sábado, 28 de fevereiro de 2009

JEAN BATIST DEBRET NA MISSÃO ARTISTICA



Um dos franceses que veio com a Missão Artística Francesa foi Jean Batiste Debret 1768-1848 que teve sua formação acadêmica na Academie dês Beaux-Arts de Paris.

Em 1816 por ocasião dos festejos da coroação de D. João VI, rei de Portugal foi dele o trabalho de ornamentação da cidade e também quando da recepção da princesa Leopoldina, da Austria, esposa do príncipe D. Pedro.

Foi autor de vários quadros a óleo, e reuniu grande documentário social - tipos, aspectos e costumes, acontecimentos históricos que ocorreram na cidade entre 1816 e 1831 e que foram editados em três volumes com litografias.

Esses trabalhos são bastante reproduzidos na literatura colegial, pela riquesa de detalhes do cotidiano da época.
Debret teve a declarada intenção de agir como historiador fiel, reunindo na obra documentos relativos aos trabalhos realizados na época da Missão Artística.

Foi nomeado professor de Pintura Histórica na Imperial Academia de Belas Artes e voltou à França em 1831.
Aproveito para lembrar que aqui as postagens iniciais estão embaixo e cada dia dá uma subidinha, parece meio bagunçado mas é assim que funciona, por blocos diários ou bloggers.
Aguarde, irei postar mais sobre esses fatos, mas sempre destacando o RIO DE JANEIRO, e suas influências na nossa história, sendo assim não postarei imagens de outras cidades.
André Costa

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

GRANDJEAN DE MONTIGNY - O NEOCLÁSSICO

Grandjean de Montigny, repito trouxe para o Brasil mais um estilo, a arquitetura conhecida como Neoclássica.
Foram projetos de Montgny, e ainda existem:
O prédio da Alfândega velha, atual Casa França Brasil, na rua Primeiro de Março, próximo da praça XV.
http://www.flickr.com/photos/carolalulu2/235925430/

Outro, a fachada com o portal da Escola de Belas Artes transferido para dentro do Jardim Botânico, ver acima.
Existe ainda a pequena residência eternizada do próprio arquiteto transformada em Centro Cultural, e que fica dentro do terreno da PUC considerada uma adaptação da arquitetura neoclássica ao clima tropical.
http://www.flickr.com/photos/399/1002254250/

Seu nome completo Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny.
Este criou aqui diversos seguidores que projetaram outros prédios no Rio de Janeiro no mesmo estilo, como a Santa Casa, a Casa da Moeda e o Palácio Itamaraty.

Esse foi um francês que contribuiu com influências em nossa arquitetura e com os antecedentes da criação do campo da arquitetura no Brasil.

Acompanhando nossa História observa-se que só a partir da Independência, em 1822, foi permitida a fundação de instituições para formar artesãos, artistas, arquitetos e engenheiros.
E ainda assim, durante quase todo o século XIX seu desenvolvimento foi bastante precário.

André Costa

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

MAIS FRANCESES ESTÃO CHEGANDO

Eis que os anos se passam, e o tempo dos corsários findou até que:

A Corte e a Família Real vieram para o Brasil e o Príncipe regente D João VI proclama por aqui a abertura dos portos o que aumentou o comercio, mas não ficou só nisso, e assim ao trazer para cá a chamada Missão Francesa, em 26 de março de 1816, tinha como objetivo fundar as bases da primeira Academia de Artes Visuais na nova capital do reino, porém isso só surge mesmo 10 anos mais tarde.

Veio na época um grupo de artistas franceses, liderados por Joachim Lebreton. O pintor Jean Batist Debret, o paisagista Nicolas Taunay e seu irmão, o escultor Auguste Marie Taunay, o gravador de medalhas Charles-Simon Pradier e o arquiteto Grandjean de Montigny, que trouxe para o Brasil mais um estilo ou arquitetura, a Neoclássica.
Acima vemos o exemplo de uma bela gravura de Debret sobre a vida na capital do Reino. Na sua arte Debret deixou un legado enorme de imagens do Rio de Janeiro, mas acaba voltando para a França sem obter um bom resultado para aquilo que perseguia.
André Costa

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Fortaleza de Sta Cruz



Fortaleza da Conceição



A imagem postada, apesar da pouca resolução, mostra a dificuldade na baia do Rio de Janeiro, onde o mar dependendo da época pode ser muito ingrato para os navegantes aventureiros, com embarcações pequenas.

A outra serve para ilustrar os relatos anteriores da reforma da Fortaleza de Sta Cruz com as tentativas de invasões holandesas e francesas.


Para ver a Fortaleza da Conceição, como não achei a imagem que possuo peguei um linque para outra igual ver acima já aparece:
http://www.vivercidades.org.br/publique222/media/geoCordialidade_Morro1940.jpg


E outro idem, com o mapa se alguém quiser checar, é linque do linque do Mapas Antigos do Celso Cerqueira em:
http://www.vivercidades.org.br/publique222/media/geoCordialidade_Masse1713b.jpg
Aliás o Celso possui material sobre essa época.

André Costa

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

MAIRS E PERÓS EM 1555 / 1710 E 1711



Esta imagem inferior é uma reedição do famoso quadro de Benedito Calixto encontrei numa postagem em ( flickr.com/photos/robertof/2253078379/)
A imagem central é um detalhe do quadro original, ambos mostram o embarque de Estácio de Sá se preparando para mais um embate, dos perós ou pêros, como os Tamoios chamavam os portuguêses, com os mairs, denominação dos indios Tamoios para os franceses.
Já na figura superior é o Rio de Janeiro da Época, em que a cidade começa a crescer em outras direções, tendo as embarcações protegidas pela enseada do Morro Cara de Cão.

Tentativas posteriores trouxeram para cá em 1710, o Corsário francês Jean François Duclerq e no ano seguinte outro, René Duguay-Troin, mas só o segundo obteve grande êxito, seqüestrou nossa cidade, e só deixou o Rio de Janeiro mais tarde em troca de ouro.

Por conta destes dois vilões franceses, foram construídas às pressas duas fortalezas, a de Santa Cruz e a da Conceição iniciada entre 1713 e 15 e concluída em 1763, no morro de mesmo nome, havendo também sido reforçado o Forte São João na Urca, iniciado anos antes em 1618.

Depois disso o Rio ficou mais difícil de se tornar território sob domínio francês, mas com a chegada da família real em 1808, vieram outras relações mais amistosas com a França.

André Costa

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

OS FRANCESES ESTÃO CHEGANDO


Nau de René Duguay-Troin em frente do Morro Cara de Cão

Com isso, eis que, tivemos de imediato duas tentativas francesas de fixação por aqui, e uma se deu no Rio de Janeiro, logo, em novembro de 1555. A idéia era criar aqui a França Antártica. Era chefe dessa empreitada Nicolau Durand de Villegagnon, recebe seu nome a ilha de Serijipi na época, atual da Escola Naval.

Nesse período, na França havia conflitos entre católicos e protestantes. Fugindo das perseguições religiosas, um grupo de protestantes franceses, e há quem registre que o almirante Coligny, teria liderado e se dedicado a criar uma colônia protestante no novo continente.
Aproveitando do apoio dado pelos nativos da região, eles ocuparam a região do Rio de Janeiro em 1555 com a convicção de fundar a França Antártica.

Mas também há relatos de que quem liderava teria sido Villegagnon, que entrou com sua esquadra na baia de Guanabara, construiu ali um forte, que foi conhecido por Coligny, o local foi retomado por Mem de Sá dois anos depois.
Vale apenas registrar que essa expedição francesa trouxe para o Rio de Janeiro, os “mairs” colonos calvinistas perseguidos e católicos, sacerdotes, artesãos, aventureiros e muitos prisioneiros das cidades de Rouen e de Paris, e aqui André Thevet rezou a sua primeira missa e também conseguem o apoio dos índios Tamoios.
Certo é que com lutas constantes, ficaram rondando nossa cidade até que em 1567, culmina com um ferimento mortal de Estácio de Sá, e finda uma primeira etapa, pela derrota dos mairs pelos perós ou portugueses.
Um fato a registrar também é que com essa briga Mem de Sá muda o núcleo de nossa cidade da chamada Vila Velha, no morro Cara de Cão na Urca, para o Morro que mais tarde veio a ser conhecido por Morro do Castelo.

André Costa

domingo, 22 de fevereiro de 2009

ANO DA FRANÇA NO BRASIL

Iniciando as postagens por aqui com o tema acima.
Temos esta imagem retratando um desfile de Artistas do Teatro Frances pelo Centro do Rio numa festa promovida por eles e que deve ter atraido bastante gente pelo detalhe acima.
Estimo ser um registro feito no final de algum dos anos 1800.

Estamos em 2009, e oficialmente este será relembrado como o ano da França no Brasil, sendo assim denominado em contrapartida ao evento de 2005, que foi o ano do Brasil na França.

Será o ano da littérature, musique, arts plastiques, théâtre ou cinema, e da nossa culture française. Mas como por aqui curtimos photografies, voilá.

Tivemos muitas atuações ou intervenções de personagens franceses desde a época do Tratado de Tordesilhas, na história do Brasil, e com maior destaque na cidade do Rio de Janeiro, capital do Império e depois, da República.

Mediante as negociações e pelo tratado assinado em 1494, Espanha e Portugal dividiram o resto do Mundo entre si, mesmo sem sua real constatação de existência, e com a própria participação Papal, mudaram a supremacia política de Roma, isso marca também o fim da idade média.

Mas eis que, o rei de França, questiona a seguir o tratado, há também insatisfação da Inglaterra e Holanda que passam a questionar a exclusividade da partilha do mundo entre aquelas duas nações Ibéricas.

O tratado defendia o direito à posse das novas terras por quem as ocupasse.


André Costa