quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sociologia Crítica - texto baseado no livro de Pedrinho Guareschi

Vivemos em uma sociedade complexa, uma sociedade ligada de todas as formas. Tudo esta ligado de uma ou outra forma. Tudo tem uma história, nada se cria tudo se transforma. Todas as coisas vêm de algum lugar tem uma ou mais referencias. Nós estamos ligados, influenciamos e somos influenciados a todo o momento. Mas vamos entender tudo isso passo a passo.
Na nossa sociedade acontecem fatos a todo o momento. Por exemplo, aconteceu um acidente de carro, associamos isso à chuva onde a probabilidade de acontecer um acidente é maior, então ligamos acidente de carro com chuva. Quando fizemos essa associação estamos criando uma lei. Devemos lembrar sempre que nenhuma lei é absoluta, até porque não acontecem acidentes só quando chove.
Um conjunto de leis de associação ou de contraste de fatos forma uma teoria. A teoria tem como um dos objetivos explicar os fatos ocorridos. O que sabemos sobre um povo distinto, seus costumes, sua crença, sua cultura, é uma teoria sobre aquele grupo. E já a ciência é o conjunto de teorias que busca entender e explicar a realidade. Varias teorias sobre química formam uma ciência. Só quem consegue ver os fatos, criar leis, rever teorias e se possível formar ciências é que é realmente livre.
Outra questão muito importante para refletirmos. O que é ideologia? Ideologia pode ser um conjunto de ideias, pode ser o estudo das ideias ou ainda e pior pode ser ideias erradas, distorcidas, falsas. Mas quando alguém de nós tem ideias erradas não é culpa nossa ou é? Não, não é. Apesar de sermos nós que pensamos, refletimos e deduzimos que aquilo é assim. Temos que levar em consideração de onde vêm as informações, que referencias nós temos e que passado o fato possui. Para conhecermos é preciso confrontar as ideias, as realidades para uma transformação.
Voltando a falar de teorias depois de entendermos o que é ideologia. Existem hoje duas grandes teorias que podem reger a sociedade. A teoria positivista-funcionalista e a teoria histórico-crítica. Vamos entender as duas teorias. A teoria positivista-funcionalista nós diz que a realidade, o que está presente hoje, é o que está ai, e mais, diz também que a própria sociedade esta simplesmente colocada nesta situação. Para quem segue esta teoria entende que todos têm uma função e que devemos cumpri - lá, que o mundo é perfeito assim como está. Entendendo assim a sociedade é como um corpo que tudo deve funcionar para viver e que não existe mudança a não ser que venha de fora, mas a única mudança de vem de fora de um corpo entendida por eles é a morte. Para mudar tem que morrer, tem que mudar tudo.
Já a teoria histórico-crítica explica que as coisas não são eternas, apareceram e vão desaparecer, são precárias, transitórias, históricas. Entendendo assim, a sociedade foi criada, sendo histórica, se não é eterna é relativa, se é relativa não é absoluta. A sociedade não sendo absoluta lhe falta algo para que ela se complete, sendo assim ela é incompleta.
Dentro dessa sociedade, seu modo de agir e de se relacionar podemos apontar alguns fatores que são determinantes para sua sobrevivência, são eles: trabalho, terra, fábricas, meio de produção, capital, forças de trabalho, relações de produção e o modo de produção. Dentro e entre estes fatores existem as pessoas, nós. Somos nós que trabalhamos na terra de onde sai as riquezas que são industrializadas nas fabricas, isso se necessário. Essas terras e essas fábricas são os meios de produção ou o capital. O capital que é movimentado pelo trabalho humano que é responsável pela existência das riquezas e que juntos formam as forças de produção. Os produtos devem ter uma relação entre eles, ai entre as relações de produção, que junto com as forças de produção chegamos ao fim, no modo de produção. O modo de produção é a forma que uma sociedade ou agrupamento de pessoas usa para sobreviverem, seja qual for.
Para entender melhor e colocar mais lenha na fogueira seria interessante entendermos o capitalismo, o socialismo e o comunismo. Mas este debate pode esperar. O ponto que gostaria de chegar é este mesmo das relações entre pessoas de um mesmo grupo e de diferentes grupos.
Todo mundo tem seus direitos e deveres. O mundo não é perfeito e não é eterno. Temos deveres e o mundo tem problemas, então somos nós que devemos resolver estes problemas. De que forma? Isso não importa, o que importa é que devemos fazer algo.
Não só no momento em que partirmos para fazer algo, mas também em qualquer momento de nossa humilde vida, estaremos nos relacionando com outras pessoas e nossas atitudes estarão referenciando posicionamentos e atitudes de outras pessoas. O menor ato que seja como ficar em silêncio poderá influenciar alguém. Não sabemos quantas pessoas estão nos observando e quantas tomam nossas atitudes como referência. Foi dita um dia uma frase, de autoria de um autor que desconheço o nome, que fala assim: “Não faça para o outro o que não queiras que fizessem para você”. Tome atitudes de que não se arrependerá mais tarde. Um simples “não” pode mudar uma vida.
Nós fazemos parte de um ciclo que direta ou indiretamente nossas atitudes afetam o outro e vice versa. Não só eu, você ou outro alguém fazemos parte deste ciclo, todos fazem parte disso. Somos ferramentas e podemos mudar, basta a nós nos usarmos para mudar o mundo, ou vamos nos deixar usar para manter como está?

Alex Uberti

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