10 fevereiro, 2007

Memorial Crítico - Anie Karenina

A comunicação sempre fez parte da minha vida. Talvez pelo fato de eu ser de escorpião (21/11/1985) me traga as características de ser falante e expansiva, ou talvez porque sempre me relacionei bem com todos, uma vez eu morei dos 3 aos 20 nos fundos da casa dos meus avós maternos, e por eu e meus 2 irmãos mais novos (Laluna e Lucas) sermos os únicos netos, eu tenha crescido muito mais entre adultos. Mas acredito que as influências mais fortes sejam meus pais. Minha mãe é uma mulher alegre, batalhadora, independente, e sempre se relacionou bem com todos, acredito que a expansividade eu tenha herdado dela. Ela é hoje uma grande amiga. Meu pai é um cara metódico, disciplinado, mas sobre tudo, muito curioso e inteligente. O fato de estar sempre interessado no mundo o fez me ensinar esse interesse. Acredito que o fato de ele ter participado mais ativamente do início dos meus estudos me fez ser curiosa e despertar o prazer de estudar. Duas características que mantenho até hoje.
A independência e o gênio forte, características herdadas de pai e mãe, respectivamente, são as características mais marcantes minhas.
O trabalho feito pelo meu pai, comigo nos estudos incluía uma busca pelo conhecimento de mundo mais abrangente do que o normal, na minha época. Lembro-me de discutirmos sobre propagandas. Tinha aquelas que gostávamos, tinha aquelas que detestávamos e aquelas, que claro, discordávamos. Não só na propaganda, mas em todos os assuntos somos assim até hoje, apesar das discordâncias estarem sempre mais em voga.
A idade de 12 anos foi um divisor de águas. Estava moldando o meu caráter e muito da pessoa que sou hoje. Desde então há prazeres, conflitos e ideologias que, muitas delas, sustento até hoje.
Minha curiosidade e o fato de transitar bem pelos diversos grupos sociais que me cercam, fez de mim uma líder. Não falo sobre poder ou manipulação, mas a facilidade de articular várias pessoas e idéias. Me vejo como estrategista.
Ao entrar no ensino médio, aos 15 anos, descobri um mundo diferente. O COLTEC foi a escola que mais me ensinou e onde mais apanhei até então. Porém, fiz amizades (amigos – são, foram e sempre serão parte integrante da minha vida) que levarei pela vida toda, tenho certeza. Ao iniciar o curso técnico de eletrônica, descobri que não posso ser motivada somente pela vontade de me dar bem financeiramente, mas mais do que isso, preciso estar emocionalmente e profissionalmente realizada e só a partir daí, serei bem sucedida financeiramente. Essa foi o maior aprendizado que o COLTEC me deu. E claro, não terminei o curso de eletrônica.
Durante o 2º ano do ensino médio tive dois professores de artes que me ensinaram muito. O primeiro deles foi o ZeDú, que me ensinou a fotografar, a olhar as coisas e a necessidade da poética na vida. Já o segundo, Alessandro, me apresentou o cinema e as artes audiovisuais de forma que até então não conhecia. Foi ele quem me explicou a importância de toda essa “comunicação” e me mostrou o quanto o meu perfil e essas comunicação eram parceiros.
Fiz meu primeiro vestibular na UFMG para psicologia. Acho que teria gostado, mas não terá amado, como hoje amo comunicação. No segundo vestibular, resolvi fazer também vestibular na PUC (já sabia, pelo professor Alessandro sobre o curso de Comunicação Integrada). Assim, estudei e na data de fazer a inscrição, fiquei entre Comunicação Social e Ciência Sociais. Se tivesse optado por Sociologia, teria passado na UFMG, mas hoje, após o pouco contato que tive com algumas disciplinas, sei que teria odiado. Ao fazer a inscrição, disse a mim mesma “pense bem e saiba que o que você busca é algo para a vida toda”. O meu sonho hoje é poder viver de comunicação.
Ao entra na PUC, conheci pessoas incríveis. Luciana, Maira, Everaldo, Braulio, Túlio, Victor, Luis, Hugo, essas pessoas me ensinam um pouquinho a cada dia (inclusive sobre futebol). O curso, bom esse é: apensar de eu entrar sem saber o que iria fazer nas habilitações, a cada dia que passava, eu sabia mais e mais que estava no lugar certo. Não só no curso, mais a Universidade. Se tivesse passado para a UFMG teria me tornado algo que nunca gostei.
É claro que o curso não é perfeito, que há falhas, que eu desejava poder me dedicar mais, mas também não me acho uma aluna ruim. Já escolhi PP e acho que por mais que saiba que não será uma profissão fácil, acho que o fato de ser apaixonada pelo que estudo ajudará nestes momentos de angústia.
Ao entra na faculdade, as expectativas de produzir eram as mais altas. Os laboratórios me encantaram, e o fato de poder “colocar a mão na massa” era o mais legal. Hoje, no 5º período, já descobri que acho legal produzir, mas o que eu quero mesmo é planejar comunicação.
Atualmente faço estágio em comunicação interna e por mais que isso seja interessante, sinto-me estagnada, pois já estou lá há 8 meses e sinto que já não acrescento em nada e não sou acrescentada em mais nada. Continuo porque preciso do dinheiro e porque ainda não consegui algo diferente e interessante.
Perspectivas para o futuro? Acredito em destino e que já está tudo escrito, mas que preciso andar pelas páginas, para que a história se revele. Assim, eu não sei o que será de mim quando formar pois há várias coisas que eu gostaria de trabalhar. Sei que o caminho é tortuoso, mas acredito que ao final dele “I will finaly find what I´m look for”.
Metodologia é algo que vou descobrir durante esse semestre. As expectativas são que a pesquisa se torne um bicho com menos de 7 cabeças.
E o Hanson? O Hanson está acima de qualquer crítica.

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