quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A DOR CRÓNICA TEM TRATAMENTO

Dores Crónicas

Dores Físicas

Dores Miofasciais

Dores Somático Emocionais

Dores Psicossomáticas

Dores

A dor é uma sensação de desconforto e que é muitas vezes resultado de algo que não está bem com uma zona do corpo.

As dores podem ter uma origem física, uma origem fascial (da fáscia), origem somático emocional ou uma origem psicossomática.

Dor Crónica

A dor crónica define-se como dor persistente ou recorrente quando existe por mais de três meses.

Dores Físicas

As dores de origem física devem-se a alterações existentes no corpo que comprimem os receptores nervosos de dor.

Este é o tipo de dor com que todos nós já lidámos por diversas vezes ao longo da nossa vida quer essa dor tenha sido resultado de um corte, de uma pancada ou de qualquer outro traumatismo ou mesmo de uma cirurgia.

Este tipo de dor é aquele com que todos estamos familiarizados e é aquele que é facilmente compreensível.

O deslocamento de uma vértebra pode provocar dor, tal como a existência de uma hérnia também.

Da mesma forma uma queda ou outro traumatismo provoca também dor.

O que se passa nestes casos é que os receptores nervosos são comprimidos e "disparam" impulsos eléctricos, informando-nos de que existe dor em determinado local.

Por norma após algum tempo (horas, dias ou semanas) as dores vão diminuindo e desaparecendo à medida que o corpo vai recuperando.

Nos casos em que a dor não desaparece, então estamos perante situações em que o corpo se mantém alterado ou a causa da dor não foi resolvida.

Nestas situações há que corrigir as causas e a dor acaba por desaparecer sem mais problemas nem complicações.

Dores Fasciais e Miofasciais

Quando a dor se manteve demasiado tempo ou melhor dizendo, quando as causas se mantêm demasiado tempo, muitas das vezes entra-se em alterações fasciais e nas dores fasciais ou como são chamadas muitas das vezes, nas dores miofasciais.

As dores miofasciais são muito mais difíceis de resolver pois a fáscia encontra-se alterada e este é um tecido que é muito mais difícil de corrigir do que os problemas e dores musculares.

A fáscia é um tecido que deveria ser flexível e elástico dentro de determinados valores e é um tecido que mantém toda a estrutura do nosso corpo indo da cabeça aos pés.

O facto da fáscia ser contínua e manter todo o corpo interligado, explica a razão dos problemas se deslocarem ao longo do corpo ou dos sintomas e das dores muitas vezes estarem muito longe das causas que lhe dão origem.

Actualmente não existem exames médicos para detectarem as alterações na fáscia pelo que essas alterações passam completamente despercebidas da classe médica.

Isto explica o facto da existência das dores crónicas pois apesar de nada se detectar a nível médico, a dor está lá, pois ela deve-se a uma alteração fascial ou miofascial.

Detectar alterações na fáscia é um trabalho difícil e infelizmente são muito poucas as pessoas que estão treinadas para o fazer e ainda menos as que conseguem fazer correcções eficazes e duradouras na fáscia.

Isto explica porque frequentemente se diz que não se pode fazer nada nas dores miofasciais e o porquê muitas das técnicas miofasciais nem sempre darem os resultados que se esperam.

Muitas das dores da fibromialgia devem-se a dores miofasciais.

Da mesma forma muitas das dores crónicas devem-se a dores miofasciais.

Dores Somático Emocionais ou Somato Emocionais

As dores somático emocionais são dores que existem e doem no físico (no corpo) e que se sentem no corpo mas que têm uma componente emocional muito forte.

As dores somático emocionais têm uma componente física e emocional (e por vezes também psicológica) e que se manifestam no corpo e nos tecidos.

Elas normalmente têm uma componente física de dor, uma vez que se formaram aquando de um traumatismo físico.

Elas por norma são formadas aquando de um traumatismo físico em situações em que existia uma forte componente emocional (e por vezes psicológica) envolvida.

No entanto muitas destas dores somático emocionais podem não ter qualquer traumatismo físico associado e terem apenas uma origem emocional e ou psicológica.

Ou seja, a pessoa pode ter passado por uma situação demasiado forte em termos emocionais e somatizou essas emoções em algum lugar do seu corpo.

Com o tempo ela começa a ter dores nesse local e os tecidos vão alterando e sofrendo alterações até essas alterações se tornarem visíveis.

As emoções contraem o corpo e os nossos órgãos e dessa forma provocam dores sem a existência de qualquer traumatismo físico.

Estas dores somático emocionais são bem reais e provocam dores físicas bem reais mas ..... têm uma forte componente emocional por detrás, componente emocional essa que pode alterar por completo a maneira da pessoa ver a vida e de lidar com a vida.

Para além da dor e das disfunções que este tipo de dor provoca no corpo ou órgão,  ela também afecta toda a parte emocional e psicológica da pessoa.

Muitos dos problemas psicológicos que as pessoas apresentam vêm não de problemas psicológicos mas sim das somatizações emocionais que se encontram nos tecidos e que alteram por completo a pessoa em termos psicológicos.

Isto explica os fracos resultados que algumas pessoas obtêm com bons tratamentos psicológicos.

Após a remoção de uma dor somático emocional é muito frequente a pessoa mudar bastante em termos emocionais e psicológicos, (para além de se livrar da sua dor física e das disfunções corporais associadas).

Estas dores conseguem confundir qualquer profissional pois as queixas da pessoa são bem localizadas e muitas vezes não têm a ver com traumatismos físicos, e todos os exames e testes que a pessoa faz não mostram nada. Da mesma forma todos os tratamentos que a pessoa faça não dão quaisquer resultados.

Esta é outra das razões das dores crónicas que muita gente sofre hoje em dia.

Dores Psicossomáticas

Estas dores como o seu nome diz são dores que apesar de doerem no corpo e de serem bem reais em termos físicos, nada têm a ver com o físico.

Isto parece mentira mas é mesmo assim que funciona.

Dói imenso em termos físicos e a dor pode ser ou não localizada mas ela não está lá no físico apesar de dar essa sensação.

A verdade é que até pode existir algo no físico, mas essa dor não está no físico. A dor não existe no corpo.

A dor não existe nos tecidos (não existe nada físico a provocá-la) apesar de ser bem sentida e das dores que provoca serem bem reais.

Ela pode estar relacionada com algum traumatismo físico ocorrido no passado, mas agora essa dor não é física mas sim psicossomática.

Ou seja esta dor não existe em termos físicos mas em termos psicossomáticos (manifesta-se no físico, mas não porque exista um problema físico, mas sim porque existe algo a nível psicológico, mental e ou emocional).

O facto da pessoa ou do local ter sofrido dor no passado, leva a pessoa a acreditar que a lesão ainda se mantém e leva os profissionais a acreditarem que o problema ainda se mantém.

Estas dores enganam quer a pessoa/paciente quer os mais diversos profissionais pois são bem reais e são bem dolorosas ..... apesar de não serem físicas.

Estas dores são quase sempre constantes ao longo do dia e muitas das vezes incapacitam a pessoa por completo para o seu dia a dia.

Esta é outra das razões das dores crónicas.

A resolução destas dores psicossomáticas passa por:

1) Compreender e levar a pessoa/paciente a ver que elas não são físicas.

Esta é uma tarefa muitas vezes bastante complicada pois a pessoa não acredita que algo que dói tenha um origem emocional ou psicológica e continua a teimar que o que tem é dor física. Afinal o que dói é o corpo.

Infelizmente enquanto a pessoa não permitir que se faça outro tipo de abordagem, não é possível eliminar as suas dores "físicas" (que se manifestam no físico).

2) Fazer um trabalho de procura e libertação das origens emocionais ou psicológicas que estão por detrás das dores psicossomáticas.

Também aqui o problema não é nada fácil pois a pessoa nunca vai ao psicólogo para trabalhar um dor física.

Como se não bastasse, o psicólogo muitas das vezes não está preparado para lidar com estas queixas e sintomas, pois são demasiado físicas.

3) Muitas das vezes as dores psicossomáticas também têm uma mistura de dores físicas e emocionais (sobretudo na sua origem) que estão de tal maneira interligadas que se torna muito difícil saber por onde começar e mesmo quando se sabe por onde começar, os resultados levam tempo e dão demasiado trabalho.

As dores psicossomáticas são também muitas vezes encontradas na fibromialgia e em dores crónicas e o facto de doerem no físico leva os pacientes a nunca acreditarem que elas tenham uma causa emocional nem psicológica e dessa forma torna-se impossível fazer seja o que for para as aliviar.

Esta é a principal razão porque muitas dores crónicas e algumas fibromialgias não se conseguem eliminar enquanto a pessoa não aceitar fazer um trabalho emocional e psicológico para se libertar das suas emoções  e dos  problemas (e de outros componentes) que lhe provocaram fortes alterações emocionais e ou psicológicas.

Chegados aqui, poderíamos pensar que bastava fazer apenas um trabalho a nível emocional e psicológico e tudo se resolveria.

Nada mais errado. A maior parte destes problemas emocionais e psicológicos estão muito abaixo do nível de consciência da pessoa e ela não se apercebe de que eles existem nem de que eles a afectam.

A pessoa por mais que olhe para o seu passado nunca consegue encontrar nenhum trauma nem nenhum problema emocional e muito menos um que possa ser responsável pelas suas dores. (Na verdade pode nem existir nenhum problema no seu passado).

A maior parte destes problemas emocionais existem a um nível inconsciente e sem qualquer percepção da pessoa acerca da sua existência. Da mesma forma podem nem existir no seu passado como traumas ou problemas.

Esta é também a razão de serem muito poucos os profissionais que se apercebem de que existe uma razão emocional e psicológica por detrás da dor que a pessoa tem.

E menos ainda aqueles que conseguem trabalhar estas situações.

Esta é uma daquelas situações que não se vê nem se apercebe, quer pela pessoa quer pelo profissional.

Quando determinada dor se mantém ao longo de anos, apesar das boas abordagens e terapêuticas efectuadas, então é bom suspeitar de que pode existir algo "invisível" por detrás da dor.

E que lidar com essa dor e com essa pessoa não vai ser um trabalho fácil e que irá sempre falhar até ao dia em que a pessoa/paciente pare e aceite a possibilidade da sua dor ter uma causa emocional/psicológica.

Depois há que encontrar quem se entenda com esse tipo de problema pois não é um trabalho para as abordagens tradicionais.

Problemas deste tipo têm causas que não se vêm nem se estudam nas abordagens tradicionais.

As dores psicossomáticas (tal como as somático emocionais e as fasciais e miofasciais) são muitas das vezes as responsáveis pela dor crónica e pelas fibromialgias.

Muitas doenças, dores, disfunções, etc. são psicossomáticas ou seja têm a sua origem na mente.

Saber identificar quais as suas causas e corrigi-las á uma arte que requer aprendizagem e experiência e não apenas formação.

Isto explica a razão de muitas doenças, dores, problemas físicos, disfunções, etc. se dizem sem tratamento ou não reagem aos tratamentos.

Quando se aprende a identificar e a corrigir as causas dos problemas, tudo ou quase tudo se torna possível.

É desta forma que dores crónicas, dores miofasciais, dores psicossomáticas, fibromialgias e muitos problemas que frequentemente se dizem sem solução, podem ser corrigidos em muito pouco tempo.