(por .Fe.Mazi)
Estaria o filósofo destinado á morte? Estaria já condenado simplesmente pelo fato de questionar? As pessoas aceitam que suas atitudes e costumes sejam questionados? Que o porquê soterrado sobre as regras e costumes impostos pela sociedade seja descoberto?
Platão idealizou o Mito da Caverna. Dizia que o mito vem suprir a insuficiência da razão e a estimula a pensar. Nesse mito, que se encontra na obra "A República", existem muitos elementos interessantes e, basicamente trata de como podemos nos libertar da escuridão e alcançar a luz da verdade.
No mito, pessoas se encontram aprisionadas numa caverna, estão acorrentadas e com seus olhos voltados para o fundo da caverna. Na abertura da caverna há a luz de uma fogueira que projeta as sombras dos objetos que passam fora da caverna. Resumindo, as pessoas ali aprisionadas só conseguem enxergar sombras, fragmentos da realidade, e ainda assim, uma realidade projetada por uma pseudo luz. Não a luz da verdade, simbolicamente o sol.
Nesse cenário, um dos habitantes da caverna consegue se libertar dos grilhões e sai da caverna. Observa a fogueira, os objetos e suas sombras que são projetadas. Alcança a luz do sol e percebe que a realidade que viviam era uma mera metáfora.
Abismado pela descoberta e desejoso de libertar seus companheiros ele volta. Mas não é bem recebido, os habitantes da caverna não querem encarar que a realidade que viviam até então é uma mentira. Não acreditam. Não aceitam e o matam.
O medo do desconhecido e a dificuldade em aceitar que viviam uma ilusão foi maior do que a vontade de se descobrirem, se libertarem. Não aceitaram a quebra de seus paradigmas.
Esta é a figura do filósofo. Aquele que se liberta de costumes impostos e de pseudo-realidades para libertar-se e assim, libertar aos outros. Mas isto é possível? É aceito?
Quantas vezes nos encontramos na figura do filósofo e nos questionamos até que ponto vale a pena tentar rasgar o véu que tantas vezes enconbre a verdade? Deve-se estar disposto a pagar o preço da exclusão, da indiferença e do descrédito.
Seria este o destino do filósofo? E sendo.... vale a pena lutar pela verdade num mundo de relativismos?
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Olá!
ResponderExcluirMuito bom seu texto :)
Obrigada pela visita em meu blog, e claro que pode pegar o texto. Se botar meu nome e o link do blog em baixo já está bom ;)
E parabéns, deve-se ser muito corajoso para ser professor ^^
Até mais!