segunda-feira, 19 de julho de 2010

Desequilíbrio Emocional

Quando as emoções provocam doenças
I PARTE
“Toda enfermidade é intencional”. Com esta frase, o psicanalista Sigmund Freud quis dizer que, de uma forma ou de outra, as pessoas adquirem ganhos secundários quando manifestam alguma doença. Principalmente quando a usam para chamar a atenção ou como forma de exteriorizar dificuldades emocionais. Este é o caso das doenças psicossomáticas – ou seja, de fundo emocional, que atingem um terço da população mundial. Elas aparecem em qualquer pessoa, em qualquer idade, e podem prejudicar os relacionamentos, a vida pessoal e a rotina. Saiba como identificá-las e o que é preciso fazer para se livrar dos sintomas.
O que é?
Doenças psicossomáticas (a palavra soma, em grego, significa corpo) são manifestações orgânicas que podem ser provocadas ou cujos sintomas podem ser agravados por problemas mentais ou emocionais. É um processo pelo qual a pessoa “transfere” para o organismo a carga emocional decorrente de algum problema que está vivendo. A conseqüência, muitas vezes, é o surgimento de uma doença ou o agravamento de uma já existente. Em outras palavras, é quando a pessoa, por não saber expressar suas emoções e externalizar seus conflitos de forma adequada, acaba por armazenar suas tensões em seu corpo.
Isso desencadeia processos no organismo, gerando o estresse que, em longo prazo, provoca o aparecimento de doenças. “Todos nós já percebemos que, quando passamos por momentos importantes de tristeza, ansiedade, raiva e problemas afetivos, nosso organismo reage. Conflitos que não encontram espaço para serem resolvidos na mente são transferidos para o corpo”, comenta a psicóloga e psicoterapeuta Olga Inês Tessari.
Carência ou doença real?
As doenças psicossomáticas surgem em momentos de muita ansiedade, estresse e frustração. E são bastante comuns em pessoas “implosivas”, que não costumam extravasar os sentimentos, não sabem conduzir um diálogo saudável e, guardam para si sentimentos como dor e mágoa. Assim, a tensão causada por eles se acumula no organismo e, uma hora, “explode”, causando manifestações do organismo. E aí, aparecem doenças como síndrome do pânico, gastrite nervosa, asma, úlcera, artrite e problemas dermatológicos ou sexuais.
Qualquer pessoa pode somatizar, mas existem aquelas que podem ser consideradas “somatizadoras típicas”, que sofrem com o problema com bastante freqüência e estão constantemente procurando algum tratamento médico. Estudiosos do tema chegaram à conclusão de que essas pessoas costumam ser carentes e que os sintomas seriam uma forma de chamar a atenção. Crianças são um bom exemplo disso: quando não têm seus desejos atendidos, algumas delas têm febre para ganhar a atenção da mãe. Assim, a mãe pára tudo para dispensar cuidados especiais. E é bastante comum que a garotada exteriorize suas dificuldades emocionais manifestando crises de asma, vômito, cólica ou ainda fazendo xixi na cama. Mas são os adolescentes e adultos que costumam sofrer mais com a somatização.
Qualquer pessoa pode somatizar, mas existem aquelas que podem ser consideradas somatizadoras típicas”, que sofrem com o problema com bastante freqüência e estão constantemente procurando algum tratamento médico. Estudiosos do tema chegaram à conclusão de que essas pessoas costumam ser carentes e que os sintomas seriam uma forma de chamar a atenção. Crianças são um bom exemplo disso: quando não têm seus desejos atendidos, algumas delas têm febre para ganhar a atenção da mãe. Assim, a mãe pára tudo para dispensar cuidados especiais. E é bastante comum que a garotada exteriorize suas dificuldades emocionais manifestando crises de asma, vômito, cólica ou ainda fazendo xixi na cama. Mas são os adolescentes e adultos que costumam sofrer mais com a somatização.
Causas
Os sintomas, em geral, iniciam-se antes dos trinta anos de idade e ocorrem mais freqüentemente em mulheres, interferindo na vida pessoal, levando à necessidade de um tratamento médico. A causa ainda não foi descoberta, mas os sintomas costumam surgir em momentos definidos como, por exemplo, no começo da idade escolar, durante a crise da adolescência ou no início da vida adulta, em função de responsabilidades profissionais e sociais. São, ainda, resultado de perdas significativas, tais como a morte de um parente ou a perda do emprego. Também podem surgir com a crise da meia-idade.
Mas por que as doenças psicossomáticas acontecem? Porque certas condições orgânicas estão ligadas a determinados estados emocionais. Se algo não vai bem com o indivíduo, o organismo “sente”, e o sistema nervoso central manda várias substâncias para a corrente sangüínea, como neurotransmissores e hormônios – que atuam como reguladores do organismo. Assim, basta que se esteja em desequilíbrio para as doenças começarem a aparecer.
O papel das emoções
Segundo Olga Tessari, quem sofre com a somatização são as pessoas que têm dificuldade de expressar suas emoções de forma adequada ou que as reprimem. “São freqüentes os casos em que a doença dura a vida inteira. As pessoas com esse distúrbio costumam se relacionar com outras pessoas através dos seus sintomas”, diz a psicóloga. Doentes psicossomáticos têm muita dificuldade em admitir que tenham um problema de fundo emocional, justamente por conta dos sintomas físicos que o acompanham.
II PARTE
Como tratar?
Para descobrir se a doença é mesmo psicossomática, o médico deve fazer um exame físico detalhado, solicitando também exames laboratoriais, para excluir causas físicas dos sintomas, que costumam ser vagos e indefinidos. Vale dizer que existe a possibilidade de que uma doença real possa passar despercebida pelo médico em pessoas com um distúrbio de somatização por história pregressa de queixas infundadas. Por isso, a atenção durante o diagnóstico deve ser redobrada.
Nos casos de somatização, o objetivo do tratamento é auxiliar o indivíduo a aprender a lidar com os sintomas físicos e entender que eles têm uma origem psíquica. É preciso, principalmente, manter uma relação de empatia e confiança com o médico, comparecendo regularmente às consultas para avaliar os sintomas. O médico, por sua vez, deve explicar ao paciente os resultados dos exames e esclarecer quais os mecanismos que a pessoa utiliza para enfrentar os seus problemas. Mas é preciso muito tato para manter essa boa relação. “Não se deve dizer a uma pessoa que seus sintomas são imaginários. Uma relação ruim com o médico pode agravar o problema”, ressalta Olga Tessari. A psicóloga comenta que, se não houver tratamento psicológico e mudanças na vida do paciente, a somatização pode se arrastar pela vida inteira. Um grande passo é aprender a lidar de forma positiva com emoções e conflitos, que são os fatores que geram as doenças psicossomáticas.
Apoio é fundamental
O apoio de familiares e amigos é muito importante para a auto-estima de um doente psicossomático.
Perguntas reflexivas:
1. Como está a sua auto-estima?
2. Quantas mágoas estão alojadas aí dentro de você?
3. Cite alguns medos que você possui:
4. Você já imaginou que o seu nível de ansiedade pode lhe prejudicar?
5. Como você lida com os ciúmes que sente?
CRISE DE PÂNICO
O pânico nada mais é do que uma crise muito forte e intensa de ANSIEDADE. A ansiedade vai crescendo e, aos poucos, vai superando todos os limites aceitáveis do nosso organismo e do nosso emocional e isto acaba provocando a crise do pânico. Uma crise de pânico dura caracteristicamente vários minutos e é uma das situações mais angustiantes e desesperadoras que uma pessoa pode experimentar na vida. A grande maioria das pessoas que tem uma crise de pânico terá outras se não fizer o tratamento adequado.
Os sintomas do pânico aparecem de repente, sem nenhuma causa aparente. Suor frio e abundante, dor no peito, palpitações, falta de ar, tremores, palidez, rigidez, calafrios ou ondas de calor, formigamento das mãos e pés, fraqueza, sensação de que vai desmaiar, tonturas, vertigens, sensação de engasgo com alimentos,irritabilidade, diarréia, labirintite, reflexos intensificados, náuseas, boca seca, dificuldade de respirar, sensação de estar sonhando (distorções de percepção da realidade), medo de perder o controle e fazer algo embaraçoso, sensação de que algo inimaginavelmente horrível está prestes a acontecer e de que se está impotente para evitar tal Acontecimento; medo de morrer ou de loucura iminente.
As crises de pânico, na verdade, são reações de alerta do organismo. Essas reações, normalmente, são desencadeadas em situações onde há uma percepção de perigo real ou de emergência: é um conjunto de mecanismos físicos e mentais do organismo que permitem que a pessoa reaja a uma ameaça e que cumpre uma importante função para a sua sobrevivência. Nas crises de pânico a reação de alerta do organismo é desencadeada desnecessariamente, sem qualquer perigo iminente...(por isso chamamos também de síndrome do pânico) É como se o organismo fosse o alarme de um carro, muito útil em situações em que há o perigo do carro ser roubado. Para algumas pessoas, esse alarme dispara sem qualquer motivo aparente (é como se o alarme estivesse com defeito, tocando à toa). Para piorar ainda a situação, é comum as pessoas que têm pânico passarem a ter medo dos locais onde a crise aconteceu. Quem tem uma crise dentro de um carro, por exemplo, passa a não querer mais dirigir. Se a pessoa tiver uma outra crise num lugar fechado e cheio de gente, ela passará a não querer mais entrar em shopping centers, supermercados, bancos, etc... Ela pode desenvolver medos irracionais sobre essas situações e começar a evitá-las e procura fugir delas a qualquer custo. Em muitos casos, o medo de ter outro ataque de pânico pode levar a pessoa a sentir-se incapaz de dirigir ou mesmo de sair de casa, por exemplo.
fonte: www.olgatessari.com ou removê-lo de seu blog.

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