segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Salvador Martinha

Salvador Maria Ferro Pinto de Magalhães Martinha não leva a mal quando o acusam de ter nome de heterónimo; o seu único medo é vir a casar-se com uma rapariga de nome Marta.
Cedo percebe que irá tornar-se popular, pois na missa, para sua vergonha, são inúmeras as vezes em que o padre o cita.
O seu peculiar nariz proporciona-lhe o seu primeiro rendimento fixo, colaborando com a popular Corporacíon Dermostética. É, no catálogo das rinoplastias, quem faz de “Antes”.
Bebe Actimel durante muito tempo, mas, passados alguns anos acaba por fartar-se de viver numa bolha; sobretudo porque, dentro dela, não encontra luz suficiente para acabar de ler o “Guerra e Paz”.
Depois de a namorada lhe confessar o seu desejo de ser mãe, Salvador dá-lhe todo o apoio e garante-lhe que será sempre um Tio presente.
É, desde pequeno, acusado de ser menino por morar no Estoril. Posteriormente, escritos do seu Diário revelam que, embora sem posses para o conseguir, sempre ambicionou viver em Massamá.
Considera-se, desde sempre, um homem sem medos; mesmo quando chove, jamais leva consigo guarda-chuva. Para se proteger da chuva, basta-lhe o seu bloco de Post-it. Existe, contudo, uma situação, que o deixa vacilante: efectuar uma transferência bancária. E é o próprio quem o reconhece: “Sempre que digito um NIB, fico com a sensação de que posso estar a activar um míssil”.
É uma pessoa feliz, embora não tanto como a Sara Tavares.
Quando o convidam, recentemente, a integrar a Maçonaria, recusa ao saber que, nas reuniões secretas, não se pode usar ténis.
Homem de convicções, só abandona os seus princípios por uma razão muito forte: funda um partido político e abandona-o logo a seguir, quando o aconselham a recensear-se.
O seu grande sonho é o de percorrer o País a fazer Stand-up comedy – a única coisa que o impede é o facto de estar farto de ser pago em tostas mistas.