e Getúlio; Zito e Calvet; Dorval, Mengalvio, Pagão (Pelé), Coutinho e Pepe. Técnico: Lula
Cerro Porteño: Pérez; Cantero, Monges, Breglia, Monín, D. Martínez, Pavón, Insfrán, A. Jara, P. Rojas, Cabrera.

Classificação final:


Grupo 2

10/02/1962  Nacional 3 x 2 Sporting Cristal
14/02/1962  Racing 2 x 1 Sporting Cristal
17/02/1962  Sporting Cristal 0 x 1 Nacional
20/02/1962  Sporting Cristal 2 x 1 Racing
24/02/1962  Nacional 3 x 2 Racing
27/02/1962  Racing 2 x 2 Nacional

Classificação final:



Grupo 3

07/02/1962  Emelec 4 x 2 Millonarios
10/02/1962  Universidad Católica 3 x 0 Emelec
14/02/1962  Universidad Católica 4 x 1 Millonarios
18/02/1962  Millonarios 1 x 1 Universidad Católica
21/02/1962  Emelec 7 x 2 Universidad Católica
28/02/1962  Millonarios 3 x 1 Emelec

Classificação final:


Semifinais:

08/07/1962  Universidad Católica 1 x 1 Santos

Local: Estádio Nacional - Santiago/Chile
Árbitro: Alberto Tejada
Gols: Nawacki e Lima
Expulsão: Luís Clivares (UC)
Universidad Católica: Behrends; Barrientos, Villarroel, Sérgio Valdés, Clivares, Rivera, Pesce, Juan Nawacki, Alberto Fouilloux, O. Ramírez e Ibáñez.
Santos: Gilmar; Lima, Mauro e Dalmo; Zito e Calvet; Dorval, Tite, Mengálvio, Pagão e Pepe. Técnico: Lula

12/07/1962  Santos 1 x 0 Universidad Católica
Local: Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro) - Santos/Brasil
Árbitro: Alberto Tejada
Gol: Zito
Santos: Gilmar; Lima, Mauro e Calvet; Zito e Dalmo; Dorval, Mengalvio, Pagão, Cabralzinho (Tite) e Pepe. Técnico: Lula
Universidad Católica: Walter Behrends; Eleodoro Barrientos, Washington Villarroel, Jorquera, Sérgio Valdés, Hugo Rivera, Osvaldo Pesce, Juan Nawacki, Alberto Fouilloux, Orlando Ramírez e Fernando Ibánez.

08/07/1962  Nacional 2 x 1 Peñarol
18/07/1962  Peñarol 3 x 1 Nacional
22/07/1962  Peñarol 1 x 1 Nacional


FINAL:

C.A. PEÑAROL 1 x 2 SANTOS F.C.
Data28 de julho de 1962
Local: Estádio Centenário - Montevidéu/Uruguai
Árbitro: Carlos Robles
Gols: Spencer aos 18' e Coutinho aos 28' do 1º tempo; Coutinho aos 15' do 2º tempo.
Peñarol: Luis Maidana; Juan Vicente Lezcano e Núber Cano; Edgardo González, Roberto Matosas e Omar Caetano; Pedro Rocha, José Sasía, Cabrera (Moacyr), Alberto Spencer e Juan Joya. Técnico: Bela Guttman
Santos: Gilmar; Mauro, Calvet e Lima; Zito e Dalmo; Dorval, Mengalvio, Pagão, Coutinho e Pepe (Osvaldo). Técnico: Lula

SANTOS F.C. 2 x 3 C.A. PEÑAROL
Data2 de agosto de 1962
Local: Estádio Urbano Caldeira - Santos/Brasil
Árbitro: Carlos Robles
Gols: Spencer aos 15', Dorval aos 19' e Mengálvio aos 36' do 1º tempo; Spencer aos 4' e Sasía aos 6' do 2º tempo.
Santos: Gilmar; Mauro, Calvet e Lima; Zito e Dalmo; Dorval, Mengalvio, Pagão, Coutinho e Pepe. Técnico: Lula
Peñarol: Luis Maidana; Juan Vicente Lezcano e Núber Cano; Edgardo González, Roberto Matosas (Néstor Gonçalves) e Omar Caetano; Fernández Carranza, Pedro Rocha, José Sasía, Alberto Spencer e Juan Joya. Técnico: Bela Guttman
NOTA: Para a Confederação Sul-Americana de Futebol, foram jogados 51 minutos oficialmente e 39 minutos em caráter amistoso. Extraoficialmente, o jogo acabou empatado por 3x3, pois Pagão havia marcado aos 32' do 2º tempo.
O árbitro paraguaio Carlos Robles encerrou o jogo após o 3º gol do Peñarol, alegando falta de garantias de segurança, mantendo a partida até o fim porém amistosamente. No dia seguinte, os jornais estampavam "Santos, Campeão da América"... isto é, ninguém sabia que o juiz tinha encerrado a partida; isso só foi descoberto quando o mesmo apresentou a súmula...
Esta foi uma partida extremamente conturbada, com os santistas reclamando de um pênalti não marcado sobre Coutinho (11') e outro sobre Pepe. Também reclamaram que os atacantes do time uruguaio haviam atirado areia nos olhos do goleiro Gilmar no lance que valeu o gol de empate (após cobrança de escanteio) e no terceiro gol, alegavam que Sasía cometera falta em Calvet. O resultado disso foi uma enorme confusão, com o árbitro alegando ter sido atingido por uma garrafa (fato este não confirmado, após exames médicos); um verdadeiro caos no gramado, partida interrompida por 1 hora e 25 minutos, até que finalmente o jogo recomeça. 
Pagão marca o que seria o gol do título, mas o clima continua quente na Vila Belmiro... mais uma garrafa é atirada no campo, agora atingindo o bandeirinha Domingo Massaro, e aí vão mais 10 minutos de paralisação (segundo o meio-campista Zito, a garrafa teria partido da diminuta torcida do Peñarol).
Recomeça novamente a partida e Mauro derruba um atacante uruguaio fora da área, porém o juiz corre para marcar pênalti (!), porém reconsidera e marca apenas falta... em seguida, Carlos Robles encerra a partida (aos 40' do 2º tempo).
*Esta é considerada a partida mais longa da história do Santos Futebol Clube.
*O jogo também foi recorde de renda em Santos (Cr$5.418.000,00), de certo devido aos preços altos dos ingressos.
Nesta foto, vemos um jogador do Peñarol com a garrafa que foi atirada na cabeça do bandeirinha Domingo Massaro (que aparece em segundo plano). Na foto também vemos o Mengálvio.

SANTOS F.C. 3 x 0 C.A. PEÑAROL
Data30 de agosto de 1962
Local: Monumental de Núñez - Buenos Aires/Argentina
Árbitro: Leo Horn (Holanda)
Gols: Caetano (contra) aos 11' do 1º tempo; Pelé aos 4' e aos 44' do 2º tempo.
Santos: Gilmar; Lima, Mauro e Dalmo; Zito e Calvet; Dorval, Mengalvio, Pelé, Coutinho e Pepe. Técnico: Lula
Peñarol: Maidana; Lezcano, Núber Cano, Caetano e Néstor Gonçalves; Edgardo González e Roberto Matosas; Pedro Rocha, José Sasía, Alberto Spencer e Juan Joya. Técnico: Bela Guttman




Assim o Santos se tornou pela primeira vez campeão da Copa Libertadores da América. Num encontro entre dois dos maiores esquadrões de todos os tempos, o time do glorioso manto branco levou a melhor, reforçando a crescente boa fama do futebol brasileiro, que vivia seus anos de ouro. O título sul-americano garantiu ao Alvinegro Praiano uma vaga contra o campeão europeu na disputa do Mundial Interclubes. O então campeão da Libertadores e do Mundial, o Peñarol, tinha um substituto à altura (ou até mais do que isso...).
Outro destaque do Peixe foi Coutinho, que acabou como artilheiro do campeonato, balançando as redes 6 vezes. Esta edição da Taça Libertadores foi a que teve a maior média de gols da história: 4,12 (107 gols em 26 jogos), sendo que o Santos contribuiu com 29 (27,1% do total), conseguindo uma média de 3,22 bolas na rede a cada partida jogada.

Abaixo segue um vídeo retirado do YouTube que fala sobre a final da Taça Libertadores de 1962, com direito aos gols do terceiro e decisivo jogo:


Como se sabe, uma final de Copa Libertadores é uma verdadeira guerra de nervos, num campeonato onde muitas vezes a raça suplanta a técnica. Em 1962, ambas se aliaram num time que sem dúvidas marcou o futebol mundial.
Nesta foto vemos Pelé no chão após uma dividida com um jogador do Peñarol, que aparece caído a seu lado.

Nesta foto vemos o zagueiro santista Mauro Ramos de Oliveira (capitão da Seleção Brasileira bicampeão mundial em 1962) carregando o troféu da Copa Libertadores da América.
O objeto que é alvo da cobiça dos clubes da América do Sul e que é uma verdadeira obsessão dos times brasileiros veio para o país primeiro para a Vila Belmiro.
Vale a pena reparar que o troféu ainda não tinha a base de madeira com as placas dos campeões, como é atualmente, até porque o Santos era o segundo time a conquistar a Taça, quebrando a hegemonia do Peñarol, vencendo o mesmo na grande final.


Campanha do Santos:
9 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 29 gols marcados | 11 gols sofridos | Saldo de gols: 18
http://www.rsssf.com/sacups/copa62.html [texto de José Luis Pierrend, John Beuker e Osvaldo Gorgazzi]

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