C) Três pessoas da Trindade

 

Outra citação escrita a respeito do Dr. Kellogs (contra suas teorias panteístas) que é apresentada fora do seu contexto no livro “Evangelism”, para dar a entender que Ellen White afirmou que o Espírito Santo era uma pessoa, e portanto teria crido na Trindade, é a seguinte:

 

Fui instruída a dizer: Os sentimentos dos que andam em busca de avançadas idéias científicas, não são para confiar. Fazem-se definições como estas: ‘O Pai é como a luz invisível; o Filho é como a luz corporificada; o Espírito é a luz derramada.’ ‘O Pai é como o orvalho, vapor invisível; o Filho é como o orvalho condensado numa bela forma; o Espírito é como o orvalho caído sobre a sede da vida.’ Outra apresentação: ‘O Pai é como o vapor invisível; o Filho como a nuvem plúmbea; o Espírito é chuva caída e operando em poder refrigerante.’

Todas essas definições espiritualistas são simplesmente nada. São imperfeitas, inverídicas. Enfraquecem e diminuem a Majestade a que não pode ser comparada nenhuma semelhança terrena. Deus não pode ser comparado a coisas feitas por Suas mãos. Estas são meras coisas terrenas, sofrendo sob a maldição de Deus por causa dos pecados do homem. O pai não pode ser definido por coisas da Terra. O Pai é toda a plenitude da Divindade corporalmente, e invisível aos olhos mortais.

O Filho é toda a plenitude da divindade manifestada. A palavra de Deus declara que Ele é ‘a expressa imagem de Sua pessoa’. ‘Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.’ Aí se manifesta a personalidade do Pai.

O consolador que Cristo prometeu enviar depois de ascender ao Céu é o Espírito em toda a plenitude da divindade, tornando manifesto o poder da graça divina a todos quantos recebem e crêem em Cristo como um Salvador pessoal. Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo. ...

Será realizado trabalho na simplicidade do verdadeiro poder de Deus, e os velhos tempos estarão de volta, quando, sob a direção do Espírito Santo, milhares se converterão em um só dia. Quando a verdade, em sua simplicidade, for vivida em cada lugar, então Deus atuará através de Seus anjos como Ele atuou no dia de Pentecostes, e corações serão mudados tão decididamente que haverá uma manifestação da influência da genuína verdade, como é representada na descida do Espírito Santo.

Special Testimonies, Serie B. N.7, págs. 62 e 63 (1905). Evangelismo, págs. 614, 615

 

A frase sublinhada extraída do texto acima diz o seguinte:

 

Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados

 

O texto acima foi copiado do livro traduzido para o português, denominado “Evangelismo”. Primeiramente, ressaltamos que o original em inglês deste livro não traz o termo “Trindade”.

 

Apresentamos abaixo o texto em inglês tal como ele aparece no livro “Evangelism”:

 

There are three living persons of the heavenly trio; in the name of these three great powers – the Father, the Son, and the Holy Spirit...

 

O texto do original em inglês diz: “existem três pessoas vivas no trio celestial”. Notem que não existe a palavra Trindade. Mas mesmo o texto em inglês do livro “Evangelism”, não é fiel ao manuscrito original, pois no manuscrito original, Ellen G. White escreveu o termo “persons”, que significa pessoas. Entretanto, ela mesma corrigiu e colocou o que deveria ser o correto entendimento. Riscou a letra “s” e acrescentou o final “alities”, transformando a palavra “persons” em “personalities”, que significa “personalidades”. Além disso, ela acrescentou o termo “the” logo após o início da frase, de maneira que a frase do manuscrito original se encontra da seguinte forma:

 

There are the living three persons alities of the heavenly trio in which every soul repenting of their sins believing receiving Christ by a living faith to them who are baptized.

 

Ampliamos a parte do manuscrito de Ellen White onde ela faz as correções mencionadas:

 

 

Uma diferença conceitual:

person = pessoa

(plural = persons)

personality =  qualidades, caráter, entidade

(plural = personalities)

 

Portanto, para ser fiel ao manuscrito original, a tradução correta seria:

 

“Existem as três personalidades vivas no trio celestial nas quais cada alma arrependida dos seus pecados recebendo a Cristo por meio de fé viva por eles são batizados.”

 

A seguir apresentamos a fotocópia escaneada de toda a página do manuscrito original de Ellen G. White, de onde a parte acima foi tirada, e que comprova que as modificações aqui mencionadas foram feitas por ela mesma:

 

 

Aqui está uma transcrição linha por linha do manuscrito:

 

The Father is not to be described by the earthly
The Father is all the fullness of the God head
invisible to mortal earthly sight.
The Son is all the fullness of the God head
revealed manifested, He is the express image of his
Fathers person For God so loved the world that he gave
his only begotten Son that whosoever
believeth in him Should not perish but have
everlasting life. Here is the personality of the Father.
The Spirit the Comforter whom Christ
promised to send after he assended to heaven
is Christ is the Spirit in all the fullness
of the God head making manifest to the
All who receive him and believe in Him

There are the living three persons alities of the heavenly
trio in which every S
oul repenting of their
sins believing receiving Christ by a living
faith to them who are baptized In the name
of Jesus Christ to them
In the name of the
Father and of the Son and of the Holy
Ghost these high digified personalities
Give power because they are Gods property
to be called the Sons of God, What is the sinner
to do, believe in Jesus Christ because they
are his property which he hath purchased
with his own blood through the test and trial
to which he was subjected to redeem from the slavery

E aqui está o texto em sua versão oficial conforme foi editado pelo White Estate:

 

The Father can not be described by the things of earth. The Father is all the fullness of the Godhead bodily, and is invisible to mortal sight. The Son is all the fullness of the Godhead manifested. The word of God declares Him to be "the express image of His person." "God so loved the world that He gave His only begotten Son, that whosoever believeth in Him should not perish, but have everlasting life." Here is shown the personality of the Father. The Comforter that Christ promised to send after He ascended to heaven, is the Spirit in all the fullness of the Godhead, making manifest the power of divine grace to all who receive and believe in Christ as a personal Saviour. There are three living persons of the heavenly trio. In the name of these three powers,--the Father, the Son, and the Holy Ghost, those who receive Christ by living faith are baptized, and these powers will cooperate with the obedient subjects of heaven in their efforts to live the new life in Christ. What is the sinner to do?--Believe in Christ. He is Christ's property, bought with the blood of the Son of God. Through test and trial the Saviour redeemed human beings from the slavery of sin.

Ellen G. White: Bible Training School, March 1, 1906

 

Qualquer publicação honesta dos testemunhos deveria levar em conta as alterações feitas pela própria escritora. Entretanto, como foi constatado, isto não foi feito ao publicarem o texto deste manuscrito.

 

 

 

Será muito interessante neste momento, pararmos para observar quais foram as impressões de William White, filho de Ellen White, sobre este assunto em torno da palavra “personalities” usada por ela.

 

Depois da morte do marido de Ellen White, o colaborador mais próximo foi seu filho William White, que só veio a falecer em 1937.  Ninguém conviveu mais próximo de Ellen White depois da morte do marido, do que seu filho

 

 

 

 

Comentários de Ennis Meier:

 

Em 08 de Julho de 2003 passamos na Conferência Geral e conseguimos no White Estate a cópia assinada dessa carta, datada de 1935, de William White, chamado Guilherme White (em português).

 

Essa cópia não foi obtida de microfilmes, ou de outra cópia, mas do documento original com a assinatura real de W.C. White, como se vê acima, em papel fino próprio para cópia datilográfica.

 

A seguir apresentamos a tradução desta carta:

 

  

30 de Abril de 1935

 

Pastor H. W. Carr
164 Saxton Street
Lookport, New York.

Caro Irmão Carr:

Tenho em minhas mãos sua carta de 24 de Janeiro. Por alguns meses, tenho estado tão pressionado com o trabalho relacionado aos manuscritos que estamos preparando para imprimir, que minha correspondência teve que esperar.

Em sua carta, você me pede para contar o que entendo ser a posição de minha mãe em relação à personalidade do Espírito Santo.

Isso eu não posso fazer porque eu nunca entendi claramente seus ensinos sobre esse assunto. Sempre houve em minha mente alguma confusão a respeito do significado das expressões dela que, para a minha forma de raciocinar, parecem ser um pouco confusas.

Freqüentemente tenho lamentado não possuir a capacidade mental que poderia resolver esta e outras perplexidades semelhantes, e então, relembrando o que a irmã White escreveu nos "Atos dos Apóstolos", págs. 51 e 52 a "respeito dos mistérios que são muito profundos para a compreensão humana, o silêncio é ouro". Tenho achado melhor me refrear desta discussão e me esforçar para dirigir minha mente a assuntos fáceis de serem compreendidos.

Enquanto eu lia a Bíblia, eu encontrei que o Salvador ressurreto soprou nos discípulos (João 20:22) e disse a eles "Recebei o Espírito Santo". O conceito gerado através deste texto das Escrituras parece estar em harmonia com a declaração do "Desejado de Todas as Nações", pág. 669, também Gênesis 1:2; com Lucas 1:4; com Atos 2:4; 4:12; 8:15; 10:44. Muitos outros textos poderiam ser citados e que parecem estar em harmonia com esta declaração do "Desejado de Todas as Nações".

As declarações e os argumentos de alguns dos nossos ministros em seu esforço para provar que o Espírito Santo era um indivíduo como é Deus, o Pai e Cristo, o eterno Filho, têm me deixado perplexo e algumas vezes eles me tem entristecido. Um mestre popular disse: "Podemos considerá-Lo (O Espírito Santo) como o companheiro que está aqui embaixo fazendo as coisas acontecerem."

Minhas perplexidades foram minimizadas quando aprendi, no dicionário, que um dos significados de "personalidade" era

 

 

 

características. Isto está declarado de tal forma que eu concluí que pode haver personalidade sem uma forma corpórea a qual o Pai e o Filho possuem.

 

Há muitos textos das Escrituras que falam do Pai e do Filho e a falta de textos que fazem referência similar ao trabalho unido do Pai e o Espírito Santo ou Cristo e o Espírito Santo me têm feito acreditar que o espírito sem individualidade era o representante do Pai e do Filho através do universo, e vem sendo através do Espírito Santo que eles habitam em nossos corações e nos fazem um com o Pai e com o Filho.

 

Minha resposta para a segunda pergunta "Em algum lugar, os escritos da Irmã White ensinam que a oração deve ser dirigida unicamente ao Pai, ou que nós não nos devemos dirigir a Cristo em oração, somente ao Pai", eu penso que não. Eu não encontrei este ensino nos escritos de Ellen White.

 

Sua terceira pergunta "Ela, em algum lugar, diz qual é o poder que "armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o glorioso monte santo". Devo responder da mesma forma. Acho que não. Não encontramos nenhuma declaração sobre isso nos escritos da irmã White nem nos lembramos de nenhuma declaração feita verbalmente em nossa presença.

 

Junto com essa breve carta você encontrará nosso periódico (News Letter) de 4 de Abril.

 

Eu oro para que você possa receber ajuda dos céus no estudo daquilo que é necessário saber e paciência para esperar por uma revelação a respeito daquilo que hoje é incerto para nós.

 

 

Saudações Cordiais do seu irmão.

 

                                         W. C. White

WCW: lfv.

 

 

 

Caso queira conferir a tradução veja abaixo a transcrição do original da carta (em inglês):

 

April 30, 1935

 

Elder H. W. Carr
164 Saxton Street
Lookport, New York.

 

Dear Brother Carr:

 

I hold in my hand your letter of January 24. For some month I have so heavily pressed with work connected with manuscripts which we were preparing for the printer that my correspondence has had to wait.

In your letter you request me to tell you what I understand to be my mother's position in reference to the personality of the Holy Spirit.

 

This I cannot do because I never clearly understood her teachings on the matter. There always was in my mind some perplexity regarding the meaning on her ulterances which to my superficial manner of thinking seemed to be somewhat confused. I have often regretted that I did not possess that keenness of mind that could solve this and smiliar perplexities, and then remembering what Sister White wrote in "Acts of the Apostles," pages 51 and 52, "regarding such mysteries which are too deep for human understanding, silence is golden," I have thought best to refrain from discussion and have endeavored to direct my mind to matters easy to be understood.

 

As I read the Bible, I find that the risen Saviour breathed on the disciples (John 20:22) "and saith to them 'Receive ye the HOly Ghost." The conception received from this Scripture, seems to be in harmony with the statement in "Desire of Ages", page 669, also Gen, 1:2; with Luke 1:4; with Acts 2:4 and 4:12 also 8:15 and 10:44. Many other texts might be referred to which seem to be in harmony with this statement of "Desire of Ages."

 

The statements and the arguments of some of our ministers in their effort to prove that the Holy Spirit was an individual as are God, the Father and Christ, the eternal Son, have perplexed me and sometimes they have made me sad. One popular teacher said "We may regard Him, (The Holy Spirit) as the fellow who is down here running things."

 

My perplexities were lessened a little when I learned from the dictionary that one of meanings of personality, was characteristics. It is stated in such a way that I concluded that there might be personality without bodily form which is possessed by the Father and the Son.

 

There are many Scriptures which speak of the Father and the Son and the absence os Scripture making similar reference to the united work of the Father and the Holy Spirit or Christ ande the Holy Spirit, has led me to believe that the spirit without individuality was the representative of the Father and the Son throughout the universe, and it was (has?) through the Holy Spirit that they dwell in our hearts and make us onde with the Father and with the Son.

 

My answer to your second question "Does Sister White's writings anywhere teach that prayer should only be addressed to the Father, or that we should not address Christ in prayer, only throught the father," is that I think no. I have not found such teachings in Ellen White's writings.

 

Your third question "Does she anywhere tell what the power is that "shall plant tabernacule of His palace between the seas in the glorius holy mountain" I must answer in the same way. I think not. We have not found any statement regarding this in Sister Whites's writings nor do we remember any statement made orally in our presence.

 

Enclosed with this brief and unsatisfavtory letter, you will find our News Letter of Abril 4.

 

I pray that you may have help from heaven in studying that which is necessary to be known and patience to wait for the revelation of that regarding which we are now in some uncertainly.

 

With kind regards, I remain,

 

Sincerely your brother,

 

W. C. White

 

WCW: lfv.

 

 

A pergunta inicial formulada pelo destinatário da carta, a quem William White evita falar em nome de sua mãe, é sobre a "personalidade" do Espírito Santo como individualidade. Willie White demonstra estranheza quando encontra palavra “personalidade” entre os escritos de sua mãe, referindo-se ao Espírito Santo. Só poderia admitir significando “características”,  pois conhecia o pensamento da sua mãe.

 

Parece-nos bem evidente, pela da perplexidade de Willian White diante desta expressão “personalidade do Espírito Santo”, que ele, assim como todos os mais importantes pioneiros do movimento adventista, não era trinitariano. Sua dificuldade foi justamente entender esta expressão levando em conta tudo que sua mãe e os pioneiros escreveram sobre o único Deus e Seu Filho.

 

É importante destacar que quando o livro “Evangelism” foi publicado (1946), Willian White já estava morto (1937), e como já vimos, as alterações (“limpeza”) nos livros denominacionais só começaram no ano de 1940.

 

Outro ponto muito importante a destacar é o fato deste manuscrito que estamos analisando, não fazia parte do material enviado por Ellen White para ser publicado. Após sua morte, todos os papéis, bilhetes, cartas particulares, anotações e rascunhos que encontraram em seus pertences foram recolhidos. Portanto, o manuscrito que estamos analisando poderia ser uma simples anotação ou rascunho sem a menor intenção por parte dela, que isto fosse um dia publicado. Principalmente da maneira que foi, ou seja, desconsiderando o contexto e as correções que ela mesma apontou.

 

Seria correto publicar e fazer com que se tornasse fundamento de doutrina, manuscritos que Ellen White nunca enviou para a publicação?

 

Isso sem falar que fica muito difícil saber ao certo a razão da existência de cada uma destes papéis encontrados. Será que se tratavam de anotações de idéias de que ela simplesmente procurou registrar para não esquecer, mas que por algum motivo, nunca teve uma clara orientação do Senhor para enviar este material para ser publicado? Ellen White viveu numa época onde a única maneira de se guardar uma informação era decorando ou escrevendo num papel. Não seria temeroso pegar, após sua morte, todo tipo de papel que fora encontrado e publicá-lo sem saber ao certo do que se trata aquela anotação? É lícito hoje publicar estas anotações sendo que ela nunca, pelo que se sabe, teve a intenção de publicá-las?

 

Mais dúvidas:

 

Para nós entendermos a complexidade do problema que temos com todo este material recolhido após sua morte, e até então jamais publicado, apresentamos este outro manuscrito tido supostamente como um manuscrito de Ellen White. A parte final desse manuscrito (embaixo) foi escrita com caneta esferográfica, trazendo sérias dúvidas sobre a autenticidade.

 

A caneta esferográfica foi inventada em 1938 pelo jornalista húngaro Ladislao Biro que imigrou para a Argentina.  Patenteou na Hungria pouco antes da 2a guerra mundial e só foi comercializada após a 2a guerra mundial na Argentina com a marca BIROME.


O livro que dizem conter esse manuscrito é “O Desejado de Todas as Nações” que foi publicado em 1898 e o manuscrito leva uma data de 1906. Alegam que a data que aparece anotada como 1906, registra o ano em que ele foi copiado à máquina.


Pergunta-se: Ellen White teria enviado um manuscrito para a impressora publicar o livro? (desde 1880 os trabalhos eram enviados a publicadora escritos à máquina). E ainda mais, teria ela enviado um manuscrito para ser publicado, escrito num bloquinho diário de anotações?

 

E a questão dele estar escrito com caneta esferográfica?

 

A caneta tinteiro, pela “tensão superficial” (efeito capilar) o traço termina abruptamente ao se levantar a caneta. A caneta esferográfica deixa filetes com são vistos nas últimas 4 linhas.


Notem também que a caligrafia é muito diferente entre o manuscrito anterior e foram escritos na mesma época.

 

 

Foi realmente Ellen White que escreveu neste papel? E se foi, com qual propósito o fez? Teria sido uma simples anotação durante a leitura de um livro?

 

Uma coisa é certa! Não foi matéria para publicação, pois já em 1880 Ellen White possuía máquina de escrever, e todo material enviado para publicação era datilografado.

 

Sabemos também que Ellen White trabalhava com uma equipe de 18 pessoas que produziam uma quantidade significativa de material. Dentre todos os papéis datilografados encontrados fica muito difícil alguém hoje saber o que realmente era da autoria de Ellen White, exceto o que ela enviou para publicação.

 

Um Outro Texto Duvidoso:

 

Um outro exemplo de texto questionável quanto a sua procedência é este encontrado na pág.617 do livro “Evangelismo”:

 

 

Prestem atenção na indicação da fonte: Special Testimonies, Série A, nº 10, pág.37 (1897).

 

Quando Ellen White morreu em 1915, se reuniu uma comissão para decidir o que seria feito com o seu patrimônio literário.  Havia em seu escritório milhares de livros manuscritos, rascunhos, obras nunca enviadas para publicação, e ainda empregava mais que uma dúzia de pessoas.


Uns opinaram que ali terminara a sua obra nessa terra, e nada mais deveria ser publicado. Outros, achavam que tudo era sagrado e até os papéis que estavam na cesta de lixo eram relíquias. Infelizmente, predominou a última opinião e desde a sua morte já publicaram mais de 100 novos títulos, com alguns fragmentos de origem duvidosa.


Nos “Special Testimonies”  Serie A e B, encontramos uma nota do White Estate que diz que eram cartas escritas da Austrália a várias pessoas e que foram juntadas em folhetos que se esgotaram. A nota diz que não existem originais.


Além deste texto ser mais uma tradução equivocada e tendenciosa de “Godhead” por “Trindade”, pois sabemos que Ellen White nunca usou a palavra “Trindade”, é importante observar que as séries A e B dos “Special Testimonies” não fazem parte da lista oficial das obras de Ellen White.

 

Veja e compare com a lista oficial que foi publicada em 1960 no livro “Treasure Chest” aprovado pelo “Commitee on Spirit of Prophesy Lessons”.

 

 

 

 

 

Alguém pode tentar nos acusar de estar lançando descrédito aos escritos de Ellen White. Longe de nós tal coisa! Cremos na inspiração da Mensageira do Senhor, mas o erro e o engano têm se infiltrado de tal maneira, que não nos resta outra alternativa senão comprovar tudo com um claro e explícito “Assim diz o Senhor” (“A Bíblia e ela somente é a nossa única regra de fé e de prática”).

 


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