sexta-feira, 25 de março de 2011

Governadora cancela consórcio e muda formato da interiorização do SAMU (192)

RN: Expansão do Samu começa por Assu

ambulancias paradas no pátio do samu em natal
O Governo do Estado já está montando o novo modelo para interiorização dos serviços do Samu. Os primeiros detalhes do projeto foi dado ontem, à TRIBUNA DO NORTE, pela governadora Rosalba Ciarlini, durante visita ao Hospital José Pedro Bezerra, o Santa Catarina.

Segundo ela, o governo já tem o projeto pronto, mas não será fácil tirar do papel, especialmente por causa da falta de pessoal. “Vamos partir tanto do Samu Metropolitano, quanto do que já existe em Mossoró, que são duas bases de regulação. Porque é preciso ter a base de regulação para que possa fazer as bases avançadas”, disse.

Pelo novo projeto, o Samu Metropolitano – que cobre hoje nove municípios - chegará a municípios como Goianinha, Tibau do Sul, Praia de Pipa. Já o de Mossoró, se estenderá ao Vale do Açu e ao Alto Oeste. “A do Vale do Açu, que é uma região que já está mais estruturada, provavelmente será a primeira atendida, como um piloto dessa nova experiência”, adiantou.

Segundo Rosalba, serão utilizadas pessoas que possam, porventura, ser deslocadas de alguns setores, porque o Estado está sem condições de contratar. Os próprios municípios que irão receber o Samu também deverão ceder pessoal. “Agora, na hora que você estrutura um Samu, você tem de ter também para onde as pessoas serem encaminhadas. Por exemplo, no Vale amanhã (hoje) estaremos lá para a unidade de pronto atendimento ser inaugurada (em Assu), tendo como referência o Tarcísio Maia, no qual também estamos investindo, para desafogar o Walfredo Gurgel e outras unidades”, explicou.

Cancelamento

O convênio entre o Governo do Estado e o Consórcio Público Intermunicipal de Saúde (Copis-RN) para interiorização do Samu foi cancelado após parecer da Procuradoria Geral do Estado no último dia 1º de março. Assinado em julho de 2010, o contrato previa investimentos da ordem de R$ 12 milhões para um período de seis meses (60% viriam do estado e 40% das prefeituras), dos quais foram repassados apenas R$ 300 mil até dezembro. Agora, o Governo do Estado está formulando um novo projeto.

Novas Ambulâncias

Parte das ambulâncias enviadas pelo Ministério da Saúde para a expansão do Samu no interior do Rio Grande do Norte, e que estavam paradas em um galpão da capital há sete meses, estão sendo utilizadas para substituir as atuais ambulâncias do Samu Metropolitano, que atende às cidades da Região Metropolitana de Natal. Dos 30 veículos novos, 14 são usados com esse objetivo. As demais e outras ambulâncias que ainda vão chegar terão de aguardar uma definição sobre como o serviço será expandido. Dos 30 carros, 24 foram entregues pelo presidente Lula, em sua vinda a Natal em junho de 2010. Atualmente, o SAMU alcança apenas 10 municípios dos 167 do estado. A meta, era que já em dezembro do ano passado, o serviço estivesse em todos os 167 municípios.

Crítica

O presidente da Federação dos Municípios do Estado do Rio Grande do Norte, Benes Leocádio, criticou o encerramento do convênio unilateral da Secretaria Estadual de Saúde com o Consórcio dos Municípios do Interior, o que garantiria serviços de saúde em cidades pólo. “Essa foi uma decisão unilateral. É preocupante”, comentou na época. (Tribuna do Norte)
 
Minha opinião:
 
Podemos ver que todos os governos são iguais quando o assunto é da continuação aos projetos dos antecessores.  Rosalba não poderia ser diferente.  Um consórcio feito em parceria com os municípios para a interiorização do SAMU  no estado foi de água baixo.  A governadora derruba o projeto do ex governador Iberê, alegando que o estado não tem recursos para da continuidade ao consórcio, mas, ela mesma fala em um novo formato. Nesse empurra, empurra,  quem acaba sendo prejudicado  é a propria população que deixa de ser atendido com os serviços  de urgencia, hoje visto somente na capital e região metropolitana e mossoró. Uma outra parcela de prejudicados são os profissionais que gastaram os olhos da cara em cursos, reciclagem e aperfeiçoamento para poder participar do certame. Foram  muitas as  expectativas desses profissionais acreditando que iriam ser chamados para trabalhar. Resta  agora saber como a governadora vai fazer para cobrir os prejuízos dos mesmos já  que se sentem lesados nessa história. O governo poderia aproveitar esses profissionais para o novo formato do SAMU, já que todo o pessoal do concurso está habilitado para fazer qualquer procedimento de urgência e emergência.

2 comentários:

  1. NÓS PROFISSIONAIS QUE NOS PREPARAMOS PARA ESTE PROCESSO, CERTAMENTE NOS SENTIMOS LESADOS COM A FALTA DE MAIORES ESCLARECIMENTOS, POIS FALAM DO CANCELAMENTO DO CONSÓRCIO, MAS NÃO DEIXAM CLARO QUE SE POR TABELA NÓS TAMBÉM SEREMOS PREJUDICADOS COM ISSO. OS MUNICÍPES DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE TEM OS MESMOS DIREIROS DAQUELES QUE MORAM EM NATAL E MOSSORÓ, LOCAIS QUE POSSUEM O SAMU, POIS O SUS É UNIVERSAL. ENTÃO PORQUE PERMITIR QUE INDIFERENÇAS POLÍTICAS IMPEÇAM A POPULAÇÃO DE TER ACESSO A UM SERVIÇO DE TAMANHA IMPORTÂNCIA COMO O SAMU? QUEREMOS RESPOSTA, POIS SOMOS PROFISSIONAIS CAPACITADOS E TEMOS DIREITO A CONTARATAÇÃO, JÁ QUE FOMOS APROVADOS (ITAMAR-APROVADO PARA ALEXANDRIA, KENNIA APROVADA PARA PAU DOS FERROS, RENATA APROVADA PARA APODI, MAURICÉLIO APROVADO PARA PATU, MAXUEL APROVADO PARA CAICÓ, EDMILSON APROVADO PARA PAU DOS FERROS, ELISABETH APROVADA PARA SANTA CRUZ).

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  2. É inaceitável que no meu caso, fui aprovada na seleção da samu, estou apenas esperando o exame médico, e agora a governadora vem e muda as regras do jogo, e o que é pior, entrega a responsabilidade de contratação dos técncos e enfermeiros aos prefeitos, e estes por sua vez, usa de critérios "POLÍTICOS" para colocar quem eles querem, se esquecendo das pessoas que foram aprovdas. Aí vem a seguinte pergunta: onde estão os nossos direitos enquanto selecionadas e aprovadas? E no caso da minha cidade, por exemplo, em que o prefeito resolveu indicar uma técnida que ficou bem longe da classificação e uma enfermeira que sequer terminou a faculdade? Isso não é caso de se ingressar com um mandado de segurança para buscar a garantia de um direito líquido e certo?

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