13 maio 2006

O Clube do Imperador e o papel do professor




Vocês já assistiram ao filme O clube do imperador (The Emperor's Club)? Se não assistiram, não perderam nada. O filme é péssimo. É claro que quem assistiu não poderá negar o encanto das imagens, os belos prédios e jardins. Mas o filme trata do papel do professor. E faz isso de modo muito infeliz. O professor William Hundert (Kevin Kline) representa um professor de índole moral louvável. Isso não se pode negar, em que pese suas hesitações e fraquezas (veja-se o caso em que não assume sua responsabilidade pelo vidro quebrado com a bola de beisebol fruto de sua desajeitada tacada e, mais gravemente, a omissão em não denunciar, por duas vezes, a fraude cometida pelo aluno Sedgewick Bell (Emile Hirsch)). O momento central do filme, a meu ver, é o diálogo de Hundert com pai de Sedgewick, um importante senador. Embora moralmente superior, Hundert perde o duelo argumentativo com o senador. O senador reivindica que o papel de Hundert seria ensinar tabuada e Hundert timidamente protesta alegando ter um papel decisivo na moldagem do caráter de seus alunos. Ora, trata-se de alunos adolescentes. Moldar seus caracteres parece uma ambição desmedida vinda de um professor. É claro que o professor precisa dar o exemplo de continência moral, mas querer moldar o caráter de seus alunos, eis aí algo com o qual divirjo profundamente. O pai de Sedgewick, embora nos cause antipatia devido ao seu cinismo moral, está certo em advogar que essa função lhe cabe como pai e não é função do professor. No final do filme, para completar, Hundert se sente culpado pelo vicioso caráter de Sedgewick. Ele pensa que a imoralidade de seu ex-aluno é devida a alguma falha sua como professor. Mas ele tinha como incumbência ensinar História e, também, admita-se, ensinar, através do exemplo de grandes homens, condutas moralmente louváveis. Mas isso não deve implicar a atuação dele como um pregador ou educador moral. Essa tarefa talvez não possa ser deixada de lado por um professor de crianças, mas ainda assim ela cabe mais propriamente à família do que ao professor. O filme parece transmitir e idéia, equivocadíssima, de que o professor tem poderes na moldagem do caráter de seus alunos e, conseqüentemente, responsabilidade pela qualidade moral das futuras gerações. Não penso assim. A responsabilidade é principalmente dos pais, que em muitos casos, é o que percebo, são moralmente irresponsáveis, visto que preguiçosos. E a preguiça é uma fraqueza e a fraqueza é o primeiro estágio do mal como ensinou Kant.

5 comentários:

Anônimo disse...

Pavão vc é ridículo não entende nada de pedagogia. Também com um Nome desses Pavão....

Aguinaldo Pavão disse...

Ui! Ficou bravinha! Senhora anônima, diga o nomezinho. Mostre o rosto. Ou melhor, vou pedir menos: argumente. Será que consegue?

Clara Mendes disse...

Não vou criticar niguém, pois cada um te a sua opinião, mas, creio que 99% das pessoas que assistiram esse filme percebeu que ele não é só predios e paiságens bonitas, mais tem com ele um história muito interessante, e uma grande lição de moral! a lição que o filme quer passar não é a de que o professor William Hundert (Kevin Kline)é um péssimo professor e que não exerce bem a sua profissão. O filme quer mostrar que a educação não é só na escola, que a família é a base de tudo, como o aluno Sedgewick Bell (Emile Hirsch) não tem uma boa relação com o seu pai, não há dialogo entre eles, nem afeto, carinho, amor, nada, isso enfluência diretamente no carater dele, o filme mostra que são os pais que ajuda a nós formamos o nosso carater, claro que a escola, a sociedade ajuda, mas as nossas primeiras impressões são as dos nossos pais, se eles nos educa de forma adequada, pode ter certeza que facilita muito na sociedade onde está incluso a escola.
A escola não o lugar onde formamos nosso carater, ele ja ta formado quando vamos para la, secada um fizer o seu trabalho bem feito, dará tudo certo. O professor nesse filme, erra em algumas coisas, o filme mostra também, que como o pai do aluno Sedgewick Bell (Emile Hirsch) é rico, o professor quebra algumas regras para ajudar o menino, pois sabe que haverá alguma recompença no futuro. Mas ele tinha esperança que o eu aluno iria mudar. Mas o que mais errou foi o pai do menino, por não ter dado atenção o suficiente para seu filho! Pois é essa a minha opinião sobre o filme, gostei muinto dele.

Aguinaldo Pavão disse...

Clara.
Muito obrigado pelo comentário. Acho que estamos de acordo com respeito ao fato de que a educação moral deveria ser primordialmente função da família (num sentido amplo).

luiz diogo/thaise disse...

acho que o que o pavão disse é tudo verdade.
e tambem vai me ajudar numa prova de história.
valeo pavão