quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Filmes do fim de semana

Bem atrasadinho, mas vai lá. No último fim de semana vi dois filmes recomendados pela Revista Bravo: O Golpista do Ano e A Caixa.
Abaixo coloquei a sinopse dos dois, pois vale a pena conferir.
Eu assino embaixo.

A Caixa (The Box)
Elenco: Cameron Diaz, Frank Langella, James Marsden, Gillian Jacobs, Michele Durrett.
Direção: Richard Kelly
Gênero: Terror
Duração: 115 min.
Distribuidora: Imagem Filmes
Estreia: 26 de Março de 2010
Sinopse: O que você faria se lhe entregassem uma caixa com apenas um botão e que se você o apertasse lhe deixaria milionário mas, ao mesmo tempo, tirasse a vida de alguém que você não conhece? Norma Lewis (Cameron Dias) é uma professora e o seu marido, Arthur (James Marsden), é um engenheiro da NASA. Eles são um casal com um filho que leva uma vida normal morando no subúrbio. Tudo muda quando um misterioso homem aparece com uma proposta tentadora: a caixa. Norma e Arthur têm 24 horas para fazer a escolha. Logo eles irão descobrir que certas escolhas estão fora de seu controle e vão muito além da fortuna e do destino.


O Golpista do Ano (I Love You Phillip Morris)
Elenco: Jim Carrey, Ewan McGregor, Rodrigo Santoro, Leslie Mann, Jessica Heap, Michael Wozniak.
Direção: Glenn Ficarra e John Requa
Gênero: Comédia
Duração: 100 min.
Distribuidora: Imagem Filmes
Estreia: 04 de Junho de 2010
Sinopse: Steven Russell (Jim Carrey) é um homem que tem uma vida feliz ao lado de sua mulher (Leslie Mann). Mas quando ele sobrevive a um grave acidente de carro, sua vida muda para sempre. Steven assume que é gay e decide aproveitar tudo o que a vida pode lhe oferecer de melhor, nem que para isso tenha que dar alguns golpes.


Imagens e sinopses: Cine Pop em www.cinepop.com.br

terça-feira, 28 de setembro de 2010

19 Feira de Música

Se você gosta de música, melhor, se você ama música não perca a 19 Feira de Música que será realizada no dia 12 de outubro, das 19h às 17h no Hotel Granville, em Curitiba. É o evento máximo para colecionadores. No local você poderá comprar, vender e trocar raridades em CD, vinil e vídeo. O hotel fica na rua Saldanha Marinho esquina com Clotário Portugal.
Para ter uma mesa (R$ 50), informe-se:
Em Curitiba:
Vinyl Club 41 3223-2763
Discos Raros 41 9625-3709
Em São Paulo:
Museu do CD: 11 3289-9415

Não estarei em Curitiba, então, por favor, vá por mim!!!!!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Uma bem boa sobre amor

No último sábado (dia 25 de setembro) a minha grande amiga Rafa se casou. O casamento foi lindo, os noivos estavam lindos, os pais, os padrinhos, os familiares, os amigos, a decoração...tudo estava lindo. Havia algo de muito, muito inspirador mesmo. O casal inspirava amor em todas as pessoas do salão. Tenho certeza absoluta de que eles serão muito muito felizes, como já são, aliás.
Resolvi então, rapidamente, é claro, contar a história de uma amizade de looooonga data.
A minha história com a Rafa remonta praticamente a Pré-história. Tirando os exageros, a verdade é que eu e a Rafa nos "conhecemos" quando eu tinha sete meses. Conhecemos entres aspas porque neste tempo de vida acho que ninguém pode conhecer ninguém, né! Enfim, meus pais construiram a casa que moramos ao lada da casa onde a Rafa já morava. Eu sou a mais velha (três meses), hehehe, mas isso nunca me deu privilégios, ahhhhh. Desde sempre fomos um grude uma na outra. Era Rafa para cá, Aline para lá. Juntavamos as bonecas, as aventuras, as gargalhadas e as choradeiras. Dividimos o mesmo ônibus escolar mesmo em escolhinhas diferentes. Como estávamos na mesma séria, um dia resolvemos que a Rafa assistiria a aula na minha escola. Então ela não desceu do ônibus na escola dela e, ao tentar descer na minha, o tio Valdemar nos pegou no flagra. Droga, lá se foi nossa chance de estudarmos juntas. Depois, quando estivemos no mesmo colégio, estudamos em turnos trocados.
Nada disso nos impediu de passar fins de semana inteiros brincando com nossas bonecas e nem mesmo nos fez desistir do sonho de termos uma porta no nosso muro para diminuir ainda mais a distância que nos separava. Como trata-se de um mundo cruel, sempre havia a necessidade de um irmão levar a amiga até a esquina.
Os anos se passaram, tivemos separações, brigas, reconciliações. Choramos perdas, saudades, namorados, danos, tristezas, crises... Celebramos aniversários, namorados, carreiras, conquistas, saudades e um casamento.
Choraremos ainda muitas perdas, tristezas e saudades, mas certamente celebraremos muitas alegrias, festas, aniversários, nascimentos e este mesmo casamento, pois tenho certeza absoluta de que a felicidade para esta minha amiga será crescente a cada dia. Este mesmo casamento ganhará diariamente uma nova conquista, uma nova alegria, um novo momento, aniversários, amigos, outros casamentos...
E eu estarei sempre observando, mesmo que secreta e distantemente, cada nova alegria da Rafa, torcendo para que a vida seja generosa, justa e gentil.
No mais o que posso desejar é que minha filha possa desfrutar de uma amizade tão bela e forte, como esta minha.

Amo você, Rafa!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

22 de setembro - Dia Mundial Sem Carro


No dia 22 de setembro, pessoas no mundo todo são encorajadas a deixar seus carros em casa para utilizarem meios de tranportes públicos ou menos poluentes, como a bicicleta, por exemplo. Aliás, você sabia que há mais bicicleta que carros no Brasil? É isso mesmo. Dados apresentados em uma matéria de hoje do jornal Gazeta do Povo mostram que existem no país duas bicicletas para cada carro. Onde está a sua?
Recentemente comprei uma bike nova para mim. Estou me divertindo. Só recomendo comprar um pára-lama. Em Curitiba costuma chover bastante.
Participe do Dia Mundial Sem Carro utilizando um outro meio de transporte. O meio ambiente agradece, você irá se divertir e ainda economizará algum dinheiro.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Exemplo para a garotada em Matinhos


Neste último fim de semana estive com a galera da Brasil Surf School em Matinhos para mais um Experience Day!!! As ondas não estavam muito grandes, mas perfeitas para iniciantes, como eu. O pico de Matinhos estava bem tranquilo para praticar, passar arrebentação e havia onda para avançados e intermediários também. Enfim, estava ótimo.
Para deixar o dia ainda mais bacana, apareceu por lá, para nos dar uma palavrinha, o surfista Maicon Rosa, irmão de Peterson Rosa. Entre diversos assuntos, o surfista (gente finíssima) contou que ele, o irmão e uma equipe irão trabalhar juntos com a prefeitura da cidade em uma escolinha de surf. "A idea é ensinar um esporte para a garotada para poder afastá-los de um possível contato com as drogas e mantê-los sempre na escola", comentou o surfista. O objetivo da escolinha também é buscar novos talentos, já que a cidade tem revelado grandes surfistas com destaque mundial.
Ótima iniciativa, hein! A nossa molecada merece.
Futuramente colocarei fotos do surfe e do papo com o surfista.
Toques:
Use filtro solar sempre!
Não surfe sozinho!

Confira uma matéria da Waves sobre a escolinha em Matinhos:

O surfista profissional Peterson Rosa foi convidado por Eduardo Dalmora, prefeito de Matinhos - PR, para assumir a Escola de Surf na cidade em que passou sua infância e começou a surfar.
Conhecido como Bronco, Peterson montou uma equipe de trabalho formada por profissionais de educação física, pedagogia e diversos instrutores.
Bronco, o educador físico Anderson dos Santos e o surfista profissional Maicon Rosa, irmão de Peterson, farão um curso de instrutor de surf promovido pela Ibrasurf em São Paulo para adquirir o conhecimento necessário para ensinar o esporte às crianças.
Vale lembrar que o projeto em Matinhos é o único que possui parceria com colégios municipais.
Por meio desta oportunidade oferecida a Peterson, ele pode revelar novos talentos para o município de Matinhos, como já ocorreu com Jihad Kohdr, Peterson Crisanto e Bruna Schmitz.

Texto: Junior Pacheco Waves (http://waves.terra.com.br/surf/noticia/peterson-rosa-ataca-de-professor/42977)
Foto 1 : Peterson Rosa (http://www.surfaqui.com.br/)
Foto 2: Maicon Rosa (http://www.picoemalta.com.br/)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Prudentópolis - PR - A Terra das cachoeiras gigantes

Prudentópolis - PR - é uma cidade cheia de encantos, surpresas, belas, simpáticas e simples pessoas, além de lindas paisagens. Neste 7 de setembro, fomos para lá fazer um ecoturismo e fugir das estradas lotadas em direção ao litoral. Foi um passeio muito bom.
A cidade fica um pouco mais que 200 km de Curitiba, entre Guarapuava e Ponta Grossa. O grande atrativo de Prudentópolis são as suas famosas cachoeiras (são mais de 100 catalogadas e entre elas há várias com mais de 100 metros de altura). Por isso a cidade está como um dos 1001 lugares para se conhecer no Brasil antes de morrer, segundo uma revista lançada pelo Guia Quatro Rodas. Além de belezas naturais, o lugar também tem na religiosidade outro atrativo. São 33 igrejas católicas ucranianas, além de 27 latinas e outras tantas evangélicas. Isso tudo para uma população de cerca de 50 mil habitantes, sendo que 70% de sua população são descendentes de ucranianos. Para chegar em Prudentópolis não há erros. Saindo de Curitiba, pegue a BR 373 sentido Guarapuava.

Nós ficamos hospedados no Hotel Burack, localizado na Av São João (a principal da cidade). O custo benefício foi ótimo e o atendimento bem joia. Chegamos ao meio dia de sábado. Comemos no restaurante Chapa Quente, buffet por quilo, e fomos em busca das nossas primeiras aventuras. As pessoas da cidade parecem não se importar muito com as cachoeiras. No hotel nos foi dado um mapa, algumas explicações e partimos para aventura assim mesmo. Tendo apenas o período da tarde, resolvemos fazer as cachoeiras que ficam no sentido Ponta Grossa. Lá ficam Salto Barão do Rio Branco e o Salto Manduri, além do Recanto Rickli, um local com infraestrutura para almoço, lanche, churrasco, camping e banho em piscina, pois a cachoeira que ali se encontra não permite banhos, por isso é fechada com uma cerca. Ali tivemos medo da viagem ser um fiasco. Além de não poder tomar banho de cachoeira ainda tinha o problema da seca. A cachoeira estava mirradinha, coitada.

Em seguida, a viagem já voltou a valer a pena e percebemos que tudo não passou de um susto. Fomos conhecer o Salto Barão do Rio Branco. O salto tem 64 metros de altura e é muito lindo. Lá tomamos um banho beeeemm gelado, mas foi incrível. Revigorante. Até porque precisariamos subir os quase 400 degraus que levam até o salto. Valeu cada um. À noite, jantamos no Armazem Pub. O atendimento foi ótimo, assim como a comida e o preço. Comi pierogi (claro), sou fã deste prato. Estava muito bom. Durante nosso jantar, observamos como é a noite prudentopolitana. Jovens parados nas praças ou circulando com os carros pela Av São José, bebendo bastante.

Na Pastelaria do Tio Zito, conhecemos um guia que nos deu bastante informações sobre a cidade e os locais. Ele ofereceu um guia, mas preferimos seguir nosso caminho com o mapa e a coragem.
No outro dia, acordamos cedo e fomos conhecer a Reserva Particular do Ninho do Corvo. A estrutura deles é bem bacana. Você pode fazer uma série de atividades ali mesmo na reserva ou marcar para ir em um dos rios e cachoeiras da região. por conta do frio, eu e o Ed preferimos fazer um rapel seco ali mesmo (70 metros de altura). Havia a opção de fazer na cachoeira, mas iremos no verão! O pessoal é bem profissional. O local é lindo, lindo. Prepare-se apenas para a volta. Descer 70 metros pela corda e subir pelas pernas. Podemos dizer que no Ninho do Corvo também é possível dormir e acampar, montando um pacote com passeios e atividades.

Depois do Ninho do Corvo fomos em direção ao Salto São Sebastião. Ao chegar, você precisa pagar R$ 2,50 para a proprietária das terras onde se localiza a cachoeira de 120 metros. Pelo preço você encontra banheiro apenas. Não há nenhum outro tipo de estrutura ou ajuda. De cima você tem uma vista de longe do salto. Para ir no seu pé é preciso encarar uma trilha com trechos bem íngremes. Desça, vale a pena. Em frente ao salto São Sebastião, há o Salto Mlot com 100 metros. Ali aproveite o sol e a forma suave com que a água escorre para se refrescar depois da caminhada e para se preparar para o retorno.

Já era hora do almoço e ali na região o único lugar para comer é o Recanto Perehouski, que também possui trilhas e cachoeiras. Acabamos não reservando, pois ficamos com medo de ficarmos presos ao horário. Ali a comida é caseira e feita para o número de reservas, portanto é bom que você avise antes. O recanto fica bem pertinho da reserva Ninho do Corvo (que só oferece almoço para grupos e com antecedência).

Com barrinhas de cereal, água e chocolate, seguimos nosso caminho em direção ao Salto São João. Na entrada pagamos R$ 3,00 por pessoa. O valor inclui banheiro e a indicação de uma trilha. Esta cachoeira também fica em uma propriedade privada, na qual você encontra um pesque-pague. Nós? Seguimos nosso passeio para a terceira trilha do dia. No Salto São João você tem duas opções também ou segue esta trilha indicada para a cabeceira da cachoeira ou faz uma outra trilha para chegar na parte de baixo. Para fazer esta última o pessoal recomenda um guia e mais tempo. (Nós chegamos lá umas 15horas mais ou menos). Apesar de perigoso ficar ali na cabeceira, o local é incrível e tem uma linda vista. É perigoso ficar por ali, ainda mais se o rio estiver cheio e tiver muitas pessoas, pois o espaço para circular antes de cair é pequeno em algumas partes. Havia um mirante na estrada que permitia avistar o Salto São João compelto, ele tem 84 metros. Mas o mirante, veja que coisa, desabou. Dizem que será construído outro. Por enquanto o salto é visto da estrada mesmo.
Depois destas aventuras todas paramos no Recanto Cassiano. Ali tem algumas churrasqueiras, banheiros e pequenas quedas. O local estava cheio de moradores. Tipo o Parque Barigui no domingo, sabe como?

No outro dia, nosso último passeio foi ao Salto do Sete. Há uma trilha bem pesadinha para chegar nele. Tenha fé. Você não irá se arrepender. Para não se perder, vire sempre à esquerda. Neste salto também há duas trilhas, uma para a cabeceira e outra para a parte de baixo. Como era nosso dia de ir embora. Fomos somente no pé. É lindo, lindo, lindo. Ah, na entrada, há uma porteira fechada. Você precisa pagar R$5, que só dão direito a umas três placas de indicação pelo caminho.

Depois de mais uma trilha, banho e estrada de volta para Curitiba.

Prudentópolis é realmente linda. Em todos os lados há uma linda paisagem, seja uma cachoeira, uma plantação, um pinheiro. Não feche os olhos e curta tudo o que puder.

Dicas importantes:

- Leve um tênis confortável para as caminhadas. Dê preferência para as botas de trilhas.
- Use repelente o tempo todo. Os bichinhos atacam bastante.
- Não ande sozinho. Em nenhum um lugar há controle de entrada ou saída. Se você "desaparecer" ninguém saberá em qual das cachoeiras você estava.
- Fumantes e sedentários podem sofrer bastante em algumas trilhas mais pesadinhas.
- Se quiser conhecer mais sobre a colonização e história do lugar e das cachoeiras, pegue um guia local. Custará, em média, R$ 100 a diária.
- Carregue SEMPRE água e uma comidinha como barrinhas de cereal e outros lanches. A infraestrutura é praticamente zero.
- Fique no mínimo três dias inteiros no local.
- Use protetor solar.
- Informe-se bastante. O local tem 100 cachoeiras catalogadas e nem uma dezena delas faz parte do circuito "oficial".

No mais, basta usar o bom senso para aproveitar o seu passeio nesta cidade incrível com segurança e alegria.

Outras informações
Pastelaria Tio Zico 42 3446-4020

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Crise dos 30 anos

Esta semana uma amiga minha escreveu um texto em seu blog sobre a sua leitura ao longo dos seus "quase" 30 anos. Li, achei muito interessante e fui almoçar. Como não gosto de piadas na hora do almoço, às 13h a TV ganha um canal da TV fechada. Neste horário começa o Happy Hour, na GNT, com a Astrid. Eu quase nunca vejo, mas ontem...adivinhem o tema: a crise dos 30 anos. Ao terminar o programa eu dei um suspiro de alívio total: eu sou normal! É, porque eu me sentia uma anormal, uma doente, deprimida, deprimente, acreditando que a vida foi ficando cinza muito cedo para mim. Haaaa, é a crise dos 30. Fiquei bem feliz.
A coisa é mais ou menos assim: Meu emprego é chato. Odeio o que faço. Vou abrir uma empresa. Não, não. Vou fazer um curso de Yoga. Não, não. Vou comprar uma bicicleta, virar atleta, escalar montanhas, fazer rapel. Não, não. Vou morar na Austrália, surfar o dia inteiro e trabalhar em uma lanchonete. Não, não. preciso arrumar um emprego. Pagam mal. Droga. Quero viajar o mundo. Quero morar na Índia. Quero dormir até as 10h. Quero ser surfista. Quero casar. Quero só juntar. Quero dois filhos. Não quero nenhum. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Juro...estas foram algumas coisas que passaram pela minha cabeça nos últimos meses. (Algumas estou fazendo, algumas farei este ano, outras farei ao longo da vida e muitas eu não farei nunca, eu sei, eu sei). Tenho vivido uma luta constante entre o "ainda sou muito nova" e o "já sou velha demais para isso". São tantas, tantas direções que cheguei a pirar mesmo, fiquei triste e pensativa demais. Um dia, vendo TV, percebi que todas as dúvidas fazem parte da entrada definitiva na vida adulta. Passar por esta crise pode ser divertido e bastante produtivo. No começo eu não tinha a menor ideia do que queria, mas já sabia o que eu não queria mais de jeito nenhum. Começo a me divertir com isso. Sinto-me cheia de coragem para experimentar, explorar, conhecer este mundo e as coisas da vida. Tudo com muita liberdade, respeito e sem a menor chance de eu perder um trem por pudor ou porque não é o certo para fazer. Nem sempre irei fazer as escolhas que são as melhores para mim, mas não pretendo mais fazer o que não estou com vontade. Acho que aos 30 anos podemos nos permitir dizer não com mais firmeza e naturalidade, sem medo do julgamento ou de se sentir fora do grupinho.
Quando eu tinha 15 anos, achava que seria uma pessoa altamente realizada e completa aos 30. Eu teria sucesso na carreira, uma casa linda, um casamento, todos estes blás, blás, blás (que quase morremos por eles). E adivinha? Estou iniciando agora uma nova carreira, ainda estou noiva, não tenho nem um carro para chamar de meu. E quer saber? Eu sou uma pessoa de 28 anos realizada e completa. Como assim???? Alguém pode perguntar. Oras, aprendi e tenho muito certo no meu coração de que a vida não é feita apenas da realização dos nossos sonhos. As frustrações acontecem o tempo todo. Não podemos ter tudo na vida. E o legal é não desgraçar o humor e maldizer a vida por conta disso. O legal mesmo é poder lembrar do nosso passado e saber que o futuro será tão intenso quanto. Comecei a relembrar...tenho ótimos amigos, tenho ótimos pais, passei duas vezes na UFPR, tenho sobrinhos lindos, fui voluntária, fiz ballet, dancei no palco do Guaira, ganhei prêmios, ganhei algum dinheiro, morei na Europa, comi horrores de chocolate e queijo suíços na Suíça, engordei e perdi 14 quilos, rolei na grama, comi sorvete de laranja com cenoura, falo inglês, eu sei dirigir, já li o Chatô, aprendi a surfar, saí de casa escondida, usei aparelho, larguei vícios, amei e amo profundamente, tenho o Ed, chorei de felicidade milhares de vezes, fui para Fernando de Noronha, arranho alemão, virei vegetariana, aprendi a dar nó no corpo, fiz as pazes com Deus, nado muito bem, faço as pessoas rirem, faço crochê, ahh dei meus pulos...entre tantas e tantas outras minhas coisas.
Por que eu ficaria triste agora? Claro que neste tempo eu não fiz tudo na hora que eu queria ou do jeito que eu queria, mas foi a forma que deu ou que eu pude. Este foi e continuará sendo o meu jeito, a minha vida. Não se trata de ser acomodada. Trata-se apenas de não ser tão pesada, de viver a vida mais leve e seguindo em frente.
Ahh que venha a crise dos 30. Eu estava pronta para ela e nem sabia.