8 de abril de 2008

Hipóxia ou hipercapnia???...

Muitas vezes surge estas questões. Qual é que é mais perigosa? Surgem separadas? Uma dá origem à outra? que palavrões são estes?
Pois bem, na verdade na situação mais comum surgem em conjunto e decorrem de uma coisa muito simples: Excesso de tempo em apneia.

Antes demais é necessário esclarecer que Hipóxia é a falta de oxigénio necessário para o metabolismo celular. E Hipercápnia é excesso de dióxido de carbono no organismo resultante do mesmo metabolismo.

Então é possivel separar 3 situações distintas. Podemos ter apenas a 1ª sem a 2ª, que se considera a mais grave porque não se tem aviso que estamos prestes "a desligar o candeeiro". Podemos ter a 2ª sem ter a 1ª que pode implicar grande agonia, stress, pânico, que é impossivel passar despercebida e por isso também é menos frequente.
E ainda é possível ter as duas em simultaneo, que acontece quando se sente que está na hora de vir à superficie mas o tempo que se demora a lá chegar e as variações de pressão hambiente derivadas da aporximação à superficie, geram a tão malfadada síncope.

Algumas das maiores preocupações de um apneísta ou pescador sub devem de andar em torno deste acidente. Que sendo raro, implica infelizmente a perda da vida para alguns.

Atenção que as características fisiológicas mudam muito de indivíduo para individuo e podem gerar grandes diferenças relativamente aos sintomas e limites de cada um.

Na 1ª situação a origem do problema está relacionada com a hiperventilação que retira uma percentagem elevada de dióxido de carbono do organismo que não é mais doque a nossa campainha bioquímica para a necessidade de respirar. Acrescentando uma pequena quantidade de Oxigénio util ao organismo. Como resultado temos uma pressão parcial de Oxigénio insuficiente para manter o nosso sistema nervoso a funcionar, antes ainda de ter a sensação de falta de ar, dado que a pressão parcial de dióxido de carbono ainda não é suficiente para extimular as contrações do diafragma ou toráxicas. Costuma-se dizer na giria até que estes infelizes têm uma morte santa.

Na 2ª situação, a origem está relacionada mais com grandes esforços acumulados, que podem ter origem em infinitas causas, desde pânico, confusão da rebentação, preso num buraco, redes de pesca, etc. Daqui resulta um grande consumo de Oxigénio que pode chegar a níveis criticos mas não é a circustancia que gera o problema. O problema vem do excesso de Dióxido de carbono a circular em todo o organismo, que vai ser percursor das contrações diafragmáticas e até algumas descargas de adrenalina. Além disto e no extremo provoca a propria síncope e consequente afogamento com inundação das vias respiratórias. Isto resulta inúmeras vezes de uma golfada involuntária que em vez de ar aspira água. Como devem de imaginar esta situação é extremamente agoniante e traumática.

Por fim a 3ª situação que junta um pouco das duas primeiras. Aqui alguns individuos que felizmente sobreviveram ilesos contam que tiveram consciencia que ultrapassaram os limites.
Existe portanto uma sensação de falta de ar devido à hipercapnia, mas a hipoxia instala-se neste momento e gera uma sincope sem aviso e como quase sempre sem precepção da vítima. A menos que o reesgate seja bastante rápido as vitimas decorrem em morte por asfixia porque ficam indefenidamente em apneia. Ja aconteceu também alguns sortudos acordarem com uma golfada involuntária. Atenção que estes casos contan-se com uma mão para os ultimos anos no nosso país.

Mais uma vez aproveito para chamar a atenção que nehum peixe vale uma vida. Zelem pela vossa segurança e dos vossos companheiros de mergulho, e pensem que há sempre alguem que se preocupa conosco.

Votos de grandes momentos subaquáticos, em segurança :)

1 comentários:

Anónimo disse...

Olá.

Sou do Rio de Janeiro e gostaria de contactar vc a respeito de uma dúvida sobre o blog.

Meu nome é Romero.

Email: romero.martins@gmail.com

Favor enviar um email para poder contactá-lo.

Um abraço,
Romero!!