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São Carlos, SP, Brazil
Fonoaudióloga, CRFa.13.365. Especialista em Motricidade Orofacial pelo Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica- CEFAC, Aperfeiçoamento em Fonoaudiologia Aplicada à Clínica Odontológica pela Faculdade de Odontologia de Bauru/USP, em Voz Teoria, Avaliação e Tratamento das Disfonias/Vozes Profissionais pelo Centro de Estudos Diagnóstico e Reabilitação, e em Fonoaudiologia Escolar Preventiva pelo Centro Universitário Central Paulista. Consultora empresarial (Call Center) em comunicação e Fonoaudióloga Escolar (realização de triagens com devolutivas, e orientações aos pais). PRINCIPAIS ATUAÇÕES: - Interposição / pressionamento de língua nos dentes, - Adequação das funções orais (respiração oral, alterações da mastigação, deglutição e fala); - Alterações de frênulo lingual; - Adequação das funções orais aos pacientes que utilizam prótese dentária; - Ronco (com o objetivo no fortalecimento na musculatura envolvida); - Alterações de leitura, escrita e vocal aos profissionais que utilizam a voz; Consultoria em Comunicação Pessoal (aprimorar a eficiência comunicativa com foco na necessidade do paciente).

22.2.11

Fonoaudiologia - Saúde Vocal e seus Cuidados

                                                         


A voz é como uma identidade para cada um de nós, não existindo dessa forma, vozes iguais. O que varia é a personalidade, idade, sexo, estado emocional, profissão. A voz expressa nossos sentimentos, alegria, tristeza, cansaço, pensamentos. Os profissionais da voz utilizam a voz como instrumento de trabalho, ou seja, dependem dela para exercer sua profissão.  Alguns desses profissionais: professores, jornalistas, radialistas, operadores de telemarketing, políticos, atores, entre outros.
É necessário que cada profissional tenha seus cuidados vocais, isto é, cada um possui uma demanda vocal, como por exemplo, um professor que ministra 44 horas aula por semana, além de ter que gritar muitas vezes ou falar alto para chamar a atenção dos alunos, fora os barulhos externos que interferem, fazendo com que o professor abuse de sua voz, um teleoperador que utiliza a voz por 36 horas na semana em média, com poucas pausas para descanso da voz, um professor de academia, que além de utilizar muito a voz, faz abusos vocais, pois além de dar aulas para um número grande de alunos, muitas vezes, tem o som, que mascara sua voz, tendo assim, que aumentar o volume para ser ouvido, ou simplesmente pessoas iniciam a voz profissionalmente, sentem a necessidade de cuidados específicos e a diferença na qualidade vocal após apenas um pequeno período desde sua utilização.
A voz é produzida pelo ar que sai dos pulmões, passa pela laringe, onde estão localizadas horizontalmente ao chão, as pregas vocais (cordas vocais). Quando respiramos, as pregas vocais encontram-se abertas e no momento da fonação, elas aproximam-se, produzindo o som. Este som será amplificado para as cavidades de ressonância (faringe, boca e nariz) tornando-se equilibrado e o som será articulado na cavidade oral, por meio da língua, bochechas, lábios, dentes, palato.
As principais queixas dos profissionais da voz são: rouquidão, falhas ou perda da voz com frequência, garganta ou boca seca, pigarro, cansaço ao falar, piora na voz no final do dia ou no final da semana, entre outras.
Para que isso não ocorra são necessários cuidados com a voz, chamados de Higiene Vocal.
  • Beber água SEMPRE, em pequenos goles e com freqüência, inclusive durante a utilização da voz, para umidificar a garganta;
  • Evitar competição sonora (falar mais alto que os alunos ou gritar para ser ouvido);
  • Evitar choque térmico ingerindo água em temperatura ambiente;
  • Evitar bebidas alcoólicas, pois o álcool provoca um efeito anestésico, diminui a sensibilidade é onde ocorre o abuso vocal, prejudicando as pregas vocais;
  • Evitar tossir ou raspar a garganta, pois provoca um intenso atrito nas pregas vocais e ao invés, engolir ou tomar um gole de água.
  • Não fumar, pois no momento em que se traga, a fumaça quente agride todo o sistema respiratório, e principalmente as pregas vocais, podendo causar irritação, pigarro, edema, tosse, sendo uma das maiores causas do câncer de laringe e pulmão;
  • Evitar o ar condicionado, pois provoca o ressecamento das mucosas, alterando a vibração das pregas vocais. Quando não for possível evitar o ar condicionado, ingira bastante água para hidratar a mucosa.
  • Evitar derivados de leite, principalmente antes de utilizar a voz profissionalmente, pois provoca um acúmulo de secreção no trato vocal, deixando a saliva mais grossa;
  • Ingira alimentos como a maçã, que tem efeito adstringente, limpa o trato vocal, além de relaxar a musculatura facial, através dos movimentos mastigatórios. Os sucos e frutas cítricas, limão ou laranja, absorvem a secreção acumulada no trato vocal;
  • Utilize roupas confortáveis, que não apertem o fluxo respiratório (apertadas na barriga ou no pescoço);
  • Evite falar ao mesmo tempo em que escreve na lousa para evitar esforço na musculatura do pescoço ou região cervical, evitando assim, tensão na região das pregas vocais.
  • Articular bem as palavras, para que o som seja projetado e evitar o abuso vocal;
  • Pastilhas e sprays devem ser usados se houver posteriormente repouso vocal. Ao contrário, mascaram a dor do esforço vocal, prejudicando mais ainda o estado das pregas vocais.
  • Própolis e gengibre: se a pessoa está passando por um processo infeccioso, o própolis é indicado, desde que ela não vá falar. O própolis e o gengibre têm um efeito antibactericida, isso é comprovado. Só que, por outro lado, eles anestesiam a prega vocal. Eles têm o mesmo efeito do conhaque.
  • É indispensável que a voz seja aquecida e desaquecida após sua utilização, para que possa ser preservada sempre com boa qualidade vocal.
                                          
                                                                                  Imagens: googleimagens.net

Se a disfonia (rouquidão) persistir por mais de 15 dias, procure um otorrinolaringologista, consulte um fonoaudiólogo e siga todas as orientações.

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