segunda-feira, 14 de junho de 2010

O REI DO PEDAÇO











John King Marley (Richard Harrison) é o tipo de caçador de recompensas impiedoso, com licença para matar, como se isso fizesse alguma diferença no velho oeste americano. Em O Rei do Oeste, lançamento Spectra, existe motivo para tanto ódio no coração. No passado, o irmão de King fora assassinado e sua mulher Carol estuprada e morta. Qualquer um ficaria com sede de vingança. E Richard Harrison encara com naturalidade o papel ao mesmo tempo sensível e brutal de um homem cujo destino levou à crueldade. E esse ódio tem direção certa: a gang conhecida como Benson, que é secretamente chefiada por um amigo e confidente de King, o Xerife Foster (Klaus Kinski, simplesmente espetacular nas poucas cenas em que aparece). O tal xerife comanda o tráfico de armas ilegais para o México, mas é implacável com quem se interpõe em seu caminho. Mas para a desgraça do chefe dos bandoleiros, King, que é o rei do pedaço, descobre suas falcatruas e o embate final se dará sem delongas.
Outro destaque fica para a trilha sonora diferenciada composta por Luis Bacalov. Ela completa o espetáculo em vez de apenas preencher vazios deixados pelos atores e pela direção.


Por falar em direção, destaque para o trabalho de Giancarlo Romitelli. Especialista na direção de cenas de ação da segunda unidade, Romitelli dá um show logo no início do filme, antes dos créditos, na seqüência em que o exército intercepta por duas vezes as carruagens que transportam as tais armas roubadas.

2 comentários:

Paulo disse...

Ficou ótimo esse pupurri de crônicas sobre o bangue-bangue à italiana. Os cinefilos sem preconceito curtiram ainda quentes esses filmes. Outros descobriram depois e correram atrás. Outros ainda destacam a genialidade de Leone pelos locações. Como pode p Arizona na Espanha?
Parabéns, Mr Anthony!

Paulo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.