quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Como não me apaixonar?

Ao invés de desprezar tudo e todos, passei a admirá-los de forma irreparável. Mesmo em seus maiores erros os seres humanos são esplendorosos. Até os 'chacais da pior espécie' hoje os observo com sincera reverência. Porque na verdade menos do que admirar: eu me impressiono. Ainda estamos numa geração cheia de impressionistas. Com tantos que querem se destacar, de diversas maneiras. Mas julgar essas maneiras como piores ou melhores, não é algo que me cabe. E então me pergunto: Como não me apaixonar? Sou assim, volúvel. Me impressiono, admiro. E passo a suspirar longamente por tudo e por todos. De fato uma vez me enganei achando que seria amor. Erro meu, já estou corrigindo. É, por assim dizer, apenas a pura e ardente paixão. Que vem, me arrasta e passa. E na maioria das vezes eu quero que fique me arrastando, eu quero que me leve, eu quero a poética da paixão que avassala. E é aí, que me apaixono mais. Pelo caráter éter dessas sensações. Pela incerteza que tento tornar certo, de forma talvez desnecessária, mas nunca desnecessária pra mim. E não me importo, me apaixono. Agora me pergunto: Por que não me apaixonar?

Um comentário:

A maçã no escuro disse...

"eu quero a poética da paixão que avassala"!
por mais que teorizemos a idéia de paixão nunca será tão avassaladora e tão única quanto sua vivência. é isso que faz esse sentir tão desejado (pelo menos pra mim).

fiquei feliz pela visita :)