A chamada era da eletricidade trouxe para o campo da comunicação muitas características inovadoras em relação a era que a antecedeu. Essas características foram fundamentais para a formação das sociedades atuais.
Tentarei aqui listar e analisar algumas das características da era da eletricidade, sempre em paralelo à era mecânica para tentar esboçar um breve panorama de um cenário construído pelas ferramentas midiáticas da comunicação de massa.
Em primeiro lugar a eletricidade aplicada à comunicação reduziu a noção de espaço e tempo. Quando pensamos em globalização, além do fator econômico, pensamos principalmente na não existência de distâncias para comunicação humana, no fim das barreiras comunicacionais. Uma das características mais impressionantes da eletricidade quando pensamos em comunicação, é que ela é instantânea. A eletricidade envolve o mundo transformando-o no que McLuhan chamou de aldeia global. O Email foi provavelmente a maior revolução na forma de entrega de mensagens pessoais desde o correio a cavalo. A informação em forma de bits, circulando pelo planeta à velocidade da luz está em contraponto à lentidão da mensagem oral, escrita ou até mesmo impressa.
Não foi apenas a maneira de se enviar mensagens que mudou, com o aparecimento da comunicação de massa houve também uma mudança na forma de recepção. A reprodutibilidade técnica, o uso de ondas eletromagnéticas na difusão de mensagens, o tubo de raio catódico, todos esses fatores criam traços muito característicos nas sociedades da era da comunicação de massa. Cada meio nos oferece uma maneira de atingir o público ou seja, o público reage de maneiras diferentes aos diferentes meios de comunicação. Marshall McLuhan classifica os meios em meios frios e meios quentes. Meios quentes, como o rádio, tem um grande impacto sobre o público, o rádio ressalta a personalidade e, por estimular apenas um sentido, não dá margem a ambiguidades ou dúvidas. Grandes conhecedores das mídias se utilizam das características dos meios quentes para obter sucesso em seus objetivos, as vezes, como no caso de Joseph Goebbels, objetivos diabólicos. Por outro lado a TV, um meio frio, rejeita as personalidades, como atinge o público por dois sentidos (audição e visão), pode causar ambiguidade, confundir, a TV "esfria", distrai. Os meios de comunicação de massa acabaram o individualismo construído com a expansão do letramento e da passagem da cultura oral para a cultura escrita. Com os meios de comunicação de massa a mensagem oral e a informação imagética ganham força e muitas vezes se sobrepõem a informação escrita. Voltando ao exemplo de Goebbels, fica claro que os discursos escritos por ele para serem transmitidos via rádio, lidos por Hittler, atingiram as massas de maneira esmagadora, e com certeza a mensagem do governo nazista não poderia se utilizar de outro meio para tal.
Tentarei aqui listar e analisar algumas das características da era da eletricidade, sempre em paralelo à era mecânica para tentar esboçar um breve panorama de um cenário construído pelas ferramentas midiáticas da comunicação de massa.
Em primeiro lugar a eletricidade aplicada à comunicação reduziu a noção de espaço e tempo. Quando pensamos em globalização, além do fator econômico, pensamos principalmente na não existência de distâncias para comunicação humana, no fim das barreiras comunicacionais. Uma das características mais impressionantes da eletricidade quando pensamos em comunicação, é que ela é instantânea. A eletricidade envolve o mundo transformando-o no que McLuhan chamou de aldeia global. O Email foi provavelmente a maior revolução na forma de entrega de mensagens pessoais desde o correio a cavalo. A informação em forma de bits, circulando pelo planeta à velocidade da luz está em contraponto à lentidão da mensagem oral, escrita ou até mesmo impressa.
Não foi apenas a maneira de se enviar mensagens que mudou, com o aparecimento da comunicação de massa houve também uma mudança na forma de recepção. A reprodutibilidade técnica, o uso de ondas eletromagnéticas na difusão de mensagens, o tubo de raio catódico, todos esses fatores criam traços muito característicos nas sociedades da era da comunicação de massa. Cada meio nos oferece uma maneira de atingir o público ou seja, o público reage de maneiras diferentes aos diferentes meios de comunicação. Marshall McLuhan classifica os meios em meios frios e meios quentes. Meios quentes, como o rádio, tem um grande impacto sobre o público, o rádio ressalta a personalidade e, por estimular apenas um sentido, não dá margem a ambiguidades ou dúvidas. Grandes conhecedores das mídias se utilizam das características dos meios quentes para obter sucesso em seus objetivos, as vezes, como no caso de Joseph Goebbels, objetivos diabólicos. Por outro lado a TV, um meio frio, rejeita as personalidades, como atinge o público por dois sentidos (audição e visão), pode causar ambiguidade, confundir, a TV "esfria", distrai. Os meios de comunicação de massa acabaram o individualismo construído com a expansão do letramento e da passagem da cultura oral para a cultura escrita. Com os meios de comunicação de massa a mensagem oral e a informação imagética ganham força e muitas vezes se sobrepõem a informação escrita. Voltando ao exemplo de Goebbels, fica claro que os discursos escritos por ele para serem transmitidos via rádio, lidos por Hittler, atingiram as massas de maneira esmagadora, e com certeza a mensagem do governo nazista não poderia se utilizar de outro meio para tal.
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