quarta-feira, 11 de maio de 2011

DADOS DO IBGE

Ceará é o 3º estado em extrema pobreza

Publicado em 11 de maio de 2011

Mais de 9,6 milhões de pessoas na região Nordeste, dos quais 1,5 milhão no Ceará, vivem com até R$ 70 mensais
São Paulo. O Brasil tem cerca de 16,2 milhões de pessoas (8,5% do total de habitantes) vivendo em extrema pobreza e que poderão ser beneficiadas com o programa Brasil sem Miséria. O Ceará é o terceiro estado com maior quantidade de habitantes nessas condições.

Cerca de 1,5 milhão de cearenses têm renda mensal domiciliar de até R$ 70, segundo dados preliminares que foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dois estados com maior quantidade de pobres também estão no Nordeste. Na Bahia, 2,4 milhões de pessoas encaixam-se nos critérios do programa e, no Maranhão, cerca de 1,69 milhão.

A nova linha de pobreza extrema, divulgada pela ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, no último dia 3 de maio, define como miserável quem tem renda mensal domiciliar entre R$ 1 e R$ 70. Para chegar ao número de miseráveis, foram cruzados diferentes dados do último Censo 2010.

Nordeste
Mais de 9,6 milhões de pessoas na região Nordeste vivem hoje com o valor limite da linha da pobreza extrema traçada pelo governo federal. Elas correspondem a 59% dos brasileiros que deverão ser atendidos pelo programa Brasil sem Miséria.

O número de mulheres em situação de extrema pobreza no Brasil é levemente superior ao de homens, segundo o IBGE. No total de habitantes do Brasil que vivem com até R$ 70 mensais, 8,219 milhões são mulheres (50,6%) e 8,047 milhões, homens (49,4%).

O maior número de pessoas em situação de extrema pobreza no Brasil é da cor parda, com 10,054 milhões, segundo os dados divulgados ontem.

Eles representam 62% de um universo composto por 16,2 milhões de habitantes que estão na extrema pobreza. Em seguida, na divisão por cor estão: brancos (4,250 milhões), pretos (1,456 milhão), índios (326.386), amarela (178.853) e apenas 39 pessoas não declararam cor.

A nomenclatura para designar cor e raça (branca, preta, parda, amarela e indígena) é a mesma utilizada oficialmente pelo Instituto que fez o Censo Demográfico de 2010.

A população pobre que se declara parda ou preta é quase o triplo da que se declara branca. De acordo com os dados, 4,2 milhões dos brasileiros pobres se declararam brancos e 11,5 milhões pardos ou pretos. Isso significa que o número de pobres pardos ou pretos é 2,7 vezes o número de brancos.

A pesquisa revelou que, pela primeira vez, o percentual de brasileiros que se declararam brancos caiu abaixo da metade: 47,7%. Mais pessoas passaram a se declarar pretas (7,6%) e pardas (43,1%) ao IBGE. Juntas, elas representam 50,7% da população.

Segundo o IBGE, a população brasileira cresceu quase 20 vezes desde 1872, quando foi realizado o primeiro censo demográfico, até 2010. O número de habitantes do país saltou de 9.930.478 para 190.755.799.

Fonte: Diário do Nordeste

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