Friday, July 27, 2007

GRAMADO (RS) - 3º dia

Faltavam quinze minutos para as oito horas da manhã quando o guia-motorista Carlos da HS Turismo chegou para nos buscar no Gramado Hostel. Faríamos naquela terça-feira o famoso Tour Uva e Vinho.

Dica: Recomenda-se fechar esse passeio com agência de turismo mesmo (esse foi o único que fechamos com agência durante toda a viagem). Ele inclui visitas a vinícolas, degustações, almoço e até o passeio no trem Maria Fumaça, passando por Carlos Barbosa, Garibaldi e Bento Gonçalves. Por serem cidades mais distantes de Gramado, fica complicado realizar um bom passeio dependendo de ônibus. Com carro alugado, não sei como fica o acesso às vinícolas para visitação. Total para duas pessoas, com ingressos da Maria Fumaça inclusos, pela HS Turismo – R$ 224,00 (o pagamento total poderia ser feito no dia do passeio, sem necessidade de depósito antecipado).

Eu e meu marido encontramos o Carlos na recepção do Hostel.

- Thaís?

- Não, Alexandra e Thiago – respondi a ele.

Quando observei a lista impressa que ele tinha com os nomes, vi que haviam trocado o meu para Alexandre e o do Thiago por Thaís! Poxa, fiz a reserva por e-mail, era só copiar e colar os nomes! (risos)

Tudo bem, partimos normalmente para nosso dia cheio de atividades. Em pouco tempo, a turma já estava completa dentro da Sprinter e seguimos em direção a Nova Petrópolis. Meu marido e eu havíamos desistido de ir a Nova Petrópolis, porque iríamos apenas para ver o Labirinto Verde e achávamos que não valia a pena gastar com ônibus só para isso. Felizmente, houve tempo de incluir o Labirinto Verde no Tour Uva e Vinho da HS e “matamos dois coelhos com uma cajadada só”. A Praça das Flores, onde fica o Labirinto, é realmente muito bonita e o Labirinto em si é bem divertido. Demoramos para achar o caminho até o centro, mas depois de encontrarmos, foi um pouco mais rápido para achar a saída.

Houve atraso de uns dez minutos para sairmos de Nova Petrópolis graças a um casal que resolvera comprar malhas em vez de apenas ir ao labirinto e voltar ao carro. Inconveniente básico de passear com agência. O casal, principalmente o homem, atrapalharia mais durante o dia, fazendo perguntas inúteis o tempo todo, interrompendo todos os guias que falaram com a gente. O jeito era nos fazermos de surdos.

Voltando ao que interessa, Nova Petrópolis pareceu-nos uma cidade bastante simpática e pretendemos voltar a visitá-la numa próxima oportunidade. De lá, seguimos até Carlos Barbosa para degustação de queijos e vinhos na Fetina de Formaio. O senhor que nos serviu era bastante animado e, em alto e bom som, explicava com conhecimento e gosto sobre cada queijo e salame que cortava para todos experimentarem (descobri que tem até vídeo no youtube com esse cara servindo os queijos, risos). Recomendo o salame de javali, leve e mais saudável, e os queijos já feitos com orégano e pimenta, o provolone e o sansoe. Degustei os licores de menta e laranja, mas eram bastante fortes para mim. Muitos da nossa turma da HS reclamaram da quantidade de vinho para degustação - ô povinho que acha que só porque é de graça é bom pra encher a cara! Nem preciso dizer que eles nem avaliaram o sabor, apenas queriam mais, né?

Dica: Leve o queijo e o salame que você apreciar na degustação! Vale a pena! E eles embalam para viagem. Mesmo que não faça o Tour Uva e Vinho, no entanto resolva passar por Carlos Barbosa, a Fetina de Formaio é uma ótima parada.

Depois dos queijos e vinhos, atravessamos a rua e fomos ao varejo da Tramontina. Ficamos um tanto frustrados em só poder passar pelo varejo, pois o passeio pedia, no mínimo, que visitássemos um parte da fábrica, responsável por 90% dos empregos diretos e indiretos de Carlos Barbosa. Nitidamente o objetivo da agência e da Tramontina era que apenas comprássemos lá.

Nossa próxima parada foi em Garibaldi, no museu da Georges Aubert. Lá é possível observar as diversas uvas utilizadas nos diversos tipos de vinho e espumantes, algumas máquinas antigas de engarrafamento, além de um grande barril de carvalho todo pintado com giz de cera por dentro (é possível ver uma parte da pintura no meu fotolog). Infelizmente, a prioridade mais uma vez era vender e tivemos apenas uns dez minutos para ver o museu. Levou-se muito mais tempo na degustação e conseqüente compras na lojinha logo ao lado. Mas tudo bem.

A guia da Georges Aubert abriu a garrafa de espumante com o sabre, seguindo a tradição francesa, e fez a alegria dos que queriam encher a cara deixando as taças mais cheias do que na degustação da Fetina de Formaio. Depois ainda houve degustação de vinhos e licores que, pelos cachaceiros de plantão, poderiam ser servidos todos na mesma taça – ainda bem que a guia não deixou.

Almoçamos no Ristorante Del Filippi num trecho da estrada considerado já pertencente ao município de Bento Gonçalves. Comida farta e muito boa, apenas a bebida não estava inclusa no pagamento do Tour – claro que o pessoal da turma HS reclamou e ainda queria levar os poucos vinhos que compraram na Georges Aubert pra dentro do restaurante! Sem noção, porque lá dentro o restaurante tinha seu próprio vinho, inclusive a venda para levar para casa. Não comi o sagu de sobremesa, porém ouvi muitos elogiarem como um dos melhores que comeram na região das serras gaúchas.

Passamos no início da tarde pelo Vale dos Vinhedos e visitamos a vinícola da Miolo. Finalmente um tour prolongado, com boa explicação sobre como são feitos e armazenados os vinhos. Toda a Miolo é muito bonita e interessante e vale a pena a visita.

Em frente à Miolo estão construindo um Spa do vinho. O guia da vinícola nos explicou que a obra deveria ter sido entregue em 2005, contudo descobriram algumas rachaduras na estrutura e trocaram a construtora. O novo prazo era julho de 2007, todavia as banheiras, importadas da Europa, vieram de navio e ficaram prezas no porto. O Spa não contará apenas com uma “dieta de vinhos”, mas com produtos de beleza e tratamento feitos com vinho. Na loja da Miolo encontramos shampoos, sabonetes e hidratantes feitos de vinho (levei um para as mãos com um cheirinho muito gostoso).

Na hora da degustação, fomos a uma sala reservada para isso, com mesas já preparadas com diversas taças para os diferentes tipos de vinho. Outro nível – e até por isso, talvez, alguns da van HS não quiseram participar, convenceram-se de que não iam encher a cara mesmo (risos). Essa é uma degustação paga, porém os créditos podem ser utilizados na loja da Miolo depois. Pagamos R$ 5,00 cada para degustar os vinhos bronze. Gostamos do Terranova branco e do espumante, mas não apreciamos os três tintos servidos.

Dica: Para quem realmente aprecia vinhos, também havia as opções de degustação prata por R$ 10,00 cada, e ouro, por R$ 15,00 cada.

Na loja da Miolo, degustamos alguns queijos no espaço promocional da Casa da Ovelha. Todos feitos com leite de ovelha e muito bons! Deu vontade de levar tudo!

Dica: Entre no www.casadaovelha.com.br e descubra onde comprar perto de você. No site, também há dicas sobre o leite de ovelha para quem tem alergia a leite de vaca e de cabra.

Da Miolo voltamos para Carlos Barbosa para embarcar na Maria Fumaça às 16h. Durante o trajeto de pouco mais de uma hora de duração, grupos artísticos se revezaram entre os vagões do trem. Assistimos a divertidas apresentações de um grupo de música regional, outro de música italiana e de um casal comediante. No caminho, o maquinista seguia a ordem de algumas placas e fazia a Maria Fumaça apitar. Entre Carlos Barbosa e Bento Gonçalves, fizemos uma parada na estação de Garibaldi para degustarmos espumantes e suco de uva (da marca Precioso, muito bom). Ficamos com uma pequena taça de plástico a viagem toda, pois na estação de Bento Gonçalves também houve degustação, só que de vinhos.

Um dos serviços muito interessantes da estação de Bento é o da foto à moda antiga. Colocamos uma roupa adequada e tiramos as fotos em sépia ao lado do trem, como se realmente fôssemos e estivéssemos em outro século. Ficaram perfeitas as imagens, inclusive porque a fotógrafa dirigia as cenas que ia fotografar.

Dica: Leve dinheiro para estação de Bento Gonçalves, pois nenhum dos serviços aceita cartões. As fotos à moda antiga são entregues no hotel no dia seguinte (elas entregaram direitinho no Gramado Hostel no dia seguinte à noite). Pagamos R$ 25,00 por uma foto revelada em tamanho 20x25 e o negativo com as quatro fotos tiradas. Para ter as quatro fotos reveladas nesse tamanho, o preço sobe para R$ 50,00.

A viagem de volta de Bento à Gramado foi longa, pois não houve paradas e já estava anoitecendo. Graças a Deus os amigos malas da Sprinter estavam cansados e dormiram o caminho todo (risos).

Deixamos as compras no Hostel e voltamos para o centro de Gramado para jantar. Resolvemos experimentar os pastéis do O Pasteleiro e não nos arrependemos. Além do ambiente alegre, o atendimento foi muito bom e os pastéis estavam deliciosos. Em homenagem ao Festival de Cinema, as paredes da casa mostravam fotos antigas do evento e o cardápio todo tinha relação com o cinema: os pastéis com nomes de filmes (o meu era de mussarela, denominado “Esqueceram de mim”) e os cafés, de diretores. Além disso, havia duas opções de tamanho para os pastéis: Curta e Longa. O curta era do tamanho de um pastel de feira e o longa, duas vezes mais; ambos estavam generosos no recheio.

Aguardem o relato do 4º dia!

Fotos: www.fotolog.com/alexandrab - 1ª foto “Labirinto Verde” (postada em 25/07), 2ª foto “Museu da Georges Aubert” (postada em 27/07), 3ª foto “Vinícola Miolo” (será postada em 30/07), 4ª foto “Maria Fumaça” (será postada em 31/07), 5ª foto “Estação de Bento Gonçalves” (será postada em 01/08).

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