quarta-feira, 13 de julho de 2011

A CULTURA DA PRESERVAÇÃO DIGITAL.


Atualize suas cópias e seu backup de acordo com a evolução do hardware e software conforme eles forem sendo substituídos.

A tecnologia nos impôs um ritmo alucinante que não nos permite parar para nos organizarmos ou sequer dominarmos uma ferramenta. Quando menos esperamos surgem novas versões, novos modelos, novos suportes de armazenamento, e nos vemos comprando celulares que absorvem outras mídias, sem sequer utilizarmos todo seu potencial. 

Novos equipamentos que atendem necessidades das quais nem sonhávamos que precisaríamos um dia. Afinal, para que mesmo precisamos do celular além de chamar e ser chamado?

Ocorre que alguns processos necessitam ser incorporados, pois dependemos deles para sobreviver na era digital. A cultura da preservação digital é um deles. Nos dias de hoje, estamos habituados a nos preocupar com as cópias de segurança, os chamados backup. 

Cópias que garantem a recuperação de nossos conteúdos digitais de alguns dias atrás, mas não a recuperação dos conteúdos digitais de anos, décadas , séculos, atrás.

Se as empresas e as pessoas não estabelecerem boas práticas de preservação digital, o que será de nossa cultura digital? Será que as cópias de segurança (backup) darão conta da preservação digital?

A confiança na Tecnologia da Informação e Comunicação é total, pois depositamos nas máquinas a responsabilidade de preservar a nossa memória. Essa atitude, mais cedo ou mais tarde acaba sendo testada, pois frequentemente buscamos algo que não achamos mais, seja por estar em outra máquina, por ter mudado a versão do programa, por um suporte de armazenamento danificado, por um sistema deixar de existir, etc. e pronto... não conseguirmos ler o conteúdo dessa memória digital.

Na era da Sociedade da Informação, não podemos conceber a perda de um documento, uma informação, um registro sequer, sem a menor chance de reencontrá-los um dia. Isso significa a perda de memória e é exatamente isso o que usualmente acontece. Precisamos lembrar que a informação é nossa “matéria-prima” e que sem ela de nada serve todo o aparato tecnológico existente.

A Unesco e o CONARQ (Conselho Nacional de Arquivos) alertam para a perda de memória institucional através da “Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital”, publicada pelo CONARQ e UNESCO em 2004. O manifesto alerta para a necessidade de desenvolver políticas para a gestão deste acervo digita! A prática da preservação de conteúdos digitais vai muito além do backup e procura preservar o conteúdo digital ao longo de seu ciclo de vida, inclusive em sua fase permanente, onde não existem mais prazos de guarda.

O surgimento de novas mídias, novos hardwares e softwares, põem em risco o acesso a conteúdos digitais e não sabermos administrar a substituição dessas tecnologias, quando necessárias.

Quais seriam esses procedimentos? No mínimo, regravar suas cópias de tempos em tempos e atualizar seu backup de acordo com a evolução do hardware e software conforme eles forem sendo substituídos.

Enquanto termino este artigo, hoje, 11 de julho de 2011, é divulgada a notícia no Portal da UOL, da perda de todas as entrevistas de Ronnie Von para o programa “Todo Seu”, por falha da produção ou dos novos equipamentos de HD da TV Gazeta. O material foi apagado acidentalmente e está oficialmente perdido.

Lembre-se: se você não tiver além da mídia, o hardware e o software compatível com o conteúdo ali gravado, você
NÃO tem um documento digital preservado!

FONTE:http://www.outrolado.com.br//Artigos/a_cultura_da_preservacao_digital

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