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GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
1
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
RELATOS DE EXPERIÊNCIA VIVIDA E SITUAÇÕES
COMUNICATIVAS
Páginas 3 - 8
2.
Texto
s
Título Autor Veículo em que
foi publicado
Tema Gênero
Texto
1
No princípio Dik
Browne
O melhor de Hagar,
o Horrível. vol 3.
Porto Alegre:
L&PM, 2006. p. 5-
6.
Como o autor
construiu a
personagem
Hagar
Relato de
experiência
Texto
2
Um presente
de Dia
das Mães
inesquecível
Sônia
Bertocchi
Um presente de
Dia das Mães
inesquecível”.
In:http://www.edu
carede.org.br/legad
o/internet_e_cia/inf
ormatica.cfm?pagin
a=informatica_prin
cipal&id_inf_escol
a=143
Como a
educadora Sônia
passou a fazer
uso da internet
como
instrumento de
trabalho
Relato de
experiência
Texto
3
David, um
ativista do
Grupo
Cultural
Força Ativa
Neide
Duarte
Frutos do Brasil:
histórias de
mobilização
juvenil. São Paulo:
Aracati-Agência de
Mobilização Social,
2006. p. 58 e 59.
A importância
do Grupo
Cultural Força
Ativa na vida de
um jovem com
desejo de
vingança.
Relato de
experiência
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
2
3.
a) Espera-se que os estudantes percebam que são todos relatos de experiência
porque:
• Os dois primeiros textos são apresentados em 1ª pessoa, a qual identifica o autor
como protagonista do relato e revela seus sentimentos em relação a essa experiência.
• O terceiro texto apresenta a experiência de David relatada pela autora Neide
Duarte na obra Frutos do Brasil, provavelmente uma coletânea de depoimentos.
• Há marcas de temporalidade (uso dos verbos no passado), indicando ao leitor
que os autores estão relatando uma experiência já vivida.
b) Sim, nos textos 1 e 2, porque os relatos falam das experiências pessoais, vividas
pelos autores. Não para o texto 3, que é do conhecimento da autora Neide, mas é
experiência vivida por David.
c)
Texto 1: “Minha filha adolescente, Sally, ficou chocada. ‘Isso não tem graça, papai,
isso é um crime!’”
Texto 2: “Em 1996, meu presente de Dia das Mães foi um fax-modem para meu bom
e velho computador”.
Texto 3: A autora, Neide, transcreve a fala de David: “Eu perdi meu pai há alguns
anos e isso mexeu comigo. Ele foi vítima de um latrocínio aqui na Cidade
Tiradentes, roubaram e mataram meu pai. Isso me criou um espírito de vingança”.
d) Os alunos devem considerar que os relatos orais que fazem no dia a dia se
assemelham aos textos desta atividade.
e) Neste caso, em situações semelhantes vividas pelos alunos e por eles relatadas a
alguém.
4. Professor, parte das informações solicitadas para este novo quadro já foi apresentada
no quadro anterior; basta que os estudantes as copiem. O importante é que eles
compreendam que o novo quadro é fruto do consenso entre os participantes do grupo
sobre a estrutura do gênero relato de experiência.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
3
Texto 1 Texto 2 Texto 3
Quem escreve o
relato?
Dik Browne Sônia Bertocchi Relato de
David, escrito
por Neide
Duarte.
Qual a finalidade
dessa escrita?
Contar uma
experiência como
autor de histórias
em quadrinhos.
Contar como a internet
entrou em sua vida.
Contar a
experiência de
um jovem que
chega à
conclusão de
que a vingança
não é o melhor
caminho.
Em que veículo foi
publicado?
Texto introdutório
publicado na HQ O
melhor de Hagar, o
Horrível.
Texto publicado no site
EducaRede, lugar em
que educadores
costumam partilhar
experiências
profissionais.
Relato
publicado em
um livro que
fala sobre
mobilização
juvenil.
Qual o tema
apresentado no
relato lido?
Como o autor
construiu a
personagem Hagar.
Como a educadora
Sônia passou a fazer uso
da internet como
instrumento de trabalho.
A importância
do Grupo
Cultural Força
Ativa na vida
de um jovem
com desejo de
vingança.
Como vocês
reconhecem que o
texto lido é um
relato de
experiência?
O autor fala, em 1ª
pessoa, de sua
experiência pessoal
na criação da
personagem Hagar.
Um indício da
“personalidade” é o
A autora fala, em 1ª
pessoa, de
sua experiência pessoal
com o uso da internet.
Um indício é ela falar
de
sua família.
A autora
conserva a 1ª
pessoa usada
por David (que
relata sua
experiência
pessoal), ao
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
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relato da troca de
ideias com sua
filha.
transcrever a
fala do jovem
como parte da
obra que
escreve.
Que marcas de
tempo remetem o
leitor às
experiências
relatadas?
Marcas que
evidenciam que os
acontecimentos
relatados foram
vividos em tempos
passados: uso dos
pretéritos e
advérbios de tempo
e expressões que
remetem o leitor ao
passado.
Exemplo: “Ele era
um patife malencarado
quando
eu o desenhei pela
primeira vez”,
“Quando nos
encontramos pela
1a vez, doze anos
atrás...”.
Marcas que evidenciam
que os acontecimentos
relatados foram vividos
em tempos passados:
uso dos pretéritos e
advérbios de tempo e
expressões que remetem
o leitor ao passado.
Exemplo: Em 1996,
meu presente de Dia das
mães foi um modem...”,
“Então, meus filhos, de
17, 20 e 22 anos na
época, tiveram a grande
ideia ...”
Marcas que
evidenciam que
os
acontecimentos
relatados foram
vividos em
tempos
passados: uso
dos pretéritos e
advérbios de
tempo e
expressões que
remetem o
leitor ao
passado.
Exemplo: “Eu
perdi meu pai
há alguns
anos...”,
“Quando eu
comecei a
participar foi
uma vitória...”.
A que público-alvo
esse relato se
destina?
Ao público em
geral e a leitores de
HQ.
A educadores. À juventude e a
qualquer leitor
que se interesse
pelo tema.
Que marcas no
texto contribuem
É quando o autor
indica,
É quando o autor indica,
explicitamente, com
É quando o
autor indica,
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
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para que o leitor
reconheça o
público-alvo
esperado pelo
autor?
explicitamente,
com quem está
falando.
Ele se dirige ao
leitor de HQs
(“Vejam sua
aparência”). A
palavra
“aparência” supõe
que o leitor
conheça a imagem
de Hagar pela
intimidade que tem
com a obra de
Browne.
É importante,
neste momento,
que você apresente
a eles o conceito de
discurso direto e
discurso indireto,
considerando o uso
desses discursos e
o modo como as
vozes são
introduzidos no
interior dos relatos
de experiência; elas
revelam as marcas
de diálogo entre as
diferentes vozes
que o relato possa
apresentar.
quem está falando.
Ela se dirige ao públicoalvo
explicitamente:
Percebi, então, que para
nós, educadores, surgia
uma nova ferramenta de
ensino com
características que
precisavam ser
conhecidas, analisadas e
exploradas com
propriedade e
exaustivamente.
É importante, neste
momento, que você
apresente a eles o
conceito de discurso
direto e discurso
indireto, considerando o
uso desses discursos e o
modo como as vozes
são introduzidos no
interior dos relatos de
experiência; elas
revelam as marcas de
diálogo entre as
diferentes vozes que o
relato possa apresentar.
explicitamente,
com quem está
falando.
David não se
dirige ao um
leitor, mas
conta sua
experiência
como jovem e
com jovens, o
que já seria
razão para que
seu relato fosse
dirigido a esse
público
também:
“Quando eu
comecei a
participar foi
uma vitória, eu
pensava:
‘caramba, eu
estou dando
uma oficina
para outros
jovens, eu
poderia estar
talvez num
outro
caminho!’”
É importante,
neste momento,
que você
apresente a eles
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
6
o conceito de
discurso direto
e discurso
indireto,
considerando o
uso desses
discursos e o
modo como as
vozes são
introduzidos no
interior dos
relatos de
experiência;
elas revelam as
marcas de
diálogo entre as
diferentes vozes
que o relato
possa
apresentar.
Quais as
impressões do
grupo sobre o relato
lido?
Resposta pessoal,
mas espera-se que
os estudantes
elaborem respostas
sobre os temas e a
própria estrutura
textual,
comparando-os
com outras
experiências
leitoras que já
tiveram.
Resposta pessoal, mas
espera-se que os
estudantes elaborem
respostas sobre os temas
e a própria estrutura
textual, comparando-os
com outras experiências
leitoras que já tiveram.
Resposta
pessoal, mas
espera-se que
os estudantes
elaborem
respostas sobre
os temas e a
própria
estrutura
textual,
comparando-os
com outras
experiências
leitoras que já
tiveram.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
7
A atividade apresenta alguns exemplos de como os estudantes devem elaborar o
conjunto de perguntas e respostas. O objetivo aqui é o trabalho com a elaboração de
enunciados objetivos e coerentes, que priorizem elementos centrais dos textos. Você
pode auxiliá-los nessa tarefa, apresentando-lhes modelos de avaliações semelhantes
(como as atividades de interpretação de texto das provas do Saresp), explicando-lhes
como os enunciados das questões são formulados, a importância da objetividade e
clareza que a linguagem desses enunciados deve ter e o que é preciso considerar para
que o leitor possa extrair a resposta do próprio texto. Ou, ainda, você pode selecionar
um dos textos estudados para formular uma atividade semelhante.
Oralidade
Página 8
1.
• Todos os relatos contam experiências vividas por seus autores (ou depoente),
com uso de 1a pessoa do singular e manifestações de sentimentos em relação a
essas experiências. No entanto, os propósitos dos relatos são diferentes, respondendo
a uma demanda dos contextos nos quais autores/depoente estavam inseridos.
• As respostas para as questões são pessoais ou fruto de uma elaboração coletiva.
No entanto, espera-se que os estudantes reconheçam que a discussão em grupo
possibilita a ampliação de conhecimentos, elaboração crítica sobre os temas, novas
referências etc. Neste caso, o importante não é exatamente o que os alunos sabem
sobre os assuntos, mas que exercitem o debate oral como forma de ampliar seus
conhecimentos. Mesmo que os grupos tenham trabalhado a partir de um modelo
padronizado de ficha, é possível que os relatos se distanciem do padrão apresentado.
Por isso, reforce a necessidade de que a ficha contenha determinadas informações e a
relevância de cada uma delas. Como se está tratando da apresentação do grupo, pode
ser que alguns tenham estruturado sua fala, dividido o tempo de apresentação entre
as pessoas etc. Se isso não aconteceu, aponte essa possibilidade aos alunos.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
8
Páginas 8 - 9
As atividades devem ser encaminhadas de modo a proporcionar aos estudantes um
contato mais profundo sobre como fazer pesquisas para saber a respeito dos temas que
lhes são relevantes. Neste caso, espera-se que eles avaliem as atividades encontradas e
apresentem soluções para os eventuais problemas. Também é importante valorizar sua
opinião sobre aquilo que, durante a pesquisa, acharam mais estimulante. O relato oral
que produzirão para contar sobre essa experiência de pesquisa deve ser utilizado por
você como instrumento de avaliação diagnóstica.
Produção escrita
1a Etapa
Páginas 9 - 10
Professor, retome com os estudantes a importância de organizar/planejar a produção
textual, considerando os itens que lhes foram apresentados na própria orientação da
atividade. Faça uma leitura coletiva dessas orientações e esclareça eventuais dúvidas
antes que os grupos comecem o trabalho de escrita.
Produção escrita
2a Etapa
Página 10
É necessário que os estudantes percebam que as produções escritas demandam
organização antes de serem feitas e que essa organização deve contemplar pelo menos
dois aspectos: aquele relacionado à própria escrita e ao uso adequado da língua e aquele
relacionado ao gênero textual. No final dessa sequência, espera-se que os estudantes
tenham clareza de que o gênero relato é produção social, com funcionalidade própria,
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
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finalidade, assunto, público-alvo e, principalmente, reconheçam que há sempre um autor
que se apresenta como sujeito da experiência relatada, o qual mobiliza sentimentos
revelados em seu modo de contá-la. Esses dados são fundamentais para que os autores
dos relatos possam responder a algumas características dos gêneros, desenvolvendo
coerentemente a escrita de seu texto.
Estudo da língua
Páginas 10 - 11
2.
Pronomes pessoais Pronomes possessivos
“É algo parecido que (eu) sinto em relação
a Hagar , o Horrível.”
“ [...] algumas pessoas dizem que ele tirou
de mim [...]”
“[...] uma pergunta começou a me
atormentar [...]”
“Ele foi vítima [...]”
“[...] e estavam sempre ali comigo [...]”
“[...] eu conheci uma pessoa que me falou
[...]”
“[...] acontece que seus negócios são saque
e pilhagem [...]”
“Minha filha adolescente, Sally, ficou
chocada.”
“Em 1996, meu presente de Dia das Mães
[...]”
“[...] meu bom e velho computador.”
“A minha sorte [...]”
• A maior parte deles se refere à primeira pessoa do singular.
• Sim, porque o autor do relato pode falar de uma experiência pessoal que também
diz respeito ao leitor, como no caso do relato da educadora Sônia. A primeira do
plural também pode indicar um relato de experiência compartilhada.
3. e 4. Professor, você deve orientar os estudantes para que utilizem o exemplo do
quadro e das duas questões anteriores para analisar outros exemplos de pronome no
restante do texto. Na sequência, eles devem apresentar o quadro ampliado,
explicando o que compreenderam sobre o uso desses pronomes. Se preferir, você
pode realizar esta atividade coletivamente.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
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Página 11
1. É importante que os estudantes compreendam que os pronomes são as palavras que
denotam os seres ou se referem a eles, considerando-os como pessoas do discurso ou
relacionando-os a elas. Eles permitem identificar o sujeito do discurso, no momento
da comunicação. Alguns pronomes podem referir-se a um determinado ser,
relacionando-o com as pessoas do discurso ou estabelecendo relações de posse ou
proximidade. Sintaticamente, os pronomes podem exercer as mesmas funções dos
substantivos ou adjetivos.
Classificações dos pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos,
indefinidos e interrogativos.
3. Espera-se que os estudantes tenham, já na atividade anterior de estudo da língua,
desenvolvido a compreensão sobre a função dos pronomes.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO RELATO DE EXPERIÊNCIAS
Páginas 12 - 13
1. Resposta pessoal, mas espera-se que os estudantes identifiquem as diferentes
situações envolvendo cada imagem (descrita no item 2). É importante que eles sejam
estimulados a trocas impressões e dúvidas sobre o que as imagens parecem revelar.
2. A seguir, você encontra algumas sugestões de resposta.
Imagem 1:
a) Duas pessoas olhando em direção ao céu. É preciso ficar claro para o leitor que
elas parecem atentas, observando alguma coisa que viram no céu.
b) Espaço ao ar livre.
Imagem 2:
a) Uma reunião de trabalho que mostra um grupo de pessoas dialogando sobre
alguma questão importante. Neste caso, é importante que os estudantes percebam que
há uma pessoa falando, enquanto as outras a observam e fazem perguntas e
anotações.
b) Sala de reunião.
Imagem 3:
a) Um casal de namorados que, olhando-se frente a frente, parece trocar juras de
amor. Eles parecem envolvidos um com o outro.
b) Restaurante
Imagem 4:
a) Dois animais observando uma cena envolvendo um grupo de humanos que
parecem brigar. Eles olham a cena com ironia ou desprezo, desaprovando o
comportamento bizarro desses seres humanos.
b) Quintal ou campo de futebol.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
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3. Um relato de experiência pessoal cumpre sua finalidade se, de algum modo, envolver
o sujeito que escreve o relato e a cena que está sendo presenciada. Neste caso,
espera-se que eles respondam que seria possível escrever uma história ficcional, uma
vez que essa história não teria nenhum compromisso com a situação retratada ou
concepção original do criador das imagens/fotos lidas. Eles poderiam ‘inventar’ o
que quisessem sobre essas imagens.
4. Espera-se que os alunos respondam que o gênero adequado seria o relato de
experiência vivida por tratar de acontecimentos da vida pessoal dos alunos que
mobilizaram seus sentimentos.
Páginas 13 - 14
1. Alternativa b.
2. Alternativa c.
3.
a) São personagens inventadas pelo garoto. Elas estão em sua imaginação.
b) A aventura vivida por Calvin durante o banho faz parte de seu mundo “mágico”,
fantástico, imaginário.
c) O profissional que desentope o vaso sanitário.
d) Ao próprio Calvin, responsável pelo entupimento do vaso sanitário.
4. Contam uma história ficcional. O gênero HQ tem uma função comunicativa e social
voltada para o entretenimento e lazer. Não está relacionado com o registro de
experiências reais vividos por seres humanos reais. Calvin é uma personagem
fictícia.
Estudo da língua
Páginas 14 - 16
3. Professor, para responder a esta sequência de questões, os estudantes devem levar em
consideração que as falas têm a finalidade de compor o relato de David, ratificando
para o leitor o modo como ele foi levado a fazer algo e como ele próprio se viu
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
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diante de sua ação. Neste momento, é importante que os estudantes tenham clareza
de que são vozes diferentes, ilustrando momentos diferentes da experiência de David.
a) No primeiro caso, David relata que tinha amigos militantes e, em seguida,
apresenta a voz da pessoa, ou pessoas, que o convenceram de que seria bom para ele
participar do Grupo Força Ativa. No segundo, o verbo “pensava”, na primeira
pessoa, funciona como verbo dicendi, apresentando a voz do próprio David, no
momento em que se viu fazendo parte do grupo, recuperada no uso do discurso
direto.
b) O uso da primeira pessoa do singular (eu) e de pronomes possessivos como
“meu”, “minha” indicam que David está falando. O uso de dois pontos e aspas indica
que David introduziu a fala de outra pessoa.
c) A finalidade das falas citadas é atribuir um tom de conversa para aproximar
quem relata de quem lê ou ouve o relato. Essas falas também ajudam a aumentar a
credibilidade de quem relata.
d) No primeiro caso, trata-se da voz da pessoa que tenta convencer David a
participar do Grupo Força Ativa. No segundo caso, a voz é do próprio David, que
expressa um pensamento sobre sua ação no Grupo.
4.
a) Fica claro para o leitor que se trata de uma pessoa diferente da que o levou para
a militância e, aparentemente, é a mesma que lhe requisita mais duas vezes a se
vingar pela morte de seu pai.
b) Alguém que sabia quem era o assassino de seu pai. Não dá para afirmar pelo
trecho se é também um morador da mesma comunidade de David. Não parece ser um
amigo, uma vez que David diz ter conhecido um sujeito, depois de ter entrado no
Grupo Força Ativa, que sabia quem havia matado seu pai.
c) Pelo uso do discurso direto, introduzido após dois pontos e com aspas.
d) Do discurso direto.
5.
a) falou
b) conta
c) comentou
6. Espera-se que os estudantes encontrem basicamente definições do tipo:
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
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Discurso direto: por meio do discurso direto, reproduzem-se literalmente as palavras
da personagem. Os recursos gráficos utilizados para atribuir a autoria da fala a
outrem, que não o produtor do texto, são as aspas ou o travessão. O discurso direto é
uma transcrição literal da fala da personagem. Discurso indireto: por meio do
discurso indireto, a fala do personagem é filtrada pela do narrador. Não há mais a
transcrição literal do que o personagem falou, mas a transcrição subordinada à fala
de quem escreve o texto. No discurso indireto, após o verbo dicendi, utiliza-se a
oração subordinada (uma oração que depende da oração principal), introduzida,
geralmente, pelas conjunções que e se, que podem estar elípticas (escondidas).
7.
a) São interjeições e onomatopeias. Interjeições são palavras usadas para exprimir
estados emotivos, ocupando o lugar de uma palavra-chave. As onomatopéias são
palavras que imitam sons naturais. Ambas têm a função de “economizar” espaço do
texto, já que têm o valor de frases inteiras. Também tem a função de criar, em
conjunto com as imagens, diversos efeitos de sentido: sons ambientais imitados por
onomatopeias (por exemplo, “triiiimm”, no lugar de “o telefone tocava”, “toc,toc”,
no lugar de “alguém bateu à porta”, “snif, snif”, para representar choro, “ha ha há”,
para representar riso etc.), interjeições expressando emoções (Ai! Ui!Viva!Ôba!
etc).
b) Sim, por seu caráter sintético e pela intensidade com que expressa o estado do
sujeito que a produz.
c) Porque, nos relatos de experiência, compostos pela linguagem verbal, não há a
necessidade de que o autor “economize” as palavras, utilizando interjeições ao invés
de frases completas para expressar seus sentimentos. Isso não o impede, no entanto,
de fazer uso de interjeições sempre que quiser introduzir alguma fala exclamativa ou
apelativa.
8.
• Onomatopeia: imitação de ruídos, cantos de animais, sons da natureza, barulho
de máquinas, timbres da voz humana a partir de algumas expressões, palavras
ou um único fonema.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
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• Interjeição: palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de
espírito. Pode agir sobre o interlocutor, provocando nele certas reações sem que seja
preciso dizer o que deve fazer ou como deve reagir.
Atividade em grupo
Páginas 16 – 17
1.
a) Sim.
b) Ambos.
c) Dar maior consistência e veracidade ao relato.
d) Elas ajudam o leitor a compreender os acontecimentos vividos pelo relator, sua
intensidade, suas dúvidas, certezas etc.
e)
“Um grande historiador certa vez disse que a história é como um impetuoso rio
de sangue trançando a sua rota através dos séculos.”
“Vejam sua aparência, que algumas pessoas dizem que ele tirou de mim.”
“Eu me pergunto por que ele é chamado ‘O Horrível’. (Neste exemplo, é
importante destacar junto ao estudante que, caso fosse discurso direto, o autor
teria de usar pontuações diferentes, tais como: “Eu me pergunto: por que ele é
chamado ‘O Horrível’?”
f) Eles introduzem as falas de outros participantes da experiência relatada.
2. Professor, os estudantes devem utilizar as respostas das questões anteriores para
elaborar o quadro solicitado. Como o trabalho deve ser realizado em grupos, você
pode avaliar os quadros a partir da comparação entre os resultados apresentados,
fazendo as intervenções necessárias.
Oralidade
Página 17
Professor, esta atividade é continuação da anterior e, portanto, tem a mesma
orientação: os estudantes devem utilizar as respostas das questões anteriores para
elaborar o quadro solicitado. Como o trabalho deve ser realizado em grupos, você pode
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
16
avaliar os quadros a partir da comparação entre os resultados apresentados, fazendo as
intervenções necessárias.
Produção escrita
Páginas 17 - 18
1. Professor, esta atividade tem o objetivo de verificar o conhecimento que os
estudantes já desenvolveram sobre os seguintes aspectos: uso de discurso direto e
indireto, construção de foco narrativo (no caso de optarem por usar o discurso
indireto em parte do texto); interjeição e onomatopeia, todos já discutidos
anteriormente. Nesse caso, você pode utilizar esta etapa da atividade como
instrumento de avaliação, solicitando que eles entreguem a primeira versão do texto a
você.
2.
a) Resposta pessoal. O estudante deve ser estimulado a emitir sua opinião sobre o
filme sem a preocupação de ser avaliado pelo professor.
b) Resposta pessoal de acordo com o filme escolhido.
c) É importante aqui que os estudantes não se sintam obrigados a escrever
exatamente o que as personagens disseram, mas possam retomar os aspectos (temas,
por exemplo) mais importantes dessa conversa. Eles terão de cuidar da pontuação
para que as falas sejam coerentes. Se for necessário, devem criar um narrador para a
cena.
d) Resposta pessoal. Espera-se, no entanto, que os estudantes já façam uso, nessa
produção escrita, do conhecimento que construíram sobre o gênero proposto.
Estimule-os a consultar os quadros organizativos que elaboraram.
Página 18
1. a 3. Professor, auxilie os estudantes na condução dessa pesquisa a fim de que
encontrem as HQs solicitadas. Seria interessante que você verificasse, em sua escola
e com os próprios estudantes, o acervo de gibis e revistas que possuem (ou não) para
fazer o trabalho.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
17
4. Embora sejam categorias linguísticas diferentes, tanto as interjeições como as
onomatopéias têm a função de, juntamente com as imagens, dar mais vida e
movimento aos quadrinhos:
• Ajudam a exprimir, sinteticamente, sentimentos de alegria, tristeza, dor etc.
• Não, perderia seu efeito engraçado e sintético.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
NOTÍCIAS DE JORNAL DE CONTEXTO COMUNICATIVO
Páginas 19 - 21
1. Alternativa a.
2. Alternativa b.
3. Alternativa b.
4. Alternativa c.
Página 21 - 22
Resposta para as questões 1, 2 e 3. Professor, os itens 1, 2 e 3 devem ser conduzidos
por você a fim de que possa avaliar a capacidade de interpretação textual de seus
alunos e de compreensão e seleção de informações encontradas no texto. Ao serem
questionados sobre as demais alternativas para cada uma das questões, são levados a
avaliar a falta de coerência dessas alternativas em relação aos fatos apresentados pela
notícia.
4.
a) Sim, porque o texto apresenta uma manchete e um subtítulo, que esclarecem o
tema da notícia; há dados gerais informando o leitor sobre um fato: aumenta o
número de cães e gatos em São Paulo, porque famílias paulistanas optam por criar
bichos a ter mais filhos (o que, quem, por que, onde, quando); há o uso do discurso
direto para dar maior credibilidade à informação; o texto foi publicado em um jornal
(Folha de S.Paulo); o texto é escrito em 3ª pessoa.
b) Professor, essa é a mesma resposta da questão anterior. Aqui se espera que o
estudante possa, em uma leitura rápida, identificar algumas pistas evidentes:
manchete, subtítulo em linguagem jornalística e a referência ao final da notícia.
c) Espera-se que os estudantes já tenham esse conhecimento por conta das rodas de
notícias feitas no bimestre anterior (mesmo que não tenham lido a Folha de S.Paulo,
nesta fase, eles já devem ter conhecimento de sua existência).
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
19
5.
a) Eles ajudam a compreender as informações que estão sendo veiculadas na
notícia porque têm caráter explicativo, dando exemplos fáceis de entender. Neste
caso, jornal e jornalista têm a função de transmitir um fato que envolve pessoas reais.
A voz direta ou indireta das pessoas entrevistadas é relevante para confirmar a
tendência de muitas famílias de São Paulo terem mais animais do que filhos.
b) Sim, porque os discursos dão credibilidade ao que está sendo informado, uma
vez que essas pessoas existem, têm nomes próprios, moram em algum lugar.
6. Os estudantes devem considerar algumas pistas linguísticas que revelam que os
dados apresentados não cobrem toda a realidade de São Paulo. O cálculo foi feito
sobre os animais registrados, que não são todos os animais existentes na cidade.
Portanto, os resultados são uma estimativa, números sobre os quais não há certeza.
Oralidade
Página 22
1. e 2. Professor, acompanhe esses passos orientando seus alunos para que escolham
adequadamente os entrevistados e possam, diante da apresentação da notícia, fazer a
eles as perguntas adequadas à proposta da atividade.
3. As questões apresentadas servem de orientação para que os estudantes possam iniciar
a entrevista. No entanto, coletivamente, vocês podem definir outras questões também
relevantes, ampliando o foco da pesquisa.
4. Professor, é importante que os estudantes sejam claros e objetivos na apresentação
oral que farão dos resultados das entrevistas realizadas, organizando-as
pertinentemente a partir do quadro anterior.
5. Resposta vinculada às informações obtidas nas entrevistas e ao conhecimento que os
estudantes têm do lugar onde moram.
Produção escrita
Página 23
Professor, é muito importante que, nessa produção escrita, você avalie os
conhecimentos que os estudantes desenvolveram até aqui sobre o gênero relato de
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
20
experiência vivida, considerando que ele é escrito por alguém profundamente envolvido
com a experiência relatada. Caso seja necessário, retome com o grupo os quadros
organizativos elaborados anteriormente a fim de que relembrem outras características do
gênero necessárias para a elaboração desse texto.
Para a revisão, é fundamental que se considerem os elementos do gênero e problemas
mais comuns entre os alunos dessa faixa etária: pontuação inadequada, problemas
ortográficos, concordância que não respeita a norma-padrão da língua, falta de coesão
entre as parte do texto, trechos incoerentes etc.
Estudo da língua
Páginas 23 - 24
1. Para indicar que a estimativa de que se fala no segundo momento é a mesma da
primeira sentença. O “essa”, nesse contexto, indica que não se trata de qualquer
estimativa, mas da que existe um cão para sete habitantes na cidade de São Paulo. A
coesão é feita por substituição de palavras (exemplo 1) ou de uma oração inteira
(exemplo 2), colocando em seu lugar, no novo enunciado, um pronome pessoal e um
pronome demonstrativo, respectivamente. Esse tipo de coesão é chamada de
anafórica: um novo termo substitui outro que apareceu anteriormente.
2.
a) O pronome ela substitui o nome Roseli, indicando que as duas palavras fazer
referência à mesma pessoa.
b) Reitera uma ideia anterior (de que haja um cão para cada sete habitantes) e
amplia a compreensão do texto. O autor consegue, com isso, estabelecer uma ligação
entre os enunciados com a finalidade de introduzir uma progressão de ideias;
considerando que a estimativa inicial esteja certa, agrega a ela uma nova ideia: a
quantidade de cães e gatos na cidade de São Paulo, em 2004. É importante que os
estudantes percebam aqui que o elemento coesivo pode não só retomar um termo
anterior como também introduzir novas ideias (caso da estimativa, que só aparece no
parágrafo 5).
c) Espera-se que os estudantes encontrem vários exemplos com esses pronomes,
uma vez que eles são bastante comuns na língua portuguesa em textos produzidos
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
21
por alunos dessa série. Você pode conduzir essa atividade coletivamente, indicandolhes,
caso encontrem alguma dificuldade, alguns exemplos.
d) No caso dos pronomes demonstrativos, é importante que os estudantes percebam
que eles têm a função de substituir ou acompanhar o substantivo. No caso dos
pronomes pessoais, sua função é de substituição de um termo anterior.
Página 24
1. Espera-se que os alunos respondam de maneira semelhante à definição de Leonor
Fávero: a coesão, manifestada no nível microtextual, refere-se aos modos como os
componentes do universo textual, isto é, as palavras que ouvimos ou vemos, estão
ligados entre si dentro de uma sequência. Isso significa que a coesão tem a função de
estabelecer relações de sentido entre enunciados, tornando-os interdependentes. E,
consequentemente, possibilitando que um amontoado de palavras ganhe status de
texto.
2. Porque estabelecem ligação entre os elementos linguísticos, dentro de uma dada
sequência textual.
3. Aqui é interessante tratar com os estudantes de alguns tipos de coesão mais comuns,
como a coesão por substituição, a referencial ou sequencial. No entanto, sugerimos
que as nomenclaturas não sejam apresentadas, uma vez que o objetivo da atividade é
que os estudantes entendam o fenômeno coesivo.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
22
Página 25
Professor, a atividade para casa tem o objetivo de permitir a sistematização de
conteúdos estudados na escola.
Página 25
O objetivo desta atividade é que os estudantes desenvolvam algumas habilidades de
pesquisa, tais como: onde encontrar as notícias solicitadas pelo professor; como
selecioná-las; como reconhecer, no portador jornal (virtual ou impresso), o gênero etc.
O encaminhamento das questões deve ser realizado de modo a levar os estudantes a
tornarem-se pesquisadores autônomos e leitores proficientes do gênero notícia.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
23
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
NOTÍCIAS DE JORNAL E RECURSOS LINGUÍSTICOS
Páginas 25 - 27
1. A notícia faz uma denúncia do fato, alertando para consequências sérias e inevitáveis
causadas pela água contaminada por substâncias tóxicas que já foi derramada.
2. Essa contaminação pode prejudicar a saúde das pessoas e o meio ambiente.
3. Resposta pessoal. A notícia é importante porque alerta os moradores sobre os perigos
da contaminação dos córregos de Cajamar.
4. Porque ele já fez várias denúncias das práticas ilegais dessas lavandeiras enquanto a
maioria não reclama porque a água não tem cheiro de esgoto.
5. Espera-se que os estudantes compreendam que existem 18 lavanderias, sendo 11
informais, que não estão registradas.
6. A empresa Shauma, apesar de dizer que trata a água usada na lavagem dos jeans,
despeja nos córregos vizinhos um líquido azul de cheiro forte que causa ardência nos
olhos das pessoas.
7. Para manter a coesão do texto sem repetir o nome da empresa.
8. Porque com o tratamento da água, o serviço custaria o dobro do preço.
9. “Líquido” substitui “água”; “dejetos” substitui “substância tóxicas”; “beneficiadoras
do jeans” substitui “lavanderias” etc. Aproveite para retomar a discussão sobre a
função de elemento coesivo que certas palavras assumem no texto.
Oralidade
Página 27
Professor, o objetivo mais importante desta atividade é a leitura literária para fruição.
Em outro momento, você pode retomar alguns dos textos lidos e iniciar um estudo sobre
elementos coesivos no texto literário.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
24
Estudo da língua
Páginas 27 - 29
1. Professor, sugerimos que esta primeira atividade de retomada seja feita
coletivamente.
2. e 3. Professor, este quadro serve de base para orientar a comparação.
Elementos coesivos
encontrados na notícia
Explicação sobre o porquê
de eles serem considerados
elementos de coesão
1º parágrafo:
[...] da água que sobra da lavagem de peças
jeans com soda cáustica e permanganato de
potássio (que dão o tom desgastante no
jeans). O líquido, que deveria ser tratado, é
despejado nos riachos.
Neste caso, a palavra “líquido” substitui não
somente o termo “água”, mas uma água
específica que está contaminada com a soda
cáustica e o permanganato de potássio. Os
estudantes devem reconhecer nessa
substituição que, entre um enunciado e outro,
há a ampliação da ideia a partir da
identificação de algumas características da
palavra água, que é um líquido.
2º parágrafo:
Quem vive em torno dos dejetos das
chamadas “beneficiadoras” do jeans são
moradores de bairros periféricos.
Esta expressão faz referência direta à outra,
encontrada no parágrafo anterior: lavanderias
de Cajamar e cidades vizinhas. Neste
exemplo, é importante que os estudantes
compreendam que os elementos de coesão
estabelecem ligação entre enunciados de um
mesmo período ou parágrafo e entre
parágrafos diferentes. Você pode aproveitar
para analisar com eles em quais outros
momentos e que outros termos são utilizados
pelo autor para substituir a palavra
“lavanderias”.
3º parágrafo:
Mas ele parece ser exceção entre os
moradores.
Neste exemplo, o autor utiliza um pronome
pessoal reto para retomar o nome de um
comerciante que dá seu depoimento ao
jornalista, denunciando a prática ilegal das
lavanderias e o fato de a prefeitura saber
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
25
dessa prática e nada fazer. Trata-se do “[...]
comerciante Josias Oliveira, 35, que já fez
algumas reclamações à prefeitura sobre o
despejo das substâncias tóxicas”.
4º parágrafo:
A empresa responsável pela água azul do
córrego na rua Campos de Jordão é a
confecção Shauma. A lavandeira, próxima
de uma nascente, usa a água no processo
produtivo e em um pequeno lago de águas
limpas, com patos e peixes.
A palavra lavanderia faz referência direta à
outra, encontrada no parágrafo anterior: a
empresa responsável. Ela esclarece o tipo de
empresa sobre a qual a notícia fala,
ratificando a ideia de que se trata de
denunciar os desmandos das lavanderias da
região.
Questões 4, 5 e 6
Professor, esses itens devem ser acompanhados por você, uma vez que necessitam de
sua supervisão e orientação para serem desenvolvidos. Sugerimos que acompanhe cada
um dos grupos na preparação dos textos narrativos, ajudando-os a encontrar alguns
elementos coesivos semelhantes aos estudados aqui. Certamente, eles não saberão
explicar muitos desses recursos, mas devem ser estimulados a levantar algumas
hipóteses que podem ser checadas coletivamente.
Produção escrita
Página 29
1. Professor, para evitar confusão, você pode organizar os grupos e garantir que cada
um deles escreva uma notícia a partir do relato de algum colega que não pertença ao
grupo.
2. O quadro abaixo deve servir de orientação para que os estudantes possam organizar
sua produção escrita, com todas as informações importantes para a elaboração de
notícias de jornal.
Tema
Aconteceu o quê?
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
26
Com quem?
Quando?
Onde?
Como?
Por quê?
3. Professor, é importante que, nesta produção, os estudantes não façam uso da primeira
pessoa (singular e plural) e não emitam opinião, uma vez que se trata do gênero
notícia. Eles devem utilizar os discursos direto e indireto como recurso para a
apresentação das informações que devem ser divulgadas.
Os itens 4 e 5 devem ser acompanhados por você, que, a partir da leitura dos
estudantes e das eventuais dúvidas esboçadas por eles, deve fazer intervenções para
que o texto adquira o formato e a linguagem adequados ao propósito dessa produção
escrita. O momento de revisão textual faz parte do processo e deve ser compreendido
pelos alunos como mais um recurso para o desenvolvimento das habilidades
relacionadas à produção de textos escritos. No item 5, é preciso que eles considerem
que as produções escritas, quando inseridas em seus contextos reais (lugar que
ocupam em uma sociedade letrada), têm sempre um destino ou estão a serviço de
uma função social e comunicativa. Por isso, é importante que os estudantes escrevam
também para os eventuais leitores que estejam fora do âmbito da sala de aula, como
colegas de outras classes, outros professores, pais, funcionários da escola etc.
Páginas 29 - 30
1. a 4. Resposta pessoal. O objetivo dessas questões é que os estudantes desenvolvam
um senso crítico sobre o modo como aprendem os conteúdos escolares e participam das
atividades propostas. É importante que eles compreendam que são responsáveis por sua
aprendizagem, adotando uma postura ativa e consciente.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
27
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
A FUNÇÃO DAS MANCHETES NO JORNAL IMPRESSO
Páginas 30 - 32
1. e 2. Professor, sugerimos que você trabalhe com eles o quadro-modelo,
observando os títulos de (Primeira página), para que possam utilizar as informações
contidas nele, comparando-as com as seções apresentadas nos jornais. Se for necessário,
retome com eles o conceito de lide, estudado no bimestre anterior.
3.
a) Em nosso quadro-exemplo, é possível verificar que os títulos são compostos por
orações, uma vez que todos possuem verbos. É preciso chamar a atenção dos
estudantes para o fato de que todos esses verbos foram conjugados no Presente do
Modo Indicativo, característica comum na elaboração de manchetes jornalísticas. O
uso do tempo presente confere à notícia um sabor de atualidade, novidade, necessário
para chamar a atenção do leitor.
b) A definir. Espera-se, no entanto, que eles confirmem a ideia de que a maioria das
manchetes é escrita com verbos no Presente do Indicativo.
c) Porque sua função é chamar a atenção do leitor para que tenha curiosidade de ler
a notícia na íntegra.
4. Professor, o quadro-modelo deve ser apresentado aos estudantes a fim de que possam
utilizar os dados nele contidos como referência para a elaboração da tarefa.
5.
a) O objetivo é que eles reconheçam as diferenças entre as manchetes da primeira
página (PP) e as manchetes nas demais seções, por estarem mais próximas da notícia,
observando que, nas páginas em que a matéria é escrita, são mais informativas e
claras.
b) Sim. Os títulos de PP são mais abrangentes e vagos, enquanto os demais são
mais incisivos e indicam claramente o que o leitor pode encontrar ao ler a notícia. No
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
28
caso do título e subtítulo encontrados na página em que essa matéria é apresentada
com detalhes, pode-se inferir que o governo chinês tem responsabilidade pela
quantidade de mortos, porque “falha no auxílio”. O verbo no presente também
contribui para que o leitor subentenda que essa falha ainda existe e, certamente,
resultará na morte de outros milhares de pessoas que continuam soterradas. Não é
certo que, caso essas pessoas soterradas tivessem sido socorridas rapidamente,
sobreviveriam à tragédia, mas a manchete induz o leitor a acreditar que poderia haver
um número menor de mortos se o governo chinês não falhasse no auxílio. Com o
subtítulo, o leitor tem, finalmente, uma dimensão maior do fato noticiado, uma vez
que encontra suas causas (um terremoto) e consequências (pessoas abandonando as
casas, sofrendo com o frio e a chuva), ratificando a carga de responsabilidade do
governo chinês para o caos pós-terremoto.
c) É preciso discutir com os alunos a diferença na escolha das palavras que
compõem as manchetes da PP e os títulos das demais páginas. Ao analisarmos o
primeiro exemplo, sobre o terremoto na China, observamos que a manchete da PP
apresenta duas informações importantes: 12 mil pessoas morreram nesse país e
outros milhares (número indefinido) estão soterradas. Pelo título, o leitor pode inferir
que uma tragédia ocorreu, evidenciada pela escolha das palavras “mortos” e
“soterrados” e também pelos verbos no presente do indicativo (são e estão), os quais
contribuem para reforçar a atualidade e a continuidade dessa tragédia (o número
definido das pessoas mortas e a perspectiva de que outros milhares de pessoas
soterradas também estejam sem vida). No entanto, o leitor não consegue dizer,
apenas com a manchete, o que determinou a morte e o soterramento de tantas
pessoas.
d) Que há uma quantidade muito grande de mortos e que houve falha no auxílio à
população.
e) 12 mil mortos.
f) Sim, porque esse uso dá a impressão ao leitor de que a tragédia ainda não
terminou.
g) Não. É preciso que ele também leia o subtítulo, que esclarece a causa da
tragédia, o terremoto, possivelmente agravada pelo modo como a equipe de resgate
agiu.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
29
Páginas 32 - 33
(V)
(V)
(F)
(V)
(F)
(V)
Oralidade
Página 33
Professor, é importante utilizar esta atividade para fazer uma avaliação do que os
estudantes aprenderam até aqui. Por isso, sugerimos que você não faça, no momento do
trabalho em grupo, novas intervenções, aguardando que os estudantes apresentem os
resultados. É importante que os estudantes fiquem atentos para a questão dos títulos,
subtítulos e lides. Também observe se eles compreenderam de fato o teor das notícias
lidas, identificando seus temas.
Páginas 33 - 34
1, 2 e 3. Professor, com base nas análises que os estudantes já fizeram do portador
jornal e do gênero notícia, promova um estudo sobre manchetes e títulos que
possibilite o desenvolvimento de uma consciência crítica do aluno sobre a
intencionalidade e ideologia dos jornais em questão. Para tanto, é importante que eles
possam compreender o uso dos recursos linguísticos, tal como o verbo, na
composição dessa intencionalidade.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
30
Produção escrita
Páginas 34 - 35
1. e 2. A definir. Esta atividade está diretamente atrelada às escolhas feitas pelo
professor e pelos estudantes, na seção Pesquisa em grupo. É importante, no entanto,
que você retome com eles a noção de lide, observando seus elementos essenciais (o
que, quando, onde, por quê, com quem).
3. Esta atividade tem dois objetivos principais: analisar as notícias televisivas e
radiofônicas, identificando nelas traços semelhantes aos das notícias de jornal
impresso; criar mais uma situação didática de produção escrita, na qual os estudantes
possam colocar em uso o repertório que já adquiriram sobre o gênero notícia.
4. a 6. Aqui é importante que você faça um acompanhamento contínuo, orientando seus
alunos a fazer uma transposição de linguagem (da televisiva para a impressa) de
forma coerente. A etapa de revisão também deve ser supervisionada por você, que,
diante das dificuldades, pode sugerir alguns encaminhamentos e reformulações.
Estudo da língua
Página 35
1. Esta atividade é útil para avaliar a aprendizagem dos alunos. Observe os pontos em
que ainda apresentam dificuldades e retome-os.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
31
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
SISTEMATIZAÇÃO DE CONTEÚDOS
Páginas 35 - 38
1. O primeiro.
2. Título, seguido de pequeno texto que antecede a notícia, com função de esclarecer
sobre o fato a ser informado; identificação dos autores do texto (neste caso, a notícia é
assinada porque foi escrita por um editor de uma das seções do jornal e por outra
jornalista pertencente à sucursal da Folha de S. Paulo, em Brasília); informações gerais
que compõem a notícia: o que, quando, onde, por quê, com quem; uso do discurso
direto para introduzir a fala das pessoas entrevistadas; a referência de publicação do
texto no rodapé.
Os estudantes devem reconhecer, no texto 1, o título; o modo como os fatos são
apresentados (pela ordem de importância, de maneira objetiva e direta); as informações
presentes no interior dos parágrafos; o tratamento dado aos fatos, introduzindo discursos
diretos e indiretos a fim de dar veracidade à notícia; o suporte no qual a notícia foi
divulgada (jornal).
3. O leitor do texto 1 é qualquer leitor de jornal (impresso ou virtual) por onde a notícia
circula. O leitor do texto 2 é a amiga de Maria.
O texto 2 é uma carta para falar sobre preservação do meio ambiente e tem a função de
relatar ao interlocutor as experiências que a autora tem vivido em relação ao tema:
Maria tem observado sua cidade, incomodando-se com o fato de que seus habitantes
(inclusive ela) estão destruindo o meio ambiente. Por isso, resolve fazer algo para
combater essa destruição e se utiliza da carta para convidar sua amiga a também abraçar
a ‘luta’ pela preservação do meio ambiente.
Mesmo que os estudantes não nomeiem o texto 2 como carta, é preciso que reconheçam
sua função comunicativa: dirigir-se a um interlocutor que está ausente no momento em
que o texto é escrito a fim de colocá-lo a par dos acontecimentos, compartilhar com ele
uma decisão, um pensamento. Além disso, é preciso pontuar com eles que a estrutura
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
32
desse texto ajuda a identificá-lo como uma carta: há um remetente (Maria) e um
destinatário (Querida amiga). Toda carta se caracteriza por ter sempre um sujeito que a
escreve e a assina e um sujeito para quem a carta é escrita. Há também uma saudação
(‘olá’) e um fechamento ou finalização (‘sua amiga de sempre’), encontrados em quase
todos os modelos de carta, independentemente de sua finalidade e conteúdo.
4. Alternativa d.
5. Alternativa c.
Página 38
Professor, você pode orientá-los para que pesquisem em alguns sites pré-escolhidos
por você. Isso pode garantir a qualidade do trabalho de pesquisa. No caso de revistas e
jornais impressos, você pode aproveitar algumas reportagens que eventualmente os
estudantes já tenham lido nas rodas de notícias feitas neste bimestre e no anterior.
Estudo da língua
Páginas 38 - 39
1. Professor, você pode optar por fazer esta parte da atividade coletivamente.
2.
Verbos Tipo de discurso
(1) "A distribuição da infraestrutura de
estradas influencia a reserva legal", diz
Paulo Barreto, pesquisador do Imazon
(Instituto do Homem e Meio Ambiente da
Amazônia).
Discurso direto
(2) A Advocacia-Geral da União diz que
quem desmatou antes da MP não cometeu
crime, mas poderá ser obrigado a recuperar
sua floresta.
Discurso indireto
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
33
(3) “Quem vai definir isso é o zoneamento
ecológico-econômico, que alguns Estados
já estão fazendo”, afirma André Lima.
Discurso direto
3. Professor, você pode fazer essa atividade coletivamente, deixando que os alunos
continuem individualmente no item 4.
4.
Pronomes Adjetivos Efeito de sentido
Eu (às vezes, oculto),
antecedendo a maioria dos
verbos: tenho, sei, fiz, estou,
resolvi...
Nós (às vezes oculto):
temos, somos, sabemos,
podemos, devemos...
Azul, cinza
Horroroso
Novas
Virtual
Infinitas
As cores estabelecem um
quadro de contraste entre o
céu que deveria existir (azul,
sem poluição) e o céu que
existe (cinza, poluído),
sintoma de um fato
horroroso, feio, escuro. Na
primeira parte do texto, a
escolha dos adjetivos está
carregada do peso da
própria destruição. Na
segunda, com a decisão de
arregaçar as mangas, a
autora suaviza e imprime
um caráter de renovação
(revelado pelo ‘novas’ e
‘virtual’, um dos canais por
onde a renovação
acontecerá). Ressalta
também as infinitas
possibilidades da
comunicação possível pela
internet.
5. É uma carta pessoal, de uma amiga para outra, e, portanto, pode ser informal e
marcar para o interlocutor a subjetividade envolvida no produção do texto. No caso
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
34
da notícia, a função é informar interlocutores diversos, de modo objetivo, direto e
claro, sem que haja interferências de opiniões pessoais dos autores do texto. A
notícia tem um maior grau de formalidade em relação à carta e é marcada por sua
impessoalidade.
Página 39
Professor, é importante que o planejamento desta tarefa de casa seja preparado em
sala de aula, coletivamente, a fim de assegurar que todos os estudantes tenham
compreendido o propósito da atividade. É fundamental que eles compreendam que,
diferentemente da carta entre as amigas, esse texto deve apresentar uma linguagem
formal.
Oralidade
Páginas 39 - 40
Professor, é importante que você acompanhe de perto esta atividade, verificando as
necessidades de retomada das características de alguns gêneros. Observe o tipo de
justificativa apresentada pelos grupos a fim de avaliar se, de fato, eles desenvolveram
conhecimento pertinente aos gêneros propostos nesta atividade.
Produção escrita
Página 40
Esta atividade é continuação da anterior e pode ser utilizada por você como
instrumento avaliativo. Considerando tudo o que os estudantes aprenderam até aqui,
eles devem escrever essa última notícia utilizando-se dos recursos necessários e
pertinentes ao gênero (linguagem, forma etc.). É necessário avaliar, também, a
capacidade de leitura crítica que os estudantes têm sobre o texto do colega, observando
eventuais problemas e sugerindo algumas soluções.
GABARITO Caderno do Aluno Língua Portuguesa – 6a série/7º ano – Volume 2
35
Página 40
1. e 2. Professor, é importante que esse momento de avaliação possa ser bem
aproveitado pelos alunos. Por isso, estimule-os a voltar ao caderno a fim de repassar
o que estudaram ao longo do bimestre.
3. Resposta pessoal. O objetivo destas questões é que os estudantes desenvolvam um
senso crítico sobre o modo como aprendem os conteúdos escolares e participam das
atividades propostas. É importante que eles compreendam que são responsáveis por
sua aprendizagem, adotando uma postura ativa e consciente.
4. É importante que todos tenham as respostas para poder consultá-las em outro

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