Wednesday, December 22

DE UM ARQUITETO COMUM

Propositalmente, coloco aqui, a seguir dessa obra premiada e famosa, um trabalho dos que costumam fazer os Arquitetos comuns.
No caso, no âmbito da construção.
Trata-se de uma residência, mais ou menos uns mil metros quadrados, acabamento da melhor qualidade, em Areal – RJ.

Areal-Fachadas-Web.jpg
aspectos externos

Areal-InterioresWeb.jpg
alguns interiores

Projeto do arquiteto Franklin Iriarte; fiz a execução da parte final, acabamentos, da obra.

UMA EXCELENTE OBRA COMUM

RIBA Stirling Prize 2004

Um dos mais importantes prêmios de Arquitetura do Mundo, referendado pelo RIBA (Royal Institute of Britain Architects), elegeu como vitorioso esse prédio (abaixo) projetado pelo escritório Foster and Partners, um dos mais prestigiados e afamados do Mundo. Eu, pelo menos, sou fã de carteirinha dos caras. Mas...

Premio arquitetura Foster partners.jpg

Estou tentando me acostumar com o shape do bicho, mas estou encontrando alguma resistência interna.
Sei não, mas acho que o design da Arquitetura está tomando um rumo muito estranho. Tem mais, acho que estou ficando meio caretão.

COM CERTEZA!
update: pra quem quiser saber mais sobre o RIBA Stirling Prize 2004

Monday, December 20

CAU - Conselho de Arquitetura e Urbanismo

JÁ NÃO ERA SEM TEMPO
Senado aprova o CAU
Foi aprovado por unanimidade, na Comissão de Assuntos Sociais do Senado - CAS, o projeto de lei 347/2003, de autoria do Senador José Sarney, que dispõe sobre a Criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU.

O parecer do relator, o senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG) era favorável. No parecer já foi feita emenda autorizativa do senado, que permite a criação de nova autarquia pelo executivo federal.

A senadora Ana Júlia Carepa (PT/PA), entre outros senadores, fez um discurso apaixonado em prol do pleito dos arquitetos. Destacou o merecimento da antiga luta da categoria para poder regular o exercício da própria profissão.


Nada contra o CREA, mas nós, Arquitetos, merecemos nosso
CAU Conselho de Arquitetura e Urbanismo

PEQUENO AVISO

Não tenho a menor pretensão, ou preocupação, de colocar qualquer ordem, cronológica, ou lógica, nesse meu cantinho.
Desabafos, causos interessantes (meu critério, claro!), desfilarão por aqui,com a maior naturalidade.
TUDO MUITO COMUM!

FOI UM PROJETO QUE PASSOU EM MINHA VIDA...

No ano de 1995 (creio eu), através uma empresa de planejamento, daqui do Rio de Janeiro, fui solicitado a fazer um projeto muito interessante. Tratava-se do Colégio Militar de São Paulo, a ser construído em um terreno, maravilhoso, localizado em pleno Ibirapuera, entre as ruas Manoel de Nóbrega e Abílio Soares. Local nobre e super valorizado.

O projeto seria uma parceria do EB (Exercito Brasileiro) e a Prefeitura da cidade, no final do último mandato do Paulo Maluf (com todo o respeito, argh!). Terreno do EB, meios da Prefeitura. Escusado dizer que nunca conseguiu sair do papel, e da maquete, tantas foram os “interesses” não atendidos.

Colegio-Militar-SP-Web.jpg
Maquete e Perspectiva do CMSP


O sucessor de Maluf, essa ”incrível” figura de Celso Pitta, não conseguiu “honrar” o compromisso assumido e o projeto foi arquivado.
Pena, pois seria um extraordinário colégio público, talvez o melhor da cidade, e o meu maior projeto. Aliás, foi esse projeto o principal propulsor da minha enorme vontade de viver em São Paulo, desejo esse posteriormente realizado. Aí, sem o CMSP!
Bem, o projeto, em toda a sua extensão, foi completamente executado e, modéstia a parte, havia ficado muito bom!

E O MEU CORAÇÃO SE DEIXOU LEVAR!
ps: No local onde seria construído o Colégio, hoje existe um prédio de moradia de Oficiais Generais e um de Oficias Superiores, além de alguns Pavilhões do Batalhão de Policia do Exercito, também projetos meus. Apenas comuns!

Saturday, December 18

TEM QUEM GOSTE; TEM QUEM NÃO GOSTE

Esse prédio,

Ohtake base.jpg

projeto do Ruy Ohtake, tem sido objeto das mais diversas reações. Como digo no título: Tem quem goste, tem quem não goste. Há, até, os que odeiam, falam da sua agressividade no entorno, sua desproporção monumental e suas cores berrantes e desnecessárias.

Ohtake gabarito.jpg

Da revista Projeto Design, selecionei trechos do artigo para estimular a discussão.

"Um dos mais comentados edifícios de São Paulo nas últimas décadas, o Ohtake Cultural finalmente ficou pronto. Desenhado por Ruy Ohtake, é composto por duas torres de escritórios e um espaço cultural que agrega salas de exposições e de reuniões, ateliês, livraria, teatro e auditório. Cada edifício abre-se para uma via diferente. O arquiteto acredita que o conjunto desafia a lógica do mercado e tem capacidade para modificar o caráter da região
...
Não é pelo porte que o Ohtake Cultural chama a atenção: os 32 mil metros quadrados construídos, apesar de não ser pouco, não figuram entre os maiores empreendimentos paulistanos.
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No entanto, ao não se alinhar com a produção do mercado local, pela forma ou pelo uso, o prédio destoa na paisagem.
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O lote situa-se no encontro de três bairros bem caracterizados. O Alto de Pinheiros, bairro-jardim desenhado pela Cia. City, é reduto de casas unifamiliares para população de renda elevada. A Vila Madalena, de origem pobre, hoje concentra ateliês e vida noturna agitada
O bairro de Pinheiros, por sua vez, é um núcleo histórico que atualmente apresenta conflitos de crescimento desordenado. Para o arquiteto, o conjunto possui a capacidade de dialogar com os três lados.
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Tenho a convicção de que o Ohtake Cultural é importante para a renovação do entorno como referência do contemporâneo”, avalia o arquiteto.
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Com esse complexo em Pinheiros, mais uma vez Ruy Ohtake estabelece uma ponte entre a arquitetura de Niemeyer e a escola paulista. Não dos pontos de vista formal ou ideológico, dos quais o arquiteto afasta-se cada vez mais. Mas pela visibilidade do projeto, misturada a elementos recorrentes da própria obra de Ohtake, que, queiram ou não, é marcada a ferro e fogo pelo brutalismo caipira".

Leia mais

Thursday, December 16

UM ARQUITETO COMUM

Além de falar do que eu penso em fazer nesse espaço, seria razoável eu me apresentar. Então, lá vai:
eu-retocadoWeb.jpg

O ARQUITETO COMUM


FICHA TÉCNICA
-Fernando Cals
-Arquiteto
-Formado em 1960 pela Faculdade Nacional de Arquitetura da U.B. (Rio de Janeiro)
-45 anos de exercício profissional em projetos de Arquitetura e condução de Obras.
-14 anos como Professor de Projeto de Arquitetura na Universidade Santa Úrsula (RJ)
-Chefe do Departamento de Arquitetura e Coordenador do Curso da U.S.U. RJ
-Conselheiro do CREA por dois exercícios
-Projeto em diversas áreas de atuação da Arquitetura
-Projetos de 15 hoteis em diversas capitais brasileiras
-Projetos de mais de 50 residências unifamiliares no Brasil e no exterior
-Projetos de mais de 20 edificações multifamiliares no Brasil
-Projetos de mais de 30 lojas por várias cidades do Brasil
-Projetos de instituições de Ensino no Rio, S.P, Brasília e Salvador
-Projetos de três quartéis, de porte, para o E.B. em São Paulo
-Coordenação, Administração e Execução de obras


Bela ficha técnica, dirão (quase) todos!!! Também, depois desse tempo todo lidando com a Arquitetura, nada fora do comum. Reitero, Um Arquiteto Comum!
Sempre me imaginei profissionalmente, como um Arquiteto competente. Nunca pretendi ser expoente na profissão, pois isso poderia trazer-me enormes frustrações.
O que não impediu que eu executasse alguns (vários) trabalhos de ótima qualidade e de bons resultados gerais. Mais do que isso, atendendo aos anseios dos meus clientes, o que sempre foi minha preocupação final.

Durante esse longo tempo em que me dedico às minhas tarefas sempre passou pela minha cabeça, principalmente depois de tornar-me professor, a discussão do assunto Arquitetura. Em todos os matizes, em todas as direções, fosse do que fosse. Gosto de trocar idéias com colegas da profissão, e leigos, no sentido de avaliar os caminhos da Arquitetura, suas novas vocações, etc

Fica claro, que nessas discussões, trocas de idéias, apreciação do que está pintando, vamos elogiar alguns e meter a porrada em outros. No bate-papo, tudo bem; passa! Mas, escrevendo e publicando, mesmo que num blog, sempre aparece, ou pode aparecer, o fantasma da falta de ética (ainda existe isso?). Como falar dos trabalhos dos colegas de profissão sem ofender-lhes os méritos e suas capacidades profissionais. Sobretudo, num segmento em que a tal da "beleza", ou "gosto", podem ser facilmente colocados no patamar do que "não se discute". Ou se gosta, ou não se gosta. Ou, vice-versa!!!

Dai, pensei eu, se gosto não se discute, se a beleza e a própria ética / estética na Arquitetura é algo tão volátil, quase imponderável, vejo-me desobrigado da preocupação de ser um possível predador, um iconoclasta, enfim, quase um indesejável F.D.P. da profissão.

Livre e desempedido, pois,
VOU A LUTA!

ACHO QUE AGORA VAI

Nos dois últimos meses, ou serão três?, ou quatro?, montei alguns blogs pra falar de Arquitetura, do que eu vejo, gosto e desgosto, da minha atuação como Arquiteto, venturas e desventuras, coisas da minha vida profissional e os contatos / embates com os clientes, mas não estava gostando do jeitão que o blog tomava.
Ora parecendo, quem sabe, pretensioso, ora parecendo muito distante do que eu pretendia, fui, no entanto, deixando a idéia tomar corpo.
Afinal o que é que eu desejava? Falar de Arquitetura, ou da minha vida como Arquiteto?
Poder comentar e criticar o que eu via, observava, sem qualquer pudor ou receio de estar me metendo a “pai da verdade”?
Bom, parece que eu cheguei a uma conclusão, que seja:
Vou falar do que eu quiser, de quem eu quiser, do jeito que eu quiser, munido da minha experiência, que mesmo não sendo melhor do que a de ninguém, é a que eu tenho.
Como dizem: opinião é que nem cu; cada um tem a sua (o seu).

Daí,
LET´S VAMOS

Tuesday, December 14

ARQUITETO COMUM

Aqui habitará um Arquiteto Comum.