quinta-feira, 19 de maio de 2011

Estréia da peça A Tempestade com Carlos Palma, Thaila Ayala, Sérgio Abreu, Paulo Goulart Filho e grande elenco no teatro Raul Cortez.

A TEMPESTADE

A GRANDE PRODUÇÃO DA ÚLTIMA PEÇA DE SHAKESPEARE

ESTRÉIA EM 27 DE MAIO NO TEATRO RAUL CORTEZ EM CURTÍSSIMA TEMPORADA

Para William Shakespeare, “o mundo é um palco”. Criador de alguns dos mais extraordinários personagens da dramaturgia universal, o autor inglês retratou nessa imensa galeria de tipos as características e os conflitos do ser humano. Seu último texto teatral, A Tempestade, é uma de suas peças mais belas e amadas. Nela, até os monstros dizem grandes frases.



Uma nova e luxuosa montagem de A Tempestade terá estréia nacional em 27 de maio de 2011 no Teatro Raul Cortez (Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista – Tel. 3254.1631), em curtíssima temporada, até 26 de junho. A tradução é da maior conhecedora brasileira da obra do autor, Barbara Heliodora, a direção tem a assinatura do premiado Marcelo Lazzaratto. No elenco, Carlos Palma interpreta o protagonista Próspero, mágico extraordinário e duque de Milão; Thaila Ayala, que faz sua estréia em teatro, é sua bela filha Miranda; Sergio Abreu é o Príncipe Ferdinand e Paulo Goulart Filho é o genial Ariel.



Ainda no elenco, Francisco Brêtas (Caliban), André Guerreiro Lopes (Antônio), André Fusko (Sebastian), Jorge Cerruti (Alonso, Rei de Nápoles), Heitor Goldflus (Gonzalo), Fernando Nitsch (Adrian), Cesar Rezende Santana (Stephano) e Nicolas Trevijano (Trínculo). Outros seis atores interpretam o coro e diversos personagens: Evas Carretero, Isis Valente, Leandro Pereira, Magali Costa, Nicole Marangoni e Yuri Cumer. Participação especial em vídeo da atriz Nicette Bruno, que irá narrar o texto das deusas Íris, Ceres e Juno que vem abençoar o casamento de Miranda e Ferdinand.



A direção geral de produção é de Alexandre Brazil e Erike Busoni que montaram uma equipe de criação de primeiríssima linha: cenários de André Cortez, iluminação de Davi de Brito e Vânia Jaconis, figurinos especialmente criados por Beth Filipecki e Renaldo Machado. A trilha musical original de André Abujamra é interpretada ao vivo por um trio de instrumentistas: Demian Pinto (piano), Vadim Klokov (fagote e duduk) e Gilson Barbosa (oboé). Os bonecos foram criados e construídos por Beatriz Apocalypse e Grupo Giramundo. Realização do Escritório das Artes, SE4 Produções e Cia. da Matilde.



O espetáculo é apresentado pela Eletrobras. Patrocínio de Telefônica, Sonda Supermercados e Lorenzetti. Co-patrocínio de Centro Cultural Banco do Brasil, Aparecido Viana Imóveis e Porto Seguro.



Sinopse



A peça começa em meio a uma violenta tempestade no mar. Um navio, furiosamente açoitado pelo vento e pela chuva, é levado em direção às praias de uma misteriosa ilha. Alí vivem um mágico, Próspero, e sua filha, a bela Miranda. Ele foi o Duque de Milão que acabou destronado por seu traiçoeiro irmão, Antônio, um dos passageiros do navio. Na ilha vivem ainda Caliban, filho da bruxa Sycorax, um espírito do mal, e Ariel, ser alado e genial, aliado do mágico. Próspero leva a cabo a vingança contra os seus usurpadores ao desencadear a imensa tempestade que fustiga a embarcação em que viajam seus inimigos e que acabam vivos, mas separados em grupos, na ilha, à mercê dos imensos poderes do mágico, do encanto de Miranda e das artimanhas de Ariel.



O Espetáculo, pelo diretor Marcelo Lazzaratto



“É uma ousadia encenar A Tempestade em sua versão integral na tradução de Barbara Heliodora que preserva na métrica, nas rimas, o melhor da dramaturgia de Shakespeare. Dessa forma, teremos no palco a essência do universo shakespeariano: nele a palavra é que desencadeia o jogo dos atores, a interpretação, a ação, a relação entre os personagens, as circunstâncias e as imagens que ajudam a compor ambientes e temperaturas.



Se para William Shakespeare ‘o mundo é um palco’, em A Tempestade a ilha é o palco de Próspero, o que confere à peça diversos níveis de teatralidade: em nossa montagem, Próspero é o encenador que dirige Ariel, que por sua vez é o diretor que manipula os espíritos da ilha que em sequência dirigem os homens, os náufragos que chegam à ilha após a tempestade criada pelo mágico.



Faltava ainda uma pergunta: quem rege Próspero? Porque Próspero não é um deus, é apenas um homem com grandes poderes! Nessa condição, Prospero é regido pelo Tempo e pelo Amor que juntos fazem com que abandone a vingança e perdoe os que lhe fizeram mal. A percepção de sua finitude e do encontro de amor entre sua filha Miranda e Ferdinand transformam absolutamente suas primeiras intenções.



Na montagem a cenografia de André Cortez e figurinos de Beth Filipecki fazem uma contraposição entre o contemporâneo e o histórico. O cenário é composto por um único objeto de grandes proporções, geométrico, limpo, com linhas simples, que dinamiza as marcações, enquanto que os figurinos trazem sobreposições de tecidos e camadas de tratamento, como se épocas, tempos, se acumulassem sobre os corpos.



A música criada por André Abujamra é mais um exercício em metateatro: tocada ao vivo por piano, fagote e oboé, uma formação camerística, é como se fosse composta e executada especialmente para a encenação dirigida por Próspero. Que conta ainda com bonecos criados pelo Giramundo representando as Deusas Íris, Ceres e Juno que vem abençoar o casamento de Miranda e Ferdinand dando contornos definitivos aos diversos níveis de teatralidade propostos pela encenação.



A Tempestade, por Barbara Heliodora



O encanto especial de A Tempestade vem do que o gênio dramático de um Shakespeare consegue fazer a partir de todo esse material; Próspero não é mais um mágico puro e simples, mas um estudioso da humanidade e da magia branca, que lhe deu poderes excepcionais sobre os espíritos que encontrou na ilha à qual foi dar quando banido de seu ducado. Miranda, sua filha, expressa até que ponto o ensino pode ser proveitoso para quem foi bem dotada pela natureza, Ariel é o melhor da natureza positiva em estado puro, enquanto Caliban expressa o que há de brutal e impermeável a qualquer melhoria nessa mesma natureza; e se o bom Gonzalo é capaz de conceber um estado perfeito a partir de uma comunidade intocada pelos valores da chamada civilização. Os vilões Antonio e Sebastian mostram que nem sempre são bons os resultados alcançados com aqueles que tiveram acesso à educação.



A Tempestade se inscreve entre as peças de Shakespeare hoje chamadas de romances ou comédias românticas, todas do final de sua carreira, escritas depois dos grandes conflitos trágicos, e apresentando situações que poderiam acabar em tragédia, mas que, sempre graças a uma nova geração, conseguem atingir um nível de conciliação que permite um retomar da vida de forma esperançosa.



Ao final, Próspero resolve abandonar a mágica, tendo tomado consciência de que, na sociedade humana, governante e governados têm de operar em um mesmo nível, por meio da responsabilidade e não dos truques mágicos. A comédia como tudo em Shakespeare, pode ser lida em vários níveis, mas onde o tom poético e ligeiro atrai o espectador para o encantado mundo do teatro.



O diretor Marcelo Lazzaratto



Ator e diretor formado pelo Departamento de Artes Cênicas da ECA – USP, é Prof. Doutor em Interpretação Teatral no Departamento de Artes Cênicas da UNICAMP.



Em 2000 cria a Cia. Elevador de Teatro Panorâmico, na qual exerce a função de diretor artístico, tendo realizado, entre outros, os espetáculos: “A Ilha Desconhecida”, adaptação da obra de José Saramago, “Loucura”, compilação de textos a respeito do tema; “A hora em que não sabíamos nada uns dos outros”, de Peter Handke; o espetáculo processual “Amor de Improviso”; “Peça de Elevador”, de Cássio Pires; “Ponto Zero”, a partir da obra de Salinger, Kerouac e Godard, “Eu estava em minha casa e esperava que a chuva chegasse”, de Jean-Luc Lagarce e “Do Jeito que Você Gosta”, de William Shakespeare, indicada ao Prêmio Shell – 2011.



Também como diretor encenou, entre outras, “A Tragédia de Romeu e Julieta”, de William Shakespeare vencedora do Prémio Femsa 2010 de Melhor Produção, “Eldorado”, de Santiago Serrano, indicada ao Prêmio Shell 2009 de melhor ator; “O Homem a Besta e Virtude”, de Luigi Pirandello, indicada ao Prêmio Shell 2008 de melhor Cenário e Figurino; “A Entrevista”, de Samir Yazbek indicada ao Prêmio Shell 2005 de melhor atriz; “Esperando Godot”, de Samuel Beckett; “Chuva Pasmada”, adaptação de Cássio Pires da obra homônima de Mia Couto; “Terror e Miséria no 3º Reich”, de Bertolt Brecht, “Pai”, de Cristina Mutarelli, “O Rei dos Urubus” e “Rua do Medo”, de Leo Cortez; “Mal Necessário”, de Cássio Pires; “Enamorados”, adaptação de “Fragmentos de um Discurso Amoroso”, de Roland Barthes; “Noite de Reis” de William Shakespeare; “O Jardim das Cerejeiras”, de Tchecov; “Comédia da Vaidade”, de Elias Canetti; “O Sonho”, de August Strindberg; “As Feiticeiras de Salém”, de Arthur Miller; “Intersecções: Peças Curtas de Harold Pinter”; e “A Morta”, de Oswald de Andrade.



Durante dez anos integrou a Cia. Razões Inversas sob direção de Marcio Aurélio onde participou como ator, entre outros, dos espetáculos: “A Bilha Quebrada”, de Kleist, “Senhorita Else”, de Schnitzler, “Maligno Baal o Associal”, de Brecht e “A Arte de Comédia”, de Eduardo de Filippo. No ano de 2004, junto com a Boa Companhia de Campinas, atuou em “Josefina, a Cantora”, de Franz Kafka e em 2009 e 2010 atuou em “Tragicomédia de um Homem Misógino”, de Evaldo Mocarzel.



A Eletrobras e a Cultura



Atender um país com cerca de 193 milhões de habitantes. Esse é um dos desafios diários da Eletrobras. Estamos em constante diálogo com as raízes que compõem uma só cultura, tão rica e diversa. Somos muitos e, ainda assim, somos uma só empresa. Grande e diversa, como o Brasil.



Nesse mosaico de particularidades, a Eletrobras acredita e investe na energia que emana do povo brasileiro ao apoiar projetos culturais. Para a maior holding do setor elétrico da América Latina, é um prazer estimular as manifestações artísticas nacionais, ajudando a ampliar o debate cultural. Ao valorizar a arte como potencial inerentemente humano, a empresa entende a cultura como um encontro de pluralidades, que abre espaço para convivermos com o outro e, ainda, oferecermos um pouco de nós mesmos.



“A Tempestade” é exemplo desse intercâmbio de tradições. Inspirado na última peça do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare, o espetáculo apresenta ao público o brilhantismo de um dos principais nomes da literatura mundial. Indo além, incita reflexões sobre o sentido de nossa própria existência.



FICHA TÉCNICA



A TEMPESTADE de William Shakespeare



Tradução Barbara Heliodora / Direção Geral Marcelo Lazzaratto / Direção Geral de Produção Alexandre Brazil, Erike Busoni /



Elenco Carlos Palma (Próspero), Thaila Ayala (Miranda), Sergio Abreu (Ferdinand), Francisco Brêtas (Caliban), Paulo Goulart Filho (Ariel), André Guerreiro Lopes (Antônio), André Fusko (Sebastian), Jorge Cerruti (Alonso, Rei de Nápoles), Heitor Goldflus (Gonzalo), Fernando Nitsch (Contramestre, Adrian), Cesar Rezende Santana (Stephano), Nicolas Trevijano (Trínculo) Coro Evas Carretero, Isis Valente, Leandro Pereira, Magali Costa, Nicole Marangoni, Yuri Cumer



Assistência de Direção Kleber Di Lázzare / Coordenação dos Músicos e Piano Demian Pinto / Músicos Vadim Klokov (Fagote e Duduk), Gilson Barbosa (Oboé)/ Cenário André Cortez / Iluminação Davi de Brito, Vânia Jaconis / Figurino Beth Filipecki, Renaldo Machado, Ed Galvão / Músicas Originais André Abujamra / Criação de Vídeo Erike Busoni / Bonecos Giramundo/ Design de Bonecos Beatriz Apocalypse / Construção e Acabamento de Bonecos Beatriz Apocalypse, Ulisses Tavares, Israel Augusto, Giovanna Guimarães, Endira Drumond, Camila Polatscheck / Produção Giramundo Carluccia Carrazza e Ricardo Malafaia / Preparação Circense Alessandra Brantes / Preparação de Kung Fu Nicolas Trevijano / Gestual Renata Zhaneta / Criação de Adereços Cesar Rezende / Criação do Projeto Gráfico Olavo Costa /Operação de Luz Vânia Jaconis.



Realização Escritório das Artes, SE4 Produções, Cia. da Matilde





A TEMPESTADE - SERVIÇO



Estréia: Sexta-feira, 27 de maio, 21h30



Local: Teatro Raul Cortez (Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista – Tel. 3254.1631 / 32)



Horários: Quintas e sextas 21h30, sábados às 21h; domingos, às 20h00



Preços: R$ 40,00 – R$ 20,00 (meia-entrada)



Temporada: até 26 de junho



Lotação: 526 lugares



Duração: 130 minutos



Classificação Etária: 12 anos



Bilheteria: Terça e quarta, das 14hs às 20hs / quinta a domingo, das 14hs até o inicio do espetáculo – aceitamos todos os cartões.



Serviço de venda de Ingressos: Bilheteria do teatro, Ingresso Rápido e Pontos de Vendas IR.

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