Posições de Field Target

Posições de tiro para Field Target

Desde a invenção das armas de fogo nada mudou tanto quanto a forma de empunhá-las. No começo, quando as armas não passavam de grandes peças de ferro, eram apenas seguradas com as mãos ou no máximo apoiadas contra o peito.

Com o passar do tempo, tanto as armas, que passaram a ter coronhas, como a forma de segurá-las foi se modificando.

No field target, as coisas não foram diferentes. Diversas formas de se empunhar a arma foram aparecendo e sendo adequadas à modalidade.

As regras para a prática do field target não impõem uma posição fixa, muito pelo contrário, a posição do alvo e as condições da pista é que definem qual posição é mais adequada.

Um bom atirador de field target deve, portanto, familiarizar-se com as diversas possibilidades para garantir um bom tiro em qualquer situação.



Em pé

Esta é a posição menos favorável de todas e a que mais depende da habilidade do atirador. Isso tudo porque utiliza uma grande quantidade de músculos para manter o corpo em posição. É particularmente muito afetada pelo vento e contornos do terreno.

O ideal para se ter sucesso nesta posição é partir da posição mais tecnicamente perfeita possível e ir modificando-a, com treinamento, para a mais adequada ao seu próprio corpo.

Foto 1: posição em pé



Uma das chaves para um bom posicionamento em pé é a redução do esforço aplicado ao braço e ombro esquerdos. Isso não pode ser atingido sem antes ser escolhido a posição adequada da mão, em função do posicionamento do alvo e comprimento do braço do atirador.

Estas são as formas mais adequadas de se segurar a arma, em ordem de elevação da arma em relação ao alvo.


Foto 2: posicionamento das mãos



De joelho

Uma posição mais estável é a de joelhos. É também uma posição quase que obrigatória em alguns tiros. Apesar de não ser a preferida de muitos atiradores, pode ser tão estável quanto a posição sentada, se bem construída.

Foto 3: posição de joelho



A principal diferença desta posição em field target para outras modalidades, é que não é utilizado a bandoleira. Isso leva a uma instabilidade lateral quando o braço é apoiado por sobre o joelho. Para se combater esta instabilidade, o cotovelo é posicionado pouco atrás da articulação do joelho.


Foto 4: posicionamento do cotovelo



Para se maximizar a estabilidade nesta posição, é importante transferir o peso de forma que o centro de gravidade fique posicionado entre o pé traseiro e o dianteiro.

Internacionalmente, é permitida ao atirador a utilização de um apoio por sob a perna traseira. Entretanto, não é permitido sentar na lateral do pé.



Posição sentada

A posição sentada é a preferida de muitos atiradores e á a que certamente possui a maior estabilidade.

Foto 5: posição sentada básica



Quase todo peso é suportado pela almofada de tiro, que deve ter uma altura máxima de 10 cm e recheada com material resistente. Os pés devem estar totalmente em contato com o solo sem, entretanto, fazer força.

O rifle pode ser apoiado de três formas distintas. Por sobre o braço, por sobre o joelho e por sobre a mão.

Foto 6: apoio do rifle



Como em todas as outras, o atirador deve fazer ajustes em função do seu corpo até achar a posição mais estável possível.



Sensibilidade à pega

Uma das características das armas de pressão por ação de mola é a sua sensibilidade à forma como são seguradas.

Entre o instante em que é pressionado o gatilho até o momento que o chumbo sai do cano, existe um longo tempo em que o pistão se desloca comprimindo o ar a sua frente.

Este tempo é em alguns casos suficientemente longo a ponto de fazer com que a arma saia de sua posição antes do chumbo partir em direção ao alvo.

É comum imaginar que, portanto, a arma deve ser segurada o mais firme possível para se tentar manter a visada. Este é um engano que leva muitos a achar que uma determinada arma é menos precisa que outra e, também, a agrupamentos ruins.

Independente da posição escolhida, a forma correta de se segurar uma arma de ação por mola é segurar de forma firme, porém sem restringir o movimento natural do recuo. A mão direita deve pressionar a coronha como se pressiona o cabo de um martelo, mantendo-se o braço e o ombro relaxados. O rosto deve ficar levemente apoiado contra a coronha, sem muita pressão e a arma encostada levemente deslocada para cima no ombro, sem muita força. A parte frontal da arma deve ficar apenas apoiada sem receber forças laterais.

Desta forma, os tiros serão muito mais consistentes, pois a arma irá sempre movimentar da mesma forma.
Autor Desconhecido.

Abraço. Matheus Ribeiro Cunha