QUE DAREI AO SENHOR?

TEXTO: Sl 116.12 — “Que darei eu ao Senhor em troca dos benefícios que ele me tem feito?”.
INTRODUÇÃO
Existem muitas perguntas…, algumas fáceis de responder, outras exigem um estudo mais acurado… indagações para as quais esperam-se encontrar as respectivas respostas e, questões que irão para o túmulo sem serem resolvidas.
A despeito das inúmeras tentativas (neste domingo, 20/08/2006, um cientista se apresenta no ‘fantástico’ da Rede Globo — tentando decifrar algumas das mais intrigantes perguntas que se faz desde o início da raça humana), pois sabemos que não é de hoje que até os crentes buscam ‘respostas’ nos mais diversos lugares… Só O Espírito Santo (que mora no crente e confere-lhe o privilégio de possuir à ‘mente de Cristo’) pode revelar os ‘mistérios’ de Deus para aqueles que o temem (Sl 25.14).
Pouco depois de pronunciar as sentenças do versículo 12 (instruído por Deus), o salmista acrescenta:

a) Tomarei o cálice da salvação;
b) Invocarei o seu nome e
c) Cumprirei os meus votos perante todo o povo (13,14).
1 TOMAR O CÁLICE DA SALVAÇÃO: — Tudo estava indo muito bem com o patriarca Jó: dez filhos, muitos bois no curral, camelos, jumentas, ovelhas… muita gente ao seu serviço… uma ‘conta bancária’ gorda… enfim, ele chegou a ser considerado o homem mais rico e conseqüentemente o mais poderoso do Oriente. Até o ‘dia’ em que se formou uma ‘longa fila’ à frente daquele fiel servo de Deus e (pela ordem), disseram-lhe:
— “Os teus bois e as tuas jumentas foram tomados pelos sabeus… as tuas ovelhas e seus respectivos pastores foram consumidos por um fogo que caiu do céu; os caldeus mataram aos meus colegas de trabalho e levaram os teus camelos; os teus filhos e filhas festejavam na residência do irmão mais velho até que veio um grande vento sobre os esteios da casa, que caiu, matando a todos…” (1.13-19).
Que atitude um de nós teria adotado? Certamente, o Espírito Santo testificou com o dele e o fez compreender que o salvo tem um ‘cálice’ para tomar que nem sempre traz o melhor vinho.
Bem intencionada, a mãe de Tiago e João dirigiu-se a Jesus com a seguinte proposta:
— “… eu quero que os meus dois filhos assentem-se um à tua direita e o outro à tua esquerda no teu reino”. Que mãe, não gostaria de ter essa honra?
— “… será que eles tomariam o ‘cálice’ que eu estou prestes a tomar?”.
— “Naturalmente, Senhor! (respondeu ela)”.
Para algumas pessoas, ser crente pode significar possuir uma mansão, um carro zero, uma saúde de causar admiração (Sl 73 todo); entretanto, na lição que Jesus ensinara logo após o pedido da mãe dos dois filhos de Zebedeu ele afirma-nos que, tomar o cálice da salvação exige abnegação (e deu exemplos lavando os pés de todos eles — inclusive os de Judas que o trairia), perseverança, paciência e, uma ‘viva’ esperança… que não traz confusão.
2 INVOCAR O NOME DO SENHOR: — A Bíblia é muito clara: “Deus não ouve a pecadores…” (Jo 9.31). Tomar o cálice da salvação certamente refere-se a estar sempre disposto a fazer a sua vontade! Na verdade, não há nada que possamos dar em troca dos benefícios que Deus gratuitamente nos oferece em Cristo.
Não obstante, enquanto cristãos, fomos chamados para temer a ele e para fazer a sua vontade; só assim seremos (em tempo oportuno) ouvidos pelo Senhor quando invocarmos o seu santo nome.
3 CUMPRIR OS VOTOS: — Por todas as palavras que virem a pronunciar (inclusive às ociosas — torpes), salvos ou ímpios, crentes ou cépticos, prestarão contas perante Deus.
Esse assunto é tão sério que Salomão, Jesus e também Tiago nos advertem a evitar o juramento… se empenharmos nossa ‘palavra de honra’ diante do povo, a cousa se torna ainda mais complicada.
De certo os votos feitos perante vários ouvintes (como vimos entre Abraão e os filhos de Hete, Jacó e Labão), leva-nos a tomar a muitos por testemunhas contra nós, principalmente se não nos esforçarmos em honrar nossos compromissos.
Não poucos ‘pastores’ têm empenhado palavras durante suas ‘pregações’; entretanto, às vezes se esquecem de que terão de assumir tais ‘compromissos’. Tomara que Deus os ‘julgue’ a tempo, para não serem (mais tarde) condenados com o mundo!
Neste período (o período eleitoral) muitos políticos saem por aí espalhando ‘promessas’ aos quatro ventos… muitos deles (serão eleitos e) terão a chance de cumpri-las, porém, lhes faltará a hombridade daquele salmista que afirmara:
“Cumprirei os meus votos… especialmente àqueles que fiz perante o povo”.
CONCLUSÃO
Não há recursos capazes de compensar os benefícios que Deus dá ao salvo. Os salmistas (filhos de Corá) afirmaram que: — “… os seus recursos esgotariam antes de conseguirem ‘comprar’ à redenção de sua alma” (Sl 49.8).
Quando lemos na carta à igreja de Esmirna: — “Sê fiel até à morte…” (Ap 2.10), naturalmente achamos que é só guardar alguns preceitos e aguardar o arrebatamento que tudo dará certo; porém, não é isso que Jesus através de João diz naquela passagem; na verdade, ele diz: — “Sê fiel…, ainda que isso lhe custe à vida”. Também, são de Jesus as seguintes palavras: — “Quem quiser ganhar a sua vida perdê-la-á e, quem perder a sua vida por amor de mim a achará” (Lc 9.24).
Não pensem que podem, nem tentem pagar ao Senhor por suas bênçãos. Mas, estejam dispostos a:

· Tomar o cálice da salvação;
· Invocar o Santo nome do Senhor
· E, a cumprir o que prometem.
Não foi à toa que (depois de Jesus) Deus usou o apóstolo São Tiago para nos ensinar a falar “SIM” quando for sim e, “NÃO” quando for não!
Caldas Novas, 20 de agosto de 2006.
Evangelista Antonio Demétrio da Silva.
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