terça-feira, 29 de setembro de 2009

Comida da Etiópia



Segure sua piadinha: “ué, e tem comida lá?”, que é o que todos dizem, porque a comida típica etíope te surpreenderia e te faria se arrepender da piada!

Aqui em DC os etíopes são uma das maiores populações de imigrantes da cidade. Portanto, é um restaurante etíope a cada esquina.

Eu estava muito curiosa pra provar, então fomos em um dos melhores da cidade, no bairro de Adam's Morgan (onde fica a agitação noturna).

Foi uma surpresa: a comida tem um conceito e uma apresentação muito simples, mas é muito saborosa.

Os legumes são muito valorizados por variadas preparações e temperos. Também existem alguns pratos com carne, mas os legumes definitivamente são as estrelas. Essa porção vermelhinha, por exemplo, estava s-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l! Segundo a pessoa que nos atendeu, é uma pasta de grão-de-bico (provavelmente batida com tomate ou alguma especiaria avermelhada), com um tempero muito marcante e levemente picante.

Eles são servidos em um enjera, grande e saboroso pão circular e achatado, com uma consistência que eu nunca havia visto antes, puxento e suave ao mesmo tempo. Este pão é feito a partir da farinha de teff, que é considerado o menor cereal do mundo e um dos mais ricos nutricionalmente, cultivado e consumido há centenas de anos pelos etíopes (taí o segredo da boa forma dos etíopes aliada à sua resistência física nos esportes). Agora o teff ganhou o mundo e é vendido em mercados de produtos naturais aqui nos EUA (e, portanto, teve seu preço muito aumentado, inclusive para os etíopes).

O prato é servido em uma mesinha baixa ao centro dos comensais, que se sentam em círculo ao redor dela. Os legumes vem em diferentes formas (purês, refogados, pastas, crus), com diferentes temperos. Você vai pegando porções dos legumes com um pedaço de enjera (não se usam talheres), até que eles acabem. Ao final, come-se o pão que ficou por baixo e absorveu todos os temperos.

Uma comida muito lúdica, eu diria!

Recebi pedidos insistentes para introduzir a comida etíope no Brasil. Eu diria que, mais que interessante, é extremamente necessário, pois nosso país precisa conhecer essa delícia!!!

Até agora, a comida etíope foi uma das maiores (boas) surpresas dessa viagem.

Ode às abóboras





Nos EUA as abóboras são bastante apreciadas e as pessoas sabem dizer quais são os nomes das variedades de verão e as de outono, por exemplo. No entanto, a variedade é tanta, que eu fico impressionada como elas conseguem se lembrar.

Existem, ainda por cima, alguns tipos muito peculiares que, de tão lindas, são utilizadas como decoração.

São tão exóticas aos olhos da brasileira aqui, que foram a atração do meu passeio de domingo no Farmer's Market de Takoma. Fiquei pelo menos 15 minutos na barraca das abóboras escolhendo as que eu ia levar pra casa. Mas eu não vou deixar decorando a casa não, vou é comer pra ver dequalé.

Na três primeiras fotos, abóboras esperam seus compradores em dois mercados diferentes.

Na foto de baixo, as escolhidas repousam em um vaso da casa.

Farmer's Markets






Aqui, em várias partes da cidade, geralmente aos domingos, existem mercadinhos do produtor. Eles montam suas barraquinhas nas ruas e vendem sua produção semanal.

O daqui do bairro é uma festa: cheio de gente, tanto famílias quanto jovens sozinhos, com suas sacolas e carrinhos abarrotados de compras pra semana.

Tem de um tudo: legumes, verduras, frutas (sempre com opções orgânicas), compotas, geléias, patês, molhos e, claro, um monte de produtos de origem animal como carne, ovos, laticínios (nunca de animais advindos de sistema de confinamento industrial). Essa parte eu passo. Mas os vegetais... São uns mais maravilhosos que os outros.

Aqui algumas fotos de barracas dos Farmer's Markets que visitei.

De cima para baixo:

  • Diferentes tipos de tomates: variedades inéditas.

  • Pés de couve-de-bruxelas: nunca tinha visto elas assim tão ao natural!

  • Barraca de produtos feitos a partir da lavanda: perfumes, sabonetes, cookies, bolos, sal com lavanda, açúcar com lavanda.

  • Berinjelas: brancas, roxinhas e roxonas.

  • Pimentões: vermelhos, amarelos, roxos, laranjas.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vegetate: mais pratos





De cima para baixo:

Prato principal do Bruno: risoto com legumes, cogumelos, curry caseiro e leite de coco.

Prato principal da Cissa: berinjelas empanadas em cerveja e batatas fritas com molho tártaro vegano.

Prato principal da Simone: Nhoque de batatas azuis (sim, existe isso aqui),com brocólis, couve-flor romanesco (?) e molho cremoso de tomate.

Minha sobremesa: ganache de chocolate amargo com nozes tostadas e coulis de berry da época (não sei qual era essa aí do prato!). “Berry” é uma referência às frutinhas: blueberry (mirtilo), raspberry (framboesa), blackberry (amora), strawberry (morango), cranberry, etc.

S-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Vegetate: alguns pratos





De cima para baixo:

Aperitivo: Edamame, que é o grão de soja fresco e cozido.

Minha entrada: Beterrabas douradas marinadas com manteiga de amêndoas, óleo de semente de coentro e croustade grelhado (não me pergunte o que é essa última coisa! só sei que era muito bom). Infelizmente a foto não ficou boa, porque não transmite verdadeiramente o prato, que era um escândalo de gostoso.

Meu prato principal: polenta grelhada com feijões apimentados, redução de vinho e frutas da época e cebolas crocantes.

Entrada da Cissa: Abobrinha cabelo de anjo com feijões frescos, pesto de nozes e queijo (tá, o prato não é vegano, mas eu queria ilustrar o conceito. Além disso, era possível pedir a versão vegana, sem queijo por cima).

Aaahhh....... Vegetate.......



Que restaurante...

Simplesmente o melhor vegetariano de DC (ou pelo menos, o mais elaborado e sofisticado e caro).

Fomos, eu e minha “família adotiva” (Simone, Bruno e Cissa, na foto comigo), jantar lá. Era a primeira vez de todos, e ficamos apaixonados.

As combinações de elementos dos pratos são super inusitadas, os temperos vêm na medida certa e o resultado final é um sabor muito sofisticado.

O restaurante não é vegano pois usa derivados de leite e ovos em alguns dos pratos, mas quase todos podem ser servidos na versão vegana.

Cada um de nós pediu um prato diferente para que pudéssemos provar um pouquinho de cada um. Não tinha nada ruim. Não tinha nada menos do que delicioso, pra falar a verdade.

Na foto de baixo, eu tomando uma limonada decorada com folha de lavanda, tentando enganar a fome que me consumia enquanto eu esperava minha entrada.

Quem quiser conhecer o cardápio do Vegetate, visite: http://www.vegetatedc.com/portal/dining/.

Ikea: o melhor passeio turístico possível



Para aqueles que não conhecem esse maravilhoso invento de um ser humano sueco, apresento-o: a Ikea é uma rede de lojas de artigos para casa (desde cabides até cozinhas completas) com designs maravilhosos a preços bastante acessíveis.

Sabe a Tok & Stok? Pois é, cópia da Ikea (até alguns designs de móveis são idênticos). Eles só esqueceram de copiar os preços também.

Infelizmente, não existe Ikea no Brasil (e eles nem têm planos de abrir lojas por lá), então minhas duas únicas oportunidades de visitar essa belezura foi quando morei na Espanha e agora aqui, nos EUA.

Eu, como boa cozinheira com alma de dona de casa (porque casa minha mesmo, eu não tenho), não posso deixar de admitir que dar um rolé na Ikea é um dos meus programas favoritos do mundo todo. E também tenho que admitir que é impossível eu sair de lá sem fazer umas comprinhas.

Mas, como diz o povo aqui de casa, “vale a pena!” (e por “vale a pena”, leia-se: não vou resistir a comprar mais esta coisa barata).

A Ikea leva a ideia de vender tudo por um preço mais barato a fundo, então dentro da loja tem um restaurante que serve pratos baratíssimos, como esse penne ao sugo que estou comendo na foto (saca só o molho caindo, que timing!), por 2 dólares. Obviamente, era um pratinho beeem vagabundo...


Se você quiser saber mais sobre o bizarro cardápio do restaurante da Ikea, visite: http://www.ikea.com/ms/en_US/IKEA_Food/index.html.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

PIZZA VEGANA DE NOVO!!! ÊEEEeEe^^eEE!!!!!


Dessa vez, da pizzaria Roscoe's, aqui perto de casa.

Fotos e vídeo do DC VegFest

Para quem quiser ver algumas fotos do DC VegFest, que ocorreu no último sábado (12 de setembro de 2009), inclusive fotos da Mimi Clark e da Rory Freedman, autora de "Magra e poderosa" ("Skinny bitch"), acesse o blog: http://www.megabeth.net/?p=2710. Para ver o vídeo da palestra do Kenneth Williams (fisiculturista vegano), acesse: http://www.youtube.com/watch?v=9fyJMuT76Uo&feature=related.

sábado, 12 de setembro de 2009

PREPAREM-SE: doces de morrer





Depois de uma deliciosa tarde no DC VegFest (festival vegano) hoje, apresento a vocês as deliciosas, inacreditáveis, indescritíveis, irreproduzíveis, inimagináveis sobremesas compradas por lá.

O DC VegFest foi um festival organizado pela Compassion over killing (http://www.cok.net/) e pela Vegetarian Society of DC (http://www.vsdc.org/). O evento foi realizado em uma praça ao ar livre no campus de uma universidade e teve entrada aberta e franca. Houveram palestras, demonstrações culinárias e a presença de um Senador do estado de Maryland, que se tornou vegetariano durante a Semana Vegetariana de Takoma Park e agora é um grande apoiador do vegetarianismo. Para saber mais sobre o que rolou no festival, veja: http://dcvegfest.com/schedule.

Além disso, várias barracas de entidades sem fins lucrativos e de venda de livros e produtos. Lógico que não faltaram as várias barracas de comida, inclusive três diferentes confeitarias com os mais variados doces (tá, não tão variados assim. Geralmente é só cookies, cupcakes, bolos e brownies). O ponto alto do festival, sem sombra de dúvidas foi a confeitaria Vegan Treats (http://www.vegantreats.com/), que vendeu durante o evento simplesmente MIL donuts e MIL mini-tortas veganas de vários sabores.

DUAS MIL SOBREMESAS VEGANAS VENDIDAS. E teve fila pra comprar, com espera média de 10 minutos, durante todo o evento.

Eu tive participação especial no festival! Fui ajudante da Mimi Clark (culinarista vegana: http://localdc.com/cooking/) durante a demonstração culinária dela, então ela me apresentou para todo o público presente como uma chef vegana do Brasil que estava aqui para fazer uma pesquisa sobre comidas veganas. Fiquei vermelha que só...

Fiquei muito frustrada por minha câmera estar sem bateria durante o evento, portanto infelizmente não vou poder compartilhar com vocês toda a beleza e emoção do festival.

Mas assim que cheguei em casa, carreguei a câmera e tirei fotos dos doces para mostrar pra vocês!

De cima para baixo: Pumpkin pie (torta de abóbora com chantilly), Chocolate peanut butter cheesecake (“Cheese”cake de chocolate e manteiga de amendoim), Cookies and cream cake (bolo de creme e cookies) e, por último, um Chocolate cake with buttercream (bolo de chocolate com creme de “manteiga”) de outra confeitaria, Emily´s desserts (http://emilysdesserts.com/).

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Comida de museu


Seguindo a série "passeios turísticos regados a comida", rumei para o Museu do índio americano, que tinha sido o museu mais recomendado por conta da comida do restaurante local. Dei um rolê, visitei as exposições, mas estava curiosa mesmo com relação ao almoço. A barriga roncou, me dirigi à cafeteria. Chegando lá, qual não foi minha surpresa, uma ideia muuuito legal dos americanos que eu aprovo 100%: uma espécie de lanchonete gigante na qual vc pega uma bandeja e vai se servindo do que quiser, e aí os preços são cobrados por cada porção de comida que você pega. O truque é que, em geral, você acaba pegando mais do que precisa (olho gordo!), já que o visual e as quantidades disponíveis te incentivam a isso. A cafeteria era dividida em seções temáticas: cada uma correspondente à uma região da América. Tinha uma seção da América do Sul, com canja de galinha (iu!) e mandioca frita brasileiras, além de pratos peruanos e de outros países. Tinha a parte mexicana, cheia daquelas coisinhas gostosas, e uma parte que não me lembro exatamente da onde era, deve ser do norte dos EUA e do Canadá, porque o cara ficou me oferecendo carne de búfalo (eéééquiuuu!!!). Respondi pra ele dizendo que na verdade eu era vegana e queria indicações de pratos (já que os pratos vegetarianos estavam indicados, mas não havia indicação vegana). Sem problemas, aqui quase todo mundo sabe o que é vegan (vi-gã). Ele me falou quais eram as opções, e acabei escolhendo mandiocas fritas com molho de limão e coentro (nunca imaginei que ia comer uma mandioca tão gostosa nos EUA), salada de feijão lima (um feijão gigante peruano) com abacate, e tortillas chips de três cores (de milhos naturalmente amarelos, vermelhos e azuis) com salsa de manga, tomate e coentro ultra picante (nem consegui terminar). Me senti uma esquisitona tirando a foto da comida em meio àquele lugar lotado, com todo mundo achando estranho, mas não deixei de documentar pra vocês poderem ver aqui =)

O primeiro brunch



Aqui é realmente uma tradição essa história de brunch. No domingo geralmente o povo não toma café da manhã e nem almoça, lança logo uma mistureba dessas pra dentro. Bom, eu não ia fugir à tradição, então resolvi intimar a Cissa e o amigo dela a irem comigo em um pub que eu tinha ido com o Mat na sexta-feira. Ele tinha feito altíssimas recomendações a respeito do brunch da casa. É estranho, porque é um pub desses bem soturnos e escuros, mas que tem um brunch famoso durante o dia nos fins de semana, com direito a cardápio separado só com opções veganas. Dividimos uma pequena montanha de panquecas integrais de morango cobertas de maple syrup e, para meu deleite individual, pedi essa coisa meio tex-mex: uma tortilla crocante de milho coberta de tofu a la "huevos rancheros" e queijo vegano, acompanhada de feijão preto e waffle fries, que é essa batata frita com formatinho de waffles, super fofa. A comida estava deliciosa, mas por algum motivo todos passamos o resto do dia com barrigas superlotadas e meio mals.

Rango da madrugada


Esse lugar é mesmo uma beleza pros estômagos livres de crueldade. Até de madrugada, voltando de um rolê pela rua mais lotada de pubs e clubs, é possível matar aquela fome que bate depois de algumas várias cervas. Nesta noite, saí com meu novo amigo que me encomendaram para conhecer - Mat, americano, ex namorado de Zullyenne, nossa amiga de Brasila - e ao final da noite, os dois famintos, ele sugeriu que fôssemos neste local chamado The Diner (na mesma rua famosa pelos bares). Às duas da madrugada ainda tinha fila pra entrar no lugar. No cardápio, um mundaréu de carnes e poucas opções vegetarianas. Mat pediu um hambúrguer de feijão preto (que ele advoga ser o melhor hambúrguer do mundo), que era vegetariano porém não vegano. Ao perguntarmos se tinha algo vegano, a resposta: "só o cogumelo Portobello grelhado, se você pedir sem queijo feta". Ok, pensei, mas uma daquelas coisas adaptadas que ficam sem graça quando vc tira o queijo, o creme, o não-sei-mais-o-que e blá blá blá. Ledo engano. O prato estava sensacional! Foi a melhor larica da madrugada na vida! Ainda vinha acompanhado de arroz basmati, espinafre e pimentão vermelho também grelhados e uma salada com vinagrete da casa. Como diz Isa Chandra Moskowitz em seu livro de receitas Veganomicon: "Quem precisa de hambúrguer? Portobellos são os próprios hambúrgueres da natureza!". Tente grelhar um e verás!

PIZZA VEGANA! ÊeeÊeE^^eee!!!


Aqui várias pizzarias dão a opção de trocar o queijo normal por queijo vegano. A pizzaria Paradiso é uma delas. Fui lá e provei esta diliça. Como pizza foi a coisa que mais atrasou minha transição para o veganismo, foi pura alegria! Na foto, pizza de mozzarella vegana com espinafre, cebola roxa e cogumelos.

CUIDADO! (aviso na Co-op)


"AAAAGGGGHHHH!!!! Queijo feta NÃO é vegano! Por favor NÃO USE o pegador do feta no pote de tofu ou vice-versa. Se os pegadores não estiverem disponíveis para cada item, por favor procure um funcionário da TPSS para te ajudar. Obrigado :)"

Carrinho de falafel



Aqui em Takoma Park, cidade podecrê na qual estamos localizados, existe este simpático carro de comida vegana estacionado em um posto de gasolina.
Eles vendem basicamente falafel e tofu grelhado, e suas variações (em sanduíche, em prato com acompanhamentos), além de limonada com água gasosa.
Simples e eficiente!
Ainda não comi lá... Mais um lugar pra minha listinha.

domingo, 6 de setembro de 2009

Java Green: sanduíches



Eu pedi um sanduíche de “frango”, “presunto”, “queijo” e “maionese”, com tomate e alface. Simone foi de sanduíche no pão ciabata com “queijo” derretido e “frango” (acidentalmente) apimentado.

Ambos estavam muito saborosos, sendo que o meu estava super leve (bem diferente do que seria um sanduíche de realmente frango, presunto, queijo e maionese).

Pra acompanhar, pedi smoothie de banana e morango com leite de castanha e Simone foi de raw chocolate milk shake, que tava um absurdo de bom (e de caro também).

Destaque para a camiseta de Simone: Eat like you give a damn (tradução impossível!).

Java Green: comida maravilhosa



O Java Green é um "eco cafe" (comprometido com a sustentabilidade de suas atividades); isso significa que: a comida é lactovegetariana ou vegana; utilizam ingredientes orgânicos, em sua maioria; dão preferência a produtos certificados como originários de comércio justo (“fair trade”); oferecem preferencialmente pratos e talheres reutilizáveis, mas no caso de comida para levar, oferecem sacolas de papel e talheres de plástico, todos biodegradáveis (feitos de milho, fibra de cana e amido de batata) e a energia utilizada no local é 100% eólica.

O Java Green está localizado numa área bastante empresarial de DC (super chique e com prédios altos) e no horário de almoço fica ultra lotado – de empresários engravatados e empresárias de salto 15 – portanto, evitei o horário e almocei lá pelo meio da tarde. É legal ver que, quando a comida é de qualidade, é possível atrair diferentes tipos de público que a cozinha vegana tradicionalmente não costuma atrair.

Whole Foods Market: novidades!



Ainda no mesmo supermercado, duas das coisas mais impressionantes. Acima Simone usa uma das três máquinas que fazem manteiga de amendoim. Você escolhe que tipo de amendoim quer, posiciona o pote embaixo e aperta o botão. Tchan! A máquina moe o amendoim na hora e ele vira uma manteiga. Embaixo a gigantesca gama de sorvetes veganos: à base de leite de soja, leite de coco, iogurte de soja ou frutas.

Whole Foods Market: sensação!



Continuando a série pontos turísticos de DC, fui ao Whole Foods Market (porque pra mim, passeio turístico tem que ter comida). O Whole Foods Market é uma cadeia de supermercados gigantesca, presente no país todo, que se dedica a vender produtos diferenciados: orgânicos, integrais e naturais. Não é um local vegetariano, eles vendem todo tipo de produto de origem animal, no entanto, é um lugar abarrotado de opções veganas como queijos, leites, biscoitos, congelados, mock meats (carnes falsas), sorvetes e até mesmo comidas frescas para levar, feitas pela loja. Esta seção me deixou tão emocionada, era uma quantidade de comida tão grande, tão bonita, tão fresca, tudo que era vegetariano/vegano tinha uma identificação, que eu sequer consegui tirar foto. Essa seção de comida fresca me deixou super inspirada para montar meu negócio!

Na foto acima eu bem impressionada com as duas portas da geladeira só de hambúrgueres vegetarianos.

Abaixo, seção de mock meats.

Mimi Clark: livros à venda


Estes eram os livros a venda na casa dela: Mama's italian kitchen; Healthy eating for life (série de livros do PCRM – Comitê de médicos para a medicina responsável); Vegan Brunch; Vegan cupcakes take over the world; The vegan table; Soyfoods cooking for a positive menopause; The Candle Cafe cookbook (restaurante de NY); Great good dairy-free desserts; Vegan vittles; The vegan scoop; The joy of vegan baking e Authentic chinese cuisine.

Comprei o The vegan scoop, um livro só de receitas de sorvete (uma mais inusitada que a outra), de onde saiu a receita de sorvete de chocolate ensinada durante a aula. O livro vinha autografado pelo autor e com uma caixinha de creme de leite de soja fresco (soymilk creamer), que é um ingrediente solicitado em quase todas as receitas do livro.

Acabei de fazer o tal do sorvete de chocolate aqui em casa. Sucesso absoluto.

Mimi Clark: amostras de produtos


Por ter esta relação tão próxima com as empresas, Mimi recebe diversas amostras de produtos veganos, que são distribuídos entre as pessoas que participam das suas aulas.

Na mesa estão vários dos produtos que ela recomenda, por isso ela falou um pouco sobre cada um deles. Experimentamos grande parte deles durante a aula.

Chantilly, manteiga de amendoim, castanhas e sementes temperadas, sucos orgânicos, casquinhas de sorvete, açúcar orgânico, barrinhas de cereais, tofus, crackers sem glúten, queijos veganos (blue cheese e feta), marshmallow, granola, cacau, néctar de agave, salgadinhos que não são fritos e sim assados, creme de leite de soja fresco, sorvete de iogurte de soja, enfim, muita coisa!

Mimi Clark: Pratos da aula



Acima: à frente os cupcakes amarelos (levam um pouco de açafrão na massa para ficarem com essa cor) esperando pelo ganache de tofu e chocolate, que estava uma delícia; atrás Mimi finaliza os rice crispy treats, que são feitos com flocos de arroz integral, manteiga vegana (coisa maravilhosa que não existe no Brasil, portanto merece todo um post só pra ela) e marshmallows veganos, que são s-e-n-s-a-c-i-o-n-a-i-s (e tampouco tem no Brasil). Abaixo: mini Key lime pies, com base de cookie de chocolate (mas pode-se usar qualquer outro tipo de biscoito), recheio de creme de limão feito com um bando de ingredientes inexistentes no Brasil (como cream cheese e iogurte de limão veganos) e chantilly vegano por cima.

Mimi Clark: aula de culinária vegana



Na manhã do domingo passado (30/08) eu e Simone nos dirigimos a um daqueles típicos subúrbios americanos, onde todas as casas são iguais (grandes, sem portão na frente e com os gramados mais verdes do mundo), para uma agradável aula de culinária vegana.

Mimi Clark, a senhora da foto, trabalha com cozinha vegana há 20 anos. Além de dar aulas em grupo e personalizadas, ela trabalha com desenvolvimento de produtos, que é uma coisa muuuito nteressante: pelo que entendi, ela presta consultoria para empresas que querem desenvolver produtos veganos, opinando a respeito do sabor, dos componentes nutricionais, do nome, etc.

Esta era a aula de Healthy snacks and desserts (lanches e sobremesas saudáveis), e o cardápio foi o seguinte: Smoothie de frutas orgânico, pipoca com caramelo, sementes de abóbora tostadas, sorvete de chocolate, torta de limão, barrinhas de flocos de arroz, cupcakes amarelos com ganache de chocolate e tofu.

Na foto acima, a cozinha da casa de Mimi.

Na foto abaixo, Mimi fazendo o sorvete de chocolate vegano mais gostoso que já provei.